Poesia sobre o Desabrochar da Idade
Ondes e quandos
Não sei onde
Nem quando
Sei que aqui estamos
Abro os olhos e estou no presente
Fecho os olhos e virou meu passado
De ondes e quandos
Como olhos que se fecham e abrem
Entre as milhares das milhas percorridas
por ondes e quandos
Quando sim e onde não
O futuro pode ser os esboços
Se somos um pouco do amor que recebemos
Somos um pouco do amor que doamos
De ondes e quandos
Um pequeno príncipe dos dilemas
Uma fada mágica de certezas
Uma pitada de Ilusões
Uma pitada de contradições
O que somos e o que podemos ser
Dos ondes e quandos
Nos mistérios aventurantes de cada dia
Não há lugar que possa correr
Se seus olhos penetram a invadir-me,
Tempestades de sentimentos caem sobre mim,
Como choro, regurgitadas,
Se seu coração bombardeia a fuzilar-me,
Emoções caem inquietas sobre mim,
Como desejos, insopitáveis,
Se seu amor eclode a refugiar-me
Redoma de acalento assenta sobre mim
Como amparo, escudado,
Não há nada que possa fazer,
Não há lugar que possa correr.
Quarto escuro
As paredes perderam suas vozes
As janelas perderam suas luzes
Os dias perderam suas cores
Tornou-se um inverno aqui dentro
Tudo tá tão escuro e frio lá fora
A casa reflete os ecos da quarentena
O quarto tá vazio como uma sentença
Lá fora tá escuro, e vejo o reflexo das estrelas
Lá fora tá deserto, e sinto a distância das certezas
O quarto tornou-se um cubo
Vou fazê-lo um santuário de reza
Pra me conectar no meu refugio
Vou acender a minha vela
Nem mais, nem quais, vou me aquietar
Pra voz de dentro assim soprar
Os anseios, as perguntas, responder
O que nada pode garantir a não ser o poder de crer
A fé me guia com todo seu poder de oração
O quarto escuro tornou-se o lugar de iluminação.
O céu
Posso flutuar como uma águia
Posso flutuar como avião
Mas se não tiver asas
Tenho um céu magnífico na cabeça
Pra sonhar, pra imaginar
Pra almejar se chegar
No céu do infinito, no céu do paraíso
Sem limites, mesmo com os pés no chão
Para quem olha pra cima e sonha alto
Não há caminhos para pernas paradas
Não há esperança para mentes travadas
No céu moram os anjos para nos abençoar
O céu traz esperança pra caminhar
O céu traz o horizonte pra se enxergar
Quando suas cortinas de nuvens se abrem
Decreta um novo dia que irá começar.
A travessia
A vida vai te levando,
Experiente na sua jornada,
Com os olhos vibrantes,
Das corujas da noite,
e das águias do dia,
Por cima flutuam num longo tapete de sonhos,
E eu no meu carro pelas lombadas,
A sinalizar o chão de concreto,
Seja como for, será o condutor,
Por onde passar, terá sempre alguma coisa a vivenciar,
Na vida de estrada, no carro de sua alma,
Nas travessas de obstáculos,
De caminhos de escolhas,
Buracos imprevistos,
Atalhos cruzados,
Trilhas inesperadas,
Alguns passarão a fazer um drama,
Outros passaram a fazer a viagem eloquente,
Todos percorrerão,
Seja como for,
Será seu condutor,
Da travessia.
Feito de tentar
Coloco cada peça
Moldada em tentativas
Percorrendo os caminhos
No quebra-cabeças da vida
Nada nasce pronto
Anda pelo processo
A experiência a cada dia
Como passos de formiga
Às vezes nos iludimos
Em frente ao castelo
Almejado com esforço
Foi fruto de um sonho
Nada acontece pronto
Nada nasce feito
Cada tijolo é um efeito
De tentivas, erros e acertos
Cada passo tem seu tempo.
Mulher de cristal
Nela a beleza é decretada
Quando se olha é água da fonte
Brilhante como o crepúsculo celestial
Fascinante como o sobrenatural
O reflexo cega os olhos
Confunde os sentidos
Tanta beleza num só mirífico
Sereia desnuda
Ornamentada pelas águas
Com vestido de cascata
Cabelos de itororós
Coroa de gálio
Desfilando na angra de cristal.
