Poesia te Perdi

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SALADA X CAETANO

Não poetei Caetano nem Gil...
Nem não, os vi, no Rio,
atrás da cortina de pano...
Nem eles também, não me viu.

Zé Ramalho e Gal Costa...
com seus galhos e suas apostas,
o povo nota as anedotas...
Minhas costas adota o passado,
de um tempo todo marcado...
Pelo o alvo do cajado.

Não poetei, Maria Betânia...
Tão bacana essa dama!
Flor de petúnia que se arruma
com a flora de Amazônia.

E Morais Moreira as carreiras...
no trilho elétrico, com Alceu Valença
que presencia! Continência...
Sal na moleira, pensa!
Não poetei a nossa musica, Brasileira.

Que fardo esse entalo...
Queria eu!
Poetar... Roberto Carlos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

" Amor que não morre
se deixa matar
quando no olhar
alguém busca a solidão
amor que de tanto morrer
renasce forte
gritando ao mundo que a grande sorte
é viver um grande amor...

Inserida por OscarKlemz

AMOR EM LABAREDAS

Quando amo me entrego
Não puxo o freio
Não sei ser meios
Ou sou tua,
ou sou nada.
Tudo o mais é reflexo de mim
Não sei ser menos antes do fim
Não me permito superficialidades
Mergulho nos teus abismos
Nos meus abismos
E te possuo lá
... Onde a razão não adentra
Onde não se permite juízos.
Onde somente o amor dita as regras
Assim...
... Às surdas, às mudas, às cegas
Assim te possuo
Até que me peças mais
Me implores por tudo
E eu vou
Lá, onde tudo o que cabe somos nós
e o grande amor feito labaredas, agora,
que nos consome.

Elisa Salles
@Direitos autorais reservados

Inserida por elisasallesflor

Para quê?
(Victor Bhering Drummond)

Para que servem os entardeceres?
Para que agradeça pelo longo dia que viveu.
Para que servem os finais de tarde?
Para entender que há sempre um recomeço.
Para que servem os pores do sol?
Para agradecer pela poesia da noite.
E para que servem os lagos?
Para contempla-los e mergulhar neles todos seus sonhos para que ressurjam como realidade.

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•••

Inserida por victordrummond

O AMOR É LEVE
O amor não deve
ser um peso
a se carregar,
deve ser onde
você pode descansar
o cansaço do dia
por uma vida inteira.

Inserida por nounouse

arde escrever
sobre as suas lágrimas
que você não sabe
chorar
sobre o jeito
que elas caem dos seus olhos
e te inundam por dentro.
sobre o jeito que elas te marcam
o gosto salgado de mar
e ondas de soluços
sobre como suas lágrimas são
pequenos nós que carregam
uma grande avalanche de sentimentos
dor, tristeza, saudades do que nunca teve
que caem, tecendo fios para que outras
possam também descer.
arde escrever sobre suas lágrimas
porque dói
e choro.

Inserida por nounouse

vivo trocando os pés
já que a monotonia das
linhas retas não me atrai
nunca entendi porque ao invés
de andar, não podemos
simplesmente
voar.
essa minha sede por abismos,
cordas bambas
laçaram
todos os meus desejos ocultos
e passo a passo
me pôs a beira
do abismo dos
teus olhos
tirando toda minha sanidade.

Inserida por nounouse

AINDA O CORVO

Eis, agora, talvez seja todo o pior momento
Da poetisa cujo corvo vive nos umbrais...
Não por ter um quinhão à mais de lamento
Mas por estar sabedora de todo o "Jamais".

Outrora fora ainda o poema negro e belo
A noite inocente e a lua de prata no céu...
Hoje o amor não mais aguarda o anelo
Tudo não passa de barquinhos de papel.

Talvez agora sua ida seja mais fácil. Penso...
Não há o que a retenha nas sendas do vento.
Nem a dor . Apenas um ar morto de denso!

Há sim uma calmaria fria. Só um mau amorfo.
O medo ainda há aqui. Paira na renda do tempo
Tão real... Mas não amedrontador. O Corvo!

