Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

Cerca de 59517 frases e pensamentos: Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

CHAVE MINHA
Minha chave, em minha mão
não cabe...
Mas a porta minha, ela abre
... Trincando e projetando,
os sonhos meus.

Inserida por Amontesfnunes

MANOBRA DE FILA

Lá na fila de espera
uma senha, uma hera
a hora ali, sim impera
ao mando fiel da Era.

O tempo ali demora
e o soar do marcador
o esperado, apavora
com lagrimas, e suor.

Cara feias estão ao ar
do esquema poluído
ali acontece um piscar
do paixão desconhecido.

O desrespeito do esquema
que com grana, faz festa
contas do povo é tema
e flores em suas florestas.

Inserida por Amontesfnunes

A ANCIÃ
Ah!
Esse abraço breve
tece me aquece.

Sentimentos leve
esfria esquenta
n'essa paixão que inventa.

A ânsia e a saudade
de um coração que arrebenta.

Inserida por Amontesfnunes

É um século cheio de informações, mas todos escrevem histórias que não podem contar. Sou avesso, poeta, minhas palavras são feitas para voar.
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Novo mundo

Inserida por jucsom

FIO DE LUZ

No terceiro andar
Mas parecia bem mais alto
Meio breu
Fio de luz
Sem olhos
Via-se somente o toque
Sentia-se somente a visão dos traços
Tudo meio rápido
Adrenalina
Pele, respiração ofegante
Festival de emoções em um fim de semana
Leveza do papo no almoço de domingo
Pena que vai
E voa
Perto até
Só que parece tão longe
Enfim
Que não seja o fim

Inserida por jmendesmurca

Ela é
Ela é linda é magnífica
Bela imponente, atraente e sedutora
Ela não é a exclamação, ela não é a interrogação e nem as reticências,
Ela, é o ponto final,
É o letreiro do filme que sobe,
É a mão que solta o aperto,
É o fim da dor, é o fim do desprezo,
Ela é o assunto que apaga o sorriso escrito a lápis,
É a batida que tine ao soar do gongo,
É o tênis largado sem pé,
A caneta sem ter quem a faça bailar,
Ela é,
Não foi e nem será,
Ela é o uivo do cão sem dono,
O fim das mãos nas costas de quem não cabe no berço da honestidade,
Ela é linda, ela é a atrocidade,
Ela é a mãe é o pai da chamada saudade,
Ela é
Clayton Milanez

Inserida por Claytonmilanez

A carruagem

A carruagem está por vir,
A carruagem vai chegar,
Imponente, tenebrosa, invisível e majestosa,
Com espaço contado, tamanho medido,
Assento assinado e acesso impedido,
Ela vem marcar seu lugar,
Impedido pra quem já foi,
Impedido pra quem tem data de outro dia,
No galopar na madrugada,
Sombria e desertada,
Que propositalmente deixa todas as gentes desavisadas,
Na noite sem lua,
Sem gente na rua,
Sem quem espere,
A carruagem chegar,
Aquela que tem espaço mesmo pra quem não quer viajar,
Pois nela a farra, o sorriso, a paz,
Depois que ela passa,
Por tempo estarão por se findar,
Carruagem que se sabe que veio, depois que já foi e levou quem desaparece,
E que mesmo que não se espere lá vem ela, a qualquer instante nos arrancar.
Não sei se hoje,
Amanhã ou daqui a muitos anos,
Só sei que nela vou viajar,
Mas a questão já não é mais a carruagem,
Que se sabe que todos há de experimentar,
A questão é o destino,
Se existe, se é feio ou é lindo,
Porque mesmo que muitos se atrevam,
Até agora, com propriedade e certeza,
Ninguém pôde ou soube explicar.


Texto de: Clayton Milanez

Inserida por Claytonmilanez

OBLITERAR

Escorregou a taça da feição
o chão forrou-se de cacos do nosso amor
agora, é lagrimas, choro... E solidão.

