Poesia Morena Flor de Morais
"CONTO DE OUTONO"
A chuva caia com imensa intensidade
A noite estava escura cheia de neblina
Como se não houvesse lua no céu
Ela estava perdida à procura do seu amado
Mas o seu amado não estava em lugar nenhum
O amor e a dor consumiam o seu coração
E uma parte dela morria
O seu amado havia levado essa parte com ele.
Ela não conseguia explicar a dor no seu peito
Chorava de saudade sangrando por dentro.
Pergunta ela porque o conheci?
Era uma simples noite de outono, numa simples festa
Num simples momento, um simples beijo
Coisas simples que foram o bastante para abrir um buraco
De esperança no seu coração para faze-la sofrer de amor
Ela fecha os olhos e pensa no seu amado
No dia em que se conheceram
Do primeiro abraço, do seu único beijo
Olhares profundos dentro dos olhos um do outro.
Uma lágrima desce vagarosamente pelo seu rosto
A dor que de repente a consome, simplesmente desaparece
Olhou para o passado para sentir o que viveu
Não no sentido de quem me dera voltar para trás
Mas apenas para perceber se valeu a pena amar tanto o seu amado!
"LIVRO FOLHEADO"
Outono quente de livro na mão
Caminho descalça pela areia fria da praia
Oiço o mar a desfalecer
Chorava o mar de amor nas vagas que batiam nas rochas
Naufrago das palavras entre os livros lidos
Livros folheados asfixiados de felicidade
Páginas rasgadas que tu talvez nunca conseguirás ler
Tatuagem esboçada inundada de harmonia
Letras desdobradas, incompreendidas mal amadas
Outono quente onde escondo a minha alma na gaveta da cômoda
E os meus olhos entre os livros no cesto do nosso quarto .!
"FOLHA"
Amo-te com as lágrimas da felicidade
Por toda a minha infinidade
Escrevo-te meu amor este poema
Com a saudade estas palavras que tu talvez nunca irás ler
Amo-te mesmo com medo das horas que apoderam-se de mim
Escrevendo-te com a dor do nosso amor já amadurecido
Amo-te nas horas de entrega, onde nos conjugamos
Nas lágrimas de dor convertidas em alegria
Feitas em dias, horas, minutos de felicidade
Sem limites onde juntos, juramos ao luar amor eterno
Amo-te tanto que dói, só de te o dizer
Escrevi numa folha tudo que sentia, mas nunca não irás ler
Porque rasgarei a folha, lançando-a ao vento
O malandro do vento trouxe de volta a folha com toda a felicidade!
Amo-te meu amor....
Como uma brisa mansa e suave.....
Vento apaixonado onde acaricia....
As ondas do mar....
Chuva caída do céu...
Feitas em gotas de orvalho....
Entardecer sereno.....nostálgico....
Carente como uma ave solitária procura do ninho..
Aurora que resplandece de beleza...
Com estas emoções antigas e esperanças
Afagos da alma apaixonada......
Quero-te.....
Anseio-te na paixão... dos meus poemas.!!!
Melodia dita da alma ao vento.
Escrita no jardim de um pensamento.
Rego as folhas secas do caminho.
Da minha vida
Da minha luta
Dos meus valores
Refazendo as forças sem culpas.
Veneno em forma de vinho.
Servido no cálice do azevinho.
Onde o meu sorriso é um antídoto.
Que as portas e as janelas da mente.
Abram-se para a luz.
Escrevendo as cartas de uma estrada
Curta
Estreita
A melodia nasce de uma nota de afeto.
De carinho.
Essência de um sentimento mágico.
De uma sensibilidade.
Amo a melodia...
Quando descalço as minhas tristezas.
E quando não digo...
A melodia ama-me mais.
Mais meu amor.
As palavras não ditas.
Por não serem ditas, são esquecidas.!
Amor..
Tu és como um raio.
Que clareia a escuridão.
Tu és como o sol.
Que espanta o meu coração.
Tu és a chuva.
