Poesia ou Texto Amigo Professor

Cerca de 22778 frases e pensamentos: Poesia ou Texto Amigo Professor

CERNE (soneto)

Do ventre do cerrado ergui meu gemido
Estrugido duma saudade que me eivava
Furtando o fôlego duma dor que escava
O coração já aturado e um tanto dividido

Da solidão a tramontana reviu-se escrava
No cerne da sofrença no peito desfalecido
Que és de tudo escárnio no fado contido
Grito! Que ao contentamento então trava

Que labareda tal me arde no esquecido
Me remanescendo qual tétrica cadava
E me prostrando na réstia do suprimido?

E, se toda sorte aqui me falhe, és clava
A esperança, dum regresso ainda vivido
Factível, sem os que a quimera forjava...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

"" Não me deixe morrer em você
antes me curta,
me faça sua festa, seu sorriso
seu momento especial
não me deixe antes da hora
minha alma não ignora
quer a sua, mergulhada na minha
brilhando como louca em noites de amor
fiz de você a dona da casa,
a amante desejada e a rainha.
por isso não deixe que eu parta sem levar aquela saudade
ela me fará voltar quinze minutos depois
apaixonado e ardente
como sempre...

Inserida por OscarKlemz

Eles tinham um jeito tão particular de olhar um para o outro que as palavras eram esquecidas no silêncio e no sorriso em cada rosto.
Esse era o mais sincero cortejo feito pelos dois, se amavam até mesmo quando não havia um toque ou algo mais depois.
E assim muitos encontram o amor em um simples momento, nessa forma de amar que ficou esquecida no tempo.
Eles não tinham um corpo escultural mas isso não seria a grande atração no final.
Eles amavam o olhar que afaga e acalma, o olhar de quem faz cafuné na alma.

Inserida por jucsom

O teu silencio...

Este pensar em ti a cada segundo
Quais anseios de alento infindo e de
Um ultimo beijo que te dei...
Nossos segredos ficaram ocultados nas noites
De esse amar com ares antigos... E nostálgicos
E entre ritmo febril da essência
Onde o pranto não dilacera a saudade...
Tua voz calou-se... Então eu te perdi...
Vou amargando os temores do silencio
- murmúrio secreto e indivisível -
E assim o sonho se perde na lembrança do tempo!

Inserida por celinavasques

Sob cada horizonte
Estive a sua procura
Correndo Montanhas a montanhas
Entre mil tempestades
E um milhão furacões
Sempre atrás de você
Mas nunca achando
As vezes penso em desistir
Mas me pego pensando em ti
Não consigo parar de pensar
Nao importa o quanto corra
Nem o quanto fuja
Estou amarrado a uma âncora que é você

Inserida por Victorfrei

LACUNA (soneto)

Solidão, de insistir-te, não és esquecida
A saudade anda exagerada em te trazer
Nem sequer és o pretexto do meu viver
Pois se a sorte é triste, alegre é a vida!

Nada neste exagero é de fato pra crer
Se há ganhos e perdas, vinda e partida
Ter desvario é querer chuchar a ferida
O vital é mistério, bom é se surpreender

Pois a mesma estória tantas vezes lida
Traz história enlouquecida ao escrever
Tudo passa, não é só subida e descida

Ai, pode voar o tempo, tempo morrer
Tudo tem princípio e o fim, na medida
E nesta metamorfose, vai o nosso ser...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
2017, início de janeiro

Inserida por LucianoSpagnol

REBOTO

Cobra d'água
cobra sega...
Cobra braba
cobra pega,
tem cobra dando seu bote
em meio a sua macega.

Cobra a divida
cobra a vinda...
a ida e volta esta ferida
seu moço cobra a conta
d'essa sua triste vida.

