Poesia do Preconceito Vinicius de Morais
Música
A nota é a regra do som
Ela é a vontade em si mesma em se transformar em música, comunicar … Minha infância foi uma piada, minha juventude hilária, minha fase adulta uma oportunidade de vitória que não dependia somente de mim!!!
E minha velhice, você acha que terei sorte???
Não existem culpados em minha história de vida, existem histórias…
Como no mundo, eu creio…
Existem bons e maus e ainda assim a vida continua acontecendo…
Pobres são aqueles que creem em algo como finalidade para suas vidas pois sempre vão esperar… Eu não quero esperar, mas também não tenho pressa…
Quem espera está preso ao passado e ficará depressivo, Quem acelera o passo maior que a perna está no futuro e ficará ansioso algum dia… Desejo que a vida me mostre na dor ou na alegria o gosto de viver, leve e solto, em paz e olhando para o presente… sempre…
Daniel Nazaré 12/10/2023. 20:11
A vida é tão bela
Se você está cansado de caminhar
Faça silêncio interior
Para a vida precisamos do verbo amar
Descubra o motivo da tua dor.
A vida é tão bela!
As pessoas vêem o mundo com seus olhos
A vida é tão bela!
Que olhos para a vida, você tem?
O homem nasce puro para o amor e pra paz
Parece que no caminho ele se desfaz
Sei que não sou tão perfeito
Mas sou perfeitamente amado por Deus
A vida explica a própria vida
Não tente você brigar com Deus
Sinta a verdade que vem de dentro
A resposta está em seu firmamento.
Vir em Tua Casa
Mesmo nas tribulações
Ouço a voz do Amor
Ressoar em meus ouvidos
Me trazendo a paz
Eu o procurei em muitos lugares
ELE estava bem aqui
Dentro de mim.
Vir em Tua Casa
É perceber que sou amado
E posso amar
Vir em Tua casa
É reconhecer
A humanidade do meu ser.
Como a chuva que molha o chão
Fecunda em minha alma a luz da canção
Doce vida sem distinção
Viver a inclusão
É minha missão, minha vocação.
O sabiá
Um sabiá canta no meu quintal.
Toda manhã ao pé da minha janela,
Um canto melancólico, ele parece contar
Uma história triste, porém singela.
Às vezes penso, que o sabiá que canta o dia inteiro
No meu pé de laranjeira é um lobo solitário,
Que vive entre as estações
E canta pra sobreviver, não porque é necessário.
Eu o vejo pela vidraça da Janela,
Por vezes embaçada de neve ou de poeira.
O sabiá, assim como eu,
Escolheu a solidão como companheira.
O sabiá sabe, assim como eu sei
Que o que era sublime e tão bonito
Ao mudar de estação se perde tudo
Seu canto fica mudo...Tudo cai no infinito.
Conversas Paralelas
Sabe o que os ouvidos disseram aos olhos?
— Me enxerga!
Os olhos, sem hesitar, responderam:
— Então me escute.
O nariz, cheio de inspiração, interveio:
— Respire!
Era previsível, vindo dele. O que mais diria?
Tanta aspiração...
A boca, não querendo ficar de fora, exclamou:
— Me use.
Mas com uma ressalva:
— Apenas quando necessário.
Foi aí que o debate se intensificou.
O cérebro e o coração,
sentindo-se à margem,
entraram na conversa.
O coração murmurou à mente:
— Sinta com a mente.
E a mente, sem se abalar, devolveu:
— Pense com o coração.
Enquanto isso, os órgãos genitais refletiram:
— Sou autônomo.
E os pés, fugindo da confusão, saíram correndo.
No meio desse caos,
Carlos Drummond apareceu,
sussurrando sua conhecida sentença:
— No meio do caminho havia uma pedra.
A voz, sábia e serena, advertiu:
— Não tropece teus pés nas pedras.
E tudo recomeçou,
agora com um elemento a mais:
a voz, silenciosa, quase imperceptível,
só audível com atenção.
Ah, e com o terceiro olho,
aquele que vê o que os outros não alcançam.
