Poesia te Perdi

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⁠Andei nas florestas tropicais
Vi grandes e pequenos animais
Seres que habitavam o além
Vi humanos, todos desiguais
Muitos querendo serem mais
Do que realmente lhes convém

⁠Guardiães da esperança
Eternas crianças
Que brincam e lêem
Conseguimos entender
E num papel escrever
O que os outros nem vêem

Somos Poetas

Ame a noite
Ame o dia
Ame tudo o que aqui existe
E continue, insiste
Ame o que mais valia
Ame e não exite

⁠Uma coisa é pegar frases prontas, versáteis e rimá-las, falando sobre o que não entende numa sinfonia.
Outra coisa é transformar sentimentos enraizados, pensamentos bagunçados, numa bela poesia...
Na primeira nos encantamos pela brincadeira com as palavras, ficamos na beira com as ondas nos nossos pés a tocar.
Já na segunda mergulhamos a fundo, adentramos no oculto e podemos sentir o que o escritor sentia e queria nos passar...

⁠Eu tava pensando em acabar com tudo.
Porque eu percebi que não tinho o menor controle sob a minha vida, e que num piscar de olhos tudo mudou. Eu mudei.
Percebi que, coisas que eu achava que faziam sentido na verdade não faziam.
Coisas que eu considerava importantes, na verdade eram idiotas.
Pessoas que eu achava que sempre estariam comigo, me deixaram. E pessoas que eu achava que me deixariam uma hora ou outra, no fim, ficaram ao meu lado.
De tanto falarem que eu não tinha coração, eu acredite..., mas sabe, percebi que eu tenho um e que na realidade é enorme.
Falaram que eu não tenho sentimentos ou qualquer tipo de afeto, mas na verdade o que eu tinha era medo. Tinha medo de amar de novo e me machucar mais uma vez, eu tinha medo de sofrer...
Porque quanto mais pessoas entram no seu coração mais pessoas podem sair dele.
Eu entendi que sou muito do diferente do que pensam e falam.
Eu estava vivendo numa prisão sem grades, que eu mesma permiti.
Porque eu me juguei; me culpei; me condenei; me escondi... e por muito pouco, não me destruí.
Percebi que eu me amo e outras pessoas me amam também.
Porque eu sou maravilhosa. Sou linda. Sou louca. Sou eu. Eu sou a melhor versão de mim mesma agora. Eu sou Cecilha Beatriz.

⁠Ignomínia sorrateira, tua alma carniceira não padece ao clamor. Teu pranto incessante é de todos, o de menos valor.
Teu olhar displicente há de entusiasmar àqueles que fizeste sofrer. Teu rombo em cada peito, há de te fazer temer os reles que te volto a dizer, fizeste sofrer.
Mas não sabias, não podias contigo mesma. Ignomínia sorrateira, tua mente tão ligeira a te entristecer.
Volte logo aos braços do inferno, a estrada é longa, e o caminho, como tu, é perverso. A chama que te arde os olhos, clareia os sentidos de teus ditos servos, agora postos como o ouro, a iluminar teu martírio, libertos.
Pague agora pelos crimes que, por tamanha ignorância, jamais imaginara poder cometer.

⁠Filisofia barata

organizar as ideias
em ordem alfabética
e arrumar na estante
para quando precisar

essa a prioridade
do homem que sonha
do indivíduo que escreve
que faz poesia

imaginar o que sente
o eletricista
adivinhar o que pensa
o carteiro
divagar sobre morte e vida

arriscar a sorte na loteria
pagar a conta de luz
(mesmo sem energia)
dez por cento para jesus

oferta canalha
promessa vazia

O⁠ Amor e o Tempo

O tempo passa vagarosamente
As horas passam e eu perco o rumo
Passeando por minhas lembranças eu entendo
Você jamais saiu dos meus pensamentos

Penso no amor que poderíamos ter vivido
Se tivéssemos coragem
Se conseguíssemos demonstrar
Seria um felizes para sempre?

Se… há, tudo passou
O que sentimos nunca foi dito
Mas ainda penso com carinho
No que poderíamos ter vivido

A verdade é que no fundo
Eu sempre estarei cultivando
Esse belo amor platônico
Que guardarei só para mim

CABELO CURTO

Os cabelos curtos,
São poesias curtas,
Que dizem textos enormes,
De uma feminilidade sem igual,
De um poder feminino,
Da mulher,
Que diz: Liberdade, Força, Guerreirismo.

