Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
Um dia eu quis, dar algo diferente para não ser igual a essa gente de modinha por pressão.
Por isso eu fiz, uma poesia de presente para falar um pouco da gente e tocar seu coração.
Venha inspiração e faça de mim morada,
que em meu seio seja tua casa.
Eu, que nada sou sem ti,
ainda sinto que habitas em mim, desde o primeiro dia em que lhe senti.
Não se afaste, não recue, não se desperdice,
esteja aqui, sendo serena, intensa e transcrevendo-me .
Tereza
Era uma cidadezinha pequena,
sem alma, sem empatia,
sem alianças.
Nela havia beleza,
nas montanhas,
no céu e nas crianças.
Toda sua cultura foi esmagada,
por religião, fofocas e trapaças.
E foram as primeiras noites sem dança,
sem amor, mas com vitalidade e esperança.
Cemitério de Pássaros
Era bom viver com os pássaros.
Era como se,
A cada bater de asas,
Você garantisse que voaria mais alto,
E para qualquer lugar, no dia seguinte.
Usando as suas próprias asas,
você iria.
Usando as asas de seus próprios pássaros,
Que nasceram com você,
Que faziam parte de você,
Que te levavam às nuvens...
Lhe traziam liberdade,
Magia,
Confiança.
Mas, à medida que o tempo passou,
Você percebeu que aquilo que os pássaros lhe traziam...
Começou a sumir...
Assim como os pássaros.
E você não havia percebido.
Aos poucos, foram matando seus pássaros.
E conseguiram deixar-te tão absorto
A ponto de não perceber que, na verdade,
Você se tornou um cemitério de pássaros.
Seus pássaros.
Fizeram com que você morresse tanto,
Que você, mesmo sem perceber,
Também foi responsável pela morte de suas aves.
Eles acharam que seus pássaros voavam alto demais,
Demais para a realidade.
As aves precisariam sumir,
Você não poderia voar.
Tiraram-lhe das nuvens,
Trouxeram-lhe ao chão,
Agora, você pode tentar tocar aos céus.
Quando seus pássaros estão mortos ao seu redor.
Sem asas.
Dói.
Dói ao ver o massacre do que antes foi seu.
Dói ao ver que nenhum restou,
Tudo o que restou foi o que você se tornou.
Não há volta para a morte.
Para àqueles que se tornaram,
Ou estão se tornando,
Cemitérios de pássaros...
Crie novos pássaros,
Faça-os sobreviver.
Não deixe que os matem.
Eles são os únicos meios de voar.
Às vezes, nós deixamos coisas passarem despercebidas aos nossos olhos. Talvez, porque não queremos enxergar, porque não querem que enxerguemos, ou porque nossa mente está preocupada com outras coisas.
Alguns não conseguem ver, outros podem ver de relance pelo canto dos olhos, mas decidem ignorar e fingir que nada aconteceu.
Era apenas sua mente pregando peças.
Mas quando um decide parar de ignorar, e abrir os olhos, tudo pode mudar.
As vezes nos apaixonamos
Por pessoas que não deveríamos...
As vezes nos sacrificamos...
Por quem nunca nos amaria.
As vezes somos fracos
Mas as vezes vale a pena
Porque mesmo com lágrimas nos olhos
ainda assim, da tristeza; se faz vivo o poema
AS MÁSCARAS DA VIDA
Encobrem os rostos
com máscaras de várias fantasias
os que transfiguram na vida
a recíproca antipatia !
Ocultam suas faces de perversão
tapada por máscaras de várias fantasias.
que regozijam ao impudor
das suas almas carnavalescas !
Vibram gritos de alegria escondidos
na máscara de mostras falsas
de uma aparência enganosa de hipocrisia
São caras ... São máscaras que se despem e vestem
ao longo da vida….
São rostos ignotos do dia-a-dia!
Enfim: o carnaval está aí!
Dá-se alegria e fulgor
Às máscaras da vida
Esperança é a palavra chave
Para se firmar na persistência.
Não desistir de tudo.
E abraçar o que parece ter carência.
Fora criada para ser
a personificação da liberdade,
de olhos acinzentados
como boas manhãs
nubladas de domingo.
E se tivéssemos a certeza
de que tudo fosse dar certo,
o que você faria
com a sua indecisão de hoje?
Sempre acreditei
na relatividade do tempo,
e quando me abraçou
e me sorriu com os olhos,
o tempo parou,
e lá ainda estou.
toda memória guarda um instante
que talvez tenha ficado perdido
por não aguentar mais aparecer
por não aguentar mais arder
por fazer sofrer.
No caule macio de uma pequena árvore
palavras escritas ao léu, ao céu,
da pequena que sob sua sombra nascera
coberta pela poética e seu inspirativo véu
sentimentos, ideias e ideais, os quais
realmente nem sabia o que eram,
versos ainda poucos, alguns roucos,
vindos de dentro do coração,
murmurando a poética pela tapera,
quimeras em metáforas de ilusão
Vejo a lua,
pequena e branca
pálida em sonhos
divagando em luzes
que esmaecem na madrugada fria
percebo essa lua,
assim em fascínio,
como mulher
frente ao sentimento puro
do amor e ao da ternura,
és mulher, ó lua!
entendes do coração
e pela noite leva sonhos
aos que prestam em ti
toda atenção.
Indiana, ela é
Indiana Nayana, vossa é.
Da Índia ela é.
Seu criador a fez linda,
da cabeça aos pés.
Pele caramelo, cabelos de tâmara com ondas.
Destaque para os olhos, de cor âmbar.
Move-se ao dengo e graça,
maravilhando qualquer um que passa.
A mais bela ela é.
A mais magnífica indiana sim, ela é.
Canela, páprica, seda e mel.
A mais preciosa especiaria de sua vó, Cléo.
A amizade é igual uma flor.
Tem tempos que murcha.
Que morre e que perde a cor.
Raras às vezes que fica de pé.
Sabe quando isso acontece?
Quando uma amizade fortalece e não se fecha.
Soube que Sois poeta.
Escrevo poemas.
Não sei como se é poeta.
Li alguns. Agradam-me.
Alteza, não sei que dizer.
Apreciai o banquete.
Sois tão bem vindo aqui como o anjo Gabriel.
Alguns acham que devíamos ir para o paraíso em colchões de pena e taças da realeza cheias de vinho.
Mas não é assim.
Excelentes notícias!
Temos de comemorar!
Ele nem trata você tão bem.
Mas o seu medo de ficar solitária,
te faz se sentir sozinha
mesmo acompanhada.
Te machuca como uma tesoura sem ponta.
Inofensiva, praticamente indolor;
enquanto te pintam de qualquer cor
(que jamais escolheu ser).
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