Poesia ou Texto Amigo Professor
Ubuntu
Nós
Eu e tu
Somos uma só voz
Somos "bantu"
Entre todos, diversos
Se sozinhos diminutos
Somos controversos
De vários atributos
Nunca sós, rima e versos
Desigual nunca absolutos
Seremos se formos
Na vida, afetos são frutos
"Eu sou porque nós somos."
Amor e amado, serão condutos...
Luciano Spagnol
O Vendedor de Sonhos
Ontem à tarde,
Quando o sol já se colocava no poente,
Eu avistei um vendedor de sonhos,
Os sonhos eram coloridos, recheados de sonhares e fantasias,
Flutuado em uma coreografia pelos lavres,
Em bolhas de ilusões...
Eram aceitas pelo céu, quem sabe proferissem,
Viajando no colorido, do mais belo dos sonhos,
Do vermelho (o amor), todos os seus tons,
Do amarelo (a riqueza), do azul (a felicidade), do verde ( a esperança),
Dos quais não sei qual o mais bonito...
Maravilhavam-se,
Os garotos, As garotas,
O gorjeio era de alegria,
O desejo de todos era de ter nas mãos...
O vendedor de sonhos,
Em uma explosão de grande alegria,
Soltou todos os balões, cheios de sonhos,
...E, eu peguei o meu!
Jmal
2014-02-18
Eu Lírico
Ó Grande Pensador
O Que me deste
Além de dor
O que eu deveria relevaste?
O que posso considerar Impostor?
Além da vida que me Traste
O que eu posso falar sobre tal lírico
Se nem de verdade sei quem sou
O mundo tão hipnótico
Pois a realidade não lhe aconchegou
Talvez se eu fosse lírico, seria mais real?
Pois o mundo está cheio de pessoas
Que são tão líricas quanto Superficial
O grande pensador
E além de tanta dor
O tanto que pensou
A realidade virou lírica como o Impostor.
Livro Lírico
Peguei nosso livro, e abri,
Bem naquele dia que te conheci,
Feliz, assim me senti,
Foi tão bonito quando escrevi.
Parecia uma criança com esse doce,
Que eu não queria largar,
O sabor no momento fez eu parar,
Meu coração bater, e meu mundo girar.
É fabuloso, eu reconheço,
Qualidades, defeitos,
O jeito que descrevo para mim.
É incrível como o começo,
Se perde nos meios,
E é difícil enxergar um fim.
Minhas mãos fervem a procura do teu corpo...
Elas querem sentir a textura da tua pele, saber se o teu beijo é doce iguais tuas palavras.
Eu te imagino aqui, sob as minhas mãos, me dando a direção de por onde eu devo ir.
Quero sentir meus dedos em tua carne, como quem toca tecla por tecla de um piano, sentindo cada sensação, vibrando junto contigo.
Quero saber como é estar dentro de ti, em que nota soa os teus gemidos, que cheiro tens no cabelo, o gosto da tua boca e a cor real dos teus olhos que às vezes muda de cor.
Farei do teu colo o meu abrigo e dos teus poemas o meu cobertor.
Eu serei o gênio que realizará teus desejos, te farei mar e, dessa vez, eu que mergulharei em ti.
Nos faremos íntimas, nos pertenceremos e apesar de toda profundidade, o céu será o limite.
Você pra mim,
é sonho realizado,
que transformei em VIDA...
É o inesperado,
esperado com ansiedade
vestida de felicidade...
Você pra mim,
É a paz que surgiu
de repente
como vento...
É calmaria,
em meio a tempestade
dos sonhos desfeitos...
Com jeito,
você chegou,
sem dizer nada,
me conquistou...
Agora,
eu te amo
e já não reclamo
do sol,
nem da chuva...
Agora sou feliz!
A chuva cessou,
E o que restou
Foi eu.
Coração quebrado,
Lágrimas quentes rolando no rosto.
Imagino cada pessoa,
Todas com sua chuva.
Cada uma com sua garoa.
Cada uma com sua tempestade.
Será que essa tempestade
Que reina em mim
Cessará?
Será que algum dia
Apenas uma brisa
Libertará minha alma
Desse frio, dessa nevasca,
Que minha alma está?
Despreparada para a honra de viver,
mal posso manter o ritmo que a peça impõe.
Improviso embora me repugne a improvisação.
Tropeço a cada passo no desconhecimento das coisas.
Meu jeito de ser cheira a província.
Meus instintos são amadorismo.
O pavor do palco, me explicando, é tanto mais humihante.
As circunstâncias atenuantes me parecem cruéis.
Borboleta
Metamorfoseia borboleta
Ensina a conjunção ranheta
A transformar a solidão
Em acontecimento, e então...
Desenhar o dia com companhia
Alegria
Emoção com euforia
Sonhos e fantasias
Coonestando o coração
Com amor e paixão...
Voa belas borboletas
De asas multicoloridas
Brancas azuis e pretas
Glorificando esta vida
De chegada e partida
Em diversidade e brio
Colorindo o estio
Com felicidade, harmonia
Provocando na alma arrepio...
E na inspiração poesia.
Luciano Spagnol.
CIDADE SORRISO
Em minha memória, uma saudade
Dos tempos de outrora, um aviso
Daqui fui, aqui voltarei, realidade
Uma mineira cidade, cidade sorriso
Onde sempre fui, territorialidade
De minha alma, aqui sou indiviso...
