Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
Amor perfeito
O princípio eram apenas palavras,
surgiram na forma de adjetivos,
que deram forma ao desejo,
quando só o olhar se encontrou.
Depois vem o substantivo,
o desejo que também é paixão,
e pode ser avassaladora,
capaz de suplantar a razão,
quando os lábios se encontram.
Mas o amor é verbo
que exige movimento,
e quando os corpos se encontram
surgem as diferenças,
desavenças e as brigas.
Se os seres seguem juntos,
as palavras se transformam em verbos,
os adjetivos e substantivos em atitude,
porque o amor exige movimento.
O desejo surge no olhar,
a paixão nasce no corpo,
o amor se forma no coração,
mas a perfeição só existe na alma,
quando o amor se torna perfeito.
Desejo, vontade, ação e movimento
A vida é despertada pelo desejo,
impulsionada pela vontade,
e realizada pela força.
A força é alimentada pela persistência,
mas é a resiliência que não nos deixa desistir,
e nos faz recomeçar,
quantas vezes for preciso.
Para todas as coisas é preciso vontade.
Amar é um verbo de ação
e exige movimento,
como caminhar na direção do outro,
com a leveza e simplicidade
que nos torna cúmplices
da nossa própria história.
Porque o amor é uma chama
que se assopra com força,
sem medo de apagar.
Eu quero ver o amanhecer;
contemplar o entardecer,
e admirar o céu estrelado.
Eu quero sorrir sem motivo
e desprezar a tristeza.
Eu quero me contentar com pouco
e fazer o melhor com o que tenho.
Eu quero abraçar com força
e beijar com intensidade e movimento.
Eu quero ouvir a minha alma
dizendo que é hora de ser feliz.
Amor é fome e sede
Amar é uma palavra pequena,
mas um verbo tão forte,
que inspira a literatura,
a música, o teatro, o cinema
e até a teledramaturgia.
A mesma palavra retrata ainda,
o sentimento sublime,
entre um ser superior e seus fiéis,
entre pais e filhos,
irmãos e parentes,
consanguíneos ou não,
e descreve a relação íntima
entre os seres enamorados,
apaixonados ou amantes.
O desejo é a vontade de querer,
possuir, ter,
e se relaciona a bens e objetos,
mas se torna ardente
quando se aplica à pessoas.
A relação íntima
se torna completa,
com uma porção de amor
e uma pitada de desejo,
aí se juntam a fome e a sede,
que se saciam,
mas não se consomem.
Que a felicidade não dependa do que pode acontecer no futuro,
muito menos se anule por algo ocorrido no passado.
Que ela possa brotar dos nossos corações
e se irradiar através de um sorriso.
Quando afirmamos que a felicidade está dentro do coração das pessoas, também queremos dizer que cada um tem, em si mesmo, a capacidade de mudança, de transformação, olhando para os problemas de uma forma diferente.
Não é a dificuldade que se extingue através das palavras, é a atitude que muda, com a vontade de resolver os conflitos.
Você é muito mais que um perfil
Você não é um holograma,
uma imagem ou perfil virtual,
que aparece numa rede social.
Você não existe superficialmente,
não é apenas o que usa ou veste,
muito menos o que outros pensam,
falam ou escrevem a seu respeito.
Você é um ser autônomo, independente,
um emaranhado de sentimentos,
um universo por traz do seu olhar,
capaz de agir e pensar com razão,
mas que se influencia com emoção.
Você é um ser mágico e encantador,
que pode sentir e transmitir emoções,
e expressar os mais nobres sentimentos,
capazes de expulsar a letargia e a tristeza,
através das palavras e atitudes.
Você é muito mais que a aparência,
de uma feição jovem ou um corpo
que se movimenta por baixo das roupas.
Você é energia, ação e reação,
que busca integração com outras pessoas.
Você não é uma ilha, mas uma fonte
que transmite mensagens,
nos gestos, olhares e movimentos,
capazes de interagir e alterar a
a orbita e a gravidade de outros seres.
Você pode se comunicar sem palavras,
mas não pode se esconder na solidão:
a vida é construída de sentimentos e emoções,
e a maior delas é o amor compartilhado,
superando medos e receios,
na busca de ser e fazer os outros felizes.