Que sustenta a minha emoção.
És como as gotas de orvalho.
Que abranda a minha solidão.
Nos teu braços viajo.
Viajo em pensamento.
Neste mar imenso.
Mar intenso.
No teu corpo onde...
O sangue corre nas veias.
Faz-me bater forte o meu coração.
O teu perfume é como um aroma de uma rosa!!
Porto de felicidade.....
Pintaste no meu corpo, o teu nome...
Com ele senti-me segura e protegida....
Como a chuva que aparece com saudade...
Leve.....miudinha.....mansa....que ensopa...
Todos os meus sonhos...deste dia....
Descreves o meu nome no meu corpo....
Com palavras na minha memória.....
Pelo som.....cheiro e sabor...
Palavras que correm....escritas.....
Com a tinta de uma pena suave....pelo meu corpo
Sangue quente que corre nas minhas veias
Como uma .....doce fragrância de amor...
Ecos das palavras que escrevo....
Onde sinto-me invadida com sentidos....
voz silenciosa...
Que pintas o meu corpo de belas cores...
Selamo-nos com a pintura com beijos...molhados....
Molhadas de um olhar sereno......porto de felicidade..!!!
Nascemos um para o outro...
Um palácio de um reino de quimeras...
Como o outono ri da primavera...
Feitos de barro... ou argila...
Corpos pagãos na carne...
E talvez na alma...
Eu sou teu... e tu és meu...
O nosso amor é um mundo...
De castelos... de quimeras...
Onde não deixamos crescer as heras...
Beijamos as pedras do nosso pranto...
Florimos... o nosso jardim...
E no meu ventre nasceriam deuses...
Onde a vida é um contínuo...
Encantamento de sonhos que tombam...
Destroem de uma louca derrocada!
Folhas secas de telas vazias.
Pintadas de várias cores.
Peças intocadas de argila.
De barro, de mar.
Foram postas diante de mim.
Como o nosso corpo um dia esteve.
Onde todos os cinco continentes e os horizontes....
Giraram ao redor da tua alma.
Como a terra ao redor do sol, da lua.
Agora o ar que provei e respirei mudou de rumo.
Todas as imagens foram banhadas de preto.
Onde tatuei tudo e o amor transformou o meu mundo em escuridão.
Como podes amar alguém, que foge dos teus carinhos.
Dos teus braços.
Que te ignora em muitos momentos.
Como podes amar alguém, como eu meu amor.
Onde as minhas mãos estão amargas e secas.
Esfolam-se demais para alcançar as nuvens.
Os pensamentos estão entrelaçados ao redor da minha cabeça.
Onde embalam todos os cacos de vidro!
O tempo vai devagar, talvez depressa demais,
e eu com saudades de te beijar.
O tempo passa a voar,
e não há quem descubra a fórmula mágica.
de o fazer parar.
Deixa-me tocar os teus lábios,
para juntares com os meus meu amor
Sinto a falta de um beijo teu,
com o sabor das romãs onde a nostalgia do outono.
Percorre a minha alma como as folhas secas
no chão de todas as cores.
Preciso da doçura dos teus lábios,
das palavras ditas com carinho, muito tuas.
O tempo passa a voar e não há quem descubra,
a fórmula mágica de o fazer parar.
O tempo vai devagar, talvez depressa demais,
e eu com saudades de te beijar!
Calçada fria
Piso as pedras da calçada
De uma vida
Já sem vida
Procuro um caminho
Sem mágoas
Talvez sem direção
Sinto que não tenho nada
Mas talvez tenha
Tenho tudo na minha mão
Um inferno
Um céu
Com uma cruz
Numa amarga sinfonia
Que ninguém tocou
Que nunca ninguém escreveu
Amarrada de mim mesma
Dentro e amargurada
Piso as pedras da calçada
De uma vida sentida
Já sem vida
Que comigo vai morrer
Na suja e fria calçada.!
Dou asas ao pensamento
Onde corto a minha dor.
Adormecendo ao relento
Com o orvalho da manhã.