Meu olhar?! há! Meu olhar...
o prisma esta difuso a sua imagem
nada! Nada sobrou d'aquele amar.

A noite sonho, e choro ao amanhecer
Não! Não sei quando vou esquecer você.

Inserida por Amontesfnunes

VARIEGADO

Piui! Piui! Apito do trem
Pelos morros e as saudades...
Trazendo, felicidades de alguém.

Com braseiro e sua fumaça
nos sertões com seus vagões
e os corações cheios de graças.

O trem vêm, pelas serras, pelos túneis
trazendo a bela, e os sarcasmos dos imunes.

Inserida por Amontesfnunes

NÃO CHORE POR MIM

Não chore por que morri!
Pois não poderei te ouvir
Nem tão pouco te conforta
Não chore porque já morto
Não poderei lhe abraçar
Nem nunca mais te dar conforto
Nem você me visualizar.


Fique também sabendo
Que perdera seu tempo
Se comigo vim sonhar.

Não chore porque teu choro
Não vai mais me comover
Não poderei ter dor, nem dó.
Nem sentir pena de você.

Não chore porque já morto
Não terei mais sentimento
Não posso enxugar tua lágrima
Nem ser mais o teu alento.

Não chore, pois em teu choro.
Não poderei te acompanhar
Também não sentirei mais pena
Nem nunca mais poderei Chorar.

Não chore nem tenha dó
De quem morreu te lembrando
Passe o tempo que passar
Saiba que morri te amando.

Não chore, pois nem toda lágrima.
Fará um dia eu voltar
Me, tenha apenas em lembranças.
E me guarde em teu sonhar.

Inserida por Amontesfnunes

ABORTO

Sou filho de seus anseios
Que com beijos e afagos
Afegante de respiração
Colocou-me intenso
Bem perto do teu coração.

Tive a chance de uma vida
De ver a luz tão querida
Sem direito e sem sopro
E sem chance de nascer
Transformou-me em aborto.

Sem mãe e sem futuro abrigo
Tive a chance de ser filho
Quem sabe ser professor
Que sem me deixar viver
Tirou-me mesmo sem dor.

Poderia também ser doutor
E viver para salvar
Mas sem direito de vir ao mundo
Com um antídoto qualquer
O que fez, foi me tirar.

Se todas as mães do mundo
Pensassem assim por segundo
O que seria do criador
Hoje não existia vida
E nem Cristo redentor

Inserida por Amontesfnunes

SOU POEMA

Sou poema, sou amor...
Sou rascunho interno da alma
Expressão integra do sentimental
Lagrimas de puro fervor
Sou deserto comunidade, capital.

Sou poema, sou amor...
Sou a lagrimar no rosto inocente
O pólen da flor o pulsar do coração
O gesto do lábio o tic, tác do momento
O chilrear do vento sobre o tempo
O chorar da solidão... A paixão.

Sou poema, sou amor...
Sou o semear da harmonia
O romper e o entardecer do dia
As ondas ao morrer na praia
O peixe a rabanar no ar
Sou o falar a expressão o gargalhar.

Sou poema, sou amor...
Sou partículas da natureza
Expressão real do momento
Um grito que sai do intimo
Notas brotadas sobre um tempo
Sorriso a plainar sobre o vento
Cifras do som do arpoador.

Sou poema, sou amor...
Eu sou o carreiro com a poeira
O berrante do boiadeiro
O menino, moeda, chuva a lama
O grito a porteira, moça a janela
A tranquilidade um repousar na cama
O segredo guardado na algibeira.

Sou poema, sou amor...
Sou musica que acalenta os anjos
As rugas que demarcam o rosto
Timbre da paz sobre o mundo
Os sentidos de todos os gostos
Eco da expansão da alegria
Esperança de um vagabundo
Sou astral que eleva os dias.

