Poesias Concretas de Drumond
Ao Amor Antigo
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Inconfesso Desejo
Queria ter coragem
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo
Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos
Sentindo-me louco de desejo
Queria recitar versos
Cantar aos quatros ventos
As palavras que brotam
Você é a inspiração
Minha motivação
Queria falar dos sonhos
Dizer os meus secretos desejos
Que é largar tudo
Para viver com você
Este inconfesso desejo
Se você conseguir, em pensamento, sentir
o cheiro da pessoa como
se ela estivesse ali do seu lado...
Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
mesmo ela estando de pijamas velhos,
chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Se você não consegue imaginar, de maneira
nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se você tiver a certeza que vai ver a outra
envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção
que vai continuar sendo louco por ela...
Se você preferir fechar os olhos, antes de ver
a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes
na vida, poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.
Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
nesses sinais, deixam o amor passar,
sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem
cego para a melhor coisa da vida: o amor!
Nota: Trecho de poema de Selma Soares Albuquerque, muitas vezes atribuído erroneamente a Carlos Drummond de Andrade.
...MaisAmor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
O Tempo
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar
e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez, com outro número
e outra vontade de acreditar
que daqui para diante tudo vai ser diferente.
Não me convidem a ser igual,
porque sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentiras.
Não sei voar com os pés no chão...
Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e calma, e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama, te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo filho da...
Adoro teu jeito de falar comigo.
Teu sorriso, tua alegria, tua liberdade.
Adoro teu jeito louco de ser.
Tuas tatuagens, e tua pele encostando na minha.
Adoro os seus “sins” que fazem meus dias mais felizes.
E adoro até seus “nãos” que me fazem rir de mim mesma.
Rir da minha loucura de querer você a todo custo.
Adoro seu jeito esquisito e carinhoso ao mesmo tempo.
Essa mistura e dosagem que só você sabe fazer.
Adoro quando me faz pensar além.
Além do que posso ser.
E ainda mais quando me faz sentir.
Sentir além do explicável.
Adoro quando você chega.
Quando você vem mesmo por tempo determinado.
Minutos, segundos e gestos contados.
Adoro até quando você vai embora.
Pois gosto saudade que vOcê me faz sentir.
Adoro quando você fica desconsertado.
E quando me questiona o óbvio.
Adoro nossos beijos proibidos
Nossas pequenas aventuras
As suas caras e o jeito que me olha.
Acho graça do seu jeito de insistir em não querer
E ainda assim querer mais ainda.
O grande problema, agora, é que você já está morando em meus pensamentos.
A imagem do seu rosto está estampada em meus olhos.
Seu olhar me fala: "Não sei realmente o que sinto. Mas fica aqui quietinho do meu lado. Não vamos passar disso, ao menos por enquanto!"
Estou ciente de que tudo isso não passa de uma grande cilada, que armei para mim mesmo.
Estou me algemando em você cada vez mais (as algemas já me machucam)
O amor se multiplica a cada sorriso teu.
Me balanço de ouvir sua voz chamando meu nome - quão aguda que atinge meu âmago!
Sim. Me aprisionei nos meus sentimentos, e não sou nenhuma vítima.
O tempo vai me libertar, eu acredito!
Mas, se liberte de mim primeiro.
Não me perpetue com essa amizade toda bagunçada - como uma sala revirada por uma criança inocente.
Faça com que eu te odeie.
Cuspa em mim, me humilhe, chute minha cara...
Me mata de vez! Acaba com esse sofrimento contínuo, que parece sem fim - essa cava depressão!
Desaparece do meu mundo. Aliás, não seja o meu mundo.
Desaparece de mim, dos meus sonhos, dos meus planos futuros...
Ou senão se entrega de vez. Se joga em meus braços. Aprenda a me amar, assim como eu te amo.
Já estou cansado de disparar balas de canhão, e ser impedido por um grão vizir, assim como o Zé.
Estou cansado de atirar limões n'água e receber respostas de peixinhos consoladores, como Drummond.
Também me cansei de jurar tanto, como o saudoso Tim Maia. (Foram tantos "Por você", tantos... Não dá pra contar nos dedos).
Chega!
Chega de cegueira amorosa.
Chega de desamores.
Chega de você.
Amar é coisa séria.
Estou por aí, aguardando um novo rostinho com um belo sorriso.
O olhar me seduz e induz ao errado, à confusão e a ilusão.
Sempre penso que tudo vai dar certo, e isso sempre falha.
A solidão dói mais do que pensei...
A carência em si parece desnecessária e cheia de "nove horas", mas não. Posso confirmar - não.
Nas pontas dos meus dedos em cima do teclado, escorrem dor e martírio. Está bem, um tanto quanto sem valor, mas cheia de verdades. As minhas verdades.
Depois de um amor não correspondido, não me comporto mais como antes...
Estou estranho, ansioso e cheios de esperanças despedaças.
Choro em qualquer canto de cômoda... Oh, que coisa mais melancólica e depressiva. Nem parece o desbravador da família portuguesa machista!
Chega de prosa, vou dormir e refletir. Depois acordo para um novo começo sem fim. Aquela mesma tortura diária cheia de "homendádes" que acabam com minha rotina. Ora, que belo saco de vida.
