Poesia te Perdi
PREOCUPAR
Eu não preciso
me preocupar com o olfato
nem com os ratos...
O olfato pertence ao nariz
os ratos pertence ao país.
Antonio Montes
PAGINAS DA VIDA
Nas paginas da vida,
eu te li...
Com a minha vida,
nunca lida.
A lida da vida aqui
não lida para partir
nem muda nada da ida.
Nas paginas da vida,
eu te li...
Li o dia, mês e o ano
do nascimento de ti
do vento, vida soprando.
O seu estado de vida
aqui esta na partida
e seus dias só tem planos.
Antonio Montes
Mãe... Morada do Amor
Nas tardes que das manhãs iluminaste,
Vejo a noite aparecer
Teu canto numa voz de paz
Sabedoria tão certa
O céu canta festa...
Tua presença me faz viver.
Foste poesia em minha vida
E ainda nova, tu se foi,
Nas estrelas morar.
Brilhar o firmamento,
Rimar tua prosa, tocar as violas,
Pros anjos ali se enfeitar.
Mas, graças eu dou a Deus,
Pela mãe que eu tive (e ainda tenho)
Sorriso tão singelo, morada do amor.
Por me ensinar,
Fez o meu mundo se transformar
Em cor, em flor...
Em toda parte em mim, por ti,
Existe o amor.
Mãe, a melhor definição que eu posso te dar,
Não sei nem falar.
Coisa boa a gente não fala. Sente!
E, se sentir é o melhor que existe em alguém,
Então, deixo o coração se expressar,
E o meu amor a ti se eternizar.
Perdoe-me,
se eu não sei falar de Deus.
Na verdade, eu nem preciso.
Ele está todo tempo,
aqui comigo.
Deus é a poesia mais linda...
Que me inspira noite e dia,
cada verso que escrevo.
ELIDIR
Eliminamos... Eu sei,
o quanto tempo eliminamos
o barulho da goteira
o velho canto do galo
o sino d'aquela torre
o reio e seus estalos.
Eliminamos, sim...
O ranger da velha porteira
o trupe d'aquela boiada
o pingar d'água na goteira
a paixão apaixonada
a farofa na algibeira.
Eliminamos, eliminamos...
Flores nas margens da estradas
vidas que cruzam caminhos
saudades do primeiro olhar
o chilrear das passaradas
enigma dos pergaminhos.
Eliminamos, sim, sim!
Os dízimos dados aos gostos
os gostos do mês de agosto
o tutano do velho osso
o endosso do insosso.
Eliminamos os risos...
os dois mais dois igual cinco
... Espalhados pelas ruas
a lua de tudo aquilo
que não precisa da lua
Eliminamos todos os erros...
O bater de assa e voar,
do que sinto ou não sinto
o desvio de entidade
a ganância de tudo isso...
P'ra não desviar aquilo.
Antonio Montes
Moça
Moça ainda na mocidade
Moça que vive a puberdade
E desfruta da vaidade
Moça, não viverás eternamente na mocidade
Ou rodeada de amizade
Moça, é apenas uma verdade!
Saudações mundo
As vozes das árvores ecoam roucamente em meus ouvidos
E ao acaso a noite me conquista
E meus olhos negros cegam com tanta nitidez
Viver com histeria não é mais tão frugal
Um nom de plume em nome de cada história
Para que não se percam em um tempo qualquer
Medieval é o amor, e o tempo se desfaz com ele
Benquisto era o romantismo
Hoje é apenas abominação dos bruxos
Saudades do azul da manhã
Lembranças de um viver qualquer
Saudações mundo
Como se faz hoje em guerra
Antes se fazia em paz
E pela mitologia de atena
Vibra ainda a voz rouca das árvores
Como uma singela canção
Que vibra no firmamento do segundo céu
Era tudo extremamente rudimentar
Hoje as árvores falham a voz
Pois não tem mais o que cantarolar
Vozes cintilam na beira da estrada
E eu corro vigorosamente em busca do amanhã
E o amanhã nos meus sonhos é sempre e será eternamente
Como nos dias passados
Como o rei é coroado
Eu coroo a noite como rainha do amor
Entre plebeus e marajás há tanta infinidade
pouco se sabe quando não há o que saber
toda sabedoria é plena quando há pelo que plenar
Planeje o futuro para não prender-se ao passado
Escolha entre ambos para não pender-se em um penhasco
Suba de galho em galho e alcançará o fim e um belo horizonte
Dono de mistérios e mistérios, teu e todo o império
Era assim os dias de antes e será assim os de amanhã
Hoje o mundo se perde
e vaga pobre num vazio infinito.
O que será, será!
Ninguém pode mudar
Está escrito nas estrelas
E em qualquer outro lugar
Basta aceitar, aceitar
Busquemos a luz
O inconformismo ante nossa humanidade
tão decadente.
Sejamos mais altruístas,
menos " eus"
mais " nós"...
Assim,
escapando à escuridão
da nossa finitude,
transladamos o ser.
De mortais que nascemos
nos tornamos anjos
a revoar pelos céus
do outro.
Evolução.
Basta-nos a dança da vida
Dançamos ao embalo das ondas,
sob a imensidão de um mar azul
de ternuras e gentilezas...
Oxigênio?
... Dispensável!
Respiramos poesia!
Menina do campo
Menina do campo...
Brinca alegre no seu jardim
Corre descalsa, colhendo
azaleias, rosas e jasmins...
Sonhos, afins!
Menina do campo
com seu vestidinho rosa
corre solta pela vida
cantando cantigas, versos e prosas.
