Poesia ou Texto Amigo Professor
Vislumbram-me olhos que confundem e desnorteiam os fracos;
Vislumbram-me olhos estranhos que eu conheço;
Vislumbram-me estranhos olhos que me assustam e fascinam;
Vislumbram-me olhos que deslumbram minh'alma e entorpecem minha cândida loucura;
Vislumbram-me olhos que cegam-me mente, logica e razão;
Vislumbram-me olhos que dizem num sussurrado e retumbante clamor:
"O pecado não seria proibido, se tao somente não fosse ele o pecado"
Vislumbram-me doces e ingênuos olhos que teriam tudo para aprender,
se tão somente já não lhes faltasse o rubor da inocência e do pudor.
Vislumbram-me, enfim, olhos de pecado.
ACALANTO
Ide amor.
Traga de onde quiseres
O ser amado. De onde for!
E,
se não o teres
No prazer do teu calor
Volte! Não é adeveres
Tê-lo como louvor
Se acaso cansares
Outro conforto há no Criador
Se desejares
Serás vencedor
Pois amor é satisfação
E,
não um gestor
Acalme o seu coração!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 12, junho
Cerrado goiano
- SÓ EU SEI -
Só eu sei
quantas horas da minha vida
gastei nos versos que escrevi!
As mágoas que senti
a Solidão a que me dei
o vazio de que bebi!
Só eu sei
a tristeza sem destino
que nos versos arrastei,
a amargura, a saudade,
e quanta saudade, Deus meu!
Tantas horas d'infortunio
e malfazeja que me encheram
de medo o coração!
Tudo tão meu. Tão colado
ao meu silêncio. Tão impresso
em meu destino!
Só eu sei ... Só eu sei ...
TELA DA JANELA
Da tela da minha janela...
eu vejo o tempo com suas ondas
como se fosse, cortejo de banda
tocando horas minutos e momentos,
ou... como se fosse um jogo de dama
com tabuleiro todo demarcado
onde nos somos as pedras prontas para
sermos manipuladas.
Todavia sendo roladas, p'ra lá e p'ra cá,
sem tomar tento da partida
nem o ponto onde chegar.
Da tela da minha janela...
Eu vejo o sol todo em pedacinhos
demarcado pelo arame do mundo
envolvido nas telhas dos sentimentos...
Eu vejo a tabuleiro sendo manipulado
pelas feras do poder, onde elas
é que fazem as cartas e as regras...
Elas é que coloca-as cartas sobre a mesa.
Vejo os pequenos tentando sobressair
das garras de um esquema posto
sobre eles mesmo no qual eles são
apenas a peça do tabuleiro e como tais...
são jogados para lá e para cá...
Feitos de bobos, por todo tempo,
pelo tempo todo.
Da tela da minha janela...
Eu vejo as ruas e as calçadas
os passos, passadas e passarinhos
eu vejo o tempo demarcado pela tela
e a minha saudade toda em pedacinho.
Antonio Montes
"" Baila em teu sorriso a leveza da primeira luz do anoitecer
é como se o dia majestosamente se entregasse a ti
sem rancor, delineando cores, dentro do teu olhar
e tu apenas com a beleza, olhavas o infinito
o tempo ousou parar e revelar segredos especiais
sonhamos juntos todos os sonhos que quem ama pode sonhar
de manhã o sol apareceu
não deu vez as lágrimas que molharam a nossa face
caminhos opostos, jamais
somos a essência e a lembrança do amor
sem aquela dor de saber que a vida poderia ser vivida
longe de nós...
PERFAZER
Do vinho eu trago um cheio trago...
Uma taça e meia telha outra cheia
saudades me permeia... E nesse
cabo, eu me afago... E me acabo.
Do milho um sopro, gosto verde...
Quando assado, cozido cural
pamonha, paixão em meu varal...
Uma vontade, me enche a sede.
Uma sede na cede que me cerca
em seu emaranhado arredondado
nos seus lados e bicos, eu me acabo.
Dou- me, com essa dança de lado
bailarino em notas, passos errado
eu me acabo, no passado desse fado.
Antonio Montes
DANURAS DO MAR
A ilha era de areia...