O mundo está repleto de palavras e discursos vazios que não ressoam em vidas concretas;
A hipocrisia e a incoerência são sinais de uma vida que não reflete aquilo que é dito;
Palavras, lições de moral e exigências vão muito bem para vida dos outros, mas para si próprios todas as desculpas são válidas.
Procurei em “Vinicius”, passeei por “Drumond”, dei um pulo em “Chico” e voltei por “Camões”, tentei achar em “Gilberto”, por “Cazuza”, “Betânia” e “Gal”, mas não achei um pequeno verso onde eu encontre nosso plural, deve ser porque nós dois é impossível de explicar, cada vez eu que penso em ti sinto um cheiro novo, tão longe e tão perto, cada detalhe te traz mais certo, uma música, uma lua, um vento, uma fotografia, nos meus sonhos, na minha realidade também, eu sempre fui assim, sempre transformei em versos meus sentimentos, boba? Menina? Sonhadora? Pode ser, mas acima de tudo apaixonada por você.
Nossas idéias devem concordar com as realidades, sejam concretas ou abstratas, sejam fatos ou princípios, sob pena de interminável desarmonia e frustração
O sonho das mulheres é ser amada, mas por se fazerem de difícil acabam ficando sozinha! Meu pai tinha razão isso chama-se ORGULHO.
Ah o amor!
Esse sentimento que invade minha alma.
Como dizia Drumond
Eu te amo..porque te amo!
E como eu amo!!!!
Invadiste meus pensamentos,meu pobre coração que esqueci desavisado,se encheu de amores por ti
E agora depois de me conquistar me abandonas
Já conseguiste o que desejava
Seu ego foi suprido
Seu orgulho de macho está satisfeito
E eu aqui sofrendo de dores
E amores por ti
Mas estou apreendendo
Mesmo sofrendo na pele
E daqui um tempo já posso explicar com riqueza de detalhes
Como se esquece um amor
Sua indiferença faz toda diferença!
Aqui vou deixar não um pensamento,pois escrevo poesias e admiro Carlos Drumond de Andrade.
Deixo aqui um pequeno trecho de um poema de minha autoria.
Aquecida por você.
Um facho de luz quente,
invadiu meu corpo.
Embriagou-me com toques
ávidos e incessantes.
Suas mãos quentes percorriam
meu corpo frio.
Me vi cercada pelos seus beijos
tão ternos, e chorei de alegria.
E meu corpo aquecido pelo
seu calor que me envolvia.
Nesse belo dia!
Como eu quero o seu amor,
e o seu calor.
Eu quero ser como Arnaldo
Eu quero escrever Drumond
Eu quero cantar com Marisa
Eu quero subir ao monte
Eu quero ser eu mesmo,talvés,não.
Flor de caminho
(Para Drumond)
No meio do caminho
Havia uma flor.
Havia uma flor
No meio do caminho
No meio do caminho
Inevitavelmente,
A flor
Poema-crônica de presente para Yara Drumond
Simplesmente Yara
Victor Bhering Drummond , 22/01/2013
Ela vem sempre assim
Pra você e pra mim
Olha, quanto sol-verão
Em seu cabelo dourado
Que requebra e desenha
Curvas de belos sentimentos
Ela vem com seu perfume doce de menina
Sua voz meiga e forte
Se faz criança, se faz mulher
Mas muito mais: requebra o intelecto
Para nos ter sempre por perto
Pois gosta de ter no coração um cafuné
Yara, espécie tão rara
Quanto às mais azuis das araras
Pedaço da natureza
Da borboleta que voa colorida
Na imensidão de flores e jardins
Yara Jasmim
Pra você e pra mim
Provando que é possível colher
Coloridos das pedras
Yara mãe das águas de nossos olhos
Pois os comove de alegrias
E compartilha as tristezas
Como forma de empatia
Com-paixão
Voz de flauta doce
Ritmo de violão
Yara que cuida e se faz presente
Para Marias, Nazinhas e Nanás
Para Kikas, Valdis e Cristianes
Para Victors, Flávios e Joões
E rodopia, roda, roda
Como um carrossel
Ou como a simplicidade dos peões
Soltos ao chão e deslizando em mel
Yara brisa nas tardes geladas
Yara bonequinha
De Maria Chiquinha
Yara pura química
Alma do mais puro dos farmacêuticos do passado,
Que colecionava frasquinhos e ervas
Para a cura dos problemas da cidade
Nos faz olhar para escorpiões sem medo
E desvenda os seus segredos
Como o doce veneno capaz de trazer vida
Quando só enxergamos o óbvio de nossas lidas
Ela é irmã, amiga, tia, filha, parceira, cúmplice
Amor de e para todos
Cantinho de ternura e acalento
Com seus cabelos ao vento
É bom que também voe
Para que espalhe aos quatro cantos
O pode e a força do seu encanto
Um poema a Leonardo da Vinci
Pero meu caminho desta vida
tropecei nas pedras de Drumond
e cai nas raias da poesia resumida
dizendo sim, contra o mundo de não!
Foi assim que também pela pintura vi
os tropeços de alguém que sonha
e me apaixonei por Leonardo da Vinci,
pois na sua arte o mistério se compunha!
No mistério enigmático de sua pintura
retratado na famosa obra de Mona Lisa
pôs-me curiosa a quiçá da estrutura...
do que leva o enigma e o mistério à arte
está também a suavidade e a beleza:
pincéis de Da Vinci, letras de minha parte!
Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci, foi um polímata nascido na atual Itália, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico.
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