Poesia Harmonia
Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites tranparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.
Meu coração se alegra em boa companhia
E melhores amigos não terá,
Mas não existe um trem no qual eu não iria,
Aonde quer que ele vá.
Hesitei horas
antes de matar o bicho.
Afinal, era um bicho como eu,
Com direitos, com deveres
E, sobretudo,
incapaz de matar um bicho,
como eu.
A mais bela coisa deste mundo
para alguns são soldados a marchar,
para outros uma frota; para mim
é a minha bem-querida.
Fácil é dá-lo a compreender a todos:
Helena, a sem igual em formosura,
achou que o destruidor da honra de Tróia
era o melhor dos homens,
e assim não se deteve a cogitar
em sua filha nem nos pais queridos:
o Amor a seduziu e longe a fez
ceder o coração.
Dobrar mulher não custa, se ela pensa
por alto no que é próximo e querido.
Oh não me esqueças, Anactória, nem
aquela que partiu:
prefiro o doce ruído de seus passos
e o brilho de seu rosto a ver os carros
e os soldados da Lídia combatendo
cobertos de armadura.
Não é que eu seja sádico
Não é que ela seja submissa...
Ela se fez minha pela força do amor
e eu exerci sobre ela o poder
de querê-la minha menina
pela eternidade.
E creio que a eternidade é muito breve
para embalar a paixão que nos invade.
É simples cumplicidade.
É simples assim.
É amor.
Memória da Casa (Fernando de Oliveira e Walmir Palma)
Não está no portão
a memória da casa,
nem está no porão,
onde tudo se guarda.
Se talvez no jardim
mora alguma lembrança,
erram doces ausências:
borboletas, crianças.
A memória da casa
jaz além da estrutura,
das paredes caiadas,
assoalho, nervuras.
Vejo outrora na alcova
afogada em cortinas
o rubor de uma rosa
e uma linda menina.
Onde foi essa alcova,
em que tempo se deu,
como entrou nessa história,
em que vão se perdeu?
Essa casa são muitas,
uma só todas elas;
o morar é a casa
com varandas, janelas.
As memórias são tantas,
tantos são os lugares
onde pousam lembranças
nesse lar, nesses lares...
Política encardida.
O mau político não vê pessoas e suas necessidades.
O mau político enxerga eleitores e seus votos.
Sim eu me aproximo
cada vez mais de meu ascendente
enquando faço pazes com meu sol
Reconheço meus heróis
aqueles que vieram antes
e os que virão mais tarde
Recorto suas descobertas
mas pelo sim pelo não
ainda guardo em meu bolso
a nota de cinco dólares
que me ofereceu o nômade
que cantava no deserto.
Sim, Por Ela
Sim, eu gosto de um carinho inocente criança,
De uma canção suave cantada ao ouvido,
De estar sempre juntinho, juntinho,
Daquela que entende um carinho no umbigo,
Daquela que escuta o que escrevo e descrevo,
Daquela que curte meus anseios sonhados e ainda não realizados,
Daquela que ouve meus discos cantados e não maquiados,
Daquela que foleia os meus livros ilustrados,
Daquela que analisa minhas fotografias e as criticam,
Daquela que se alegra com meu som instrumental,
Daquela que navega em meu olhar solitário distante,
Daquela que sabe ser mulher, sempre a encantar,
Daquela que entende minhas noites de insônias sem café,
Daquela que me abraça em meus dias de chuvas sem sol,
Sim, eu amo aquela menina, que sabe ser mulher.
Você não tem que ser bom.
Você não tem que andar ajoelhado por mil milhas
pelo deserto, arrependido.
Você só tem que deixar o suave animal do seu corpo
amar o que ele ama.
Fale-me sobre desespero - o seu - e eu lhe falarei do meu.
Mas enquanto isso o mundo segue em frente.
Enquanto o sol e as suaves pétalas da chuva se movem
através das paisagens
sobre as pradarias e árvores profundas, montanhas, e rios
Enquanto o ganso selvagem no alto limpo ar azul
Está indo em direção a seu lar, de novo
Onde quer que você esteja, não importa quão solitário,
O mundo se oferece a sua imaginação
chamando por você como o ganso selvagem, estridente e excitante
de novo e de novo -
anunciando seu lugar na família das coisas.
