Poesia Livro
BOAS LEMBRANÇAS.
Não que não tenha saudades da aurora da minha vida, como escreveu Casimiro de Abreu. Mas o que mais tenho são boas lembranças. Faltam poucos meses para eu completar mais um ano de vida. E estou adorando! Pessoas falam das coisas boas do passado, de como a vida era melhor, da saudade que ficou para trás, mas não dizem a idade, por estarem envelhecendo. Mas eu gosto dessa maturidade que a maior idade me proporciona. Refletindo sobre essa poesia de Casimiro de Abreu, penso que o presente e o futuro me instigam e me alegram muito mais do que a saudade do passado.
Ao contrário de Casimiro, eu não tenho saudades da aurora da minha vida, porque naquele tempo eu tinha vivido muito pouco! Experimentado tão pouco! O tempo foi passando e a cada novo dia algo novo ia sendo acrescentado à minha vida, algo que ajudava a me lapidar, me forjar, me afiar, formar essa pessoa que agora sou em plena maturidade. Bem diferente do que era na adolescência. Achava que sabia tudo!Não passava de uma meninona brincando de casinha.
Estou feliz, pois aprendi muito com essa coisa fascinante que há sobre a face da terra, que é o ser humano. Durante esse aprendizado, abracei muitas pessoas, consolei gente triste, caminhei com muitas, conversando sobre coisas sérias e coisas divertidas. O que adianta ter saudades “dos anos que não voltam mais”. Tudo o que vivi até aqui, foi só aprendizado. Mas tenho certeza que os meus próximos anos me reservam muitas coisas espetaculares para viver e aprender muito.
A nossa vida vai passar como um vento que sopra no cair da tarde, por isso,temos que viver, cada dia da nossa vida, um novo aprendizado. Assim, quando chegarmos ao finalzinho da nossa jornada, vamos saber que o entardecer da vida terá sido muito mais bonito do que a aurora da nossa vida.
De hoje em diante
No cheiro da noite
chorei minhas tristezas
no brilho da lua
deixei um amor
no caminho do meu destino...
eternizei minha história
no aroma das flores
inspirei a paz
na canção que ouvi
dancei com a vida
nos braços imaginados
descansei meu corpo
no sol da manhã
vi a esperança chegar
na água corrente
lancei minhas amarguras
para que de hoje em diante
só minhas alegrias ficar....
Grito de Liberdade
Quantas vezes...
busquei no silencio da noite
uma saída...
murmurei para as estrelas
questionei com meu Deus
chorei com a lua
andei até meus pés doerem
pensei até minha cabeça latejar
quantas e quantas vezes...
gritei silenciosamente
só para mim mesma ouvir
esperando algo acontecer
com o rosto escondido
entre as mãos
rezei...a todos os santos
me joelhei e implorei...
muitas e muitas vezes
e não me achei
e nem saída encontrei...
Você é...
Meu céu...
Meu léu...
Minha loucura...
Minha aventura....
Minha sedução...
Minha imaginação...
Meus versos de um poema...
Minha tentação
Meu encantamento...
Minha inspiração...
Sem rumo
Caminhei pelas ruas desse mundo
Busquei nos caminhos do destino
Dancei nos sonhos de minha loucura
Sustentei-me no ar das asas da imaginação
Desloquei-me de minha órbita
Perdi a bússola do tempo
Tive pretensões descabidas
Ouvi a multidão enlouquecida
Senti o silêncio ensurdecedor
Não notei os carros passando
Gente me espionando
Busco... Vasculho
Não acho
Mudo o rumo
Nada encontro
Será que existe
O que realmente procuro?
Autorretrato...
Fosse mata, sopraria igual ao vento
Fosse água, beijaria teus pés
Fosse céu, azul seria sempre
Fosse noite, iluminaria e encantaria
Sou lua
Sou tua
Sou encanto
Sou pranto
Sou alegria
Sou vida
Sou medo
Sou magia
Sou fada
Sou ingrata
Sou luta
Sou garra
Sou da vida, a história
Da mata Isolada, o uivo
Da cachoeira encantada, a água
Da onça Selvagem, a felina
Da águia planando, Liberdade
Borboleta singela
Voas na minha janela
Um sinal ou uma aventura?
Pequenina e frágil
Vens até mim
Mesmo com sol escaldante
Perdendo-se no horizonte
Com seus ocultos segredos
Voas alegremente
Pelas flores do jardim...
Eu adoro pessoas que deixam as portas do coração abertas. Adoro quem gosta de contar suas histórias, sejam elas tristes ou alegres.
