Poesias de Dor
Por quantos dias, quantos meses, quantos anos, hei de continuar a amar-te?
Por toda a minha vida, sem reservas era essa a minha mais verdadeira promessa.
E onde estás tu? Longe, fora do meu alcance, fora do meu abraço e do meu calor. Dois anos se passaram e aqui estamos, tu feliz e realizado e eu parado num sentimento de dor atros, de como se de um fim de combate se tratasse, algo que me atingiu, feriu e me derrubou.
Levaste com os teus olhos, com o teu toque, com o teu beijo o melhor de mim, fiz o impensável numa tentativa de aproximar me de ti, e de repelão tudo começou e terminou numa noite de temporal.
Pela manhã despediste te de mim com um até logo, frio, desastrado e impessoal.
A indisponibilidade sentimental que te encontravas veio à tona tempos depois, e mais um solavanco, mais uma tirada de tapete, afinal havia alguém e eu fui o outro. Ai foi o descalabro e passei a conviver com o que restou de mim, onde quase me perdi, e deixei a minha vida correr ao sabor do vento.
Dor, tentativas de te esquecer procurando por ti noutras pessoas, mais sofrimento por tentativas que depois resultam em fatídicos episódios tristes, que pelo pior motivo ficam marcados.
Depois de todo este tempo com este sentimento reprimido dentro de mim, de tanto sonho deitado por terra, de tantos planos destruídos, cheguei à fase de que me cansei de tudo, cansei da vida, das relações, e do amor, deixei de acreditar no melhor sentimento do mundo.
Da vida agora apenas espero vitória nos projectos que desenvolvi, no que sem ti construí e luto para fazer crescer.
Dos sonhos pouco restou, e caco a caco reergo me sem ti, sozinho comigo mesmo.
Fiz da frustração força para viver, o combustível que alimentou o meu sucesso. Se te espero, penso que sim, se vai ficar tudo bem, o destino o dirá.
PS. Amo-te.
Me amava,
Mas,
Não a minha excêntricidade,
Me amava,
Mas,
Se intoxicava com a acidez de minha inteligência,
Me amava,
Mas,
Não me suportava,
Porque nunca me conheceu de verdade.
Não tenho temor à morte, eu temo a vida,
Morrendo, talvez, transporte-me para outro estado,
Vivendo eu só agonizo, por este, então, eu só tenho a lamentar.
Dói quando perdermos o nosso amor ainda com vida
Dói quando perdermos a expectativa de estar com a minha amada
Dói muito quando lembro dos nossos momentos juntos e de não poder acontecer mais
Dói muito quando penso que vou dormir sem ouvir a tua bela voz novamente
Mas o que mais me dói, é de achar que não fui importante para você
Labirinto de mim mesma
Dentro desse labirinto
Eu vagueio sem parar
Em uma eterna procura
De um dia eu me encontrar.
E hoje eu vivo assim,
Na sombra dos meus pesadelos
Tentando entender o motivo
De tanta dor e desespero.
E essa intensa busca
Profunda amarga meu ser,
De lembrar da minha infância
Daquela criança
Que chorava sem querer.
E hoje eis aqui
Sentada nesta cama,
Escrevendo esses versos
Eu mergulho no meu ser
Nesse abismo infinito
À procura de um núcleo
Aonde mora o meu bem querer.
Eis aqui mais um dia,
Vivendo,sobrevivendo,aprendendo
Mais acima de tudo querendo
Novamente me encontrar.
A Vida é uma eterna procura
De algo abstrato
Que nem sempre
Conseguimos aqui encontrar,
Talvez o erro,
Seja nossa forma de procurar
Buscando o tangível no intagível
Só faz aumentar a procura,
E andando em ciclos
A Vida continua...
É encantador não é?
A dualidade do amor,
A intensidade do prazer,
A oxitocina tomando o corpo,
Embriagando a mente,
Um assemblage de sentimentos,
Como um bom e redondo vinho,
Medo da queda,
Dor ou abandono, Um coquetel de intensidades,
Não é mesmo?
Tomemos?
Um brinde a vida!
Como um mundo paralelo,
Só que ninguém vê,
A Psicodelia das palavras,
Como num quadro abstrato,
Só que pintado em versos.
OBSERVAR
As atitudes, as expressões escondidas nas entrelinhas das frases ditas (ou não), revelam as intenções. Haverá aquele que acusará o momento, o álcool, o estresse, o passado, as situações... mas todos sabemos que quem fala e magoa, que faz e magoa, já estava com aquela "ação" premeditada no seu subconsciente. Estava tão enraizada de alguma forma na sua mente, em seus pensamentos, que revestiram os vasos sanguíneos, circularam seu corpo, fizeram moradia nos seus nervos, na sua carne, que precisaram sair de alguma forma, se expandiram em palavras grotescas, ou palavras macias, acompanhadas de atitudes ruins. As palavras (poder universal), estavam gritando em todo seu ser. Algumas vezes nem precisou articulá-las, seus olhos disseram, suas mãos denunciaram, seu silenciar, ou interrogar, te denunciaram. O que é mau magoa sempre, SEMPRE! Seja em palavras, expressões, atos. Mas pense, veja com atenção, observe todos os atos antes de qualquer conclusão.
Tenho medo de que vá embora,
É tão mais fácil quando não ultrapassamos a linha da amizade,
Quando estamos seguros, e sabemos que aquela pessoa sempre estará ali,
Quando temos o laço seguro da amizade,
O medo de perder o meu porto seguro,
O medo de não ter a quem voltar,
O meu amor crescia,
E esse medo também,
Sim, você foi essa mistura de sentimos,
Você foi tudo e muito mais,
O motivo da minha ansiedade e insegurança,
Mas também era minha paixão e alegria,
Também o meu porto,
O porto que perdi,
Mas eu tive que escolher a mim,
Já que você havia escolhido a si mesmo desdo início,
E com o coração partido,
Eu te deixei ir,
Mas ainda espero sua volta.
