Poesia Toada do Amor de Carlos Drumond

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⁠Já vi paz
Já vi amor
Já vi tudo de outra cor
Já vi o céu colorido
Já vi o mar deserto
Já vi tudo bem de perto
Já sofri
Já fiz sofrer
Já fiz tudo e estou a me arrepender
Já vi guerra
Já vi destruição
Já vi tudo o que pode ver um pequeno coração
Já amei
Já fui amado
Já fui tudo e por isso sou respeitado
Já fui onde não queria
Já entrei onde não devia
Já fiz andar o pensamento de pessoas que espertas se faziam
Já escrevi até chorar
Já me cansei de tanto trabalhar
Já fiz tudo o que pude para te ajudar
Já sei não devo dizer mesmo falando quem pode entender??????

Inserida por O.DEUS.DO..AMOR

⁠Ser verdadeiro
Ser normal
Ser romântico
Ser fatal
Ser que ao ser um pouco animal
Ser assim não tem mal
Ser o que se quer ser é algo natural

Inserida por O.DEUS.DO..AMOR

⁠Sou artista da noite
Senhor da liberdade
Amo sofro e choro
E nem sempre digo a verdade
Pois a minha mente
Supera a sua capacidade
Entender é complicado
Quando o dia chega à tarde
As vezes me perco
E fico na insanidade
Pode parecer pouco sinistro
Mas é parte da pura realidade

Inserida por O.DEUS.DO..AMOR

⁠Ser poeta é ser entendedor
É receber balas e retornar com amor
É se invadir no desgosto alheio
Para lhe superar a dor

Inserida por O.DEUS.DO..AMOR

A paixão eventualmente lança flores sobre a alma,
mas só o amor colore as primaveras de um coração!

Inserida por pastoreinaldoribeiro

O pior amigo é aquele que finge que é sem ser e o pior inimigo é o que se parece com amigo mas é, na verdade, o inimigo.

No Brasil cultuamos duas frustrações: a dos que têm poder, mas não têm competência para exercer e a dos que têm competência, mas não têm poder.

Na vida a gente está toda hora pagando pelos erros que comete e se beneficiando dos acertos por ventura realizados.

É preferível lutar,persistir e até perder por uma causas nobre do que vencer batalhas inglórias e de causas pouco nobres

Glória

Vive dentro de mim um mundo raro
Tão vário, tão vibrante, tão profundo
Que o meu amor indómito e avaro
O oculto raivoso ao outro mundo

E nele vivo audaz, ardentemente,
Sentindo consumir-se a sua chama
Que oscila e desce e sobe inquietamente;
Ouvindo a minha voz que por mim chama

Em situações grotescas que me ferem,
Ou conquistando o que meus olhos querem:
Príncipe ou Rei sonhando com domínios.

Sinto bem que são vãs pra me prenderem
As mãos da Vida, muito embora imperem
Sobre a noção real dos meus declínios.

(in "Dispersos e Inéditos")

Todos os dias
Eu gostaria de aprender a envelhecer
Se está tudo indo bem
É porque ontem encontrei você
Episódios se repetem
Novas chances aparecem
E a eterna dúvida do que virá depois

Não vem dizer o que eu devo ou não fazer
Você não honra suas promessas
E não muda suas atitudes
Depois não vem dizer que eu nunca te avisei
Melhor tomar cuidado com o que diz

Quero amor, diário. Quero sentir meu coração se derreter e quero ver as
estalactites do meu gelo se quebrando e afundando no rio da paixão, da beleza.

Muitas vezes o inadequado não passa de cinscunstância. Pois até o espinho viraria poesia se as rosas inexistissem!

Eu é que era novo demais e geralmente os novos demais não estão prontos para a poesia sem grito, simples, leve, com aquela leveza que vem depois das batalhas vencidas e perdidas, cotidianas.

Inserida por LeitorDivulgador

Música e poesia são irmãs. Nunca ouvi uma linda canção que primeiramente não seja um belo poema!

Inserida por pastoreinaldoribeiro

⁠Antigamente, as mães faziam de tudo pelos filhos, até deixavam de comer para alimentá-los. Hoje, são incentivadas a pensar primeiro em si mesmas. Isso gerou a pior geração de mães e filhos.

⁠A geração atual conhece atração, paixão, dependência emocional, interesse financeiro, necessidade fisiológica, carência afetiva e conveniência, chegando até a formalizar esses vínculos em um contrato de casamento. A única coisa que desconhecem é o verdadeiro amor.

QUASE REVELAÇÃO

Deixa que o rimar da poesia enfim devasse
A tua emoção tão íntima e tão sem enredo
Que terias posto de lado, se, mais cedo,
Toda covardia que sentes se revelasse...

Chega de ilusão! Pronuncie-as sem medo
As tais prosas, já tão visíveis em tua face
Deixadas em teus passos por onde passe
Marcadas, e tão apontadas com o dedo.

Então: não posso mais! Chega de rodeio
Estou cheio, em devaneio, e tenho fome
No coração, aprisionado, e tão imerso...

Escuto o dito nome, o amor, leio e releio
E já fatigado, que no peito me consome.
Que quase confesso neste patético verso!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

SAGRAS

Há os sonhos ocultos
dizer o que? Vultos...

Há a poesia derrocada
calhorda a sua fornada

O dedo em riste, olha
insiste, a alma desfolha

Não há poetar sonegado:
- o verso nunca é calado

Há desencontro na colisão
também o meu e seu perdão

O fado tem vida peculiar
o amor não, tem de amar!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/09/2019
Araguari, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol