Poesia Ei de te Amar Vinicios de Morais
Uso a minha felicidade
Para tirar de mim a tristeza
Com um belo sorriso
Enfrento com fé os problemas
Mantendo calmo o meu coração
Faço da minha paz 🦋
Um caminho para o perdão
Amo com sentimento a vida
Agradecendo todos os dias.
Desejo o calor das tuas mãos
Para vestir o meu corpo frio
E abraçar o meu coração sofrido
Para me perder dentro de ti 💘
AMOR
Costuro todos os meus sonhos
Bordo todas as lembranças doces
- E desato os nós de toda a minha vida
Espanto do olhar nas fluidas avenidas
Tardes que oscilam nas obscuras vidas
- No limiar dos campos com os seus novelos
Na procura eterna da luz de quem precisa. (---)
SINO DA MEIA-NOITE
Eu quero impregnar a tua pele
Moldá-la como uma artesã
Mas sou apenas uma pobre poeta
Às vezes triste com tua ausência
Outras vezes melancólica como as cotovias
Que voam entre sombras e suspiros
Gotas de orvalho de sentimentos
De abraços nostálgicos em chamas
Que consomem o meu sangue
Talvez um limbo da vida e da morte
Estou farta da minha louca loucura
Bússola de uma trepadeira invisível
Onde pulas o meu muro quente
Para alcançar o santuário dos meus seios
E as flores do meu jardim secreto
Vento refluxo das ondas da almofada
Para escrever um sonho no coração
A andorinha procura um ninho nas ondas
Da tua boca no beijar do teu silêncio em sal
Janela da nossa cama, vejo a lua, o vento chegar
Carícias de mel, como se de uma fragrância se tratasse
Beijo da nossa cumplicidade no tocar do sino a meia-noite.
VAGABUNDO
Vagabundo que viveu e vive nas sombras
Esquecido treme de frio nas noites sem fim
Com fome, sede sacia o cansaço na sua própria solidão
Imerso no seu silêncio, na escuridão senil
Alma solitária, vinda do escuro da luz
Queima o inferno na coincidência da vontade divina
Esquece tudo, até mesmo as suas próprias deficiências
Solidão compartilhada no seu silêncio desligado do mundo
Vagabundo nas ruas da vida, encontrou um lugar para brilhar
O seu próprio coração magoado, senil, triste e maltratado.
COMO CARNE CRUA
Andas ancorado à minha cintura
Como um barco que se apega ao mar
Eu velejo como que se o silêncio
Me dissesse tudo o que sei
Vivi entre as ansiedades mais profundas
Na sede intensa, de um suor quente
Da fome súbita, consumida por luas
Devasto os sentidos através dos dedos
Segurando a cruz do teu amado corpo
Velejo nas sombras da nudez do oceano
Como carne crua onde nos amarrámos
A nós mesmos, no convés do nosso navio
Entre a escravidão do nosso salgado beijo
Somos fome, somos desejo, cegos de nós
Com a verdade nos olhos de quem vê com fé.
FLORES FELIZES
- Sejamos felizes sem mentira
Sem desafeto, sem ilusão, sem amor
Afinal amamos todas aquelas flores
Aquelas que nascem entre rochedos
Flores que não hesitam em desafiar
A secura das folhas na brutalidade das pedras.
Sejamos livres de todas as palavras que nos ferem
- Da angústia que chega sem aviso
E da maldade que nos assombra todos os dias.
TASCA MORTA
Escreve por descaramento
Onde afoga-se entre surdos
Roucos, porcos e sujos
Sem estatuto dum louco
Parvo de vício já sujo
Vazio de troncos podres
Mão do homem fracassado
Revoltado com o café da manhã
Pão seco sem cheiro que revela
Torna-se ópio da boca pobre
Abdica espontaneamente da alma
Chora tantas vezes em seco
Perdeu a conta às lágrimas
Que já derramou pela vida
Choro negro de tanto riso
Nos degraus de pedra dura
Altar para tapar a minha urna
Último abrigo num inferno
E afinal morto já ele estava.