ENTRE A MESA E A CAMA
Entre a mesa e a cama
Um espaço a ser percorrido
Com a imaginação do corpo
Com a cumplicidade dos olhos
Com as mãos e os dentes do vinho.
A boca saliva, degustando o amor
Em goles de suspiros e de saudade
Entre a mesa e cama há um limbo
Que purifica as almas “encarnadas”
Onde os amantes recuperam a santidade,
Entre a mesa e a cama, o prazer
O brilho do mundo e o encantamento
Entre a mesa e a cama, o sonho
A conquista, o delírio de estar vivo.
Evan do Carmo 21/07/2016
A REVOLUÇÃO QUE ALMEJO
Eu quero uma revolução
à maneira do Cristo e de Gandhi
onde o homem não revida o mal com mal
caso agredido ofereça a outra face
e que tenha direto a produzir o mel e sal.
Eu quero uma revolução
onde as armas de guerras
serão Instrumentos agrícolas
e que a terra forneça o pão justo
da semente plantada.
Eu quero uma revolução
onde os filhos são amigos dos pais
e cuidam deles com o mesmo zelo
com que foram criados.
Eu quero uma revolução
onde as lágrimas são de alegria
e de saudade, onde a morte
não causa dor, só liberdade
pois o homem morre certo
de que cumpriu sua missão
com honra e lealdade.
Eu quero uma revolução
onde as crianças não precisam
de um estatuto..
e a escola é um abrigo
de amizade e confiança no adulto.
Eu quero uma revolução
onde o impossível não se pronuncia
que o milagre da divisão do pão
ao necessitado, e do vinho
em água pura ao sedento viajante
seja cultura, direito incontestado.
Eu quero uma revolução
onde busca da paz seja relíquia
peça de museu da consciência
onde as raças se reúnem numa só etnia
a espécie humana...
O cortejo de João
Seguia uma multidão em rua larga
um cortejo de um defunto comum,
um homem conhecido e respeitado
na cidade.
Era o João, que morrera de dor
nas tripas.
João era uma alma boa, pessoa
prestativa e generosa.
João nunca se negara a ajudar seus
vizinhos, fossem eles gente boa
ou homens emprestáveis.
João não teve filhos nem esposa
e por toda vida vivera sozinho.
João cultiva a terra, onde plantava
seu sustento e o de quem lhe
batesse à porta.
João, certa noite, comeu seu jantar
e em seguida, depois de pitar o seu cachimbo,
fora dormir de barriga cheia e alma leve.
Durante a madrugada João sentiu fortes dores
no ventre, mas João era sozinho, na rua onde
morava ninguém escutou seus gritos por socorro.
João só foi encontrado dias depois, quando
vizinho lhe bateu à porta para lhe pedir açúcar
para adoçar seu café matinal.
O cortejo de João seguia na rua larga
em profundo silêncio, ninguém lhe cantava
ladainhas fúnebres,
nem cânticos de vitória.
Um barco segue rumo ao norte
com sorte chegará ao sul
esta é a sina do errante
navegante, que não calcula
...... a força e a direção do vento
que não ouve a voz do silêncio,
este barco sou eu e tu....
O mar que um dia ao teu lado conheci
o mar que contigo descobri, não existe mais
durante as minhas insônias, nos meus sonhos
leve, escutava, como música de Bach,
seus suspiros tristes ao esbarrar no cais.
O mar em que um dia bebemos a seiva da eternidade
hoje não nos satisfaz, o mar que antes era calma
descanso e paz, assim como teu, não existe mais.
O mar das ilusões
O mar não pode secar
assim acreditam os mortais
sendo sua experiência permanente
na efêmera visão dos temporais
morre o homem, como morrem assim os animais.
E o mar não se abala, continua impávido, soberbo e soberano, sobre-humano, atemporal.
É o mar nossa idéia de refúgio
é do mar que sugamos o doce e o sal.
Foi do mar que saiu a vida andando, é para o mar que um dia nós voltamos.
Sem o mar não há sonho ou metafísica, é o mar nossa grande eternidade.
