Poesia eu sou Asim sim Serei
“Quando não sentimos
a falta de nada,
nem mesmo dos vazios...
Estou em paz.
Sou da paz.
Encontro paz.
Eu pazeio.
Tu pazeias.
Nós pazeamos".
Zarfeguiana
Te amo porque te amo
No São João sou capaz
De me queimar todo na
Fogueira elétrica
No Natal me visto de Papai Noel
E saio distribuindo
Mimos às criancinhas
No Dia dos Namorados
Faço declarações ridículas
Só pra te agradar!
Não preciso esconder
Meus parcos sentimentos
De ninguém
Muito menos de ti
Meus versos têm sabor
De pera
Maçã
E água com açúcar
Que estás esperando?
Vem no meu disco voador
Me dá um beijo quente
Sê minha musa decadente
Que um poeta
Pouco original
Pode te oferecer
Exceto um filho virtual?
Só
Tem dias que sou só
Porque quero estar!
Pra poder ver o que há
em meu infinito
Pra isso...
Uma luneta
tipo estrelar
a usar.
Me escondo de todos
podendo enxergar
ao longe
bem de perto
os meus sonhos.
Sou pássaro que passa em revoada...
Migrando em firmamentos azuis...
No crepúsculo de um dia de outono
Fui nativa hoje sou partida
Fui amor hoje desamor...
Puro desencanto
Pássaro cativo... De uma saudade que a brisa levou...
Sou poesia em rimas a cantar...
Um pássaro que tem alma delirante... Onde a poesia é
Meu respirar constante... Cuja alvorada brota junto
Ao meu poente!
"De todos que existem sou dentre eles apenas mais um Pablo.
Pablo que sou ,pergunto a você: "Para ti sou que Pablo?".
Se te encabula a pergunta, te dou a resposta agora, no ato.
Estou para ti como Neruda aos poemas, tenho por ti a paixão de Picasso aos quadros.
Sou seu louco, seu tudo.Mas acredite, só seu!
Sou seu Pablo."
Sou poetisa nos dias legais,
Sou poetisa nos dias a banais,
Sou poetisa nos dia a gitado,
Sou poetisa nos dias em vergonhado.
Eclipse
A alma grita aos ventos, o que o tempo rasurou num lamento; para ti sou lua vazia em obscura melancolia.
O Banqueiro
O banqueiro fala da intimidade: Sou justiceiro da atualidade
Deus tira do pobre, a oportunidade, eu devolvo em dinheiro a vista
Com jurinho, quase caridade
DEVANEIOS
Sou a poetisa triste e sombria
A vida imensa de loucura me fez assim
Mas os sonhos que tenho são cores ao vento
fantasias cheias de uma felicidade sem fim!
Sou aquela que sonha com amores queridos
Beijos cheios de paixão e ternuras em flores
Dá-me Deus, peço, um pouco de acalento
Permita-me versos de docilidade e amores!
Porque estou condenada aos versos malditos?
E esta dor que dilacera meu peito em agonia?
Não sou tal qual as demais filhas da mundo?
E teimo em sonhar além da minha realidade!
Céus azuis e sóis reluzentes sobre minha amargura!
Minha poesia é nua!__ Mas meus devaneios são profundos!
METAMORFOSE
Por favor queridos
Hoje
Não questionem os meus versos!
É que estou sou tão borboleta...
Em constante transição
Metamorfoseante.
Mas é mesmo um pesar
que eu não me mantenha asas...
Sempre volto ao meu estado de larva.
Tão volátil.
Não fico em mim
Nem mesmo sei o que sou
Amanheço alegria
Crisálida em utopia. Poesia
Anoiteço solidão. " Lagarteante".
