Poesia sobre Arte
Armadura
Eu me desapeguei do mundo inteiro
eu me desapeguei para que o mundo não mudasse o meu jeito
eu me desapeguei pra ter respeito
pois precisei me libertar de qualquer jeito
Deixei de ser romântico
deixei de ser amigável
deixei de ser bonzinho...
Parei de ter carinho
Tornei-me um grosso
bicho solto a me rebelar,
parei de ouvir todo mundo
para aprender a me amar,
e só assim aprenderam a me respeitar
Vesti-me com cara mais emburrada
e minha personalidade mais mal criada
como uma espécie de armadura,
pois foi assim que conseguir a minha proteção,
já que sem a armadura...
Eu seria uma preza fácil no meio da multidão
Os sentimentos se desfizeram
não cultivo mais amor
não cultivo amizade
nem carinho, ternura ou qualquer emoção,
não foi por minha vontade
foi à única solução
Eu me desapeguei de tudo
para assim poder me encontrar
a se o mundo inteiro pudesse saber
como estou feliz por me amar.
Aprendi que sorrir faz bem.
Levar alegria
para alguém!
Aprendi a ser educada,
mesmo que o assunto,
não seja agradável.
E o que esperar do outro lado?
Não confundir
simpatia e educação,
com alguém de fácil aceitação.
Seja educado também.
Respeite o espaço
e a minha opinião.
Se em coisas banais repousar o meu silêncio, ali viverei.
A luz já não precisa ser branca, luminosa, transparente, não tem que provocar nada, não necessita de aprovação.
A luz é só luz de novo, intimista, queimada de amarelo, uma teoria antiquíssima, um trajeto percorrido repousando numa clareira. Entre o ser e o estar, o que existe, entre a onda e a partícula, a incandescência.
Um repouso trabalhado, desejado, esperado por milênios, uma torre alta e o vento que nos rouba o ar. Os feixes de realidade decompostos em manchetes criminosas que aquecem os sonhos das fachadas cinzas, de homens raquíticos e empoeirados.
Onde tudo é verde a força é natural e despreparada, a luz é filtrada, e o canto dos pássaros nos distrai..
Quando a tristeza chegar, não se acanhe.
Se apegue a melodia, e cante.
Porque como diz o ditado:
"Quem canta seus males espanta".
Estava a pé.
Isolado do mundo.
Solitário.
Meu refúgio.
Mas no fundo,
não estava sozinho.
Minha fé,
era o meu porto seguro.
Para muitos,
eu não tinha nada.
Mas eu sabia
que tinha Deus,
e pra mim já era tudo!
Respeito todo mundo quer.
O idoso, o aposentado.
O doente acamado.
A criança carente.
O filho adolescente.
O jovem trabalhador.
O adulto desempregado.
O pobre ou milionário.
Respeito todo mundo quer.
A arte de respeitar está em saber aceitar,
as diversas maneiras,
que cada um tem de pensar.
Respeitar o amor, seja qual for a união.
Respeitar aquele pobre cidadão,
que não tem dinheiro para comprar o pão.
Respeito está até aqui neste texto.
Se gostou compartilhe e se não gostou silencie.
Quantas vezes o poeta já "dançou"
por não saber dançar;
quisera ele ser apenas a sombra
dos passos...
Tirar a lucidez das palavras
para que reste só poesia
esconder-se inteiro num poema
consciência demais do ser
tanto tão pouco
as palavras contam
(quase tudo)
entretanto
entre tantos instantes
há coisas que permanecem
silenciosas e presentes
tocaias de sonho
poemas-flechadas
no meio do coração
pinceladas de eternidade
por toda a parte
arte .
Idade Bela
Como o ourives que avalia o ouro,
Apraz-me vem o tempo da idade bela,
Das rugas, o saber; do dia que vindouro,
Soma-se vida, vivida arte tão singela.
Conto horas de outrora, marcas de exemplo,
Entre nuvens que pesa, sol pondera e acalma,
Pois, não é de números que me veste a alma,
Nem tão pouco de sofrimento faço templo.
Cada manhã que da janela monta, desponta,
Advém a graça que minha existência canta,
Graças eu dou pelos anos que me faz viver.
E se a velhice me tomar de fato, amém!
Raros têm a coragem de seguir e ir além.
Cá no que me vem, fonte que me faz reviver.