Ressignificar sempre!!!
Porque ninguém nasce flor, torna-se!
Ser o que se é é questão de escolha!
Sempre foi!
OS AMANTES DE NOVEMBRO
Ruas e ruas dos amantes
Sem um quarto para o amor
Amantes são sempre extravagantes
E ao frio também faz calor
Pobres amantes escorraçados
Dum tempo sem amor nenhum
Coitados tão engalfinhados
Que sendo dois parecem um
De pé imóveis transportados
Como uma estátua erguida num
Jardim votado ao abandono
De amor juncado e de outono.
Texto dia das mães
Mulheres são mesmo incríveis
Quando elas decidiram assumir o papel de gestoras de suas próprias vidas,
Ninguém mais conseguiu pará-las
Houve uma época em que elas eram apenas
Mães e donas do lar
Hoje elas são
Trabalhadoras
Professoras
Empreendedoras
Influenciadoras
Dançarinas
Chefes de cozinha
Consultoras de beleza
Médicas
Advogadas
E o que mais elas quiserem ser
Ninguém mais para essas mulheres
O que seria do mundo sem elas?
Assim como as flores são diferentes umas das outras, cada mulher com sua beleza, sua forma, sua cor, seu aroma...
Diferenças que se igualam em um puro e verdadeiro amor de mãe, na força que supera desafios, na coragem que transforma decisões, na garra que conquista sonhos, na audácia que espanta gerações...
Elas buscam sempre o melhor, buscam encantar, surpreender, apaziguar... até as que não são mães, querem sempre ensinar.
São de sorrir e de chorar.
De acalmar e estressar.
Podem até reclamar.
Mas é impossível não amar.
O que seria de um jardim sem flores?
Assim seria o mundo sem as mulheres!
E sem as mulheres, quem nós chamaríamos de mãe?
Despedida
Se feriu meu coração, eu gostei de ser ferido
Rolam lágrimas inocentes de um coração partido
Que sente antes de ver; seus encantos e perigos
Sorria para o nada, faça-te feliz
Lembre-se de cada noite e
Cada verso que eu fiz
Nosso errado é tão certo, abuso da ironia
Dos meus sonhos mais loucos;
Devaneios, poesia
Tu fez da realidade minha doce fantasia
A CERTEZA DO TEMPO
Quando a noite o silêncio ensurdece e
A solidão é apenas mais uma praga.
O relógio, infame, a negra renda tece
Sudário de ouro, cobrindo a adaga.
E do fundo da cisterna úmida e fria
A dor da existência amofina a cerne
O pêndulo nunca trouxe paz e alegria
Necrose dos ossos!_ Vigia o verme!
Julga incivil meu dialecto de vil poeta...!
Espera, então a insanidade da velhice...
Onde o tempo é morte. Lenta. Mas certa!
Quando já não há sol nem luz no nascente
Tudo é tal e qual quanto fora sempre...
Fastio penoso. Apatia. Fim decadente!
Sei que esta cruel o esquema aqui é osso.(Brasil)
Dia após dia a corda aperta no pescoço.
Viramos estatística do consumidor,
Você é o que tem, ali esta o seu valor.
Ilusão
Penetro na sua dor
Como gelo
Nessa noite
Vaporosa.
– É pedra!
Magoar um coração
Que tanto ama?!…
Sinto um tédio,
Num estado esquizofrênico,
Te vejo
Entre lírios neblinosos
Cantando fantasias.
Vida nebulosa!
Tudo me rodeia
Esvaecido,
De overdose,
De amor…
– Fugaz!
Bom dia ...
Um lindo e glorioso sábado... que as bênçãos de Deus guardem e protejam sua vida e sua alma ... e que a luz divina que cobre você espalhe-se a todos ao seu redor ...
Seja luz ✨✨✨
Seja amor ❤❤❤
Esperança
O meu verde
Confunde sua visão
Quando estou entre
As palmeiras
Em sua casa, no quebrar de um copo
Em vez de azar
Levarei esperança
Ao seu sentir
Sem sorte.
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