Sou poema, sou amor...
Sou a beleza da natureza
A serenidade de um olhar
A discrição esbouçada da pétala
O farfalhar de um sonho na noite
O açoite da mimica no jardim
A algazarra alada dos pássaros
As dores do principio ao fim.

Inserida por Amontesfnunes

A PÁLIDA CANOA

Com vento em popa
lá vai à canoa
maré na calmaria
ondas sobre a proa.

O bico, vai às águas
sem sede pra encher
canoa, alguém paga...
Pra andar com você?

Quando criança; andei
com medo no ar
de não cair nas águas
para não se afogar.

A canoa esta pálida
de tanto navegar
já levou saudades
para o lado de lá.

Inserida por Amontesfnunes

CACOS

Em meio a cacos de vidros
vejo sangrar nosso amor
que despencou com apelido
misturado-se, a tanta dor.

O sangue esta pelo chão
espalhado n'essa saudade
que invade meu coração
de tanta infelicidade.

Tento levantar, cortado
n' essa ingratidão sem fim
vejo rumos despedaçados
Deus! O que será de mim?

Inserida por Amontesfnunes

Atenção e sorrisos falsos dessas garotas, me deixam em um quarto vazio, que a meu copo se assemelha;
Mas enche só o copo que não quero cair no canto da seria.

Inserida por Allon3

Toda arte tem um autor, e todo autor é um arteiro cheio de arte.
Não existe arte feia, assim como não existe ser humano feio.
Na verdade, o ser humano é a mais bela e perfeita de todas as artes.
Porém, se toda arte tem um autor, todos os autores de todas as artes são
artes do maior de todos os autores: Deus.

Inserida por William-Shakespeare

SUPRESSÃO

O dia se foi...
Se faz noite n'essa hora
e esse crepúsculo rosa, não demora.

Abraçaremos a esperança...
Na migalha do tempo, vamos sonhar?
Com a vinda do sol alvorecer, sorrir e amar.

O ontem, não roda mais moinho
e seus ventos perderam-se, em seu ninho.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ANELAR

Era noite estrelada...
E a lua lá no céu, se fazia prata
a saudade em mim, era de ti e mais nada.

Eu? Eu caminhava pela orla desse amor
aplaudindo a esperança que nos carregava
feliz com seus abraços e seu sorriso em flor.

Sonhei alto e fiz piquenique nas nuvens
vaguei pelo espaço sideral o quanto pude.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

TE BEIJO A ALMA...


A tua distancia é tão perto de mim...
Habitas em minha alma e na minha essência...
E eu sou a tua sombra cativa...

Sabes, compartilhas comigo a minha solidão.
Na orvalhada cristalina das manhãs
Envolvo teu amor e contigo invento maravilhas...
Percorro teu corpo e por ti me encanto...
...e posso amar-te sempre loucamente...
Apenas no meu pensamento!

E me visto de paixão... De desejo e de ternura...Te beijo a alma..
A noite mansa deixa comigo o perfume de todas as saudades...
E acordo de manhã devagar... Ainda sentindo o aroma
De nossa loucura!

Inserida por celinavasques

Fotografias

Mais um dia.
Menos um dia.
O que rouba mais sua alegria?
Não vivo mais como vivia.
Não vivo como gostaria.
Pessoas tristes são doentes.
Se tratam com poesia.
Pessoas tristes são viciadas.
Se drogam com melodia.
Eu gosto de noites frias.
Queria ser.
Droga! Eu queria.
Se eu pudesse ser, eu seria.
Cinco horas da manhã.
Mais um hoje que ontem era amanhã.
Droga! Mais um dia.
Psicodelia. Sons, imagens, fotografias.
Eu já senti, eu sentia.
Bocas cheias, mentes vazias.
Mentes cheias, bocas vazias.
Te amo.
Amor à família.
Ilusão. Agonia.
Droga! Menos um dia.
Ou seria...
Mais um dia?

Inserida por KeynaPetry

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