Meu peito está apertado
Meus pensamentos perdidos
Minha alma chora rios
No escuro daquele vazio
Não me acho quando olho
Tudo aqui é incolor
Esse sentimento me frustra
Meu coração grita em dor
Quero um espaço na vida
Ter chance de se mostrar
Observo o vasto mundo
Mas não acho meu lugar.
- Sônia sempre teve uma complexidade absurda, ela sempre sofreu por amor, e mesmo quando tudo parecia estar indo por água abaixo, ela se manteve firme, e sempre entendeu que a dor ensina, ressuscita e de certa forma é necessária! Teve dias que Sônia perdeu o sono, ela tentou ficar se distraindo em redes sociais, mas nada tinha graça, levantou de sua cama abriu a geladeira, tomou água, se olhou no espelho, fumou 3 cigarros e colocou um mantra indiano, ela queria paz. Intrigada ela pegou um caderno e fez várias balanças em forma de desenho, sua lua em câncer à fazia ter muita emoção, e vendo aqueles desenhos, ela pensava : Qual o peso da incompreensão, qual o peso de ser hunana, de ser uma pessoa cheia de surtos, e ter uma liberdade um pouco elástica? Qual o peso?
Sônia colocou uma música do The Doors, e lembrou de quando colava posters na parede, ou ficava caçando vagalumes, só para verem suas luzinhas brilhantes, também lembrou que sempre foi uma criança, e nunca esteve preparada para a vida adulta.
É estranho pois ela sempre exigiu comunicação, sempre quis mais atitude, mais plenitude e mais amor. Não um amor desses que vemos por ai, mas amores complicados, cheios de fardo, de aventuras, aquele amor que cega, que ama e odeia, que faz tudo tremer.
Sônia aprendeu que vencer no amor é bem difícil, quando se tem uma alma inquieta, mas ela sabe do seu brilho, e principalmente do seu abismo interno. Hoje Sônia só se preocupa em estar ligada a espiritualidade, e à aprender com as adversidades! É um caos, porém essa foi a única forma que Sônia viu de enfrentar as tempestades, se molhando sempre, mas se afogando jamais.
ECLIPSE (soneto)
Sei de uma saudade, tapera escura
Onde meu coração anda penitente
Memória de uma dor, que perdura
No peito, cheio de suspiro pendente
Ó paixão, só me quer na sepultura
Da solidão, amarrado em corrente
Da agonia, me privando da ternura
De ter-te... me tiranizando a mente
Por que? Bates a porta do querer
Quer me ver sofrer e em prantos
E de sentimento rude e sem valor
Arranca de mim este vazio a prover
Versos toscos e tão sem encantos...
Tal qual a quem... desluziu o amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Alguns erros são cometidos
Está tudo bem, tudo ok
Você pode achar que está apaixonado
Quando está apenas com dor
Por quê?
Porque sou insensível
E eu voltei a ser como era porque sou insensível
Todo esse dinheiro e essa dor me deixaram insensível
Oh morte
Sei que anda comigo
Apareça e me leva embora
Tire de mim esses dias sombrios
Mata-me as sensações de dor
Cura-me desses traumas
Afasta-me esses demônios
Leve-me ao vazio
Tire-me a consciência
E me apresente a inexistência.
Faz de conta que a vida é perfeita, que tudo é possível, que o mundo conspira só a favor do bem;
Que as lágrimas são doces, que os arranhões são confetes, que a tristeza não machuca;
Que a dor foi embora, que o riso agora, chegou pra ficar.
Faz de conta...
TEU NOME (soneto)
Deixa a vida com sua sina, enfim devasse
A tua solidão que é o teu maior lamento
Que tem a dor calada no teu sentimento
Todo a angústia que sente se mostrasse?
Chega de engano! Revela-te o ferimento
Ao universo, defrontando-a sem repasse
Ao coração, que já lágrimas tem na face
E suspiros nas noites num pesar sedento
Olha: não suporto mais! Ando cabisbaixo
Deste sofrer, que o meu amor consome
De senti-te sozinho no peito tão imerso
Ouço em tudo o silêncio, golpe baixo
Do desejo. Que vive a calar o teu nome
E insiste em recordá-lo no meu verso
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
--Convite--
Estou perto de você
Mas me sinto distante
Hoje te chamei para sair
Mas para você não parece importante
Você aceitou o convite
Mas já querendo negar
Só por ter medo
De que eu fosse me magoar
Errado fui eu
De insistir nisso
E tolo em pensar
Que seria um Compromisso
Não enxergar o óbvio
É estar cego de amor
E se não tiver sua bengala
Sua vida será cheia de dor.
Eu quero acabar com isso
Parar esse sentimento ruim
que se instalou em mim como um parasita
anos e anos e ele continua aqui.
Não vejo outra saída!
Precisamos olhar um pouco para dentro de nós. Revisitar nossa criança interior, colocá-la no colo e ouvi-la com todo carinho. Sinta o que ela sente e transmute todo sentimento de dor em amor.
Perdoe e sinta-se perdoado por ela.
Brinque, dance, rodopie com sua criança, até perceber seu corpo, mente e espírito leves e mergulhados em profunda paz e serenidade. Após isso, dê aquele abraço caloroso, agradeça e, antes de regressar, diga que tudo, entre vocês, sempre estará bem. Volte, com o coração leve, mas com a consciência de que sua criança interna sempre estará lá, esperando pra brincar.
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