Poesias que Falem em Mãos
Amada
faço amor com tuas mãos grudadas deslizam num suspiro forte quente e gelado trêmulo e melado sentada parada me sentindo amada prometendo a mim mesma
livrar-me de tua alma junto a minha colada solta com o vento todo tempo no meu pensamento
jamais soltaremos as mãos chuva cai de mansinho
e alimenta o solo ressecado das almas fica úmido cria lençóis
o ser amado fica cristalino
um pouco de amor dura muito
Pra que fugir
Tentar me encontrar nas mãos de outra pessoa
Porque não desistir
E para de enganar seu coração atoa
Teu toque
Teu cheiro
Em mim nós
Nos
Nos meus dias
Nos
Pele na pele
Corpos grudados
Tuas mãos no meu decote
Nos
Tocando
Boca na boca
Canções
Corações se entregando
Nos
Abraços
Nos
Nós
Nos
Meus sonhos
Meus medos.
22/03/2020
O dia que não terminou
Abro os olhos e suspiro, vejo minhas mãos ensanguentadas e de repente uma paz...
Dizem que a nossa vida passa diante dos nossos olhos nos últimos momentos, pois é...
A única coisa que ví foi uma cortina de fumaça me envolvendo e me consumindo cada vez mais...
Então é isso? Finalmente acabou!?
Todos aqueles dias lutando, chorando e tentando me segurar.
Manhã, tarde... E a noite? Era sombria, não haviam fantasmas mas minha vida me assombrava e me atormentava, pouco a pouco me destruindo.
Mas hoje não!!!
Hoje estou em paz, hoje quero apenas assistir o dia que não terminou.
Nas tuas mãos teu livre arbítrio,
Na tua mente, teus pensamentos,
No teu coração, teus sentimentos,
Da tua boca, palavras pronunciadas por ti,
Dos teus atos, tuas próprias consequências,
Você É aquilo que você FAZ e PENSA, ninguém é capaz de te impor a nada, você é o dono de SI MESMO.
Flávia Abib
Eu escorreguei minhas mãos pela sua coxa respeitando o limite da moral e do medo enquanto acariciava sua pele.
E pedia que o tempo não acabasse com aquele dia tão esperado.
Sim, esperado, desejado, treinado!
Tantas vezes treinei sonhar esse momento enquanto deitava minha cabeça sobre o travesseiro e tantas outras quando fechava meus olhos em comunhão com o meu corpo.
Sentia culpa de te ter em meus desejos, mas sempre sucumbia.
Nada novo. Me acostumei com que não poderia ter.
Olhei seus olhos e meu coração disparou, pois eu sabia que ali tinha algo malicioso, também cauteloso, mas oportuno.
Será? Será que depois de tanto tempo?
Respirei fundo e continuei a falar de um assunto qualquer, mas o meu pensamento só conseguia viajar pelos cachos de seus cabelos, um desenho perfeito com o contorno de seu rosto angelical, sua voz envolvente e sua boca que eu deseja mais que tudo naquele momento.
Foram poucos minutos de conversa aleatórias e interesses secundários, mas que pareceram horas e horas até que nenhum dos dois aguentaram mais o desejo reprimido.
As bocas se encontraram, as mãos não sabiam a direção, respiração ofegante, razão a escanteio e peças de roupas jogadas a esmo.
Meu Deus!
Imagine estar perdido no deserto por dias sob um calor infernal e depois de tanto caminhar e suplicar, encontra finalmente um bica d’água. Você bebe, bebe, bebe e a sede não sacia. E você quer mais, pois tem medo daquela fonte secar e ser ali a sua última oportunidade. Eu bebi, me encharquei com o suor dos nossos desejos, dos nossos quereres. Estava feito!
Já li muitos poetas falarem de paixão de carnaval, mas a eles eu gostaria de gritar que vivi um amor de carnaval. Uma noite apenas que terminou na quarta feira de cinzas, mas era um amor porque estava por anos encubado, oculto, mal julgado.
