Poesia te Perdi
Perco o sentido do tempo,
Tempo este moribundo.
Com a felicidade já me contento,
Todo o resto é ruído do fundo.
Com muita audição,
De quem este sentido tem.
Já senti o coração,
Entrou a dez saiu a cem.
O ser humano aprendeu a voar,
sem rede e livres como as gaivotas percorrendo o céu azul dos sonhos;
aprendeu a nadar sem limites como os golfinhos, mergulhando nos oceanos da ambição; mas esqueceu de aprender o essencial desta vida, amar uns aos outros como irmãos.
A éssa altura da caminhada,
com a visão experimentada.
O coração salta,
e treme as pálpebras.
Mas a postura confeccionada,
ao longo da estrada,
Continua intacta.
RESPOSTA
(prm-122.025)
Às vezes me pego pensando...
Em que sou eu...
Ou o que sou eu...
E não encontro resposta...
Para esta pergunta tão fácil.
Às vezes me pego refletindo...
No porque estou aqui...
Neste mundo tão insano...
Ou se o insano seria eu.
Às vezes me indago...
Do porquê das coisas...
E porque...
Da intensidade...
Deste imenso amor...
Que eu sinto por ti...
Mas ai sim...
Eu consigo encontrar respostas...
E já sei dizer quem sou eu...
Ou o que estou fazendo aqui...
Sou uma pessoa...
Que veio ao mundo...
Neste mundo insano...
Que me deixou...
Mais insano que ele mesmo...
Em busca...
De um amor especial...
E depois de longa busca...
Eu encontrei a pessoa...
Que jamais poderia imaginar...
Que existisse...
Ou que eu pudesse...
Com toda esta intensidade...
Te amar.
Cadeira de balanço
Num canto da varanda
em meio a vasos e pilastras
a cadeira de balanço mágica
onde vovó tirava a sesta
Momento único do dia
onde tarefas diminuíam
um luxo ali ficar um pouco
cochilando em venturas mil
Velha cadeira de balanço
em seu molejo natural,
impressão de que a vida era só aquilo,
um espreitar o céu e sonhar
viajando entre nuvens
ouvindo passarinhos na tarde
que dengosa seguia
ah...vovó que saudade imensa
desse tempo onde tudo era apenas
despreocupação e magia !
Meus versos são seus
Guarda-os em teu peito frio
Pra quando seu coração estiver vazio
Se lembrar que nosso amor existiu
O TEMPO EM GANCHOS
Não sei se o tempo vai me levar para algum lugar, mas tenho a certeza de que ele deixa marcas conforme o caminhar...Na areia de Ganchos, se encontro um vasto tempo para se viver...quem sabe minha alma voe até lá..
Há uma saudade em cada despedida
A dor no peito vozeia por está partida
Lágrimas mudas viram cinza e nada
A lembrança passa a ser uma porrada...
Se é pra danar, perde-se para encontrar,
pois encontra-se para novamente amar...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
O amor é abochornado como o cerrado
escabroso, é chama no peito enfado
flexuoso, um perpassar aos enamorados.
Devaneio apurado, árido, sequidão aos lábios molhados
Aos corações, sulcados...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
S
Exerço o
Sagrado
Sábio
Ser
Faz sofrer
Doer
Ou simplesmente ser
O sábio
Saberia
Se sairia sóbrio
Da sova
Sofrida
Sancionada
Pelo ser
Seria
Sátiro
Sagaz
Salpicar
Sossegadamente
Soluções
Sobre a vida
Salientando
Superfluamente
Seus sublimes
Saberes
Sobre o
Surto de ser
Se o desalinho é o retrato do cerrado, preserve cada torto galho, cada árido cascalho. Só assim teremos a beleza alinhada no desgrenhado.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Vidão
Ramerrão na estrada
De chão cascalhado
Casas na beirada
Na beira do cerrado
Passa lento a lentidão
Devagar que dá canseira
O vento sopra mansidão
No cerrado de lombeira
Pasmaceira de vidão...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Por muito tempo
estive a ler uma saudade
que o tempo nunca se cansou de me escrever
e hoje jà nao sei muito bem
se leio a saudade de um tempo
se é a saudade que se escreve no meu tempo
ou se é o tempo que lê a saudade escrita
em todos os meus tempos...
Para um poeta,
debruçar-se sobre sua obra
é tão ou mais importante
que contemplar a sua inspiração.
Os mais apaixonados,
no entanto,
vão ao seu amor
e lhes dão
as mais simples, carinhosas
e sinceras palavras:
Eu te amo!
nesse meu cenário
componho versos e melodias
preparação adequada pra todo sentimento contido
e pra toda emoção refreada
eu ,completamente, toda mergulhada
no tudo, incompleto, de mim
recolho o perfume das estrelas maduras
que caem no meu jardim de verdes divagações poeticas
a delicateza do que sinto é demasiadamente forte
que sem piedade açoita o meu sonhar e o meu viver
então me liquefaço na poesia
que irriga a vergôntea das minhas tardes
e orvalha as petalas das minhas madrugadas...
Palavras alastrando-se pelo chão ...
a caneta convida o caderno … explosão
quando transborda a inspiração
eu nao sei estugar
o lirismo è o meu caminhar
a poesia é o meu pulsar
Estiro os meus versos umidos
no estendal da noite
galgo as poças das expressões singulares
no eirado deserto e mudo
o olhar goteja letras silentes
o silencio transborda gotas de palavras acanhadas
querendo virar frases poeticas
ensopada a caneta estrondosa
se ajoelha diante da folha prateada
implorando o fim da poesia encharcada…
Entre os suspiros e os soluços das palavras
escuto a vida com a audição de pertencimento
dos verbos e advérbios do viver e do sonhar
que pertencem ao meu olhar de poetica pertença.
Fechei os olhos na saudade
Vi sussurros na minha boca
Eram lágrimas de tal vontade
E palavras de sonoridade oca
Luciano Spagnol
Poeta mineiro do cerrado
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