Poesia Toada do Amor de Carlos Drumond
Poema
Todo o negro dos teus cabelos
Tudo que cerca o teu olhar
Até as coisas mais simples
São tudo
Cada pedaço do teu rosto
Até aquele seu moletom fosco
Pequenos detalhes
Quase ínfimos
São tudo
(e um pouco mais)
Você está em busca de que?
Você quer ouvir uma poesia, eu sei uma piada. E você não acha graça da minha piada, mas estou sem saco para poesia. Não entendo nada de Futebol e não assisto muito a televisão, então suponho que não poderei comentar sobre os recentes acontecimentos das novelas. Não leio jornais, nem Revistas e não saberia dizer como acabou aquele último super casamento que foi tão falado. Mas tenho aqui no bolso um papel, tem umas coisas que escrevi há uns dias atrás enquanto olhava da janela do avião para as pessoas que vagavam pela superfície da terra. Não sei se isso é relevante pra ti, mas talvez esse não seja o melhor momento para um silêncio entre nós dois. Enquanto observava a humanidade em trânsito e de certa forma me vi distante por estar voando, pensei... O que eles esperam da vida? O que querem? Quem são? Quais os Objetivos? Sonhos? Medos? Quais as maiores dúvidas, anseios e segredos?
Bobagem minha achar que você se interessaria por filosofia de janela de avião nesse nosso primeiro encontro, mas é que não sei se sou capaz de ficar em silêncio diante destes olhos tão atentos. Talvez fosse melhor não dizer realmente nada e esperar que alguém postasse algo na sua rede social, assim você poderia compartilhar comigo algum assunto divertido e a gente poderia dar umas boas risadas. O que acha? Você não usa Rede Social? Não está no Facebook? Como assim? Você não tem e-mail e nem computador? Como assim? Você não usa nem telefone celular? Como assim? Como te encontro novamente, se a gente decidir por mais um dia nessa vida?
Ela olhou e deu a seguinte resposta: Eu te encontro, se eu quiser.
Quem quer ser encontrado sempre deixa pistas.
FIM.
O amor perde a essência
quando torna-se apenas uma palavra,
Isso acorre quando esse sentimento é substituído
pela ausência!!!
Passava-se as tardes
entre trepadeiras
boa noites
cravos brancos
e dormideiras
As tardes eram sempre as mesmas
Os mesmos lírios
A mesma sala vazia
Os mesmos livros
Drumond
Lispector
Florbela
o menino
e a laranjeira em flor
Lá fora
abelhas enlouquecidas
embriagadas de polen
e perfume de azhar
As noites eram quase eternas
O morrer das prosas
crepitar da lenha
coaxar dos sapos
O menino e os lírios
candeeiro aceso
Refletindo os sonhos
No espelho dos olhos
"Busquei na alma vadia dos poetas
No êxtase das quimeras soberanas
Verdades voláteis e profanas
Provilégio dos magos e profetas
Vi na névoa a amazônia de savanas
Donde antes homens por demais atletas
Destilavam o suor de sua gana
Vi por cinzas as vidas da floresta
Composto inorgânico de baganas
Destruição e morbidez tão completas
Que a natureza, quem sabe leviana,
Sugerindo uma saída hipotética
Propôs novas vidas...
Mas não humanas."
Avanildo Moreira Mateus - 1995
Antologia Poética - Poetas em Altamira.
Cada um de nós tem o poder da cura, porque todos nós temos no coração amor por alguma coisa pelo nosso próximo, por animais, pela natureza, pela beleza, e cada um de nós deseja proteger e ajudar a melhorar o que amamos. Cada um de nós também sente simpatia por aqueles que estão em desgraça e isso é natural, pois, todos nós já estivemos em desgraça vez ou outra em nossas vidas. Desse modo, não apenas podemos nos curar, mas também temos o grande privilégio de sermos capazes de ajudar os outros a se curarem e as únicas qualificações necessárias são o amor e a compaixão.
Como filhos do Criador, temos dentro de nós toda a perfeição e viemos a este mundo simplesmente para podermos perceber nossa Divindade. Deste modo, todas as provas e experiências por que passamos não nos derrubam, pois, através desse Poder Divino, tudo nos é possível.
Deixa os inimigo pra lá
Quanto mais criticam, mais a gente ganha
E eu tô fazendo grana, tô fazendo história
Eu amo essa vida e toda a trajetória
Sempre tem vários pra atrasar
Mas hoje em dia eu sei legal quem é que soma
Sei que só o sonho pode nos salvar de
Tanta coisa ruim que temos na memória
Falta!