Pessoas que sabem abraçar e transmitir, no abraço, os verdadeiros sentimentos.
O tempo não espera por nada. Ele voa!
Esse é o meu tempo, de madurar, não de ficar mais doce, mas, sim, de apurar sabores. Eis que entro em plena safra, frutada, amadurada,sumarenta, perfumada de mim mesma.
(Marilina Baccarat de Almeida Leão)
Mal fecharia os olhos, imaginar-me-ia em lugares distantes. Países, onde há castelos, jardins encantados, pássaros falantes a me indicarem o caminho. Nos meus sonhos, tudo seriam possibilidades, tudo seria permitido...
(Marilina Baccarat de Almeida Leão)
Em situações sem saída,
Mergulhar em fugaz hipnose alivia a alma.
Retardar o inevitável conforta,
mas quando a verdade submerge da letargia mental,
a situação torna-se insustentável.
Dor dilacerante é a de enfrentar
o monstro alado e profano chamado fracasso.
Ah fracasso...
Sentimento malévolo que assassina os sonhos,
Solidão num mar de desesperança.
Certeza da incapacidade...
Aceita-lo é um processo lento e doloroso
que rasga as certezas, destrói a fé e confunde os planos futuros.
Deixar para trás toda história de uma vida,
aventurando-se numa novidade de incertezas
torna-se um martírio que poucos conseguem suportar.
Pureza na infância é coisa do passado.
Criança deixou de ser sinônimo de inocência
A droga mudou completamente os paradigmas.
Por sendas oblíquas a violência urbana tornou-se doméstica,
transformando a maldade em corriqueira patologia.
Filhos fruto da droga tornar-se-ão os usuários do amanhã.
Diagnosticar o perigo é uma arte,
que carece de cuidado, disciplina e dedicação.
Com certeza a desatenção é o mais mortal dos inimigos.
Não ser uma rocha inabalável
não é vergonha...
Temer é humano, porém, retroceder não passa de covardia.
Estimulada pelo vento das mentiras que açoita as certezas,
dúvidas farfalhavam irrequietas pelos labirintos da mente.
Persistência
São meus os sonhos que alimento de luz,
Entretanto, acabo por descobri-los em outros seres
Sedentos de encantos.
O que respiro o que pratico a fonte no qual me deleito
E me banho.
Esferas distantes, águas mornas de todos os rios
A constituírem histórias dos humanos...
Minhas arestas ferem-me tanto quanto feriram tantos outros.
Minha vida escancarada sorria, chorava,
Esvaía-se num canto de outras vidas.
Dentro do meu destino, em todas as esquinas,
Fui ascendendo velas, jogando poeira, escrevendo nas pedras,
Decorando os caminhos para não me perder.
Assim, fui desaparecendo em mim!
Ainda assim, a luz que alimenta os sonhos meus
Chamuscava, raleada, rompeu o breu, guiando-me
Até aqui.
Hora fresta, hora flash, porém, luz a clarear meu caminho.
E pude trazer comigo outros tantos como eu!
Quero morar aí...,
Dentro da sua..., você sabe!
Já me conhece.
Quero ficar aí.
Minha sobrevivência, meu alimento.
Você me dá.
Você sabe...
Já é um vício.
Quero viver aí...,
Metida aí..., você sabe,
Já me permitiu.
E quando eu partir amor,
Nunca me tire daí..., você sabe.
Sou parte de ti
Se arrancares
Perderás também a si.
Márcia Morelli (poeta, escritora riopretense, cantora, percussionista...uma mulher interessante!).
26/05/2008.
Um beijo teu e eu te conto tudo sobre nós
Um toque teu e eu te conto tudo sobre mim
Um sorriso teu e eu esqueço tudo
Meu amor venha revelar-me
Estou só nessa madrugada longa
A espera do teu beijo,
Teu toque,
Teu riso
Para que rompa esse silêncio
Espalhando meus sentidos.
Que riso é esse?
Que boca é essa?
Que beijo é esse?
Que cheiro é esse?
Quem é ela?
Ela me ama... Eu adoro!
Ela me arranha, Eu a devoro!
Ela me chama... Eu choro
Ela me quer... Eu bendigo
Ela mora em mim... Eu perco o juízo
“Ela me deu a senha”
Onde minha vida começa
Senão dentro da tua boca?
Onde eu perdi a saída
Senão na luz da retina do teu olhar?
Espaço sutil esse onde meus sonhos
Se fundem aos teus
Que ponte nós percorremos
Correndo todos os riscos
Para chegarmos assim,
Uma dentro da outra?
Sua vida... Começa onde senão
Dentro da minha boca?
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