E o mar... De ondas,
e com sua maré cheia...
Ele vinha se debatendo
com sua bravura...
Parava no cais, fazendo
espumas e danuras
todas... Duras...
Urrando como se fosse lobo
tremendo como se fosse medo
em um taco de sombra
na calçada de noite escura.
Ali havia o mar...
Fazendo paetês e brumas...
Se dissipando sob lua cheia,
bradando o choramingar do lobo
banhando os corpos
das mais belas sereias.
Antonio Montes
SÚPLICA
Se tudo acaba e tudo passa
A dor chegada tem a partida
A vida sua vitalidade vencida
Se tudo ao vento é fumaça
Se a firmeza tem sua recaída
O fado dia de caçador e caça
Fato alegre, outro sem graça
Se há subida, também descida
Se a alma não leva a carcaça
E a bondade nos é prometida
Na lei de Deus, sem ameaça
Se nem tudo é dor desmedida
Se tudo cai, Senhor, que negaça
Está má sorte na realidade parida?
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Auta de Souza
COBRANÇA
Eu passo...
Por esse pasto vasto do mundo
vejo o estreito e efeitos profundos
provocados pelos feitos imundos...
Penhasco em pedaços
desmoronamentos de cachos,
unhadas em sufoco, por poucos,
cordas nos pescoços.
Sentimentos estão se tornando
cacos, pouco a pouco...
O mundo cobra o troco.
Antonio Montes
SONETO ALEGRO
Amanheci com um pensamento
Pensando nesta vida consoante
Consoante, porque é tão vibrante
Vibrando por cada um momento
Se dela sou mero participante
Participo com afável contento
Contente e não só de lamento
Lamentando se é descontente
Então me vou firme e sedento
Sedento de vida inteiramente
Inteiramente e com sentimento
Sentimento este dependente
Dependente do amor, alento
Alento a alma, ao fado, tente!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
No atual estágio, todo mundo é suspeito. Até eu, em substrato, desconfio de mim.
Nada contra quem conta. Mas a rota é sempre a mesma. Seguir na direção contrária ou bater de frente com o absurdo.
Eu decidi pular antes que a corda aperte o meu pescoço.
Acorda!
As pontas se encontram e se desfazem em nós... talvez ainda dê para escapar antes que o circo se feche!
OURO É TOLO
O ouro, já não reluz...
Como reluzia ah tempos atrás.
Nesses dias de hoje...
Até a luz, vai reluzir, e se desfaz.
Aquela alegria que escancarava
com a verdade de um sorriso
também, já não existe mais.
Tudo que era para ser preciso,
tornou-se indeciso, até para o céu,
para o infinito juízo, e planos,
a certeza da fé...
É uma flecha vagando ao tendeu.
Ouve um tempo...
Em que existia ouro
e o mal agouro, era de tolo
Hoje, todos os tolos, são bobos
e o ouro, é estouro de tolo.
Antonio Montes
ABELHAS
Abelhas e suas aldeias
zoam pernas de centopéia
centenas de milhares cheias
abelhas novas, abelhas velhas.
Lá no sopé do morro
pelo campos e pirilampos
voam, abóiam em estouros
ferroada em couro, retrancos.
Abelha, colméia e mel...
Tanto encanto com flores!
Polens na áurea do anel
juntando assim, os amores.
Quanto cuidado ao quartel!
Sua rainha... Um magistral,
procria no dia de aranzel
ainda faz, geléia real.
Abelhas, canto e encanto
relíquia, milagre e segredo...
Guardados a quatro cantos
um manto vivendo, o sedo.
Antonio Montes
BICICLETA
Qualquer hora d'essas...
Vou concertar, a minha bicicleta!
e sair por ai...
Pela descida, subida e divertir
E vou sonhar pela noite
e sorrir de alegria...
vou colocar em açoite
todos marasmos dos meus dia.
Com vento no rosto...
Descerei o mês de gosto
com gosto, bem disposto.
Farei ciúmes ao boto
peixe rosa... Que mal gosto!
uma cor no lado oposto.
Antonio Montes
ATLETA
Não sou atleta, nem jogo bola!