Menina do campo
Nascida para o amor e as flores
No céu um querubim grita seu nome
...Ternura, gentileza.Louvores!
Amém!
Menina do campo
Nada sabe das dores. Ainda.
...Deixe-a!_ Inocente, alheia,
de todos os horrores!
E quando a noite chegar
que a encontre com seu cestinho
repleto de margaridas e panapanás.
... De todo o resto. Ainda são restos
de um futuro incerto.
PORÃO DE NAVIO
No porão d'aquele navio..
Quantas lembranças de dor!
Choros contidos a noite...
Saudades, distante do amor
e as, esperanças em açoite.
Pesadelos das chibatadas
marcas pressão e correntes
a fome ali, quieta é mata
as abrangentes cascatas
das incoerências, aos inocentes.
No porão d'aquele navio...
Quantas lagrimas derramadas!
amor ali, tornou-se pavio
com a ganância desenfreada.
Até o mar rangeu de dor
em meio a lamuria das águas
nem os sonhos confortou
a dor infindas das lagrimas.
Antonio Montes
MOCO BROCO
Com esse sopro
e esse mal gosto,
soprando sob agosto...
O degustar fica insosso
... O reto fica torto
o outro, coloca-se roco...
Enquanto um escorrega e cai
... O moco fica broco.
Antonio Montes
NA TELHA
Lua cheia
lobo na telha
urro no mundo...
O medo em cima do muro
vento na areia.
Maré com sereia...
Farol encandeia,
sombras no escuro...
O fim, não faz corpo duro
e a peia, rodeia.
Antonio Montes
ALPENDRE
Do alpendre...
Uma lua, uma rua
a brisa da noite se estende
... E as recordações se entendem
com todas saudades sua.
A quanto tempo ficou!
A corda que voce pulava...
Os sorrisos e o anel da noite
que pelas mãos, inocentes passava...
Aquele primeiro beijo...
Dado com tanto tremor!
Depois do temporal da chuva
o arco-íres e suas cores
em meio a ciranda da roda...
Trazia, jardins e amores.
O sonhar com tanto amar
propagava-se cantando versos
o tempo era de cirandá
os versos, eram de confesso.
Hoje, d'aquele alpendre
a lua te faz recordar
d'aquela infância encantada
que encantou-se no tempo
levando-te, sem avisar.
Antonio Montes
DECRETO
Se decreto decretasse, a mim...
Para decreto fazer, eu decretaria
e um decreto, eu, iria fazer...
Decreto para servir a todos
a mim, a ti, e a você.
Um decreto de liberdade
que causasse euforia
decreto, que podes-se, ir e vim
servindo João, José e Maria
Eu decretava que desvio
não seria permitido
exceto, desvio de estrada
ou de rios poluídos...
Estrada para passadas
e rios, para sorriso.
Decretava que os desvios
feitos por mãos de bandidos
recebessem, os castigos das leis
e nunca mais fossem envolvidos.
Antonio Montes
FARRAPO DE AMOR
Não me disse adeus, e se foi...
E eu, afogado pelas lagrimas da despedida
não esbocei, uma só palavra!
Parei no tempo...
Viajei sentido em sentimentos
te encontrei em meus sonhos, ali! bem ali
... Nos meus despedaçados momentos.
Todavia, você colocava-se calada
enquanto abanava a mão por aquela estrada
... Eu naveguei em minha loucura,
perdi o sono, em desatino...
Fiquei a noite inteira acordado!
Buscava-te a todo canto do meu ser
e só a sua presença,
encontrava-se do meu lado.
Quanto desespero...
Quanto mais o tempo passava!
Mais e mais! Despencava-me lagrimas...
E essas, turvaram meus olhos chorosos!
Enquanto a sua presencia se fazia ausente...
a minha visão intensa, pressentia você.
Você estava li, você se fazia presente,
como encanto, no canto do meu coração...
você me sorria, você adentrava na minha dor
se propagando por todo meu consciente...
Estou aqui, farrapo humano...
Escravo desse imenso amor.
Antonio Monte
COBRA NO FENO
Cobra com guizo
com malha
com lista, lisa
ajuíza sem juízo...
Escandaliza, escandalizo.
Cobra...
Escondida no feno
com nervos, tremo
perene condeno,
por ser pequeno...
Muito veneno.
Antonio Montes
Foi a vez da doméstica se formalizar e pagar imposto para o governo e a sua refeição para o patrão ou levar a comida de casa, agora é a vez do caseiro pagar aluguel da casa que mora para o patrão ou seja, ele recebe para cuidar das coisas do patrão e paga para morar na casa que fica para cuidar das coisas do patrão; a comida já é por sua conta. E, ainda, tem quem diz que leis são para beneficiar o empregado. Assim como as mulheres estão perdendo suas ajudantes, os homens perderão seus ajudantes.
Consta numa obra psicografada sobre a vida de Getúlio Vargas que a única coisa que contou pontos na sua avaliação superior sobre suas ações de governo foi a criação da CLT.
"Não se enobreça tanto assim, o amor que sente não provêm de mim.
Ele nasce em seu próprio ser, junto com sua própria história.
Ele é tão antigo quanto sua própria vida.
O teu amor vem de uma fonte a qual eu como máquina funcional tive acesso.
O teu amor é mais antigo do que o próprio universo que te cerca, ele é a vida não vista.
Apenas sentida.
E contemplada por mim.
O teu amor é Deus disfarçado em uma palavra de quatro letras.
AMOR"
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