Poesia te Perdi
Tem uma mulher
que eu amo.
Olhos doídos, pálpebras mornas.
Já acalentou crianças,
deu-lhes o corpo,
alimentou, limpou suas lágrimas,
fez sorrir com voz calma.
Filhos, talvez netos.
Soube renascer neles tantas vezes.
Conhece a fragilidade humana.
Eu beijo os lábios
fechados dessa mulher,
a partir dos cantos,
em pequenas lascas de ternura
e queda no vazio.
Essa mulher viveu coisas
que me abastecem.
Ela fala de alegrias,
de sóis, sobremesas, decotes,
livros, enganos.
Vai falando e contornando dores
com pequenas pausas,
no que os cílios superiores tocam
os cílios inferiores demoradamente,
e ela afunda.
Aperto sua mão e ela emerge.
Enquanto a ouço,
beijo seus olhos.
Digo-lhe que é uma mulher, ainda.
Poucos homens despertaram em mim
o desejo de ser eu mesma.
Dois, talvez três em toda a vida.
O primeiro meu pai, que,
quando nasci,
perdeu-se amorosamente em mim
até se achar outra vez
mais tarde
não saberia precisar
esquecido de não ser, voltando a ser
homem.
Não tenho irmãos.
Tenho um primo que certa vez derrubei
no chão sem querer enquanto brincávamos.
Foi quando entendi
que o trabalho do ódio
é mapear circunstâncias
aleatórias
em torno de feridas alheias
que nem são nossas
portanto alheias
aprendidas.
É bonito como a criança resiste ao ódio,
se assim lhe permitem.
Vieram os homens que eu
não queria, mas que me queriam,
e os que eu queria, e não pude ter.
Os homens que não pude ter
eram sempre enormes, ambidestros,
bonitos como o meu pai quando
meu pai não era homem,
quando meu pai era eu mesma,
perdido de amor.
eu porém tantas vezes não estava pronta
banho tomado
penteada asseada jantada
crescida formada empregada quase morta
pra quando minha mãe chegasse
eu não estava pronta
eu resistia a todos os meus deveres
eu me insubordinava
eu teimava toda uma vida
(ainda teimo)
eu não me limpava
só pra ver se minha mãe chegaria
a despeito de mim
a despeito da sujeira do erro da noite
a despeito da espera a que
assim fingindo não esperar
eu me recusava
foi assim por muitos anos
minha mãe e eu
numa língua estranha e indecisa
embora fosse a mesma língua
a limpeza que eu deveria guardar para ela
e oferecer a ela
na volta
ainda guardo comigo
e de repente deparo com ela
(que ainda espera)
num livro
numa voz estranha
numa outra mulher
que também esperou
numa banheira vazia
o seu amor voltar
AMO-TE CEDO
Ele é .
Como?.
Não vou dizer.
Não vou conseguir.
O que sinto?!
Se é que sinto.
Saber não vou te permitir.
Sei eu que sinto.
Sabe ele se lê.
Lê sem vírgulas pontos ou palavras.
Leio eu quando sua voz falha.
Eu viveria um romance desses de filmes adolescentes facilmente.
Eu sei amar até doer.
Eu sei chorar pra parar.
Sei que é triste até dizer
Suponhamos que assim venha ser .
Ele me ame assim por eu ser .
O que geralmente não sabem que eu sou.
Me amasse por cada letra.
Cada palavra sorteada.
Cada poema meu de amor.
Se fosse amor.
Amortecedor.
Sendo amor que tece a dor.
Ou amor te, cê dor...
Ou até mesmo a morte... medo...
amo-te cedo...
É cedo demais pra ser versificado?
É bonito mesmo os casais entrelaçados?
Poderia me amar por esse meu outro lado?
Dos meus versos, pelo menos você não ser um alienado?
Me deixar sonhar com o amor.
Amor tessido em felicidade.
Podemos lidar com isso de verdade.
Leia meus poemas por eu ter te amado.
Eles são mesmo os resultados.
Mas leia antes do registro da minha morte.
Leia hoje se for forte.
São só uns cinquenta e nem todos falam dessa minha sorte.
"Andei procurando sentidos que pudessem levar-me do náufrago ao porto.
Desembarquei em ti Bahia.
Solo que me era pouco conhecido.
Pisei na tua terra, banhei-me em tuas águas, abracei teus nativos e respeitei tua mata.
De ti não quero distância, quero teu mel, tua pimenta, dançar com os Pataxós e fazer eternas lembranças.
Agradeço teu conforto, teu zelo, teu alvoroço,
que sem nenhum esforço faz de mim um todo".
Ela é paz em meio a guerra,
Guerra em meio a paz!
Sentimento que se desperta,
Se corre sem ir atrás!
Ela é brisa e ventania,
Depende da intensidade!
Ela é ritmo, responsa e alegria,
Bondade com sabor de maldade!
Ela é show de Rock,
Com tons de Djavan!
Meu coração já acorda a esperando,
Domingo a domingo, manhã a manhã!
Ela é conexão rara,
Mente inquieta em construção!
