Poesia Morena Flor de Morais
Aprendi a fazer
o Arroz de Aussá
de outrora,
Traga Banana Prata
para a nossa
sobremesa,
Porque é assim
que se escreve
a dois: o poema.
o corpo inerte
o sono
parado no tempo
sinto a força
que me leva adiante
o grito da alma
o despertar
seguir
sou retirado do poço
com Deus transformando a tristeza em alegria
e a dor em alívio.
As poesias
são vestígios etéreos,
gravadas
nas margens da alma,
onde o silêncio
se dissolve lentamente,
como um rio que sussurra
os seus segredos
ao vento.
Nunca mais vi
uma Anhuma,
Só sei que dela
só sobraram
os locais,
Não sei por onde
voa Anhuma,
Não acredito
que exista mais,
A última que vi foi
há tanto tempo
que nem lembro mais.
Anhuma há tanto tempo faz...
Inocência de Anujá
na beira dos igapós,
Tempo que gostaria
que parasse ali,
e que infelizmente
não vai mais voltar,
O céu é confidente.
Cada um nasceu
para a sua própria
água e correnteza,
Cada um tem
a sua própria sorte,
O Aramaçá é peixe
de água salgada,
E tem gente que
não é diferente.
a imaginação me leva
amorosa para a bela cena
nos vejo plantando uma
muda de Palma de Cera
para fazer uma cerca viva
para proteger a nossa casinha
num lugar paradisíaco
da Colômbia desta Pátria Grande
a Palma de Cera que alimenta
as aves, inspira a construção
e o bonito espírito do artesão
há também de proteger
e de fazer História no lugar
onde moram o amor e a paixão.
Conversas Paralelas
Sabe o que os ouvidos disseram aos olhos?
— Me enxerga!
Os olhos, sem hesitar, responderam:
— Então me escute.
O nariz, cheio de inspiração, interveio:
— Respire!
Era previsível, vindo dele. O que mais diria?
Tanta aspiração...
A boca, não querendo ficar de fora, exclamou:
— Me use.
Mas com uma ressalva:
— Apenas quando necessário.
Foi aí que o debate se intensificou.
O cérebro e o coração,
sentindo-se à margem,
entraram na conversa.
O coração murmurou à mente:
— Sinta com a mente.
E a mente, sem se abalar, devolveu:
— Pense com o coração.
Enquanto isso, os órgãos genitais refletiram:
— Sou autônomo.
E os pés, fugindo da confusão, saíram correndo.
No meio desse caos,
Carlos Drummond apareceu,
sussurrando sua conhecida sentença:
— No meio do caminho havia uma pedra.
A voz, sábia e serena, advertiu:
— Não tropece teus pés nas pedras.
E tudo recomeçou,
agora com um elemento a mais:
a voz, silenciosa, quase imperceptível,
só audível com atenção.
Ah, e com o terceiro olho,
aquele que vê o que os outros não alcançam.
algumas folhas em branco
tecendo a solidão
da minha alma
por não ter os teus abraços acalorados
como uma tarde de verão.
Nos cordões
azul e encarnado
das lapinhas
e dos pastoris,
Tens sempre
me buscado
sem admitir que
está apaixonado
e a cada dia
mais obcecado.
Não preciso
mostrar muito,
Apenas fazer uma
boa Baba-de-Moça
é o suficiente,
para deixar evidente
e o desejo livremente
para a imaginação se
encarregar pela gente.
Sem perceber
sou o próprio Mamulengo,
sou que nem Babau
com o bloco na rua
com a minha cara de pau
para mostrar o quê
eu quero é porque
você também está querendo.
Colher da Bacaba
e preparar cantando
para a gente ter óleo,
e nem por um minuto
desistir de viver tudo.
Badofe bem feito
para te conquistar,
Com certeza irá adorar
porque o teu coração
só deseja me amar.
Cada Araguaney florescido
é filho do Sol que nasce
sempre no Esequibo,
e não há como ser esquecido.
Nesta Pátria Grande a poesia
vive a relembrar o destino
que já foi escrito e uns
teimam querer inventar.
Onde as harpa canta os llanos,
é da Venezuela que vivo o tempo
todo falando para o seu despertar.
Não há outro jeito onde eu veja
as estrelas mais visíveis,
É nos teus olhos que vou encontrar.
No caderno de um poeta, se encontram linhas e páginas, com versos e orações.
As guais expressam sentimentos e emoções.
Dias de alegrias, vontades e fantasias.
Tristezas, ou talvez profundas nostalgias.
foi tempo perdido com você
uma história
que se tornou rascunho
papel embolado
não escrevemos a beleza das flores
e sim, dores que marcaram a alma.
A malícia que não
tenho por mim
há um alguém que
sempre dá conta,
O pacto é com Baíra
que na ponta
dos pés vai atrás
de quem merece
e até nos sonhos
por mim persegue.
A minha boneca
de Salvador
veste traje típico
com pano da Costa,
Memória de infância
amorosa deste tempo
que não volta,
E não há nada que
nos impeça de fazer
o caminho de volta,
A vontade abre
mais de uma porta
muito além
do que se imagina...
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