Anna Corvo
Pseudônimo de Elisa Salles

Inserida por elisasallesflor

VIDA INDESEJADA

Ahh, vida terrível, ingrata, feia e lamuriante...
Porque se recusa a ceder-lhe o fim piedoso
Obriga-te à ostentar este amargo semblante
Porque te recusas à navalha?Mais honroso!

Rezaste pedindo este peso nos ombros?
Quando foi que apelaste ainda por sol e lua?
Não pediste nada. E ganhaste escombros!
Á ti, a tão desejada morte, apenas se insinua...

Aguardas com ânsias o seu derradeiro versejar
O eterno silenciar do teu choro. Alheamento...
...O não mais dor. O poema último a bradar!

Mas o tempo é lento, arrasta-te nas loucuras
Nem gritas mais, calaste teus gritos de ventos
Pois sobre ti voeja o pássaro da alma escura!

Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles

Inserida por elisasallesflor

A TRISTEZA DAS SUAS PALAVRAS

Nunca foi uma mulher de alma leve e alegre
Corria atrás da graça, mas não sorvia a leveza
Seus caminhos cobertos por uma frieza de neve
Trazia nos ombros a dor do mundo. Tristeza...

Ninguém nunca ofertou-lhe rosas ou lírios...
Pedras e espinhos, foi tudo o que sempre colheu
Erou em sonhar os feitiços do amor onírico
No seu mundo, toda a carícia, aos poucos fenesceu.

Eis o porque dos seus versos negros e infelizes
Onde a poesia não questiona seu lamento. aceita.
Não se fez filha das sombras. É fruto das raízes...

Por isso, não se atentem pela dureça da sua poesia
Perdoem-a se derrama sua amargura no papel
Ela é a poetisa do Corvo. Mas sua alma é vazia.

Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

MUDE OU SE MUDE

Mude, ou se mude...
Se mude desse seu ruge
mude a forma de atitude
antes que tempo te grude.

O leão voraz esta a solta
no desavisado a cada dia...
Ou você solta a suas asas
ou cai no voou da agonia.

Mude ou se mude...
Se mude desse seu grude,
antes que o impasse embace,
te passando p'ro o ataúde.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

CACHAÇA NA TAÇA

Essa taça, na qual me perco
em doze que obedeço
ao me tocar, me traça e tacha
os olhos turvam, eu padeço
o fundo da taça, me tasca
e eu me perco do endereço
nesse fundo da garrafa.

Essa taça que me acha...
Com esse gole de cachaça
envolve-me e me embaça
me lança, ao meio fio da praça
atiça-me, o som d'arruaça
embebido por essa taça...
O mundo me esconde a graça.

Essa taça cheia, tacha...
Meu ego perante as raças
a ebriedade a pirraça
a perdição dos sonhos meus,
o paralelo do meu fiasco
no cambaleado dos meus passos,
e nas margens do meu adeus.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

OLIVEIRA

Meia dúzia de luas cheias
se estapeiam pelas candeias
pelas praias, e espumas
pelas brumas e areias
e ao encanto expelindo o canto,
sonoro das encantadas sereias.

Meia dúzias de luas cheias...
Noite de urros, cios de lobo
d'alvas alvas, elos marítimos
baleias nas águas turvas
moedas de senhores proscrito.

Lua cheia lá no horto
lagrimas nas oliveiras
beijos no escorrego,
dormente de cedro prego...
Prego os mandos, do meu ego,
com meus sentimentos apego...
Cego certo, em certo tédio.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SEM PRIMAVERA PARA ISABEL

E quando chegará a primavera para Isabel
Se os céus para ela baixaram as cortinas?
Se a flor que conheceu foi de cetim e papel
Buquês murchos; festivais sem serpentinas...?

Pedem sorrisos à moça triste e espectral?
Não veem os seus olhos marejados de dor?
Isabem descansa senão sobre o velho umbral
Primavera para ela?_ Apenas a morta de flor.

Pois o corvo volta mais uma vez do inferno
De onde não se ouve senão voz de agonia
Qual solstício para ela, além do inverno?

Pois para Isabel o amor não sorriu jamais...
A orquídea negra pauta o verso da sua poesia
E pelos seus sonhos grasna o corvo: "Nunca mais".