Porque cobra aquele no
que nunca pagou ninguém
se um dia foi inteiro
hoje não vale um xerem.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ENTRANHAS (soneto)

Então? Poucos estarão ao teu lado
Tua sorte vai até quando fores útil
O desprezo é porção do lado fútil
Lamentável, da ingratidão é aliado

De tão cego o afago se torna inútil
Vários hão ambição, pouco agrado
Onde o olhar se faz fragor calado
E o abraço repulsa num solo fértil

Afaze-te ao discernir denodado
Da injustiça encontrarás o covil
Da proteção o ferrolho trancado

Não te faças de amigo neste ardil
Nem formidável no vil acordado
A dor calejada, pode ser gentil!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

AMOLDO VERSOS (soneto)

Eu amoldo versos como artesãos
Do barro inviolado a transfiguração
Livre é o saltimbanco do coração
Que trova alumbramentos cortesãos

Nas pontas dos dedos em convulsão
A quimera arranha os tarares anciãos
Com a lira d'alma nos gemidos sãos
Escorrendo expressão da imaginação

Gota a gota, tato a tato nos corrimãos
Das vozes que aos amados clamam
E das odes que saem como bênçãos

Neste improviso tem dores, emoção
Solidão. Na cata dos sensíveis grãos
Da poesia. Transformados em canção!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SOLIDÃO BORRALHEIRA (soneto)

Erma solitária solidão borralheira
Que atulha o cerrado de melancolia
No entardecer encarnado em romaria
Alongando o minuto em hora inteira

Assim só, os sonhos vão pra periferia
A espiar a sofrença além da fronteira
D'alma, caraminholando oca asneira
A crepitar agonia em atroada sombria

O vazio do imenso céu sem cabeira
Nos engole com chilreio e zombaria
Galopando apertura numa carreira

Tétrico encanto da solidão crua e fria
Que do silêncio é a sua mensageira
E que ao coração saudades anuncia!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

QUIMERAS DOLOROSAS (soneto)

Estou solitário no cerrado sem cores
Nas lembranças tristuras guardadas
No peito vis nostalgias desmaiadas
De sortes desfolhadas e sem flores

As tardes de mesmices requentadas
Que a solidão arrefece aos arredores
Enquanto vão esgarçando as dores
Perdidas saudades hão em toadas

Quantos gemidos, quantos valores
Por estarem dolorosas nas ciladas
Largam as quimeras nos bastidores

E nas presunções alheias, estacadas
Que fazem da condição só temores...
Me vou arrastando entre vergastadas!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Noite fria...
Nesta noite fria de inverno
Deixo meus segredos
Silenciados na penumbra deste quarto...
Sabes as saudades que sinto neste momento...
Quando os sonhos se perdem na vastidão do tempo...
São tantas...!
Amanhece...
Olho na vidraça do meu quarto
Com os meus olhares passeando
Pelos prados verdejantes... Que se descortina a minha frente
E a solidão das minhas noites é levada pelos ventos. ...
...para lugares distantes...
Então vejo a manhã vencer o nevoeiro
E me visto de amor só pra te amar... E perco minha alma
Neste olhar!

Inserida por celinavasques

JOEIRAR

Quando nasceu, não tinha nome
Poderia chamar-se... Um nome qualquer
tantos nomes a escolher!
Uma peneira de grãos, um furundu,
José, João, Sebastião, Adão...
Seja lá o nome, qual fosse chamado,
teria que pagar, para ter um.

Uma vez recebido o seu,
seria seu!
Iria se chamar por ele,
iria parecer com ele
daquele dia em diante,
aquele nome, recebido e pago,
para o restos de sua vida...
Teria que ser, seu agrado.

Seria ele...
A musica, a nota dos seus ouvidos
o espaço, os passos do seu fado
a dádiva da sua alma,
seu timbre, seu nome,
seu cume, seu apelido.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

O AMOR MEU (soneto)

O meu amor pode ser afim à todo mundo
Os deslizes mais ou menos à toda gente
Porém, ele tem um particular facundo
Insiste em ser fidelidade integralmente

É diferente de ser só um amor profundo
Vai além do temporal, quer eternamente
-se importa? Ah! Importa completamente
Pois é rotundo no peito, e n'alma fecundo

Ele tem sombra e, também é reluzente
Necessariamente é simples e jucundo
Sempre evidente, nunca está ausente

Todavia, ele será ferozmente iracundo
Se das profundezas o bem for poente
Pois amor que é amor do amor é oriundo!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

"" Eu vi você em tantos olhares
em tantos lugares que procurei
eu vi você
no sorriso de uma criança
na fé, na esperança
do amor acontecer
sem querer te vi no amanhã
e quando o futuro chegou
restou em mim a saudade
aquela pequena maldade
que o destino deixa para quem amou...

