Poesia Eternamente
DÉCIMO PRIMEIRO HEXÁSTICO
a dor me cobre a ossatura
invade a carne de tod’alma
s’instala na tumba da carne
alimentando pensamentos
desconstruind’identidades
valores morais sedentários
Queria te fazer feliz, mas talvez eu suma
queria te trazer pra mim, mas eu nunca trago.
lembro de você sempre que eu fumo, é que você era quente igual a ponta do meu cigarro.
E some do pensamento sempre depois do ultimo trago.
DÉCIMO SEGUNDO HEXÁSTICO
Onde some o ser humano
resta tão-somente o homem
prisioneiro do si mesmo
fluídico e sem forma própria
agrilhoado à sua caverna
é sombra sem a luz do dia
Farinha do mesmo fato
Não sei quando virei arauto da loucura
Discórdia da verdade nua
Existe sempre outro jeito
De realizar o que está feito
Agora vejo o verso do inverso
Que fica submerso
Em mentiras intrigantes
Criando algumas constantes
Trajadas com o manto de seda ruflante
Inexorável a vontade alheia
Intragável ao mesmo semblante
Que espuma a louca sabedoria feia
De um mago da política
Governante errante da escolha que fica
Ygor Mattenhauer
Já na minha alma se apagam
As alegrias que eu tive;
Só quem ama tem tristezas,
Mas quem não ama não vive
De Saudades vou morrendo
E na morte vou pensando:
Meu amor, por que partiste,
Sem me dizer até quando?
Se me deixares, eu digo
O contrario a toda a gente;
E, n'este mundo de enganos,
Falla verdade quem mente.
Tu dizes que a minha boca
Já não acorda desejos,
Já não aquece outra boca,
Já não merece os teus beijos;
Mas, tem cuidado commigo,
Não procures ser ausente:
- Se me deixares, eu digo
O contrario a toda a gente.
Menina sublunar, afogada,
que voz de prata te embala
toda desfolhada?
Tendo como um só adorno
o anel de seus vestidos,
ela própria é quem se encanta
numa canção de acalanto
presa ainda na garganta.
Não sendo bicho nem deus
nem da raiz tendo a força
ou a eternidade da pedra,
o poeta nas palavras
põe essa força de nada:
sua funda é o poema.
Iraruca
Destino é o nome que damos
à nossa comodidade,
à covardia do não-risco,
do não-pegar-as-coisas-com-os-dentes.
Quanto a mim,
pátria é o que eu chamo poesia
e todas as sensualidades: vida.
Amor é o que eu chamo mar,
é o que eu chamo água.
Amor
O que será:
este labirinto de perguntas
e resposta alguma,
este insistente rugir
de pássaros, este abrir
as jaulas, soltar o bicho
novelo que há em nós,
delicado/feroz morder
(deixa sangrar)
o outro bicho (deixa, deixa)
e toda esta parafernália
a parecer truque enquanto
obsidiante você mente
embora acreditando nas mentiras
e eu use os piores estratagemas
para cobrir-me a retirada
desse vicioso campo de batalha.
Construção
Eles são donos do mundo
e não sabem disso.
Daqui os vejo
bem no alto contra o espaço,
eles vem e vão
pássaros sérios
deslocando nuvens
Daqui os vejo criando
essa explosão precisa
de ferro cimento e paciência
— agora um bem pensado
esqueleto de superpostas vigas.
E a gente fica cismando como é belo
o que eles criam e o simples permanecer
de um operário no alto da sua construção.
O pequeno quadrado (que será elevador)
desce e sobe por ossos de madeira
do poço por eles trabalhado.
Eles constróem o mundo
eles divididos mas tão fortes
eles são o mundo
e não se importam.
Eles levantam os castelos de agora
castelões provisórios no alto de suas torres.
UNIVERSO CAOS
Imagine um turbilhão de partículas flutuando no abismo. É a isto que cognominamos de universo. Partículas de todos os tamanhos e formas, fruto de um caos, desgoverno sem propósito.
E o homem, apenas mais uma partícula atômica empurrada pelas leis naturais, física e gravitacional.
A inteligência lutando em vão contra a perversidade do caos, com o fim de organizar, elaborar sistemas, classificar espécies e formas que garantam a sua existência duvidosa. Qual a condição e a possibilidade do homem reverter este fato que é o caos universal?
