Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

Cerca de 59919 frases e pensamentos: Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

⁠⁠Não é amor é conversa visualizada sem resposta.
Não é amor é mensagem compartilhada com todos contatos da lista.
Não é amor é música romântica enviada disfarçada de cilada.
Não é amor é ligação rejeitada.
Não é amor é um sentimento unilateral.
Não romantize o egoísmo alheio, deixe ir embora aquela ilusão que um dia você chamou de amor para chegada da reciprocidade de um verdadeiro amor.

Inserida por carlamariabenvinda

⁠O Lavar

Escrevo ainda com gotas de água na pele, resultado da breve chuva que me atingiu no caminho da padaria/verdurão até em casa.
As sensações que me invadiram nesse momento a minha adolescência tem uma memória mais vívida, porém a repentina plenitude pareceu ser a leveza necessária para ausentar o luto, a ansiedade dos últimos dias, que é o assunto desse pequeno texto.
A raridade das coisas nos coloca sem saber como processar. Dediquei minhas palavras sobre o período da quarentena e sobre perder há alguns dias atrás para um projeto literário coletivo e me faltou processar como nossa sociedade ocidental, com raras excessões culturais, não sabe lidar com perda, com morte. Prova são as inúmeras obras artísticas das diversas manifestações que se dedicam em mostrar o quanto é péssimo.
Deixar ir significa que vamos ficar e a ideia em si parece solitária demais. Não temos como hábito guardar as emoções e memórias das pessoas quando ainda estamos com elas e revisitar de tempos em tempos. De repente não é possível mais construir e vem o desespero de procurar o que ficou nos baús da mente.
Agora irei secar essa água que veio de cima, talvez não a mais limpa, mas permitiu em meio ao caos o egoísmo de dizer que me senti bem, viva para as possibilidades que buscarei construir. Obrigada pela força renovada pois a luta continua não só por mim, mas por todos nós.

Inserida por LeidyBrunna

⁠Exercício

Não posso ver
Mas posso sentir
Não posso tocar
Mas posso vibrar


Não posso falar
Mas possuo imaginação


Não posso caminhar até você
Mas posso voar até você


Não posso vociferar seu nome
Mas posso flutuar em suas palavras

Posso
Posso
Posso


Até que tudo passe
Vire outra paisagem
E nesta
Miragem
Você ainda
Me pertence.


Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Os poetas do mundo
em algum momento
da vida declararam
que gostariam de ser
o café de um alguém,
mas não da maneira
que desejo ser inteira
para você que é dono
deste charme fogoso.

Um não se ausenta
do coração do outro,
guardo as tuas fotos
como o meu tesouro
revisitado a cada hora,
do nosso segredo
sou a flor amorosa.

Em nós está o afã
pelo jogo poderoso
onde nós sabemos
que os dois lados
serão vencedores;
e que quebraremos
todas as barreiras
do autoritarismo
e seus cúmplices.

Nem mais as luas
de Júpiter duvidam
que sou a sensual
Lua no teu caminho,
a canção de amor,
e a peça mais bem
pregada pelo destino.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Num canto de um recanto, me ergo do cansaço.
No braço do seu abraço, onde enxugo o meu pranto,
A minh'alma se norteia e da angústia me desfaço, e num passo, eu passo, eu vivo...

Inserida por verinha_sfalsin

⁠Sentada, à beira do caminho, vendo a vida passar.
E pensando a vida passando, resolvi caminhar.
Despertei do que me adormecia... E adoecia.
Vivo agora uma guerra de paz...

Inserida por verinha_sfalsin

⁠Tem pessoas que
são passagens só de ida.
Depois que você conhece,
nunca mais volta ser o mesmo.

Inserida por ShandyCrispim

A vida é simples
De uma ternura requintada
No brilhantismo da estrela d'alva
Serenando o horizonte da madrugada.

A vida é requintada
Pelo sabor das iguarias da dona de casa
Na poesia do boiador que invade
Os campos poetizados de saudades

A vida é abençoada
No terço desbulhado de piedade
No "Deus me livre" do pecador inocentado
Nos benditos das beatas do rosário

A vida é uma fascinação
No melaço das abelhas sem ferrão
Dá água gelada em alumínio ariado
No beijo acerteiro dos enamorados.

A vida não é ilusão
Nas mãos que arrancam legumes do chão
Na bravura de Maria queimando o carvão
No suor de meio dia esperançando o trovão.

A vida seu caba é o hoje de um agora mais não.