Esse amor, assim como o carnaval, passou, mas deixou marcas de felicidade tão profundas que cabe o ano inteiro lá.
não solte minhas mãos
em um poço te encontrei
esperando meu amor
em um ano novo, eu te
encontrei; em busca
em um natal
a minha alegria foi maior
ainda , porque hoje é natal.
vamos passar esse ano de
mãos dadas, é a magia do
natal.
o natal é magico , a magia do
natal.
você e eu mágico
um ano novo para nós.
feliz ano novo meu amor
O pacato cidadão que mora lá no Sertão.
Os calos nas mãos de tanto puxar a enxada.
Da vida moderna não sabe nada.
Levanta o chapéu e da testa pinga o suor.
Pega o lençol e dá nó.
E com a habilidade de uma das mãos apanha feijão.
Olha pro Céu e diz:
“Vixe Maria!” O Sol está no meio do céu! Já é meio-dia.
Em casa o feijão está cozinhado.
De lá do roçado ele sente o cheiro do cuscuz.
Pensando consigo diz:
Ah Jesus! Vou cuidar, ainda tem a carne pera assar.
Almoça o feijão com carne e cuscuz.
Agradece a Deus com muita ternura.
Adoça a vida com um “pedaço de rapadura".
Poeta Adailton
Quando partir, deixem-me descansar sob o meu jardim..
Sementes e flores levarei em minhas mãos e do meu corpo farei um solo fértil.
onde junto delas pretendo viver eternamente em um ciclo sem fim.
rojanemary <3
Ele insiste em mim, e me constrange com a sua presença.
Quero cair nas tuas mãos de amor, e me perder no labirinto do seu coração e não ser mais achado.
Deus que conhece sua obra
Revela sua criatividade em nós
Qual imaginação perfeita produziu.
Com mãos talentosas conduziu
A criação da vida em cada detalhe.
Observa cada passo
Acompanha cada gesto
Com sua presença bem de perto
Achando bela e graciosa
Sua arte, escultura
Não importa como esteja
Seus contornos como a fez
Ele aprecia, se aproximando
Diz a ela: Na solidão sou sua melhor companhia, para lembrar que és obra minha e que as vezes deixo-a só para que possa me ouvir.
A gente percebe que superou;
quando o coração não acelera mais,
quando as mãos não ficam mais suadas,
quando a lembrança não machuca,
quando o olhar se perde na multidão
ao encontrar o outro que tanto machucou seu coração.
A GOTA 03 (poesia)
A gota
Agarrada
Na flor
Molhada
Do choro
Da madrugada
Com mãos
Cansadas
Está quase
A pingar...
Eita menina formosa..
Usa sandália e dança em prosa,
Usa as mãos para enfeitar a vida..
Arretada de bonita
Ela só quer paz
E a leveza da vida..
Bastaria você pedir
E eu não daria mais um passo
Você não sabe o poder
que tinha nas mãos
E que toda a minha loucura
Era na verdade uma tentativa
De te ter pra mim de novo
"VIAJEI SEM SAIR DO LUGAR"
Viajei sem sai do lugar lembrando o toque de suas mãos sua pele na minha encosta
Me senti nas nuvens ao seus lábios beijar
Sentir meu corpo arrepiar
Um frio de nervosismo a me tomar
Euforia, alegria, prazer não sei como explicar
Mais sempre com receio de te decepcionar
Expectativa criamos meio a uma fantasia
Viajem essa qual não quero retornar
Tudo que nos cercam, este livro que o universo em sua imensa sabedoria fez chegar até as suas mãos, o teclado o qual manuseio neste instante, a cadeira que te convida a assentar, a TV, rua, prédios e construções, tudo, antes de mais nada, nasceram de um sonho, que se relacionou profundamente com o desejo, a junção amorosa sacudiu a inteligência e como uma força avassaladora, fez brotar maravilhas. Frutos saborosos e suculentos, filhos do sonho e da ação.
Sandra Maria
Nunca mais chega -
Nunca mais chega ...
Venha a morte! Venha!
Leve em suas mãos a ânfora
de silêncio com as visceras da vida ...
Traga o meu destino suspenso
nos lábios e a minha noite como
um manto sobre os ombros ...
Venha desprovida e ambiciosa
com vontade de mim!
Semeie no intimo fundo da minh'Alma
a vontade de morrer ...
Arranque do meu peito este espinho
venenoso que é viver...
Nunca mais chega ...
Venha a morte! Venha!