A rosa
Seus olhos brilham como rubi
Refletem os verões e os invernos
As flores verdejantes e os aromas apaixonantes
A inspiração de se entregar
Imaginações inquietas tomam formas
Espelho inteiro que reflete a beleza do jardim
Onde só há concreto
E pedaços de raizes perdidas na calçada
A pressa exarcebada dos lobistas ansiosos
Seus olhos de vinho docificam o tônus da sua face
Suas mãos calejadas ficam suaves
Como brisa que arrepia a pele
Seus olhos são reflexo
De tudo que tem romance
Você é como uma rosa que permanece
Cheia de pulcritude e perfume
Colorindo o centro da sala.
Árvore de Natal
Natal está chegando,
E minha casa irei ornamentar,
Tempo especial que marca a passagem,
A árvore de Natal me faz lembrar,
O passado dos que estiveram,
O presente dos que estão,
E o futuro dos que estarão,
O Natal é um momento mágico,
O tempo mostra que é mais que uma data,
Uma noite de junção,
Da mesa colorida,
Dos enfeites colocados com entrega,
Da casa cheia,
E com o tempo vai esvaziando,
Quando se monta a árvore,
Bate a saudade,
Dos anjinhos pendurados,
Das bolinhas balançando,
Dos piscas-piscas,
Acendendo e apagando,
Como as estrelas,
Que enfeitam lá em cima o céu,
Que também acendem e apagam,
Com o tempo quem monta árvore,
Vai entendendo o significado,
Da noite de Natal.
Perfume
Quero sentir aquela única noite,
Com as luzes vibrantes,
Que nos refletiam na parede,
Quero ter a realidade dos sonhos,
Viver o calor real,
Quando os corpos se juntam,
Passaram-se dias,
Correram-se anos,
Nunca mais nos encontramos,
E meus pensamentos voltando,
Como déjà vu de emoções,
Indescritível,
Inesperado,
Intenso,
Guardo naquela rosa,
O aroma da lembrança,
Num vidro blindado,
Um frasco de cheiro,
O perfume cuidado,
Do que restou do romance,
Sua essência,
Que se impregnou em mim.
Efígie
Foi-se como um sonho,
Devaneio de prazeres proibidos,
Deusa foragida do paraíso,
Flecha que acertou o mais destemido,
Desbravador de Quimera e Basilisco,
Um lobo temido,
Que sucumbiu nas graças,
De uma predileção,
Agora resta os encantos,
Na caligem das guerras,
Na esbórnia dos lambareiros,
O cavalheiro tornou-se assisado,
De coração ameno e ponderado,
Aflorado de talentos adormecidos,
Um fabro mudado,
Sua obra aos poucos foi-se talhada,
Dotada de formas delicadas,
Fruto de paixão e inspiração,
Efígie que sobreviverá aos tempos,
Viverá aos atentos,
Encantados por seus condões,
Que embeleza, gera e transforma.
Aquela areia do passado é desmachada pelos ventos. Nada é como antes, nada fica igual, nem os grãos.
As dunas do passado quando assombram o presente, precisam de ventos fortes pra desmanchar e
abrir os caminhos. Tudo se integra e desintegra como areia para novos começos e recomeços.
Vestida de rosas
É um pouco das cores da primavera,
É um pouco do calor do verão,
As oscilações do outono,
E um pouco do frio do inverno,
Um pouco de mulher,
Um pouco de homem,
Um pouco de gay,
Muitas vezes intuição,
Muitas vezes razão,
Muitas vezes coração,
Que quebra em pedaços,
E aprende a andar pela passarela,
O levantar do dia e o cair da noite,
Um pouco de tudo,
As várias camadas do crepúsculo no entardecer,
Os prismas do arco-íris ao chover,
Custei a observar todas as rosas,
Sentir todos os aromas,
Entender as diferenças,
Na complexidade do jardim,
Fui costurando como um vestido,
Tomando cuidado com os detalhes,
Cada rosa é uma única,
No meio de todas as outras,
Parecem iguais,
Mas quando te olhei vestida no altar,
Compreendi sua beleza singular,
Sua história particular.
Quando estamos numa guerra, ou numa pandemia, ficamos todos desnivelados. Resta o poder dos misericordiosos.
Quando só há política, o amor se perde. Não existe lugares melhores e piores. Existem pessoas
que fazem a diferença nos lugares.