(PARA CANDIDO PORTINARI)
A sua lágrima colore duas açucenas. Nas mãos: o mestiço sorrir dos olhos fechados. Colhes as flores que nascem em cima dos túmulos e te alimentas dos vermes expostos aos urubus. De manhã, o suor da capoeira. A tarde, fome na seca. Noite: o sonho. Fantasias um Brasil que existe e crias o surrealismo do cotidiano. Levas a morte às sesmarias desnutridas, cantas os cores de João Cabral de Melo Neto e invades os postigos da grande impossibilidade. Hades ergue-te adorações. Zeus curva às prosopopeias dos teus pincéis. O Olimpo arruína. A Arte é tua filha. A inspiração é tua mãe. O olhar perdido: a vereda do teu coração.
Veranear como pássaro que procura ninho - paz!
Iusão
E quando a vida se fez pesar
Eu triste, machucado a chorar
Não hesitei em me reinventar
Fiz da mágoa, da tristeza, uma arte
Uma personagem
Em defesa do meu coração
Fiz-me forte e confiante
Mera e pura ilusão
Logo eu, um ser amante
E com tão pouca razão
Assim sigo vivendo
Escravo dessa amarga solidão
Quando a vida tende a machucar
Minha personagem continua a gritar
Essa fictícia vida de satisfação
A lágrima que por vezes brota nos olhos
Luta, faz de tudo para cair
Porém, a mente amarga e egoísta
Faz a lágrima retrair
Dando força a ilusão de não sentir
Mesmo sentido
E assim continuar sorrindo
Dando vivência ao ser que mente
E sempre sorrindo mente pensando que é feliz.
Há muita facilidade em se atirar pedras...
Difícil é lapidá-las e transformá-las
em uma obra de arte.
Epigrama
Sim, ser escravo da Beleza –
mais filho do escuro que encontro
do que escrevo da gente
e da contingência.
Procura-se
a custos exorbitantes
a órbita ao menos
da palavra justa
e resta quitar-se ao lado
do quanto a palavra custa.
Não vivemos em um mundo de aparência, não mais!
Antigamente importava; dinheiro, aparência física e casas de luxo. Hoje em dia o feio virou arte, estamos retrocedendo, vamos voltar para cavernas e usar clavas chamadas "app´s" para conquistar uma garota. Sem chocolates, frio na barriga e serenatas
Me apego a alguns objetos que guardo. Eles me passam a idéia de que sorriem felizes ao reencontrá-los nas gavetas e caixas. Não me fazem perguntas. Não procuram entender nada nem ninguém.
Ao contrário, reencontro pessoas, sempre com muitas perguntas e um gabarito que definirá se eu acertei tudo.
"O PINTOR E SEU PINCEL"
Ele faz das cores o seu pensar sem ferir,
Vai com cuidado e amor ditando uma nova paisagem,um novo renascer de um mundo só dele...sem lamentos,sem ódio ou descriminação.Alguns entenderão sua arte,mas ele está pouco ligando,porque sua razão vai mais além da imaginação de um simples mortal...porque o amor ao que se faz é arte pura!!!
A poesia nos põe o pensamento nas nuvens,
vem os versos, devaneios a mil por hora,
muitos não entendem essa arte. Na verdade é válvula de escape para o poeta que se não a traduzir sufocará sem demora.
Talvez
Talvez eu viva por muito tempo
ou vá amanhã.
Talvez eu seja o artista da minha própria vida
ou fique só na plateia.
Talvez ela gosta de mim
ou apenas me admira sem me amar.
Talvez hoje chova ou dê sol.
Talvez eu veja o lado bom em tudo
ou fique mais na bad.
Talvez eu faça aquela viagem dos sonhos
ou fique só mesmo nos pensamentos.
Talvez meu dia seja bom ou ruim.
Talvez eu te veja em breve ou daqui a anos.
Talvez eu goste mais de mim
ou entregue todo meu amor pra alguém.
Talvez seja cedo ou tarde demais.
Mas o único talvez que nunca podemos dizer
é que somos eternos na vida corporal.
Um segundo efeito da educação e do controle dos instintos é a capacidade de apreciação estética. Quem já praticou por tempo suficiente uma arte clássica sabe que, para captar todas as qualidades estéticas de um objeto de arte, o nível de controle dos instintos é incalculável. Ao olhar um objeto que o impressiona esteticamente ao máximo, um instinto não educado imediatamente se volta para as sensações de prazer causadas e perde o objeto.
Como quando se ouve uma música que é muito tocante: se os instintos não forem treinados, a atenção desvia-se da música para os sentimentos de prazer; se for uma obra excelente, somente o sujeito com os instintos altamente treinados é capaz de assimilá-la como um todo; outro sujeito no primeiro movimento já está olhando pra si mesmo e não está mais olhando para o objeto.
TAUTOGRAMA EM “A”
A afronta arremessada... Abaixo a alma.
Amo, amando, atinjo a aflita alma,
Ansiosa, agoniada, aspira à atenção,
Atinge à arte... Amarga ação!
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