Poesias sobre Desilusão
"Na Sombra do Silêncio"
Perdido no labirinto da memória,
Na sombra da tua ausência, sem glória,
Os tempos avançam, eu, um eco só,
O vazio, um abismo, na alma um nó.
O tempo enubla o que fomos um dia,
Histórias que se desvanecem com o vento,
Desperto à noite com os uivos da agonia,
Um trovão retumba, dilacerando o tempo.
Impotência e orgulho, parceiros nesta dança,
Desilusão ecoa, no campo da lembrança,
Lutei só e perdi a esperança,
O Graal já não se alcança.
Sangro em silêncio, cada gota uma memória,
Por um amor sem vitória,
Notas etéreas ao frio, ao relento,
Nossos nomes, um grito de desalento.
Enterrados estão os nossos segredos,
Não acredito que foi tudo em vão,
Acorrentado aos sonhos e medos,
Na minha nostalgia, na escuridão.
O horizonte ermo e noturno,
E eu aqui, desorientado, sem razão,
No eco do silêncio, um coração soturno,
Estou perdido, num tempo já perdido, na solidão.
A pior dor, é a da perca.
A dor pior que a perca, é a que devemos, temos, e nos vemos obrigados a ter que abrir mão, para não perdermos nós mesmos.
Até onde é possível haver escolhas, sem haver dor?
O bom amor, o melhor amor, é aquele que não obriga você a deixá-lo perder nas memórias e no caminho.
O pior amor é aquele despertado bem e bondoso no início, e como rosa, se transformado em puro espinho, que cada vez corta, e corta, e fere.
Já não sinto dor. Já não sinto mais nada, já não sinto.
Só pergunto onde nos deixamos sermos mal amados, desamados, meio amados.
O amor que ficar, será aquele único que não fira e realmente ame em todos os sentidos das palavras, não apenas em alguns.
Preciso que o amor que fique, não seja tortuoso. Seja amor.
Esse gozo interrompido
De paixão reprimida,
Mas ardente.
Essa dor aguda e profana-
Esse querer inquieto-
Que anseia...
Cada parte tua.
Cada sorriso disperso.
Cada atenção desperta.
Quero teu respiro entrecortado,
De palavras sórdidas.
Quando tua razão se esvai,
E só lhe resta a essência.
Humana e carnal.
De me despir por completo
E acalentar teus desejos
Em minhas entranhas.
Prazer cálido, líquido...
Avulso.
Prazer de horas vagas...
Amor de migalhas.
A dor e o tempo
Buscando a cura para uma dor
Para a qual não há remédio
O tempo é a cura, uns vão dizer.
Lamentavelmente está correto.
Um dia saberei de quanto desse tempo precisei
Pra alcançar a superação.
Por ora, fica a angústia de não ter ideia
De quando a tal dor vai desaparecer
Só sei que não será de uma só vez
É preciso ser forte, olhar pro futuro
Sei o que fazer: é a parte mais fácil
Duro é a prática, quando a realidade vem com tudo
E nos mostra que primeiro vem o aceitar.
E entre este e o superar, muitas doses do tal tempo,
Longo tratamento, sem previsão de terminar.
Síntese
Poucas palavras quero
Pra expressar minha dor
E pra não tomar seu tempo
Resumo em uma só: amor.
Amar em segredo
É como uma bomba.
Explodirá no coração
No dia que seu amor
Se entregar pra outro alguém.
Desative cortando o fio do medo
Que te impede de dizer o que sente
Por quem você quer bem.
Não há sonhos.
Não há planos.
Esperança não há...
Não por enquanto.
Futuro? Há.
Hei de, uma hora, tocar o barco.
Hei de tirá-lo do cais da desilusão.
O amor é feito para ser eterno, porém, sem que queiramos… Quando menos esperamos, o perdemos… Não se pode segurar um amor que quer partir. Sempre são claros os sinais, deixemo-lo ir. Percebemos que amamos sozinhos, quando o encantamento é nosso apenas. Quando não vemos brilho em um olhar, que já nem é mais correspondido. Os sorrisos compartilhados não acabam em doce ou caliente beijo. Os planos ecoam vazios, porque o outro não lhe passa confiança. Seus esforços unilaterais, lhe cansam, pois, sozinho ninguém vive um amor. O amor é dinâmico e energizante, se lhe paralisa, se lhe estagna, se lhe angustia, já acabou. Muitos passam anos, vidas, convivendo com um pseudo amor. Que lhe tira os sonhos, e esvazia suas vidas. É triste e intensa a dor de perder o “amor da sua vida”,
e infelizmente, só nos resta o recomeçar de uma nova história… Porque lutamos com bravura até as nossas forças esgotarem… Só deixamos ir, quando percebemos que a muito já nem era mais amor…
ARRÍTMICO (soneto)
Amar você foi coisa de espaço
A sofrência é mais que uma dor
Foi tão bom ser teu, o teu laço
Trançado ao teu querer, amor!
Aqui num silêncio, falta pedaço
Pouco me resta do que foi, calor
Também falta! Falta o compasso
Abraços, afagos teus, aquela flor!
E aqui neste poetar derramado
A morte é menos que a saudade
E pelos olhos o pesar é vazado...
E ao ver o teu cheiro na solidão
Então, vejo que sou só metade
E arrítmico o matuto coração...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/07/2020, 14’35” – Triângulo Mineiro
►Joana
Joana, estou aqui, venha para a janela
Aguarde, preciso que a lua ilumine nesta noite bela
Para que eu te dedique, nesta sua janela.