Árvore de Natal 2.0
Natal está chegando,
e minha casa irei enfeitar,
Tempo breve e especial,
que marca a passagem,
Seus enfeites pendurados,
Me fazem lembrar,
O passado dos que estiveram,
O presente dos que estão,
O futuro dos que estarão,
Tudo é tão decorado,
Os detalhes com cuidado,
Natal é um momento mágico,
O passar dos anos,
Vai mostrando,
Que não é apenas uma data,
Da mesa colorida,
Dos enfeites colocados com entrega,
Da casa cheia à luz de velas,
E com o tempo vai se esvaziando,
Quando se monta a árvore,
Bate a nostalgia da saudade,
Das gargalhadas da ceia,
Dos sinos natalinos soando,
Dos anjinhos pendurados,
Das bolinhas balançando,
Dos piscas-piscas,
Acendendo e apagando,
Como estrelas,
Que enfeitam lá em cima o céu,
Que também acendem e apagam,
Com o tempo quem monta árvore,
Vai entendendo o significado,
Da noite de Natal.
Ciclo sem fim
Vem primavera, vem com suas pétalas!
Traga sonhos, deixe-os voar!
Folhas q nascem, secam, caem, surgindo novamente!
Assim como a esperança!
Tens sempre que regar!
Pra cultivá-las!
Secam, caem, brotam novamente!
Transmutando-se!
Num ciclo sem fim!
Novas vidas em novas pétalas!
Novas oportunidades em novas folhas!
Nada se repete assim como cada dia q passa!
Gotas de orvalho!
Q caem na terra!
Recicla!
Num ciclo sem fim!
Teu Sorriso é O Céu
Eu te vi chegar como quem não quer ficar
Baixinha, pretinha, mas com força pra impactar
Teu sorriso é fogo, queima sem avisar
E nele eu vejo Deus, mas também sinto pesar
Teu sorriso é tempestade, vai e vem, sem direção
Cada vez que te olho, perco chão, perco razão
Teu olhar me desafia, teu silêncio grita mais
E o que resta em mim é só vontade de paz
Cada riso teu é metade do que não entendo
Teu silêncio é arma, teu mistério é veneno
Mas sigo, tropeço, e volto a levantar
Porque há algo em ti que me faz continuar
Teu sorriso é tempestade, vai e vem, sem direção
Teu sorriso é tempestade, vai e vem, sem direção
Cada vez que te olho, perco chão, perco razão
Teu olhar me desafia, teu silêncio grita mais
E o que resta em mim é só vontade de paz
És contradição, entre luz e escuridão
No teu sorriso encontro o caos e a redenção
Sou refém desse jogo, dessa dança sem fim
Mas ao final do dia, ainda volto pra ti
Teu sorriso é tempestade, vai e vem, sem direção
Cada vez que te olho, perco chão, perco razão
Teu olhar me desafia, teu silêncio grita mais
E o que resta em mim é só vontade de paz
Entrega de Vida
Estudo não é só para o sentir,
É para quando o vazio se instala e insiste em ficar.
Ser fiel é saber onde se está,
Mesmo quando o coração não quer reagir.
Como no altar de um casamento,
O amor não é apenas calor ou emoção,
Mas entrega consciente, entendimento,
É a mente que guia o passo da ação.
Cristo não sentiu prazer na cruz,
Sua dor foi imensa, mas Ele sabia,
Que amor não é impulso que reluz,
É decisão, é verdade, é sabedoria.
Amar é mais que emoção que se desfaz,
É decisão de caminhar na fé,
Mesmo quando a alma busca paz,
E os sentimentos oscilam, como maré.
É num discernimento profundo,
Que nos encontramos e nos vemos,
Nasce a decisão, passo a passo,
E em cada escolha, nos entendemos.
Amor é saber o lugar de estar,
Mesmo que o coração grite o contrário,
É escolher, confiar, e se entregar,
Viver o amor como algo diário.
Por isso estudamos a fé e a verdade,
Para que o coração siga a razão,
E no silêncio das tempestades,
Cresça a força da nossa união.
“Escrever é vencer o tempo, cristalizar orações e memórias,
e fazer memória do que está dentro.
É permitir que o tempo não corroa tudo o que precisa ser lembrado.”
Acho que não sou a única,
não sou a primeira a sentir
e por aqui nem serei a última
a buscar algo para distrair.
Sei que a chuva é dádiva,
mas sempre que alguma
tempestade é anunciada,
Não nego que fico ansiosa
e sem conseguir dormir.
No Médio Vale do Itajaí tem
sido algo que assombra
de um jeito que perdi a conta;
Mesmo que não cumpra
o anunciado a imaginação
por hábito constrói o cenário.
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