Poeta do cerrado
Sou da terra, do triângulo mineiro
Sou poeta do cerrado, estradeiro
De poeira e chão batido, cavaleiro
No espírito embebido, alma de peão
Caipira do amor poetando paixão
Trago nos olhos o sal do sertão
Do curral, do fogão de lenha, lamparina
Da moda de viola, catira e da ave de rapina
Sou araguarino, origem e apreço na sina
Sou interiorano com cheiro do mar
Onde nas tuas ruas eu pude me achar
Estrangeiro no Rio de janeiro, fui morar
Sou brasileiro de sobrenome e nação
Mineiroca de cognome de pura emoção
Aventurado no cerrado goiano sem direção
E desde então, sou cerrado
Desde quanto cá vim
sou árido, ressecado
Por servidão, assim
cá estou, sou, até o fim...
Sou de onde o cascalho forra o chão
Onde o vento se perde no horizonte
Aqui nasci, e a poeira trago na canção
Sou do cerrado, árido, a minha fonte
Onde bebo da água da poética ilusão
Incompletude
Minha maior riqueza
é a incompletude
sou rico de fraqueza
e pobre de vicissitude
Porém, sou de solicitude
busco total franqueza
ao outro não sou rude
ao gentil, gentileza
E neste vivo açude
bebo estranheza
sacio, talvez mude
saia da tristeza
pra alegria, amiúde
Mas, não serei lassitude
só por não ter grandeza...
Mesmo inacabado, eu pude
no amor, ser eu, ter pureza
Almejando sentido na finitude
com liberdade, com leveza
Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano
Sou Tiago Suil estou aki pra te ver a sorrir,
então junta-te a este Coletico e vais conseguir,
alcançares aquela porta e poderes abrir.
PONTO
Sou ponto
estou pronto
no ponto
p'ra me tornar
ponto.
Que afronto!'
Não sou tonto
disse ponto
e pronto...
Como ponto
ficarei ponto
tornar-me-ei ponto
em ponto
no lugar do ponto
e ponto.
Antonio Montes
SINAIS GRÁFICO
Sou maiúscula, sou minúscula,
vogal, sei lá... Consoante
sou um tanto, quanto caduca
mosquito, anta, elefante.
As vezes, sou imbecil...
dona de mim, na explicação
lousa giz, todos me viu
no bilhete do coração.
Ocasião, com circunflexo
acento... Grave, e til
quem sabe, trema apóstrofo
assim na gráfica... Quem não viu?
Você viu... Eu vi!
todos viram os sinais
que não obedeceu estão por ai...
Nos sinais das capitais.
Antonio Montes
UM PEDIDO...
Por favor querido,
não faça de mim fragmentos...
Sou inteira demais para tal!
...Ou me tenha por completo
ou não me tenha
de forma alguma!
Em mim tudo é intenso
A alegria, a vida, a nostalgia.
...Até a dor precisa sem absoluta.
Então não me venha com metades.
Não suporto meados
... Jamais faça de mim restos.
E se não for para eu ficar,
não me chame!
Meu tempo é escasso.
Por favor,
faça isso por mim
...Não faça de mim fragmentos.
Nada sou...sem ti!
Sou lágrima que escorre dos teus olhos....
Sou aquela que te espera... Sempre esperou
Sou quem continua crendo
No voo misterioso dos sonhos que não mais existem...
Sou poesias esvoaçantes e meditativas...
Sou o teu esquecimento... Nas noites de solidão...
O teu mar íntimo do seguir... Invasora do teu coração fechado...
Sou tua saudade!
Sou passarinho insano que grita sussurrante no silencio
Dilacerando o vácuo...
Cintilei meu caminho com o teu olhar...
Será sempre escuridão sem o teu chegar
És vida ...e nada sou sem ti...sem mim...sem nós!
...É
Sabe aquela menina que sonha absurdos de felicidade ao contemplar o pôr do sol?
Pois é... Sou eu.
Talvez, no fundo eu acredite mesmo que a felicidade
está lá...escondidinha entre o entardecer e no surgir da lua
no céu de breu...
