Poesia Eternamente
Pense em teu querer,
mas sem muita ilusão,
lute pelo que deseje,
mas sem ferir o coração
O que hoje parece ser,
amanhã, talvez, não mais
e apenas sofrerá se quiser,
procure viver em paz !
Saudade
De quando tudo
Era mais sincero
E eu
Não precisava
Trabalhar tanto
Para sustentar
Meu sorriso
"Sinto-me um mero transeunte do Tempo – acho o Tempo uma invenção. Chamaram a esse vácuo desconhecido de Tempo assim como chamaram de Deus ao resto do vácuo que restou. Para mim, é desse vácuo que se desprende algum amparo, toda minha experimentação. Eu resisto a tudo. Menos à amada que, infelizmente, não é minha”. Aníbal não perde de ver-se, mesmo depois de um longo e imotivado intervalo. Nada faz com que desmorone a construção que fez de Rosália. [não recorda qual foi o inaugural elemento de que se serviu para isso, e isso não o perturba, nem lhe importa]. Rosália ser-lhe-á, por toda a vida, a alma diurna e feliz de que jamais se apartará por sentir-se inteiramente composto dentro dela.
De antes ou depois de todas as dimensões. Aníbal.A licitude dos olhos.
Amar você foi algo que decidi fazer,
E vendo tudo isso vejo que não vou me arrepender.
Tá, talvez eu possa ser assim,
E a decisão de te amar, não foi tão ruim.
Amar tem sim seus desafios,
Foi por isso que o maior romântico morreu sorrindo.
Pois ele tinha visto,
Que amar sempre é o melhor caminho.
"Ame o próximo como a si mesmo"
Na Bíblia está escrito desse jeito.
Por isso amo e não me arrependo,
Porque se Deus disse, eu estou fazendo.
Talvez eu não tenha certeza,
Certeza eu tenho que você é minha princesa.
Amor é do jeito que eu te chamo,
Mas sabe por quê? porque eu te amo.
Realmente eu sou assim,
E te amar nunca vai ser uma decisão ruim.
E com você perto de mim,
Nunca vejo o nosso fim!
DE AMOR E DE ESPERANÇA
"....no amor que flui em nós, água corrente ... "
Eu sei,amor, a vida está difícil
- o preço do feijão, a ausência de futuro,
a poluição, a falta de ternura,
a falta de verdade e de abertura,
esse medo do escuro...
O perigo maior,porém,é que esta vida,
este cansaço, esta ilusão perdida
destruam esse amor,fortuna que nos resta.
E,sem fazer versinhos cor-de-rosa,
eu quero neste verso,nesta prosa,
dizer que ha um caminho ,uma fresta.
Inda é possível,amor, esse milagre
de multiplicar o pão.
É só somar as coisas que nós somos,
é dividir as coisas que nós temos,
subtrair todo egoísmo e ódio
na matemática do coração.
Amor,vamos brincar de aventureiros,
vamos buscar em nós, na humanidade,
no amor que flui em nós, água corrente,
um tesouro escondido à flor da terra.
Um tesouro que existe,em que pisamos,
o qual não vemos,porque não olhamos,
um tesouro real e verdadeiro.
Vamos amor, me leve nos teus braços,
eu te levo em meus versos,que são teus
Vamos abrir estrada em nossos passos,
vamos abrir estradas para o mundo,
vamos falar com Deus..
( do livro " Canção pro Sol Voltar" , Editora do Escritor )
Castelo Hanssen é jornalista e escritor , membro fundador do Grupo Literário Letra Viva e da Academia Guarulhense de Letras.
aos filhos da arte
são muitos os fluidos que nos fornecem a inspiração..
perceber e captar esses fluidos é trabalho da
percepção
onde a sensibilidade é a mola mestra
traduzindo nossas impressões em expressões
somos filhos da arte, enlaçados na onda do bem-querer
da arte sábia de quem acredita na vida
e na luz que nos envolve e nos move a crescer
nossa existência é sinônimo de persistência
e crescimento interior
não dá prá fugirmos daquilo que somos
não dá prá negar ou ignorar a "voz do coração"
EU OUÇO UMA VOZ CANTANDO LÁ FORA
Na calada da noite, eu ouço, no silêncio,
Uma voz cantando lá fora...