Geraldo Neto

Inserida por gnpoesia

⁠Não há nada pior
do que a fofoca
pessoas falando sem saber
o que na mente se entoca

Falam porque ouviram falar
algo que nem conferem
e começam a esparramar
boatos que a outros ferem

Cada um aumenta um ponto
e a história se propaga
de um jeito até maroto
cresce como se fosse praga

Fujam dessas pessoas
que parecem maritacas
nada tem de boas
só línguas afiadas como facas

Inserida por neusamarilda

⁠Deus me fez aprender


Eu lhe pedi paz,
Ele me deu conflito
para que eu conseguisse a paz.
Clamei por alegria
e Ele me deu momentos tristes
para eu poder entender
o real motivo de uma alegria.
Roguei por amor
e Ele pois no meu caminho
inimigos para eu amar...
Pedi, pedi tanto para eu ter paciência
e Ele me concedeu adversidades
para eu aprender a ser paciente.
Pedi sabedoria
e Ele me fez cair e levantar
para eu ser sábio.
Esse poema não parece poema
por não ser rimado.
Mas é um discernimento que lhe passo
de que Deus não lhe dará nada
se não por maus bocados.

Inserida por Machadodejesus

⁠CAROLINA DE JESUS


Era negra e catadora de papel
Morava na favela.
Mas foi alfabetiza;
Aprendeu a ler e escrever.
Carolina Maria de Jesus se
apaixonou pela leitura;
Nas horas vagas,
Tudo que via e vivia: escrevia nos
Cadernos que a rua lhe dava...
O seu cotidiano pesado deu um diário,
Que virou best-seller: Quarto de Despejo.
Carolina teve três filhos,
E criou todos sozinha.
E ainda virou poetisa.
O seus cadernos ouviu,
e copiou tudo que ela falava.
E Carolina disso sobre o livro:
"Quem não tem amigo mas tem um livro tem uma estrada".

Inserida por Machadodejesus

⁠Muitas vezes,
nada mais sou,
apenas e tão somente
uma nota solta,
duetando junto ao vento,
tentando ser canção
A vibrar quase em surdina,
quase não mais ouvida
e nessa melodia fatal,
deslizando pela partitura da vida
sou um réquiem
com receio da nota final...

Inserida por neusamarilda

⁠E agora ?
Assim perguntava a menina para a sua mãe. Isso era rotina, a qualquer problema ou dúvida, ela corria para a saia da progenitora, pedindo ajuda, mesmo que fosse apenas um sorriso de aquiescência ou pela graça do fato. Nem sempre obtinha respostas, mas tentava, sem saber que a cansada mãe não sabia tudo. Cresceu e aprendeu muita coisa por conta própria, experiências boas e ruins a fizeram entende melhor a vida. Este é o caminho - abrir as asas e voar sozinha - enfrentando tombos e sequelas, mas tendo o porto seguro na hora do pouso: o colo da mãe.
Saudade da minha que foi embora há pouco tempo, está em paz e sei que se eu tiver tropeços, ela ainda tem um sorriso maroto como a dizer: filha, bem que avisei...


Direitos reservados

Inserida por neusamarilda

⁠Não gosto de insistência
muito menos dualidades
fico longe de indecências
fujo de contrariedades

Inserida por neusamarilda

⁠QUE COISA PASSEI NO AMOR

Nosso amor era lindo.
Era tipo o soneto do Camões.
E que nenhum compositor compôs!
Nossa romance fazia inveja ao povo,
Você era apaixonada por mim,
E eu até hoje sou por tu...
Não sei o que deu em você:
Que me fez de Bentinho,
E você se tornou a Capitu.
Você dizia pra mim que se
No céu houvesse casamento,
Você casaria comigo novamente.
E eu acreditei nisso.
Só que amar, cada um ama diferente.
O seu amor por mim era uma caricatura de um poeta pintor,
Que com o passar dos anos a tinta desbotou.
E agora veio outra caricatura e lhe pincelou...

Inserida por Machadodejesus

⁠A tua insônia é a minha,
que a ânsia não passe
como o cometa neowise
pela América Latina.

Da tua idéia na cabeça
não faço a mínima,
só sei que de você
em noite de Lua ou não,
eu tenho feito questão.

A tua indecência é a minha,
que ela não passe
como um incenso aceso,
se for preciso reacendo.

Dos teus suspenses
com todos eles teço
as mil tramas de um
tapete no deserto,
porque engenho eu tenho.

A tua perdição é a minha,
te aguardo além do tempo,
no afã de espaços tremendos
e dos teus secretos terrenos.

Esta tua fantasia é a minha,
embarquei nessa viagem
pela loucura brindada,
talvez ser a paixão que passa
ou para ser a tua amada.