Anna Corvo
(pseudônimo de Elisa Salles)
(19´/10/2017)

Inserida por elisasallesflor

DIA MORTO

Você já observou, o quanto é rápido
um 'tic-tac' de um dia morto, sob
a pirâmide de ossos velhos e frio...
O quanto as xícaras e colheres tremem em
mãos enrugadas pelo decorrer do tempo!
Os rascunhos de mãos que jovens,
aprenderam a escrever mas, entediadas
pelo peso da idade, só sabem rabiscar!..
Interno de um dia morto, as horas da idade,
perambulam sem valor e arfam sob os braços
do momento o qual agora, compridamente,
em outro tempo, era curto e pouco.
Esse momento, esse tempo... Hoje longo!
Faz questão de ressaltar para o seu fôlego...
Que, pesado e curto, Esse curto tempo!
Que tritura os segundos e joga o bagaço nos
desavisados e azedos sentimentos.
Sob o espaço de um dia morto...
Os olhares no retrato fixado na moldura da sua
sala, nevoam sobre o alto e se perde no labirinto
da saudade permeada pela juventude e esquecida
no ápice de uma jovem vida. Sob espaço de um
dia morto as passadas passam apressadas,
os passos cogitam os quadrados agitados...
De cá de lá, de um lado para o outro... E os
ouvidos saltam e gritam, com o 'tic-tac'
de um dia morto.
Quando tudo não se dão conta de afronta...
A tarde chega com sua brisa de bronca e a noite,
desfalece sobre o travesseiro, cochilando... Babando
sua vertigem, e em sonhos abstrato... Fart e ronca.
Não se avexe com seu dia, ele lhes trará outro dia
e no outro! Você sentira o tremor de suas pernas
bambas, Seus passos ficarão pequenos seu fôlego
encurtarão abafando no peito, o grito de externo
amores. Não se avexe com seu dia... Acabo de outros
e outros dias, e nos dias vindouros, todas a fibras
por você ingeridas hoje, em segundos... Se tornarão
a ti, elixir do seu terrível veneno.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Eu ouço tua voz!
Eu ouço tua voz!
E, mesmo na tempestade
Tenho certeza da calmaria do seu amor...
Eu ouço tua voz!
E, mesmo diante da escuridão
Tenho certeza que a lua estará lá...
Eu ouço tua voz!
E, mesmo diante da distância
O tempo não pode nós separar...
Eu ouço a tua voz!
E, mesmo diante da gélida contingências existenciais.
O sol sempre me aquecerá...
Eu ouço a sua voz!
E, isto já me basta
Pois, Tu és a verdade!!!

Inserida por RafaelOliveiraSantos

Lamúria

Não lamurie
falto vintém.
Propalar a
reminiscência
vivida é
mais valioso que
qualquer cabedal.

(Gabriel Marques)

Inserida por alex_gabriel

Até mais, vou embora
Embora o que eu mais queria era ficar
Ficar perto de você
Você que tanto diz me amar
Amor esse que não existe
Existe apenas desejo
Mas desejo mais que isso
Desejo viver intensamente
Intensos amores
Amores que mesmo que acabe, exista.

Inserida por LauraRocha

O retrato teu,
rasguei em mil pedaços,
não queria te esquecer
ou te apagar da minha vida,
apenas te multipliquei
e te espalhei pelo meu caminho
para que não me falte nunca
um pedaço da mais doce
lembrança de minha vida.

Inserida por rudimarzimmer

Maio

Olha, amor,
Já é Maio,
Da Primavera em festa,
embriagada de aromas.

Manhãs frescas
De orvalhos límpidos,
Cintilantes,
Tardes mornas,
doces, de promessas
aconchegantes.

Já floriram as laranjeiras
E os goivos lilás
perfumam o cantinho do jardim.

Olha, amor,
Já é Maio,
Da Primavera das flores,
Das sinfonias de chilreios,
Do amor de ramo em ramo,
dos ninhos aveludados
das flores nos caminhos,
como que à espera
de procissões.

Olha, amor,
Já é Maio
e não tardam os beijos de amoras,
lábios de cerejas,
abraços de jasmim
e êxtases de rosas, enfim.

Inserida por aalmeidah

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