LÁ LONGE
Lá longe, longe perdido nas águas profundas
Do rio que corre, que passa entre as fragas
De seixos escorregadios onde sofro sozinho
No respirar de um simples suspiro de dores
Sede partilhada da tua boca sobre ondas
No desaguar da foz, andam as andorinhas
Nevoeiro de murmuro de uma oração ausente
Feita de argila estéril, seca de morno sangue
Noites tristes de cinzas vermelhas no regresso
De um beijo sobre as asas que se jogam as folhas
Carrego na minha alma os teus passos silenciosos
Vestes negras de adagas afiadas na carne do corpo
Lá longe no rio de águas profundas entre os seixos
Onde tudo se transforma em limos de vida ou morte
Regaço dos abraços na partilha da tua boca da minha
Espelho absurdo de um santo remédio feito em oração
Liberdade onde inverno no santuário do teu doce corpo
Na tua procura dos meus seios do amor transformado
Onde as águas correm sem destino até ao nosso silêncio
Gemidos que navegam sem rumo, perfume das rosas no rio.
APRENDER
A vida é bela
- Ela não é um inferno.
Mas o que nós todos fazemos dela sim.
Muitas vezes os passos que damos
- São maiores que as nossas pernas
E têm sempre consequências lastimáveis
- Temos muitas vezes inveja e não devíamos ter.
Nossa vida é feita de escolhas e de atitudes.
- Sofremos e sofremos mesmo
Porque acreditamos no que queremos ver.
- Sente vontade de chorar ?!
Chorar não vai mudar nada...
Afinal vimos um rio, onde só existe uma gota.
- As vezes quando a vida não corre bem
Pode ser que aconteça coisas maravilhosas
- Se não tentar não culpe a vida
Por tudo que não sair como quer.
DESCRIMINAÇÃO
Descriminei-te por seres diferente
Descriminei-te por seres único
Descriminei-te por seres especial
Descriminei-te por seres livre
Descriminei-te por não seres normal
- Apesar de toda a descriminação
Não deixas-te de seres tu mesma.
- No fim amei-te como ninguém.
ƸӜƷ
Quando fizer o seu caminho
Evite ferir, magoar corações
O veneno da dor causada
Retornara sempre para si.
ƸӜƷ
Deus...
Disse não importa as pedras
Que encontrares pelo caminho
Muito menos as dificuldades
Por serei as asas que te amparam.╭✿
QUANDO EU FOR
Quando eu envelhecer
E se o meu andar for hesitante
Por favor ampara-me
Quando eu envelhecer
E a minha audição não for boa
Por favor procura entender-me
Quando eu envelhecer
Se a minha visão não for imperfeita
Ajuda-me com muita paciência
Quando eu envelhecer
Se minha mão tremer muito
Por favor não te irrites
Quando eu envelhecer
E encontrares-me numa rua ou caminho
Não faças de conta que não me vês
Para, para conversar sinto-me só
Quando eu envelhecer
Se me vires triste, partilha comigo um sorriso.
✿ ❤✿ ❤✿ ❤✿ ❤
RECOMEÇO
Deixa-me viver
Nos silêncios
Nos abraços
Nos anjos
Nos beijos
No corpo que fala
No terço que guardo
Na oração da mente
Na palavra que chora
Na reza à vida
No respirar
No abraço ao vento
No escrever
No precisar das vírgulas
No sobreviver
Na passagem das palavras
No tatuar da alma
Nas lágrimas de orvalho
Na prisão sem idade
Na esperança do recomeço
Na vida vivida em amor.
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TEMPO
Escuto o tempo
O homem, o vento
O amor, o equilíbrio
Observo o tempo
O homem , o vento
O eco, o vazio
Perdido sem riso
No choro do tempo.
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PEDIR
Antes de pedirmos
Alguma coisa a Deus
Devíamos entender
A diferença de querermos
Merecermos ou precisarmos
E só devíamos agradecer
"obrigado meu Deus"
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