Poesias Pequenas
No fundo, sinto que a minha vida é sempre governada por uma fé que já não tenho. A fé tem isto em particular: mesmo quando desaparece, continua a agir.
A vida humana não tem só um nascimento, só uma infância, é feita de vários renascimentos, de várias infâncias.
O amor não é uma futilidade ou um divertimento; é um sentimento profundo, que decide de uma vida. Não há o direito de o falsificar.
Mais um ano. Mais um palmo a separar-me dos outros, já que a vida não passa de um progressivo distanciamento de tudo e de todos, que a morte remata.
Ironia da vida: a mulher dá-se como prêmio ao fraco e apoio ao forte, e nunca ninguém tem o que precisa.
A esperança, enganadora como é, serve contudo para nos levar ao fim da vida pelos caminhos mais agradáveis.
Não há homem completo que não tenha viajado muito, que não tenha mudado vinte vezes de vida e de maneira de pensar.
A vida é uma aventura aberta, exposta. Não protejam as crianças. Fortifiquem-nas interiormente para que brinquem bem com qualquer espécie de brinquedo.
Estes são tempos em que um gênio desejaria viver. Não é na calma tranquila da vida, ou no repouso de uma pacífica situação que os grandes caráteres são formados. Grandes necessidades invocam nossas maiores virtudes.
Se um homem não faz novas amizades à medida que avança na vida, ficará logo sozinho. Um homem, senhor, deveria manter as suas amizades em contínuo restauro.
A vida é o princípio da morte. A vida só existe em função da morte. A morte é acabar e começar ao mesmo tempo, separação e união mais estreita consigo mesmo.
O homem não é um animal solitário, e enquanto perdura a vida em sociedade, a realização de si mesmo não pode ser o supremo princípio ético.
Basta um dia para se tornar um super-herói, mas é necessário uma vida inteira para se fazer um homem de bem.
Não deixe sua vida ficar muito séria, saboreie tudo o que conseguir: as derrotas e as vitórias, a força do amanhecer e a poesia do anoitecer.
Nota: Trecho do texto "Lambuze-se de Vida" de Roberto Shinyashiki
Um homem sábio pode considerar a vida uma comédia, uma tragédia ou uma farsa, e ainda assim gozá-la.
Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana.
Somos totalmente responsáveis pela qualidade da nossa vida e pelo efeito exercido sobre os outros, construtivo ou destrutivo, quer pelo exemplo quer pela influência direta.
A vida afectiva é a única que vale a pena. A outra apenas serve para organizar na consciência o processo da inutilidade de tudo.
Dinheiro e tempo são os fardos mais pesados da vida. As pessoas mais infelizes são aquelas que têm tanto disso que não sabem o que fazer com ele.
A vida é a variedade. Assim como o paladar pede sabores diversos, assim a alma exige novas impressões.
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