Paro e escuto aquela voz melodiosa,
Cantando lá fora...
Parece-me a voz dela cantando,
Há muito tempo, para mim.
Não suporto escutar apenas.
Abro a janela do meu quarto,
E solitário, escuto aquela voz
Que, pouco a pouco, vai se distanciando,
Sumindo-se na distância sem fim,
Das longas encruzilhadas.
É a voz dela , eu sei, cantando
Para mim no tempo distante
Que a saudade, que nunca me deixou
Trouxe de longe, do passado
Que se perdeu no tempo
E nunca, nunca mais voltou
A MENINA DE PALMARES
Havia uma menina
cuja infância se foi na cheia
afogada nas águas pretas
e escuras do Rio Una
Daqueles tempos molhados
carrega consigo meia dúzia de fotos
e os espaçamentos da memória
cujas lacunas completam o inteirar de sua história
Na inocência dos seus olhos
brincava com a farra das águas
assistindo do alto da casa que lhe era abrigo
junto com outras crianças que como ela
aguardava o retorno desalojado dos pais
Era uma infância úmida devorada pela fome da boca
inundada de dilúvios e pelo banhar selvagem do rio
Não nasceu dos ossos das costelas
mas da mesma argila e do mesmo barro que Adão
Por sobre as águas das chuvas e do lado
boiavam entre bonecas e tiaras
as sobras flutuantes de suas lembranças
e do vestido submerso de sua primeira comunhão
apenas sobreviveu o terço presenteado de sua mãe
No leito em que hoje dorme convivo com suas noites
e me banho todo dia me enxaguando
nos afetos encharcados dos líquidos
de seus mais profundos amores
Inspiração
Inspiração, matéria prima do poeta
A quem, muita vez, não se mostra amiga
A este que deseja ser dos versos um esteta
E contigo andar de braços pela vida
Ele é teu súdito e de ti carente
Anseia, clama, roga e por ti chama
Na hora de compor é dependente
E é nesta hora que tua mão ele reclama
Disseste a ele, tomei conhecimento
Que tu inspiração és como o vento
Passas e trazes contigo os versos
Mas logo os varres se este for o teu intento
Disseste ainda e isto guardo de cor
Que nada é melhor e aí está explicado
Para compor, o poeta precisa estar de bem com o amor
Melhor ainda se estiver apaixonado !
Do livro Poemas de Paulo Guedes
Por favor não me amole se não chove em sua horta
Nem se o que quer por inteiro só vem pela metade
É sempre incerto esperar o que nos bate a porta
Seja qual for seu canteiro, plante felicidade!!
DOMINGOS
Ruas deitadas sobre o chão dos domingos
descançam do pisotear das multidões
que no atravessar corrido das esquinas
são indiferentes aos seus sentimentos
Inventeiros
Vertiginosos
de Lugarejos
Acantonados
As religiões
são a prova
irrefutável,
da capacidade
e aptidão criativa
do ser humano,
para inventar.
seu potencial
inquestionável
de imaginar
o impossível,
justificar o improvável
e tecer absurdos.
Eu achei que fosse envelhecer ao seu lado.
Fosse contemplar cada ruga aparecendo em nossos rostos, contemplar nossos cabelos enbraquecendo,
contemplar nossa pele ficando flácida.
Eu achei que fosse envelhecer ao seu lado,
rindo um do outro,
rindo um com o outro.
Eu realmente achei que fosse envelhecer ao seu lado,
mas seu tempo na Terra terminou antes do meu e você partiu me deixando para envelhecer sem você ao meu lado.