Mas sou bom de bicicleta...
Com duas rodas;
atiro ao tempo, meu desalento
e vou me lendo, muito atento.
Rodar me roda e me incomoda!
Na descida todo dia
rodas, rola e enrola horas...
Protegendo, minha alegria.
Há quem diga, que fadiga!
Na subida, quem me diga...
Galgando metro em desalentos
sua corrente, é meu tento
e com esses... Ranger de dentes
Vou pelo meio, desse meu tempo.
Voou com asas, dos sentimentos
lá para cima, que nem peteca
pelas correntes, desses meus ventos
se perco o breque, ela não breca.
Antonio Montes
Confessei…
(Nilo Ribeiro)
A noite demorou a passar,
foi de puro sofrimento,
mas logo ao sol raiar
pude falar do meu sentimento
- Bom dia…!!!
foi minha primeira fala,
soou como poesia,
pois era para minha amada
uma conversa sincera,
mas que nada trouxe,
parecia uma quimera,
falou-se até de golfe
conduzi divinamente,
pois tinha uma intenção,
fervilhava em minha mente,
poder te falar da minha paixão
você me evitava,
não dava oportunidade,
uma hora já se passava,
mas para quem ama nada é tarde
assim ao me despedir,
o teu nome eu chamo,
e sem deixá-la reagir,
disse que te amo…
não sei o que aconteceu,
se o céu, ou o inferno,
ela nada respondeu,
mas meu amor continua eterno…
MEUS VERSOS (soneto)
Meus versos, o vento no cerrado ganindo
A angústia da alma vozeando melancolia
O silêncio fraguando rimas na monotonia
Duma solidão, da saudade indo e vindo
São a trilha do fado escrevendo romaria
Desatinadas, o meu próprio eu saindo
Das palavras de ansiedade, intervindo
Com minha voz sufocada, do dia a dia
Meus versos são a migalha cá luzindo
Na sequidão do vazio que me angustia
Que há entre a quimera e o real infindo
Meus versos são colisão com a ironia
Do choro e da alegria no peito latindo
Meus versos, minha voz, minha valia
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Permita-me...
Alçar voo e pousar em teu olhar
Afagar tua nuca e cabelos sedosos
Sorver de tua boca e me embriagar
Envolver-me em teus braços calorosos
Permita-me...
Te tocar, te sentir, te beijar
Num jogo de carícias e sedução
Em devaneios teus desejos extasiar
Num avivamento nítido de paixão
Permita-me...
Admirar tua nudez envolvente
Acender as labaredas do prazer
Suor deslizando na pele quente
Deleitar teu corpo e te satisfazer
Permita-me...
Simplesmente... te amar...
ITINERÁRIO
Ainda deslizam fantasias pelos
meus cansados, tristes dedos,
na saudade vã do passado,
em copioso senso alienado.
Todos os dias ainda presente
no pensamento descontente,
a insistente dor na inspiração,
ó doidivanas e dura sensação.
Não sou mais do que um peregrino
viajante solitário no meu destino,
que a sorte me guia de mão dada,
pelos devaneios da vida, mais nada...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
*ROMÂNTICOS APAIXONADOS
Flores, bombons, taças de vinho
Meu corpo responde ao teu clamor
Colocando meu ser em desatino
Com poemas, poesias, versos de amor
Na vitrola uma música envolvente
Dançamos ao som de um bolero
Rodopiando em compasso fremente
Em seus braços é tudo que mais quero
Na regência de nossas carícias
Segredos e vaidades a desvendar
Balbuciando palavras com malícias
Partilhando o desejo no olhar
Harmonizando as notas da canção
Nossos beijos e abraços apertados
Num ritmo doce e quente de sedução
Somos eternos românticos apaixonados
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Poesia de amigas para sempre
- Poesia Felicidade de Fernando Pessoa
- Poemas de amizade verdadeira que falam dessa união de almas
- Frases de Raul Seixas para quem ama rock e poesia
- 58 textos motivacionais para equipe de trabalho
- Mensagens de despedida para amigos para marcar o coração de quem parte
- Versos e Poesias para Amigo