Joana, Maria mal sabes que me ama
Tentei fazê-la sair de nossa cama
Mas, disse que meus olhos me enganaram.
Joana, diga, por que não estou em chamas?
Meus amigos falaram que a paixão inflama
Então por que não estou em chamas, Joana?
Joana, diga-me, a saudade não deveria doer?
Não entendo, não a sentindo, por quê?
A tristeza e a solidão não deveriam me correr?
Joana, realmente me ama?
Meu coração diz que você me engana
Não desejo sofrer nas mãos de uma pilantra.
Joana, fique com o ursinho que lhe dei
Estou indo embora, percebi que errei
Não me procure, quero ficar longe de você.
Pobre coração
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Pobre coração, qual sombra vagando em profunda escuridão...
Impelido por amor não correspondido,
Miserável indivíduo desiludido,
Por profunda depressão abatido,
Engolido por um mar de solidão;
Remetido a insano desejo de apaziguar tamanha dor
numa taça de veneno indolor...
Miserável criatura, pobre coração sem amor.
De repente o amor renasceu em mim,
Cresceu pouco a pouco,
Como uma flor desabrochou lindamente,
Era joia rara,
Brincos-de-princesa,
Uma felicidade instantânea brotou em meu ser,
Era menina, princesa, rainha, mulher...
Me entreguei em sorrisos e delírios fatais,
Tudo era inédito, abrasadora magia,
Mas a exótica flor do amor era perene,
A cada dia um pétala caia,
A cada dia um vazio surgia,
A flor do amor morria...
Meus brincos-de -princesa morreram,
Lágrimas em flor...
GRITO DOS AFOGADOS
Já foram despidos os dias...
As Horas...
Minutos...
Segundos...
Já se foram os sonhos...
Quimeras...
Desejos...
Paixões...
Já se despediram...
Do amor...
Do beijo...
Do hímen...
A abiose humana vestiu-se...
De desilusões...
Afagas fracassadas...
Pensamentos em torturas...
O eu lírico se afogou...
No cururu...
No tapajós...
Nas próprias lágrimas...
Willas Gavronsk (...)
Hei de por ti
Eu quero tudo .
Nao me contento com nada.
Nada que não seja junto a ti
Amante, amiga, eterna namorada.
Quero este domingo azul
E com voce ver o céu da madrugada.
Caminhar sobre a praia completamente nús
Contemplando a aurora da vida e mais nada.
E estar sobre ti num eterno deleite
Não vejo forma mais bonita de morte
De em teu belo corpo poder me perder
E novamente encontrar-te no meu tão belo norte.
Ceifar-te-ei aos poucos, (dias todos)
Para que de mim nao se vá as pressas,
Pois se de amor hei de morrer num instante
Nao ha mais nada que eu queira e resta
Quero beijos, quero abraços, teus risos
Quero sonhos, tua loucura, infinitas horas.
E derepente num domar de um sono eterno, dormir
Quero um sonho de amor que me leve.
Willas Gavronsk 16.10.19
Eu tenho certeza de que sentiu minha falta.
Mas sentir falta não quer dizer que vai procurar, sentir falta não quer dizer que quer de volta, sentir falta não quer dizer que ama.
Príncipes encantados.
Você era um príncipe.
Lindo, esbelto, e altruísta.
Cuidava de todos ao seu redor.
E ao sinal de poder?
Continuava sendo o belo príncipe encantado.
Mas deixou ser levado pelos feitiços de uma enganadora.
Uma bruxa
Que sem dó ou piedade
Envenenou seu coração
E o transformou em escuridão.
Com isso foi-se o seu bom coração.
Foi-se sua pureza.
Foi-se a sua beleza.
Tornando-se um sapo.
E o pior de tudo foi ver que ao tentar alertá-lo
Fiquei em pedaços
Pois vi a conversão do bom moço em diabo.
Queria que vc olhasse pra mim
Como eu olho para você
Que olhasse com paixão
Que olhasse com vivacidade
Queria que nossas formas de dizer os sentimentos fossem diferentes
Queria não pensar o tempo todo.
Não pensar em seu sorriso bobo.
Não pensar em sua boca na minha.
Não pensar em suas santas mãos.
Queria não pensar em você o tempo todo.
Prometer é um pecado.
Mas ainda assim, eu insisto que prometa.
Prometa me amar.
Prometa não me abandonar
Prometa me proteger
Prometa não me deixar
Prometa dizer o que sente, ainda que isso machuque.
Só prometa.
Prometa ser meu.
Ser meu amigo.
Meu confidente.
Meu companheiro.
Meu amor.
Só prometa.
Prometa ficar.
Prometa continuar tentando
Prometa não desistir antes mesmo de tentar.
Mas prometa.
Prometa que vai ficar.
Pegue minha mão
E diga que me ama.
Pegue minha mão
E diga que sou quem você quer ter ao seu lado.
Pegue minha mão
E diga
Diga alguma coisa.
Diga que eu sou tudo
Ou que eu nada.
Diga que me ama
Ou que me odeia.
Diga que faria qualquer coisa por mim
Ou que não moveria um dedo.
Mas diga
Só diga alguma coisa
O silêncio é pior do que qualquer palavra ofensiva.
Então diga
Só diga alguma coisa.
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