Ode à Loucura
Oh loucura, tu que danças no limite do absurdo,
Desvendando mistérios que a razão não alcança
Tu que desafia as convenções, libertando o ser
Erguendo o véu do desconhecido, revelando a essência
Loucura que inebria o espírito, guia dos incompreendidos
Arrepia a pele, pirueta na mente, dança na alma
Desperta a rebeldia, sussurra segredos ocultos
Desafia o status quo, rompe as amarras da normalidade
Insanas as fronteiras, dilacerando as correntes impostas
Desperta a paixão selvagem, queimando como fogo intenso
Distorce a realidade, desenha novos horizontes
Oh, loucura, musa dos poetas e artistas, tua genialidade é incomparável
Loucura, que semeia risos no terreno do absurdo
Ergue os cacos dos sonhos partidos, recria utopias
Guardiã dos desencaixados, pintando em cores vivas
Um universo paralelo, onde a lucidez se despe de máscaras
Em teus braços, encontramos a liberdade de ser quem somos
Explorar as profundezas do ser, desvendar as sombras
Oh, loucura, enigma misterioso e encantador
Brinde-nos com tua poesia caótica, tua arte desvairada, insana e maravilhosa.
Dúvidas Eternas.
Por que não consigo respirar?
Essa borboleta em minha barriga
Me faz te desejar
Mais e mais
Tenho uma briga
Entre meu coração e a razão
Que me intriga
Desde do início
Do brilho nos sorrisos teus
Até o apedrejar do seu olhar ao meu
Quero um dia esquecer
Esse sentimento
Que meu coração se fez derrotado
Quando aquela única dúvida ficou
Não queria ter me lembrado
Quando a realidade me atormentou
Mesmo assim, nunca saberei
Do "não" ou do "sim"
Esclarece o que quer
No jogo da vida, prefiro clareza
Sem meias palavras, sem incerteza
Gosto do olhar que não mente
Que me diz o que quer claramente
Não quero dançar na dúvida
Perdendo tempo em uma busca perdida
Decisão firme, sem enrolação
É o que move meu coração
Quero ouvir um "quero tudo contigo"
Ou um sincero "não quero nada comigo"
Pois estacionar onde não é meu lugar
É desperdiçar tempo, é se enganar
Então olhe nos olhos e decida
Se quer caminhar ao meu lado na vida
Porque clareza e sinceridade são essenciais
Para não perder tempo em ilusões banais
Palavras não ditas, feridas abertas
Na ausência de comunicação, dor incerta
Criamos monstros onde não há verdade
Por falta de diálogo, nossa realidade
A psicóloga sábia nos alerta
Sobre o peso da falta de conversa certa
Mergulhamos em ilusões sem fundamento
Por não dar voz ao nosso sentimento
Falar, explicar, comunicar é preciso
Para desfazer o engano, o prejuízo
Conversar é curar, é esclarecer
É trazer à luz o que nos faz sofrer
Então que as palavras encontrem seu lugar
Que a comunicação seja nosso pilar
Pois só assim poderemos entender
E viver em paz, sem se perder
Eterna
Incapacidade
Invencível de
Compreender
o Óbvio
Em tua invejável habilidade
De não saber,
Permanecia imbecilizado.
Estupidamente logado,
Desconectado da realidade.
A hipnose profunda
O conduzia
Para lugar nenhum.
Habitando a Terra Plana,
Nunca visitou a borda,
Semeando misérias toscas,
Sonâmbulo eterno que não acorda.
Viralizando fake news,
Analfabetismo político,
Salvador das tradições do paleolítico.
Prosseguia imbecilizando,
Em tua habilidade invejável
De falsificar, mentir, adulterar.
Tua corrida frenética
O conduzia,
Para nenhum lugar.
TRÍPTICO
(à maneira popular...)
I
desamada
desarmada
vem o vento
vai-se o tempo
nem o tempo
nem o vento
dá o tempo
de sarar
de repente
vem o dia
chega a hora
borda fora
a acostar
volta atrás ó cavaleiro
volta atrás se quer's teu bem
tua amada
tua armada
com o tempo
desarmada
traz também
II
o que se sente
entre o que se pensa e diz .
o que se pensa
entre o que se sente e cala
o que se cala
entre o sentir e o ser
o que se diz
entre o que se ama e sonha
nós
no mais fundo de nós
nós perdidos
nós vazios
nós à margem
III
Quem vai responder
o que não tem resposta
Quem vai falar
o que não tem palavra
Quem vai achar
o que em nós esquece
Quem vai roer
o que em nós sufoca
Vem noite ou pranto ou dia ou vento
Quem quer que sejas que seja o novo
Abrindo o canto na carne clara
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