Poesia do Nordeste
Parceira de gole.
A mulher já criou asa
já não tem tanta besteira
quando bebe se extravasa
raramente vão na feira
o homem que toma brasa
perdeu a dona de casa
mas ganhou uma parceira.
Guerreiras Nordestinas!
A nordestina é valente
é forte e é destemida
do tipo que fala oxente
não chora qualquer ferida
não fala da dor que sente
nem espera ser dependente
de um homem na sua vida.
Nordestino de novo!
Minha terra, meu sertão
minha vida, meu destino
onde a flor brota do chão
onde nasceu Virgulino
se tiver reencarnação
peço a Deus em oração
ser de novo nordestino!
Seco sertão!
Olhando uma imagem assim
É de cortar o coração
não podemos fazer nada
Com essa situação
Quem pode finge não ver
Querem cada vez mais poder
Esquecem nosso sertão.
Meu sertão!
Rogo a Deus de toda glória
que abençoe esse lugar
que me guie na trajetória
e que a chuva possa voltar
enquanto houver palmatória
siga viva a minha história
no sertão do ceará.
Cuscuz a gosto!
Põe a massa na bacia
pra ele ficar composto
misture com água fria
e o sal coloque a gosto
basta um cuscuz por dia
pro cabra ficar disposto.
Sobrevida.
Muita gente ainda vive
a espera de alguém
vez em quando um detetive
conta quantos votos tem
e o nordestino sobrevive
sem ajuda de ninguém.
Destino!
No sertão sem chover
não vai ter prosperidade
sem ter nada pra colher
o destino é a saudade
faz pena da gente ver
o sertanejo sobreviver
na escravidão da cidade.
Sem chuva!
O olhar de cada um
Está claro pra entender
Estão pedindo socorro
E os grandes fingem não ver
Só arrastam para si
E os sertanejos aqui
Sem nada para comer
Então vamos pedir a Deus
Que é Todo Poderoso
O nosso Criador é
Justo, reto e generoso
Nele posso confiar
Creio que Ele vai mandar
Chuva pra esse chão rochoso.
Alma sertaneja!
Esse povo merece palma
é trabalho que dá gosto
a chuva é quem acalma
quem no sol fica exposto
se mantém de forma calma
com o sofrimento na alma
mas um sorriso no rosto.
Saudades do poeta.
A saudade trouxe a imagem
de Ronaldo Cunha Lima.
uma bela homenagem
para alguém que se estima
um político de coragem
um poeta bom de rim
Que se veja verde!
O verde que se deseja
sempre tem contrapartida
o sertanejo que bordeja
enfrenta a seca tão temida
quando a chuva nos graceja
põem-se fim nessa peleja
e nossa terra ganha vida.
Chuva casamenteira.
Isso aqui é o sertão
onde o amor é essencial
Santo Antônio põe a mão
quando a chuva dá sinal
e acelera o coração
na mais pura devoção
na vida de um casal.
Tempo novo!
É trabalho de sol a lua
o cuscuz, o pão e o ovo
é o calo na carne crua
na espera de algo novo
que a seca não destrua
a esperança desse povo.
Peleja.
Na cidade, sertão ou serra
é bem simples de aceitar
quem acerta e quem erra
mas não deixou de tentar
não precisamos de guerra
trata bem a minha terra
que eu respeito o teu lugar.
Chão seco!
A você peço licença
para abrir meu coração
te falar da dor imensa
de ver seco meu sertão
mesmo a tanta desavença
a cabeça ainda pensa
em lutar por esse chão.
Meu sertão.
O dia está meio nublado
café quente lá na mesa
queijo coalho bem assado
e a vista só tem beleza
meu sertão é abençoado
porque Deus fez alinhado
com o melhor da natureza.
Luar do sertão!
Ao anoitece no sertão
que bate aquela frieza
acende a luz do lampião
e o café quente na mesa
um sonzinho de violão
e a lua brilha em paixão
num ritual de beleza.
Puro sangue!
A esperança no futuro
e o medo de ir embora
a semente no chão duro
brota mas não vigora
o sertão fica inseguro
mas o nordestino puro
enverga mas se tora.
Cuscuz nordestino!
A carne ficou doente
a linguiça não é de verdade
o leite tem dissolvente
e o preço uma calamidade
mas o cuscuz da gente
a massa é mais consistente
e o selo é de qualidade.
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