O fim do mito
Em vão tentamos construir
com o verbo aflito,
um deus, um mito
a paz sem conflito.
No silêncio do espírito
se esconde uma verdade
aquilo que intelecto apaga
não se escreve mais.
Assim se vai a calma
quando vem na alma
os temporais...
se dissolve o mundo
e fé no homem
tudo vira sombra
que se desmorona
com a luz do entendimento.
Só oferecemos de real aquilo que temos... a abelha dá o mel, o mar o peixe, a ovelha a lã, a luz o feixe, o cinema a fantasia, o palhaço a alegria, o mágico a ilusão. .. o poeta a poesia.
Eis tudo que tenho. Mas só sei quando escrevo, pois antes de vir à luz, parafraseando Gullar, poesia é tudo que não sabemos.... que não temos.
Desejo silêncio
Silêncio do mundo
silêncio dos palcos
silêncio da noite
silêncio das ruas
silêncio dos bares
silêncio do campo
silêncio dos mares
silêncio profundo.
Silêncio ao meio dia
silêncio ao amanhecer
silêncio da virtude
silêncio de escutar
silêncio da saúde
silêncio pra sonhar
silêncio do que canta
silêncio pra criar.
silêncio pra ouvir
o que Deus quer falar.
Silêncio para todos
silêncio para mim
silêncio das flores
silêncio do jardim
silêncio dos pássaros
silêncio dos poetas
silêncio dos meninos
silêncio dos profetas
silêncio das mulheres
silêncio da comeia
silêncio dos atores
silêncio da plateia.
Silêncio dos que plantam
silêncio dos que colhem
silêncio dos que vivem
silêncio dos que morrem.
Segundo Quintana, a esperança é uma louca que sempre no último dia do ano se joga do décimo segundo andar, e que ao cair intacta na calçada se transforma em criança.
Ao ser perguntada sobre sua identidade, repete aos homens seu nome pausadamente.
Quisera eu saber todos os assuntos da humanidade, e, sobretudo, desconsiderar toda metafísica dos homens justos e dos falsos deuses, contudo, apenas almejei saber os arcanos da poesia.
Me satisfaço, como Dante e Rimbaud, por ter entrado e ter saído com vida do inferno e do paraíso
Como serpente
O poeta,
como serpente
sofre metamorfose sazonal
de tempo em tempo
troca a pele,
uma força imensa
lhe impele
e ressurge
do barro criativo
do efêmero comum,
da vida breve
rescreve outro texto
outra vida
reinventa
outro motivo...
“Antes de Ti
Sem o teu amor eu nada tinha
era só no mundo, vivia como um cão
uivando à lua, procurando abrigo!
Não notava no mundo, nem as coisas nele
durante o dia o céu era cinzento
apenas interrogações no meu lamento!
As pessoas eram como sombras
não as via, nem as escutava
tudo em minha volta pertencia aos outros
não tinha endereço nem destino
esperança era como miragem
no deserto em que habitei antes de ti!
As estações do ano não percebia
ou era outono ou verão constante
mas ao te encontrar descobri
as cores do arco-íris e o som da primavera!
tua beleza encheu meu universo vazio e escuro
teu amor me fez reviver e descobrir a beleza do mundo.”
―Evan Do Carmo
“Dizia um poeta genial, que escrever é coisa simple. Eu digo que basta começar com uma palavra comum ou até vulgar, no meio porém, se deve distribuir algumas ideias, indicar uma solução possível, e no final pôr uma interrogação.”
―Evan Do Carmo
“O mundo só existe depois que o concebemos
Como será o arco-íris que ninguém viu,
ou a estrada que ninguém passou?
Como saberíamos da vida que não vivemos,
o que seria do amor sem os amantes?
O que seria do poeta sem poesia ?
o que seria da beleza sem os olhos de espanto?
o que seria do encantador sem a serpente
ou da ilusão sem o iludido?
como saberíamos da fantasia sem Cervantes
ou que mar existiria sem pescador e marinheiro?
O que seria dos deuses sem Homero,
da história sem o escriba,
do cristão sem a bíblia
... de mim sem o teu amor?”
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