Poesias de Ronaldo Cunha Lima

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"Eu amo uma mulher
que não existe.
Mas a vejo sempre,
conversamos muito
e lhe quero bem.
Tem muitas faces,
não sei seu nome
e, se nome tem.
Só sei que quando
eu estou triste,
ela então existe
e de repente vem
confortar-me a alma,
trazer-me calma
e me fazer bem.
E a quem me indaga:
- Que forma vaga
de amar alguém?
Eu nada escondo
e então respondo
como convém:
- É meu coração,
na solidão,
sem ter ninguém."

É de novo você quem me procura
e é você quem me surge, como que,
entendendo de longe esta amargura,
sente a falta que sinto de você.

Você chega silente e ninguém vê,
e às minhas ânsias logo se misturam,
fixando-se em mim, feito ternura,
na hora em que preciso de você.

Você me foge, às vezes, se esconde
no tempo em que a procuro não sei onde,
você desaparece, ninguém vê.

Mas, derepente, volta a ser presença
e vai entrando sem pedir licença
na hora em que preciso de você.

O Medo e a Falta.

Você me faz medo,
mas você me faz falta.

A diferença entre o medo e a falta
é que o medo você sabe quando tem,
e na falta você sente que não tem.

A falta, com o medo, sobressalta.
Entre o medo que você me traz
e a falta que você me faz,

você é o medo que me falta.

A dúvida, afinal, esclarecida:
ela jamais se foi da minha vida.
Minha vida, sem ela, é que se foi.

Haverei de te amar a vida inteira



Haverei de te amar a vida inteira.
Mesmo unilateral o bem querer,
é forma diferente de se ter,
sem nada se exigir da companheira.

Haverei de te amar a vida inteira,
(não precisa aceitar, basta saber),
pois amor que faz bem e dá prazer
a gente vive de qualquer maneira.

Eu viverei de sonhos e utopias,
realizando as minhas fantasias,
tornando cada qual mais verdadeira.

Eu te farei presente em meus instantes.
Supondo que seremos sempre amantes,
haverei de te amar a vida inteira.

Imortal


Pode até meu amor já ter morrido.
Podes dizer que teu amor morreu.
Só não pode morrer, nem faz sentido,
aquele amor que nosso amor viveu.

As Mãos do Fisioterapeuta

Mãos que entendem e se estendem nos labores,
Silenciosas mãos de mil cansaços,
Que em contatos contidos, feito abraços,
Se enlaçam em lenitivo a tantas dores.
Mãos que acalmam, diante dos temores,
Calando o medo dos primeiros passos,
Correndo, prescientes, pernas, braços,
Que anseiam laços pelos seus favores.
São mãos que aos céus ascendem nos desvelos,
As mãos profissionais cheias de zelos
Que animam o amanhã nos dias seus.
Mãos mágicas, que à luz de um hermeneuta,
Refletem as mãos do fisioterapeuta,
Firmes na fé que vem das mãos de Deus.

Pressentindo emoções, que hão de vir,
Temo não preencher os seus espaços.
Vou dividir meu ser e ser pedaços,
Substabelecendo o meu sentir.

Cada parte de mim vai se incumbir
De uma só emoção, definir traços,
Dizer do ajustamento dos abraços
E tudo, fielmente, traduzir.

Cada fração, então, irá cuidar
Do sorriso, da lágrima, do olhar,
De modo transparente e bem visível.

Que paz e harmonia haja entre elas.
Do contrário, abrirei novas janelas,
Voltarei a ser uno e indivisível.

Saudades do poeta.

A saudade trouxe a imagem
de Ronaldo Cunha Lima.
uma bela homenagem
para alguém que se estima
um político de coragem
um poeta bom de rim

Inserida por GVM

⁠Onze anos de saudades
De Ronaldo Cunha Lima
Esse nome que dar rima
Com a história de Campina.

Advogado e poeta
Que muito nos ensinou
Na política ele deixou
Um legado de amor.

Com Ronaldo a Paraíba
Teve um governador diferente
Com uma gestão eficiente
Que cuidou de nossa gente.

O Brasil se encantou
Com o deputado decente
Um senador competente
Que muito nos orgulhou.

Esses versos de homenagem
É pra guardar na memória
Os feitos e a história
De Ronaldo boa gente.

Inserida por MercioFranklin

A fé é uma fonte que se alimenta do eterno. Nela, os homens se dessedentam e se revigoram, para as travessias das solidões e dos desertos da vida.

E agora Campina que eu me dobre,
para pedir com meu verso pobre,
um pouco de clemência e de paixão.

Não destruas a minha mocidade,
matando meu ideal de liberdade,
e ceifando esta grande ilusão.

Sou candidato e é um grande sonho,
matá-lo é triste teto que medonho,
e um pesar mais triste e mais profundo,

Derrotado sairia em desatino,
criatura vagando sem destino,
uma alma perdida pelo mundo.

Dá-me Campina esta oportunidade,
de te servir com minha mocidade,
e de lutar com a minha rebeldia.

Eu te peço do amor sentindo açoite,
mais um pouco de luz para minha noite,
mais um pouco de sol para meu dia.

Inserida por gnpoesia