Inserida por OscarKlemz

"" Nunca fiz do mal um desejo do meu coração
por mais que a dor, nele estivesse instalada
nunca quis ser melhor do que sou
mas também não abaixei a cabeça
fui e sou duro na queda
teimoso, rebelde com causa
nunca fiz da minha vida um teatro medíocre
fui aquilo que quis ser
e sou o que quero
até não poder querer mais...

Inserida por OscarKlemz

REMINISCÊNCIA

Aquela casa velha no vale...
Os ventos ainda te sondam
o sol em suas manhãs, ainda lhe sorrir
mas hoje, abandonada...
Das promessas e esperanças
o que lhes resta, são...
Montanhas de saudades, por ali.

Hoje, suas paredes e seus espaços
são baús de um tempo passado
são marcas de um plano marcado.

Baús, cheios de sonhos
felicidades alegrias
choro, tempestade fantasia.

Florada de vida, idas e vindas
ate mesmo,
coisas que não parecia.

Nas paredes d'aquela, casa..
amores e medos, misturam-se,
com degredos, e segredos.

Inserida por Amontesfnunes

Se eu falar que estou apaixonado
O que pensarão de mim?
Que sou um bobo,buscando a felicidade?
Que sou um ingênuo, acreditando em algo que não é real?
Ou dirão que eu sou humano?
Pois não somos nós que somos capazes de nos apaixonarmos? Não!
A paixão está presente em tudo,
Seja no nascer do sol,que espera 24 horas pra encontrar a sua amada lua,
Seja nos animais,quando o macho não consegue se separar mais da fêmea, como um lobo protegendo sua alcateia,ou um tigre protegendo seu bando.

O que dirás aos homens quando lhes perguntarem sobre o amor?
Dirá que é um mito como as historias infantis?
Dirá que é uma criação fictícia?
Ou dirá a eles que o amor é inexplicável?

Não somos nós que os sentimos?
Entao como somos capazes de explicar o inexplicável?
A mente do homem, se expande cada vez mais,com o conhecimento,
Mas para conhecer o amor,não é necessário senti-lo primeiro?....
Sentir aquele sabor descendo seco pela garganta.
Aquele coração pulsante,palpitando como uma música, batendo e batendo,em milésimos..

Se os homens virem ate você
Em verdade vós dirá
Que o amor nenhum homem
Jamais pode explicar
Que nenhum homem pode escapar
Que nenhum homem dele fugirá.

Não temas ser de pouca força
O amor é oque molda o homem
E a arte que confude a nossa visão
A musica que deixa nossos ouvidos
Sem ouvir o resto do mundo
São a filosofia e a razão pela qual
Todos nós ainda procuramos viver

Não precisamos cada um
De um pouquinho de amor?
Olha bem pra mim..
Olhe bem como uma coisa leva a outra
Você não percebeu?
Eu estava falando de paixão,
E comecei a usar a palavra amor..?
"Por que?" você me dirás
E eu lhe direi
Porque o amor
E o que leva as ondas ao mar
E o que leva os passarinhos a cantar
E o que leva o poeta a escrever
O amor te fez nascer
E o amor te faz renascer
No amor não existe morte
Porque viveremos eternamente, no coração de quem um dia nos amou.

Se quer amar e ser amado
Não se prenda ao passado
Pois da paixao
Da amizade
Da inimizade
Até do ódio
Qualquer caminho
Pode te levar ao amor.

Não sei o que há comigo
Pois quando escrevi isso,
Eu ja estava apaixonado
Pela mulher mais bela
A poesia que se forma nela
O canto aquarela
Que ela me faz ouvir
Visao distorcida
Alma vivida
Venha até mim, e me faz ser feliz.