⁠Por acaso, um mero acaso, um ajuntamento promovido pelo caos cósmico, nos encontramos
E por outra vez você passa à porta, por conta dessa insensata sina ou dependência emocional
Todos são assim, com palavras e olhares, e referências sensitivas e culturais
E toda a história se desenrola e como ainda em tudo é humana, corresponde ao chamado
E os minutos comem os dias e as horas todas, e nos regozijamos de todo o nosso ser
E já não pedem, já não apenas querem, precisam
E o feitiço, como soe aos incautos, virou-se contra si mesmo
E sílaba após sílaba
Mão a mão
Cheiro e gosto
E vislumbre após vislumbre
O que era um flerte transformou-se, em última instância, em química psíquica, e tudo se transformou numa substância que era necessária à sua subsistência.
Daí por diante, vieram todas as consequências de mais que uma paixão, um metabolismo cru, molecular, que atingiu toda a fisiologia, indo até o comportamental.
Cria-se um mito, uma divindade, uma instituição, um universo desejado, uma utopia confessam, uma pulsação nuclear.
Não era mais nada deste mundo, era do seu, só seu, embora nem você soubesse.
E um encontro verteu em uma obsessão inglória, um ciclo vital da conjunção carnal ao choro umbilical, e segundos depois aos trôpegos passos e às dúvidas adolescentes, e fase após fase a imensidão do instante se propaga.
Tudo humano, tudo visceral, todo desejo, tudo milenar e animal.
E dias após, você desperta.
E a vida segue
E eu fico.

⁠Manjedoura, em Belém
É Natal, Jesus nasceu
Três reis magos visitam
Menino, Filho de Deus
Virgem Maria, José
Vinham lá de Nazaré
Viva o Rei dos judeus!

⁠Bem Mais Fácil é Dizer a Um Vivo Que o Ama
Do Que Gritar o Mesmo à Quem Já Teve Seu Fim
É Tu Que Fazes o Teu Próprio Drama
Pois o Não, Sempre Foi Mais Fácil Que o Sim

⁠Ao poeta, três são os seus martírios:
Primeiro, perder aquilo que pensou antes que pudesse escrever.
Segundo, viver aquilo que com palavras não se pode descrever.
Terceiro, reler aquilo que deixou escrito e ver que o tempo tratou de reescrever.

⁠A paixão é que nem esse cigarro
É brasa quente que arde, mas aquece
E é bom até o derradeiro apagar da brasa.

⁠tu
dona dos sentimentos nus
detentora de meu lado cru
partiu meus tabus
e da canção que compus
é aquela aquém me opus
virou a chave do meu baú
maçaneta do meu corpo
nu

⁠ naquilo que pode ser
sentido
não há quem sequer encontre
sentido
tu já me tens
sustido
em teu pélago
tens escondido
e se este calvário
tornar meu próprio castigo
é culpa do coração
que fechou o postigo
e de refém lhe tens
mantido

⁠"Lembranças"
A Tardinha deixo atrás de mim
Mais um dia que chega no fim
O sol some no horizonte
E por detrás daquele monte
Um lindo clarão colorido
E a saudade guasqueia o meu peito
Deixando-o dolorido
Por não ter esquecido
Um cambicho desgarrado
Mas que me deixou apaixonado
Que esquecer não tem jeito.

⁠Hoje ouvi tua voz...

Me lembrei de tudo que fiz.
Toda rixa por mim causada, toda estima por mim dilacerada.
Mas não dá pra voltar no tempo.
E se desse, apenas teria nos poupado desse trauma.
Tua risada soava tão gostosa no meu ouvido...
A nostalgia me pegou.
Agora só quero deitar. Adormecer.
E mais uma vez,
ouvir a tua voz.

⁠Me permiti sentir meu amor
Aquele guardado no meu peito
Não me lembro bem de quando fiz isso nos últimos tempos.

⁠Quero ser brisa ao voo de uma ave,
da rosa o perfume em sua mais pura essência,
numa pauta a mais doce clave
e em seu coração nunca ser ausência !