Neste um universo, versa a beleza
Gente de minha história, de contos
Em um recital duma incrível pureza
Poesia nas velhas cadeiras, pontos
Seresteiros cheios de doce certeza
Nada ali é pequeno. São confrontos!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
NÔMADE
Venho de longínquas terras, do mar
Peregrino no cerrado, místico errante
Em busca do meu eu, de me achar
E neste chão novo, fui caminhante
Assim, no encanto eu fiz o instante
No olhar e no coração, sob o luar
E na diverso do sertão inconstante
O fascínio me ensinou como amar
E neste aroma delicioso sonante
De vagante ao pouso, pus a ficar
Nos dias felizes aqui tão distante
Trouxe no peito o nômade sem par
Formosa vontade no bem suplicante
Cá aterrando no horizonte deste lugar
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
ESPAÇO VAZIO (soneto)
Há ilusão seca tão desfolhada
No apertado do amor ignorado
Nas lágrimas no olho chorado
No vento de uma dor soprada
Assim, tão só e tão esgotado
Com a alma ao vento, levada
A revelia, e sem mais nada
O olhar vai ao chão, atado
Só se vê silêncio no peito
Sem rima, sem poesia, leito
Apenas o ritmo com arrepio
E neste tal suspiro tão sujeito
Que fala, respira, tira proveito
A emoção é um espaço vazio...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
MINAS
Eu sou de lá das bandas das Minas Gerais
Das boas estórias, nossas, vou confessar
Terra do povo mineiro, bão, pra se admirar
Leite tirado na hora, roça, e seus arraiais
De volta à estrada das pedras, a retornar
Se daqui parti, voltar é bão, bão demais
Apreciar os planaltos e as estradas Reais
Pão de queijo, broas de milho pra assar
Tem, também, pamonhas e os milharais
Lavorando o cerrado, o caboclo a lavrar
É do Triângulo, donde são meus currais
Imenso céu, as lembranças, põe a sonhar
Araguari, cidade natal, e os velhos locais
É saudade passo a passo disputando olhar
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Dia do escritor-25 de julho de 2019
Dia daquele que lê mais fábulas que o próprio leitor.
Escritor acende em suas linhas escuras,
Um mundo de clareza.
Escritor escreve história de si e de todos,
Ele é um mundo de encontros e desencontros.
Em seus mundos absorve as vidas,
Nelas traduz a magia chamada humanidade.
a princesa conta:
1- as cicatrizes no seu joelho.
2- o número de vezes em que o
balanço vai la no céu.
3- os livros na sua estante.
4- os fios soltos na sua blusa.
5- as letras na suas palavras.
6- as telhas no teto.
7- os segundos que passam por ela.
8- os deveres de casa esquecidos.
9- as horas que faltam para ela voltar para a cama.
10- os quilos na balança.
11- o número de vezes que ela mastiga.
12- o som suave dos seus passos.
13- as marcas de contar que faz no seu corpo.
14- os fios de cabelo que caem.
15- as estrelas que se apagam.
& depois começa de novo
& depois começa de novo
& depois começa de novo
& depois começa de novo
& depois ela começa de novo
Existem dois momentos onde a inspiração me abandona.
Quando estou extremamente feliz e quando a dor me invade.
Em ambas situações, eu não observo e nem analiso. Apenas sinto.
A dor e a extrema felicidade, não resultam em poesia.
A tristeza e a saudade sim!
Tristeza e saudade são pérolas da melancólica e do entusiasmo.
A tristeza é o que fica, depois que a dor passa... e saudade é o que fica depois que a felicidade termina.
Sorte tem, quem não se inspira por estar ocupado demais, sendo apenas feliz.
(Inpiração / Fernandha Franklin)
Ai dos homens que errôneos por natureza e desgraçados pela vida idealizam para além de si mesmos.
Eis vossa maior angustia ,a ânsia pela gloria que crava com seus afincos o egoísmo impertinente e sedutor.
Eis de vossa fúnebre reflexão que a tona traz o homem que infeliz pelos erros encontra-se o seu conforto nas ilusórias crenças que lhe desabrocham um amargo sorriso
Ai de vossa imaginação avassaladora que nos guia ao abismo com sua sua aura sinistra oculta em vossa alma que nos oferece tal como uma oferenda as trevas ,conforto tão ilusório capaz de desvanecer-se sendo constituído apenas de seus esboços ,ademais abismos negros que famintos anseiam por outras ilusões e desgraçados pela fome insaciável ,destroem-se a si mesmos.
Não vi em minha vida a formosura,
Ouvia falar nela cada dia,
E ouvida me incitava, e me movia
A querer ver tão bela arquitetura.
Ontem a vi por minha desventura
Na cara, no bom ar, na galhardia
De uma Mulher, que em Anjo se mentia,
De um Sol, que se trajava em criatura.
Me matem (disse então vendo abrasar-me)
Se esta a cousa não é, que encarecer-me.
Saiba o mundo, e tanto exagerar-me.
Olhos meus (disse então por defender-me)
Se a beleza hei de ver para matar-me,
Antes, olhos, cegueis, do que eu perder-me.
Não gosto tanto
de livros
como Mallarmé
parece que gostava
eu não sou um livro
e quando me dizem
gosto muito dos seus livros
gostava de poder dizer
como o poeta Cesariny
olha
eu gostava
é que tu gostasses de mim
os livros não são feitos
de carne e osso
e quando tenho
vontade de chorar
abrir um livro
não me chega
preciso de um abraço
mas graças a Deus
o mundo não é um livro
e o acaso não existe
no entanto gosto muito
de livros
e acredito na Ressurreição
de livros
e acredito que no Céu
haja bibliotecas
e se possa ler e escrever
A Defesa do Poeta
Senhores juízes sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto.
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim.
Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes.
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei.
Senhores professores que pusestes
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição.
Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
dou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis.
Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além.
Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs em ordem?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem?
Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa.
Sou um instantâneo das coisas
apanhadas em delito de paixão
a raiz quadrada da flor
que espalmais em apertos de mão.
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever.
Ó subalimentados do sonho!
A poesia é para comer.
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