Ela é tatuagem sem marca,
Tatuado: dona do teu coração!
Ela tem sabor de vinho doce,
Sem perder sua magia!
Quem dera se o que me bastasse fosse,
Ser sentenciado só a tua companhia!
Ela é solidão cativa,
Silêncio que fala sem tocar!
Ela é brega bem pai d'égua,
Daquelas que dá vontade de namorar!
Ela é rua que encosta na tua,
Falar que ela é linda é pleonasmo!
Despir sua alma nua,
Foi mais do que uma poesia,
Foi um golaço!
Ela é mistério,
Com mil segredos e um para desvendar!
Ela é menina ou é mulher?
Ela pode ser o que quiser,
Onde ela for estar.
Ela é horizonte,
Latitude 0 puro verão!
Dona do amor de quem não se esconde,
A dizer que é louco por ela,
Sem ser louco em vão.
E na geração que tenta ser de tudo,
Inclusive não ser o que se é!
Ela mesma responde a pergunta que te fiz:
Ela é menina!
Ela é mulher!
#EJr.
Renato Russo uma vez escreveu: "Que o pra sempre sempre acaba"... Ele tinha razão por que o 'pra sempre' tem que ter um fim quando esse nos impulsiona a caminhos tortuosos, a coisas sem sentido que mesmo insistindo inconscientemente numa mudança, novos começos determinam o pra sempre!
Não é diferente em um relacionamento, alguns 'pra sempre' são maiores que outros no sentido de que e de quem você tá disposto a levar 'pra sempre'.
Tem gente que prefere levar lembranças para a eternidade, tem gente que prefere abrir mão das decisões que já estavam determinadas 'pra sempre' nao irá acontecer... Mas isso me faz pensar, quais decisões ja tomei dizendo que seria 'pra sempre' ou melhor dizendo... Eu nunca mais farei isso ou aquilo.... Será que existem assuntos que resumi a eternidade em palavras?
Quantos 'nunca mais' estão entre você e sua felicidade?
Sim, a gente coloca barreiras em palavras! Quantas vezes já disse: Isso nunca mais eu faço! E quando nos pegamos fazendo e de novo nos surpreendemos e isso momentaneamente até nos envergonha e isso é natural, acontece com todo mundo.
Analisando a vida pude vê que isso limita muito aonde estamos e aonde queremos chegar, temos de lembrar que existem muitos outros caminhos para se ter uma definição daquilo que não entendemos concretamente, precisamos sempre chegar ao consenso de que é covardia definir uma vida inteira por um momento que se tornou confuso, importuno e contraditório.
Não defina sua vida num momento de raiva, não dê eternidade a sentimentos de momento e viva de forma a não se importar com o que os outros e vc mesmo as vezes acha sobre algo que ainda nao entendeu plenamente... Viva pra você!
Nem sempre uso a vírgula
ela numa trova falta não faz
o que vale é ter conteúdo
um pouco de alegria e ser da paz
E pensar que ela gostava do gosto da minha boca,
com aquele aroma de cigarro misturado com uísque barato.
não bebo muita água durante o dia,
fumo em média sete cigarros
um deles é pela minha vontade de fumar.
um ator em decadência.
é assim que sempre me senti.
entretanto, não duvides.
enquanto restar minha pele,
esta que habita em mim,
ou,
esta que me habita.
que tanto me ocupa,
que tanto me consome.
estarei atuando.
e quem não?
viva a decadência.
e me deixe viver com as minhas ilusões,
pois,
se eu as criei,
foi por precisar delas.
e mais,
e me deixe viver,
pois,
enquanto vida,
sou eu quem vive.
A inexprimível saudade
tem eterna conexão
por meio de versos d`alma.
Entre soluços e os ais,
e sem pensar numa rima
pra palavra nostalgia,
talvez, cristalize- se
na voz de uma poesia.
Posso sentir os anos atravessando meus dedos feito uma lâmina cortante, rasgando minha carne até o osso. E te vejo indo embora, igual a uma faca cega ambulante tentando cortar um arame. Da qual não sabe a hora de parar de passar pelo mesmo lugar, e não causar efeito algum.
Deixando o estrago ainda maior.
Como uma cerração grossa
se dissipou no meu para-brisa.
Apagou qualquer vestígio que havia passado por essa vida.
As noites são traiçoeiras,
e as luzes nostálgicas.Me lembra dos leds no bar, vermelho.
Piscando igual a um vaga-lume morrendo
no meio das vinhas geladas.
Eu queria fazer um ato revolucionário
Mudar o sistema
Talvez...
Ser rebelde
Anarquista
Quebrar uma vidraça
Pichar uma praça
Gritar pelas ruas
Sair nua
Consegui fazer meu ato revolucionário
Ao ler um poema
Mudei a mim mesma.
O jeito que vejo o mundo
Jamais será igual ao seu
Eu olho da minha janela
Talvez tu o vejas por cima do muro
Não sei se vês flores ou ruelas
Ruas empoeiradas ou casas caiadas
Quem sabe um dia te convide
Ou o teu muro visite.
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