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Amor perfeito
O desejo surge no olhar,
a paixão nasce no corpo,
o amor se forma no coração,
mas a perfeição só existe na alma,
quando o amor se torna perfeito.
Falar é fácil, difícil é expressar atitudes
É fácil ser amado e respeitado, difícil é amar e respeitar os outros.
É fácil demonstrar sentimentos ruins, como raiva e impaciência, difícil é expressar amor e carinho.
É fácil aconselhar outras pessoas, difícil é tomarmos as nossas próprias decisões.
É fácil receber elogios, difícil é aceitar a crítica.
É fácil julgar os outros, difícil é refletir sobre os nossos próprios erros.
É fácil querer mudar o comportamento alheio, difícil é modificarmos a nossa própria conduta.
É fácil dizer que somos amigos, difícil é a amizade resistir nos momentos mais difíceis.
É fácil querer alguém para ouvir o nosso desabafo, difícil é ouvir, com paciência, as lamúrias alheias.
É fácil criar regras, difícil é segui-las.
É fácil sonhar, difícil é criar metas e lutar por elas.
Falar é fácil, difícil é expressar atitudes.
Amor de papel
O amor não é apenas a palavra
que define um sentimento:
é uma linguagem completa
que se traduz por atitudes,
e para existir não precisa ser
descrito por qualquer meio ou forma.
O amor verdadeiro não é utópico ou romântico,
não é atração, desejo ou paixão,
nem sensação que cega ou oprime.
O amor autêntico pode não ser eterno,
mas certamente não é fugaz, efêmero ou passageiro.
É apenas intenso para se vivido por inteiro.
O amor não se prova ou se cobra com o ciúme,
não é dominação nem desconfiança,
não é sentimento levado ao extremo,
mas é uma pura expressão de afeto
que pode oscilar de intensidade,
mas se sustenta com cumplicidade.
O amor não é mágico, químico ou astrológico,
tampouco une apenas seres predestinados.
É a edificação mais autêntica da relação,
que se descobre verdadeiro com interação,
diálogo sincero, apoio e reconhecimento,
sem desprezo, ironia ou humilhações.
Amor é cumplicidade e afeto sincero,
que não se desfaz quando a paixão acaba,
que não se extingue na dificuldade,
nem envelhece ao longo do tempo,
é a expressão do olhar e do sorriso
de quem tem um sonho comum.
O amor substantivo abstrato
não tem existência própria,
sem a conjugação do verbo amar,
porque exige ação e movimento,
mais ampla que o ‘eu tem amo’,
mais além do que o ‘eu também’.
O amor se constrói diariamente,
se nutre ao longo do tempo,
se expande com a intimidade,
e se mantém com o respeito,
o carinho e a dignidade.
Ficção e esperança
A ficção é um devaneio,
um navegar nas águas do tempo,
um cavalgar sem as rédeas da razão,
sem o controle dos sentimentos.
É uma ilusão real, um sonhar acordado,
ou uma completa abstração da realidade,
onde se materializa em proza, versos e rima,
a mais fértil imaginação do autor.
Mas a ficção está a serviço da esperança,
e nos permite visualizar num cenário imaginário,
os ideais capazes de gerar uma nova abordagem,
dos nossos próprios problemas e conflitos reais.
Com uma visão mais pacífica e conciliadora,
permite acreditar que o ser humano
ainda é capaz de se relacionar sem interesse,
de desejar apenas uma amizade sincera
e amar sem o intento de querer dominar.
A realidade não muda através das palavras,
mas as atitudes podem se transformar,
se deixarmos as palavras germinarem
e fazerem brotar a esperança
no solo árido do nosso coração.
A fé, a atitude e o tempo
A fé do tamanho de uma montanha,
sem atitude, não move um grão de areia.
Mas o vento move a areia que faz a praia,
e pode, se quiser, mudar o deserto de lugar.
A água, como o vento, corrói a rocha,
e pode, aos poucos, levá-la para o mar.
A fé, também pode, com o tempo,
curar todos os nossos males,
ainda que se pareçam montanhas,
com fazem o tempo, a água e o vento,
levá-los aos mares do esquecimento.