Inserida por anna_flavia_schmitt

"Tenho uma vida maravilhosa
O que mais pedir?
Nada!
Mas por incrível que pareça se toda água do oceano caísse sobre minha alma
não preencheria nem uma simples parte do meu ser, toda essa agonia é no fundo minha dor, que se faz minha alegria"

Inserida por AliceLispaca

⁠Lagarteando
“Casei
Engrandeci
Achei que era eu
Dona de meu nariz
Agora
Senhora
Dona das minhas horas
Só eu não sabia
Que neste ensejo
Era outro fruto”
Aprontei-me, modifiquei o tom de voz para cara metade, dona do
mundo, de mim, dos outros em meu caminho.
Acima dos conselhos, arrastando outro sobrenome que nunca residiu em meu nome e escolhi:
– Qual carne, senhora!? Filé, contrafilé, alcatra, coxão-mole?
Pensando: ”coxão-mole jamais, nunca...”
– Que é isto aqui?
– Lagarto senhora.
– Tá bonito. Quanto pesa?
– Dois quilos.
– Pode cortar em bifes de um dedo de espessura (cara-metade gostava).
Pronto, dei ordem, criei coragem. E o pior, ele obedeceu,vendeu e eu comprei a idiotice.
Aprontei a mesa, taças com haste longas, toalhas de linho, porcelanas dos antepassados, purê de batatas com queijo roquefort à luz de velas.
Frigideira ao fogo, azeite espanhol para fritar e os bifes de lagarto, com um dedo de espessura enrolaram como orelhas.
Comemos só purê com vinho tinto, culpei o açougueiro e o cachorro passou bem.
As velas derreteram, me envolvi no calor de apaixonar.
Minha sogra não viu, e nesse andamento, não revirou meu lixo. Sucesso apaixonado e estendi minha receita com proveito.
E o dia alvoreceu em paz.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠A perversidade
Tinha ido ao mercado naquele dia para comprar balangandãns e trama para enfeitar-se no dia do casamento.
Andou,procurou,escolheu e se adornou das melhores peças. Chamaria mais atenção do que a prometida.
De volta para casa notou-se seguida por uma mulher vestida de cinza, de olhos devoradores.
Esgueirou-se pelas paredes curvilíneas da circunferência das ruas, onde as corujas já confabulavam com o anoitecer.
O medo apertou e, na soleira iluminada da porta de alguém desconhecido, parou dominada pelo receio.
O imaginar derramou e observou a rua pacata corcoveando solitária nas sombras do crepúsculo.
Apressou seu caminhar agarrada às suas compras.
A lua iluminou seus passos e avisava que as horas se passavam apressadamente.
Urgiam, latejava em sua aura o temor.
Avistou sua moradia e mesmo atrasada seu coração aquietou-se. Chegou, pôs a chave em casa, entrou e ela apareceu entre as grades do portão vestida de cinza, de olhos vorazes, se ofereceu com voz macia.
Sua presença imaginária anunciou:
– Esqueceu-se do perfume senhora.
– Não quero mais nada, já basta.
– Nada é falta, compre minha essência.
E ela comprou a profundeza dos cheiros.
No dia prometido perfumou-se de ausência e madrugou morta.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠O medico e o escritor
Era uma vez, na perdida do tempo, se encontraram o médico e escritor.
E na lasca do destino sentaram-se juntos e formataram uma prosa.
E no dialogo, ao findar da noite, perguntaram-se:
– Me esqueci, o que você faz mesmo? O outro respondeu:
– Eu curo os defeitos do homem, sou médico.
– Você cura o quê?
– Os enfermos.
– Quais enfermos?
– Enfermos do corpo, os do espírito somente Deus cura. E você, o que faz?
– Eu escrevo o pensamento do espírito, a ilusão, palavras de sentimento, a percepção das pessoas perante a vida.
E o médico diagnosticou:
– Então, concluindo, somos todos enfermos! Eu vendo o diagnóstico e você atravessa com palavras de consolo.
– Não, doutor. Deus nos criou perfeitos, a concepção nos fez imperfeitos.
– Então, para ser medico também tem que ser escritor. O literato respondeu:
– Há várias formas de cura, a física e a espiritual.
– Então o que nos une no mais profundo?
– A dor é o que nos prende. Você, médico, acalma e silencia esta dor. O escritor roda no escrever sobre o caminho delineado do existir. De onde “derivou” a dor, as expressões enfermas, a “trajetória agonia” do quotidiano que gera toda a moléstia.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp