Poesia Poema Natureza
Do cimo da árvore
vê como te perdem a pista.
Eles nunca olham para cima:
Esquecem que a quem escapa
É como se lhe nascessem asas.
não me importo que o vestido
suba com o vento
até certo centímetro da perna
lembro-te que já disseste todos os fins
das coisas
aceito até os pardais
que chocam em contramão com
Bóreas
aceno às mulheres
nas varandas
e digo-lhes:
prendam bem a roupa no arame
ladrões há muitos
o meu vestido é uma bandeira:
agita sem rasgar
sem fronteira sem hino
recorta os flancos e funde nos joelhos
uma profunda melodia:
o mar na areia
mas não sou cacique
e o vento não me fala
não há um gesto de tréguas
e ainda tento
ainda penso agarrá-lo entre os dedos
ainda o procuro na gota de silêncio maior
vento, vem
vento, fica
mas só o meu vestido se espanta
e dança
contra a minha vontade
Minha cabeça estremece com todo o esquecimento.
Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.
Falo, penso.
Sonho sobre os tremendos ossos dos pés.
É sempre outra coisa, uma
só coisa coberta de nomes.
E a morte passa de boca em boca
com a leve saliva,
com o terror que há sempre
no fundo informulado de uma vida.
Sei que os campos imaginam as suas
próprias rosas.
As pessoas imaginam os seus próprios campos
de rosas. E às vezes estou na frente dos campos
como se morresse;
outras, como se agora somente
eu pudesse acordar.
Por vezes tudo se ilumina.
Por vezes canta e sangra.
Eu digo que ninguém se perdoa no tempo.
Que a loucura tem espinhos como uma garganta.
Eu digo: roda ao longe o outono,
e o que é o outono?
As pálpebras batem contra o grande dia masculino
do pensamento.
Deito coisas vivas e mortas no espírito da obra.
Minha vida extasia-se como uma câmara de tochas.
- Era uma casa - como direi? - absoluta.
Eu jogo, eu juro.
Era uma casinfância.
Sei como era uma casa louca.
Eu metias as mãos na água: adormecia,
relembrava.
Os espelhos rachavam-se contra a nossa mocidade.
Brisa da tarde, vá onde não posso,
abraçar a quem quero bem,
traga de volta um abraço,
porque eu quero também !
Estou muito feliz hoje
Com a linda conjunção
Lua e Júpiter no céu
Chamando toda atenção
E aqui todos na Terra
Os vendo com emoção
Dor
Não importa o quanto eu grite
O quanto eu implore por socorro
Ninguém vai me salvar
Não importa o quanto dói
Não há remédio que
faça a dor parar
Estou em um beco sem saída
Apenas rastejando
pelo caminho
Tentando sobreviver
Bem baixinho vai-se ouvindo o silêncio
si-len-ci-o-sa-men-te, mente.
E diz devagar aos gritos, len-ta-mente
mente.
Pois bem baixinho o amor vai dormindo,
e vou indo na lembrança como quem ama.
Cantando poesias de ninar, sem algo de amar
amargamente, mente, silenciosamente.
OUTRA RUA
Onde estou? Está rua me é lembrança
E das calçadas o olhar eu desconheço
Tudo outro modo em outra mudança
Senti-la, saudoso, no igualar esmoreço
Uma casa aqui houve, não me esqueço
Outra lá, acolá, recordação sem herança
Está tudo mudado do tempo de criança
Passa, é passado, estou velho, confesso
Estória de vizinhança aqui vi florescente
Pique, bola: - a meninada no entardecer
Hoje decadente, e conheço pouca gente
Engano? essa não era, pouco posso crer
Ela que estranho! Se é ela ainda presente
Nos rascunhos, e na poesia do meu viver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Agosto de 2020, 31 - Cerrado goiano
Quando um erro nos tira uma paixão
É porque a consequência vem à tona
O nocaute nos faz beijar a lona
É um golpe certeiro no coração
Nós sofremos com a desilusão
Mas a culpa é o que mais nos faz sofrer
Dói o peito dá vontade de morrer
Porém somos obrigados a suportar
Se um dia meu amor me aceitar
Nenhum erro vai fazer-me lhe perder
DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA
No esporte ele trabalha
E nos dá educação
Ensina alongamento
E também musculação
Nos ajuda na corrida
Traz qualidade de vida
Faz tudo de coração
Diga não para o racismo
Lute contra o preconceito
Abomine sexismo
Tenha sempre mais respeito
Deixe a discriminação
Bote amor no coração
E o mundo terá jeito
O SISTEMA SOLAR
Em primeiro vem Mercúrio,
Depois tem Vênus e Terra,
Marte e Júpiter, depois,
Vê se aprende e não erra.
Saturno e seus anéis,
Eu declamo com cordéis,
E ainda não se encerra.
Então vem planeta Urano,
E Netuno, mais distante,
Esse sistema solar
É de um tamanho gigante.
Ficou fora o Plutão,
Porque é planeta anão,
Mas é muito apaixonante.
AFORA
Passaste como a flor do ipê fugaz
que se desprende na sua aurora
do desvelo só tiveste àquela hora
em que do afeto o emotivo traz
Ter-te e perder-te! sensação voraz
que inunda o peito, e a dor piora
sem ver-te, o poetar por ti chora
em tristes versos, saudade tenaz
Demorou essa presença em mim
minha alma ainda adora, e flora
emoção num sentimento marfim
Neste querer, o querer é outrora
se sonhei contigo, calou o clarim
dessa estória, o amor vai afora!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Setembro de 2020, 02 – Triângulo Mineiro
Se seu filho dá trabalho,
É criança bem arteira,
Dê-lhe muita atenção,
Junte-se à brincadeira.
Tudo ele memoriza,
E se você o prioriza,
Ele o ama a vida inteira.
Já foste linda mulher e tua lindura não finda,
se é de dentro d'alma vinda,
hoje és tu, muito mais linda ainda.
🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹
No tempo de antigamente,
Imperava o machismo.
Mulher nem podia votar,
Então houve ativismo.
Mesmo com toda bravura,
Elas não perdem doçura,
Na luta do feminismo.
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