A fé também pode,
com o tempo ou atitude,
construir novos caminhos,
movendo a terra de lugar.
Lágrimas da natureza
O rio corre apressado pro mar,
sem se importar com os obstáculos,
muito menos com as impurezas
que lhe obrigam carregar.
O rio sempre escolhe,
ao contrário dos homens,
os caminhos mais simples,
ainda que mais longos.
Com paciência escava as rochas
por onde constrói passagens,
mas não ameaça o solo ou a areia
que não lhe oferecem resistência.
Se não fosse o homem
que expõe o solo,
que a chuva carrega
e assoreia seu leito,
não mudaria seu curso.
Teria as margens livres
para abrigar suas cheias,
e não chamariam catástrofes
as águas que, como as lágrimas,
os homens não contém no peito.
O rio corre apressado
como se temesse o homem,
e não soubesse que é infinita
a jornada que não termina no mar.
No seu destino deixa as impurezas,
se purifica no sal e esvanece ao sol,
para evaporar aos céus de onde despenca
como as lágrimas da natureza
que tenta, inutilmente, lavar a sujeira
que faz o homem em todo lugar.
O protagonista
Cante, ria, dance, divirta e desfrute a vida,
não dê tanta importância às questões sem respostas,
se o sentido da existência está presente no amanhecer,
na paisagem, na amizade e na sinceridade do olhar.
Não importa a extensão e o limite das crenças individuais,
a natureza será sempre uma manifestação divina,
nas flores, plantas, bosques, montanhas, lagos, rios e praias,
como expressão de um sentimento de amor e paz.
Não é preciso temor como sinônimo de medo e insegurança,
se não julgarmos e condenarmos os outros por suas escolhas,
quando faz mais sentido tolerarmos as diferenças,
reconhecendo as nossas próprias limitações e incoerências.
Temos que descobrir como lidar com nossos sentimentos,
nossos desejos, prazeres, angustias e medos,
para superarmos complexos, preconceitos e culpas,
respeitando o universo alheio repleto destas mesmas coisas,
porque somos todos seres livres e interdependentes.
Nós controlamos os alimentos que nutrem o corpo,
mas negligenciamos o que sustenta os nossos pensamentos,
complicamos as coisas simples e desperdiçamos o elogio,
o afeto e a alegria que contagia o início dos relacionamentos,
pois o milagre da vida está na harmonia da ação humana.
A vida se passa no momento presente, o aqui e agora,
e não é preciso arrastar correntes de amarguras do passado,
nem sofrer por antecedência pelas incertezas do futuro,
se é certo que não podemos levar nada quando partirmos,
a vida será uma oportunidade única e uma autobiografia,
onde ninguém pode ser um mero expectador,
mas protagonista da sua própria história.
Não importa a extensão e o limite das crenças individuais, a natureza será sempre uma manifestação divina, nas flores, plantas, bosques, montanhas, lagos, rios e praias,
como expressão de um sentimento de amor e paz.
Não é preciso temor como sinônimo de medo e insegurança, se não julgarmos e condenarmos os outros por suas escolhas,
quando faz mais sentido tolerarmos as diferenças, reconhecendo as nossas próprias limitações e incoerências.
O amor verdadeiro não é utópico ou romântico, não é atração, desejo ou paixão,
nem sensação que cega ou oprime. O amor autêntico pode não ser eterno, mas certamente não é fugaz, efêmero ou passageiro. É apenas intenso para se vivido por inteiro.
O amor não é mágico, químico ou astrológico,
tampouco une apenas seres predestinados. É a edificação mais autêntica da relação, que se descobre verdadeiro com interação, diálogo sincero, apoio e reconhecimento, sem desprezo, ironia ou humilhações.
Amor é cumplicidade e afeto sincero,
que não se desfaz quando a paixão acaba,
que não se extingue na dificuldade,
nem envelhece ao longo do tempo,
é a expressão do olhar e do sorriso
de quem tem um sonho comum.
O amor substantivo abstrato
não tem existência própria,
sem a conjugação do verbo amar,
porque exige ação e movimento,
mais ampla que o ‘eu tem amo’,
mais além do que o ‘eu também’.
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