"Hoje a Rua não me viu, nem eu vi a Rua. Senti uma saudade tão grande Dela! Já estou acostumado com Ela, de segunda a segunda é nós viu Rua? Até amanhã!."
E cada vez que eu olho nos teus olhos de espelho
Com desejo eu te beijo e me vejo decretando o fim
Tão simples como o fogo, eu, tão novo, não sabia, só queria
E de novo, era um novo início pra mim
O OLHAR DE QUEM NOS AMA....
O Olhar de quem nos ama...
... nos diz que valemos a pena.
Que somos melhores do que somos.
Que podemos até sentir medo.
O olhar de quem nos ama,
Nos dá coragem,
Para enfrentar nossas fragilidades,
E com elas nos fortalecer.
O olhar de quem nos ama,
Nos desnuda por dentro,
Mas nos cobre com o manto
Dourado do seu cuidado.
O olhar de quem nos ama
É feito de compaixão.
Ele sente nossas dores,
... deixa doer,
Mas fica do lado assoprando
Pra doer menos
O olhar de quem nos ama,
Não precisa saber dos
Nossos segredos,
Entende que temos
O direito de te-los
O olhar de quem nos ama,
Sabem se fazer amados
E só eles... ninguém mais...
Podem ser o terceiro olho
Que precisamos ter para viver.
Nós
Fecho os olhos,
e me deixo levar.
Invado teu sono.
Surpreendo teu medo.
Profundo... indivizível.
Revelei-me teus segredos.
Aqueles escondidos,
no recôndido da minh'alma.
Então optamos pelo atalho...
... já conhecemos o perigo do encanto.
E na calma que só o silêncio fala...
O coracao sente ...
Dividimos certezas ...
Desmanchamos nós ...
E nos enlaces das cordas
um encontro ...
Na soma ...
a junção ...
... do eu em ti ...
E meus dias
se encheram
de ti em nós ...
Fico tranquilo quando eu tô do lado dela
Faz mó questão de vir da pista pra favela
Ficou encantada com a vista da minha janela
E trocou o petit gâteau pelo meu pão com mortadela
Eu vou fazer de tudo pra você ficar
Mas é que eu vivo no meu mundo e tô sempre perdido
E se um dia a correria não colaborar
Prometo que arrumo um tempo pra ficar contigo
Um Simples Menino, Primeiramente
Aquele simples menino,
Que olhava para o horizonte
E sonhava com o mundo;
Que tinha na sua mão
O poder da criação,
E desperdiçou tudo;
Que tinha finalmente
Conquistado o que
Sempre havia sonhado,
Mas foi tudo uma ilusão.
Viajou para a terra
Da humilhação; e lá
Ficou, preso à aflição
Da vida.
LCF
“Sopa no Mel”
“Você me pegou de surpresa e me deu,
Um Beijo na Boca que me Arrepiou,
Depois olhou nos meus Olhos e falou
Que o nome desse beijo é simplesmente Amor.”
“Exaltação Quilombola”
“Sequelas que deixaram profundas arestas,
A marca vil da escravidão,
Na resistência o afro faz a festa
Com toda forma de insubmissão,
Malê reage da ponta da Pedra,
A gana, exclusão e ao desamor,
Exalta toda forma de insubsistência,
Que o povo quilombola adotou.”
Vejo o Mundo imerso em ninharia,
fome, desemprego e ambição.
Na base de tudo tem a coisa do racismo,
Que faz da violência uma tradição.
Tirando o atraso e perdendo a hora
Quando te abraço o tempo demora
E quando liga tarde: Onde cê tá agora?
Poesia é mais do que uma arte, mais do que uma melodia, mais do que filosofia, é mais do que alegria. É uma forma de expressão que nos toca profundamente, nos leva a lugares inexplorados e nos mostra um mundo diferente. É uma combinação de palavras, ritmo e melodia que nos fazem sentir emoções que não poderíamos sentir de outra forma. É um caminho para o autoconhecimento, uma forma de nos conectar com o nosso eu mais profundo. É um meio de expressar sentimentos e idéias que não podem ser descritos de maneira mais clara. É mais do que arte, mais do que melodia, mais do que filosofia, é mais do que alegria - é poesia.
A poesia é mais que apenas arte, pois ela é uma filosofia através da qual nos é possível expressar os mais profundos sentimentos. Ela tem a capacidade de nos transportar para mundos distantes, e nos oferece a oportunidade de nos conectar com a essência do universo. É mais do que simplesmente melodia e sinfonia, pois ela nos permite transcender o tempo e o espaço para alcançar a verdadeira essência da vida.
Na poesia, o tempo para, e o mundo se faz canção, é a arte que transcende qualquer limitação.
Cléber Novais