Onde salpico o corpo
Tirando da minha alma a dor.
Vagueio na noite escura
Na tortura do viver.
Sentir o poeta cortar
As amarras do querer !
Livro em branco
Leio em silêncio esta página
Pagina em branco vazia
Sem palavras
Onde as letras vivem no silêncio
No papel reciclado
Perfumado
Falo soprando os versos dos poemas
Transparentes escritos
Onde as palavras derramam risos
Dores
Mágoas
Saudades
Que passam nas nossas veias
Veias cheias de sangue
Onde
Onde gritam bem alto
As palavras de amor
Num livro
Sem silêncios
Onde quer ser lido
Não esquecido
Numa estante de pó
Sem vexame e sem dó!
Derramei as lágrimas do meu coração.
E chorei num dia de chuva....
para não ver as lágrimas cair.
Onde a minha alma, secou-as simplesmente!
Tu.........sim tu porque plagias as minhas dores...
As minhas mágoas e sofrimentos.
Tu sabes que o meu sofrimento não é igual ao teu
Porque eu não sou tu.
Tu.......sim tu porque plagias o meu amor.
Ele é só meu......e não é igual ao teu.
Tu.......sim tu porque plagias a dor da minha alma.
Se a tua não é igual à minha, cada alma é única.
Tu.......sim tu porque plagias as minhas palavras escritas.
Em poemas, versos ou desabafos.
Se tu não sentes da mesma maneira que eu sinto.
Quando escrevo os meus sentimentos.
Tu......sim tu, porque plagias a minha vida...
Os meus pensamentos, as minhas dúvidas.
As minhas noites mal dormidas....
De solidão de tudo que escrevo.
Tu.......sim tu porque plagias tudo o sinto.....!
Quando tu és diferente de mim!
Partilha os meus poemas, versos ou pensamentos.
Respeita o nome de qualquer poeta e de quem escreve.!
Eles merecem todo o nosso respeito e carinho.
Afinal não há duas pessoas iguais....
Somos todos diferentes, com sentimentos diferentes.!
Não sei porque choras.
Choras ou chove.
De um tempo tão distante.
Passado errante.
Tristeza por definir.
Recordação que me faz sentir.
Lembro
Recordo
De tantas, tantas coisas
Que foram, ou não foram
Chuva ou choro
Porque
Porque tive tanto medo.
Resta o infortúnio
Infortúnio do que não foi.
Talvez seja
Por medo do que podia ser.
Será tudo tempo
Tempo
Como cada chuva tem o seu momento.
Momento
Gotas soltas, caídas no chão.
Será chuva ou choro.
Será
Do tempo distante
Passado
Presente
Por medo do tempo!
Devaneios da mente.....
sentidos no corpo.
Veneno do escorpião espalhado pela alma.
Salva-me da lama movediça de mim mesmo.
Nos silêncios feitos em versos.....
em poemas ardentes.
Páginas escritas em branco de promessas em fuga.
Inventas um deserto....
onde só existe a tua boca....
na minha.
Acaricias o meu corpo....
com carinho como só tu sabes!
Gritei amor
Tentei gritar o teu nome.
Para esquecer-me de ti
Sei lá porquê, não perguntes.
Agora ouve...
Ouve meu amor, o meu fôlego
A chamar-te...
A gritar por ti.
Sente meu amor...
Sente o meu silêncio a beijar-te.
Não vás...
Que o lume acabou de acender.
Para nos devorar no escuro.
Onde seremos eternos amantes.
Como a alcateia dos lobos.
Que a nosso lado pernoitam meu amor!
Porque dói-me tanto?
As ausências e as partidas.
Porque sinto a chuva em mim?
Dos vendavais e dos temporais.
Porque a dor entra em mim?
Instalando-se, enchendo os dias tristes!
Quisera eu ter asas para voar nos teus braços.
Para quebrar o silêncio do nosso espaço.
Envolver as ondas do tédio....
Nos nossos sonhos rasgados.!
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