Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
Sublime e adorado
Beija-chifre-de-ouro
que me fez lembrar
de uma península distante
com o nome similar,
Venho com este romance
me vestindo e me calçando,
Não vai demorar
para ali eu ver o Sol deitar e raiar,
O amor virá imparável
com todo o seu oceano dominar:
(Assim é e assim será,
não tenho pressa para começar,
embora eu tenha a urgência de amar).
Meu Beija-flor-dourado,
confesso que namoro
com ele todos os dias
de um jeito diferente,
O meu amor tem a beleza
deste nosso continente
e o tamanho do Universo,
Não há outro destino
a não ser os braços dele.
Seus sonhos são seus
Em nada se parece com outros
As semelhanças são a ocultação de suas motivações
As particularidades são o repertório de sua vida
Por mais ordinário que você seja
Seus sonhos são seus
A guerra perde todas as vezes que desafia a paz
Pois elas não são forças opostas
Em nome da guerra matamos uns aos outros
Em nome da paz matamos uns aos outros
Amarei então o amor que tiver
Amarei com todo meu coração
Porque eu sou eu, você é você
E por isso nosso amor é nosso
Você é a ordem, a sorte e a lei
Você é a corte real e o rei
Você é a joia da coroa
Você é o trono de governo em pessoa
Tudo acontece como tem que acontecer,
O destino está chamando, não há necessidade de relaxar,
A cada reviravolta, encontraremos nosso caminho,
Quem tem que ficar fica, quem tem que ir, vai.
Fiquem em alerta
Vocês que moram no campo de batalha
Mas não sabem guerrear
Vocês que se afogam nas águas acusadoras
Por não saberem nadar
A condenação desce sobre vocês com grande cólera
E a mão pesada do seu deus esmagará sua moralidade
É tudo uma grande invenção do romantismo
Sempre um fará mais por outro
Sempre um sentirá mais do que o outro
Como tudo na vida não é uma verdadeira escolha
É mera vaidade do ser humano
Escolher a prisão que se vai viver não é liberdade
O elevador do purgatório só vai para cima
A salvação é difícil de ser conquistada
Existe um caminho de sofrimento e dor
Mas o propósito é sempre a redenção
Mulambo, confio, jejuo e choro
De quando em quando eu me olho, me ouço, me toco
Medido, desisto, insisto e faço
No paraíso todas as árvores podem ser tocadas
Todas as pessoas podem ser desejadas
Todas as ideias podem ser conversadas
Todas as coisas podem ser melhoradas
Coreografam nos tepuis
os ruivos colibris
o seu pedido de volta
pelo paraíso perdido,
Dia e noite eles pedem
sem parar que resgatem
a origem do Esequibo.
Com letras vermelhas,
azuis, amarelas
e a honra de oito estrelas,
existem muitos poemas
em defesa desta terra
onde a Via Láctea pode
ser melhor avistada.
Os imparáveis colibris
voaram até Kuai-Mare
para buscar companhia
porque não aguentam
mais da Humanidade
tanta maldade e covardia.
Divino topetinho-vermelho
que posou na árvore
do meu caminho de sempre,
Aprendi com você
a ter leveza e ser valente.
Beija-flor-magnífico
poema divino,
Que beija esta flor
com amor e carinho,
O meu coração
ao teu a cada dia confio.
Ao Colibri-de-leque-barrado
tenho o meu segredo de amor confiado e sei que com
ele está muito bem guardado,
Todos os dias percebo as suas
pistas de coração apaixonado.
Beija-flor-topetinho-vermelho
só você sabe do meu segredo,
que para o amor eu guardo
um saboroso e doce beijo.
Ausência.
Antes nos viamos dia a dia
Hoje já não espero o teu ver
Agora a noite é tardia
Insônia no anoitecer
Dedico a fina
Camada de adormecer
Que tu seja sina
Quando não mais
Te ter
O Besourão-de-sobre-amarelo
é meu bonito confessor,
Ele guarda o meu segredo
de o quanto te quero com amor.
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