Tu és a poesia da qual
Escrevo e descrevo a cada dia
Tu és o ar que respiro
A paz,em meio ao conflito
A rosa em meio ao espinho
Tu és a minha vida.

Amar, amar,e ser amado
Eis a questão do amargurado
Que pensa que sabe,
O que é amar

Se apaixonar,se apaixonar
E ser apaixonado
Eis a questão do iludido
Que pensa que todo amor,
É um imenso conflito
Mas sem amor,guerra em sua mente terá.

Só digo tudo,e ao mesmo tempo nada
Estou confuso ela é a minha amada?
Mas e claro que sim!
Pois foi com ela que aprendi
Foi com ela que senti
E foi ela que perdi
Mas no final eu continuei,amando-a.

Sou um escritor des escrevendo
Tudo que já explicaram sobre amar.

Pois em verdade vos direi
Escrevendo eu, que ja amei
Que o amor pra explicar? Ninguém
Mas pra sentir? Alguém
Então venha amar? Você também.

Eu um escritor apaixonado
Escrevo isso em verdade
Para amar,não tem gênero,
Etnia ou idade
Basta ter caráter
E compreender o real significado
De amar.

Tu me amas? Eu te amo
Você que está lendo pensou em alguem?
Corra atrás!
O amor e loucura, o amor e se arriscar!
O amor e sonhar e realizar.
Não pensou em ninguém?
Pois fique tranquila
O sol nasce para todos
E a sua hora vai chegar
E só você ter a paciência de esperar
Como para todos o sol também,
Vai nascer,você vai entender o que e amar
Se ja ama não perca tempo
Se arrisque mesmo que seja um não
Voce tentou,e foi ai,que quando mesmo
Você receber um não estiver de cabeça erguida
Você terá aprendido, a se amar.

Pois saiba que para amar
So depende de você querer sentir
Se permita sentir,e você
Não se arrependerá.

Continue andando de cabeça erguida
Se trata de amar não de viver em uma ilusão e para compreender o real significado de amar,ser amado,e viver do amor
Basta seguir a você
Sua vida
E seu coração
Agora vá e viva!
Pois o amor é para todos
Mas nem todos,são para o amor.

O amor não se explica
Se sente.
Va amar,va buscar o amor
E uma aventura,sem começo,
E sem fim,pois que ama
E busca o amor
Para todo fim
É um novo começo.

E o que esse escritor
Antes que essa poesia ei de morrer,
É que eu te amo
Como vós me amou após se encantar
Por minhas palavras.

E mais uma vez pra terminar
Não releia isso, agora va praticar
Pois todos nos nascemos
Pra amarmos e sermos amados
Entao vá meu caro leitor
Em meu ultimo fôlego de vida
Em verdade eu te digo
Você meu amigo
Vai viver
Vá amar
O que eu já sinto por você que está lendo
Minhas palavras, e o que você já sente por elas,
Isto também
É amor
Vá e vá e mais uma vez em meu ultimo fôlego lhe peço e suplico
O último pedido deste escritor,
Vá e ame
Vá amar.

Inserida por RobertValentine

CERRADO DUAL (soneto)

O cerrado tem dia de sorrir, e ele sorria
Tem dia de melancolia, e ele entristecia
Porém, também, tem dia de total silêncio
E na quimera dum colossal o vário é cio

É mistério, sequidão, chuva, calor e frio
Deitados sob o céu que provoca arrepio
É a tristura com o espanto da sutil ironia
Que muito desflora, muito recria, poesia

E nesta galeria de tanto, dele o encanto
Da sequidão ao empapado num só canto
Num bale dual, no seu cenário desigual

É o cerrado, das cores e do seu pálido
Soprando no planalto o seu vento cálido
Transmutando a diversidade no plural...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

VALER-SE

Sei, sei...
Eu sei que passei da conta,
mas não conta!
Sua conta, me desmonta
amedronta, me afronta
e eu fico assim
como se nunca tivesse ponta.

É, e assim com tanta conta!
Quando você me aponta...
Sinto carranca,
perco a tampa
escorrego na rampa
é como se estivesse sem janta
depois do trupe de sua bronca
tudo que sinto
é a trava da sua conta.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

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