Mesmo que todos os homens, como partículas integrantes deste sistema sem objetivo se tornassem inteligentes, a ponto de desenvolver instrumentos para se isolar dos demais sistemas caóticos, não seria possível contornar nosso destino abismal, pois as inteligências difeririam e, logo estaria formado outro
caos dentro do caos, as ideologias, cada grupo "inteligente" apontado apenas para seu umbigo, e a desunião causaria a destruição da espécie. Eis o mundo atual.
É a noite ao clarejar dos céus
Que é possivel enxergar,
As estrelhas aconselhando
Cada simpatizante delas.
Convidada à flutuação
do meu corpo colado
ao teu e os meus
pés sobre os teus
e a música das estrelas
a nos rodopiar,
é uma indomável
e sublime premonição.
No meio desta savana
temperada a dançar
sob a luz da querida Lua,
o meu afeto de namorada
para você vou devotar,
e à ele tu se renderá;
amor insubstituível amor
a nossa hora chegará.
Os raios amáveis da Lua
que passam as folhas
das suntuosas árvores
desenhando sobre nós
rendas que nos enfeitam
para esta festa
que na minha intuição
já tem acontecido
por antecipação
nestes olhos cansados
desta distância
que se enchem de brilho
quando você ouve
ou alguém fala no meu nome.
O meu coraçao doi
E tudo o que doi eu sinto
É como se eu estivesse a desmoronar
Lentamente vai se partindo em milhares de pedaços
E eu sei que ninguem vai la estar
Para me amparar
E eu vou cair
E me afundar
Neste mundo onde nada faz sentido
Eu caminho so
E lentamente
Tentando encontrar paz
Para o meu pobre coraçao
Que tanto sofre sem razao
Aparentemente sou so fraco
Mas tudo tem uma razao
E esta é apenas uma desilusao.
Um dia entrei para outra realidade
Era um mundo de sonhos,
Onde tudo era perfeito sem problemas nem dificuldades
Porque perguntei me eu?
A resposta era simples.
A razao daquela realidade ser tao perfeita era a sua presença
A presença da rapariga que ja mais amei neste mundo
Um mundo onde ela era minha e eu dela.
Onde nos podiamos viver livremente
Sem nos preocuparmos com o mundo e as dificuldades do dia a dia.
Nunca pensei gostar tanto de uma pessoa neste mundo
No fundo esta realidade paralela era perfeita
Mas como todos nos sabemos nao existe perfeiçao
Ou seja,esta realidade era falsa
La se foi o meu mundo tao perfeito onde era tao feliz
No fundo tudo era falso menos o meu amor por ela.
Procurando seguir
a indicação
da Lua divina Lua,
fui buscar
a embarcação,
passei devagar
bem pertinho
da savana pantanosa
em tua busca
e da paz maravilhosa
que estes olhos
lindos são
capazes de me dar.
A Lua fez da relva
um chão esmeraldino
e as árvores altas
iluminadas fizeram
o cenário mais lindo:
Para o amor seduzir
e nos embalar
pelo ritmo ardente
da sinfonia noturna
que só quem tem
uma alma em chamas
é capaz de decifrar
o quê o Universo
tem para falar
ao coração tomado
por encantamento,
e deixar as estrelas
fazerem o cobertor
de doce contentamento.
Amor.
sonhou comigo
coração partido
no fim
passou o perigo
me trouxe o alívio
em mim
paradoxo
invisível nosso amor
distante da realidade
usou
tudo passou, nada restou
continuo sendo um palhaço
Acrobata da Dor
um pobre sem-amo
- Zlatan
A diáfana existência
de cada abelha
que se esforça mesmo
com todo o veneno
que neste mundo há,
ela traz a mensagem
do mundo para o mundo
que deveria buscar
como cada uma delas
cooperar, resistir
e sempre lutar para evoluir.
O coração que para
uns muitas vezes
se mantém calado,
por pura autopreservação
para não ser envenenado
por gente que vive
sem eira nem beira,
com o espírito esvaziado
e faz da bondade alheia
um campo para plantar
a marca da transgressão.
Cada abelha por todos
os lugares e rumo
à savana montanhosa
para produzir o mel
de acordo com o quê
lhe é proporcionado,
traz o signo daquilo
que entre nós já
deveria estar pacificado,
e por senso comum
deveria ser preservado.
O coração busca ser
deste jeito para
se resguardar de gente
que se perdeu, perdeu
ou deixou perder o quê
há de mais belo que
é a pureza da crença
no amor simples e original,
que é aquele que vê
sempre no luar a beleza
que encanta sem igual.
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