Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
Não perca o prazer de sonhar.
Seja feliz com o mínimo que possuis e sonhe!
Furtaram-nos tantos sonhos,
mas sempre soube trocar o travesseiro para de novo dormir e sonhar.
A cada respiração que dou,
É como se fosse o último momento,
Não penso duas vezes logo canto, e me divirto
Vai que seja meu ultimo suspiro?
A cada passo que dou, sinto o fogo da vela
de minha vida dançando a dança dos ventos.
E a qualquer momento posso me perder nos
teus braços, ó Mãe natureza que manifestaste
Nesta mulher!
A cada lamber destes lábios carnudos é como
tocar nos mais doces pães celestiais.
Afável como o mel, canibal como a Dioneia.
A cada gemido que dás é como ouvir o choro
de uma mandrágora. Mortifico-me mais em teu corpo.
Olhar esses cabelos é como se petrificar enfeitiçado
por ti, ó minha Medusa! No espelho dos seus olhos,
Vejo toda minha lascividade por ti. É como um reflexo,
Você diz ''vem'', e eu vou a medida que suas palavras
penetram na minha mente, como aqueles mantras fortes.
Canções universais é tua doce voz para meus ouvidos
Até que tenhamos nos entendido, não sei para quem vai
estas palavras. Mas saiba de uma coisa,
Jamais te esquecerei, somente quando o sono da morte
vier resgatar-me desta tortura que é não ter você.
Se eu sair pelas ruas da minha cidade
eu vejo o que tornou-se esta sociedade
que eu faço não é música nem poesia
e para descrever o que eu vejo todos os dias.
Passado que me lembra do quanto andava livre e via tudo pelo avesso. Hoje, mente que gira. Ouvido que percebe. Fora da janela vida que imagino. Da alma vela que iminente me inclino.
Vida. Aresta travessa que me bebe.
O silêncio é morada para as grandes edificações. Sem alicerce nada se ergue!
Constrói um sonho quem desperta para vida!
A melhor hora para colher a vida é no orvalhar do coração.
O choro da noite com o perfume das flores.
O mundo precisa abrir o coração! A disputa pelo poder é a maior desgraça do planeta.
A supremacia de poucos é a desgraça de todos.
Sem boas ações não existirá paz.
As pessoas querem paz por decreto. Paz é reação de ações que emergem e se interagem, não cai do céu, não sai da boca. O bem e o mal se fazem com as mãos. O maior castigo para um malfeitor é decepar os seus braços, só assim saberemos localizar onde se encontrará seu coração.
Como agirmos o mundo será.
A nossa atitude é o nosso mundo.
A nossa cara.
A nossa casa.
A nossa nação.
O mundo mudará se mudarmos.
A cara do mundo é a nossa cara.
Cara.
A felicidade está conosco o tempo todo! Às vezes não damos a mínima para ela.
Gestos simples; doar-se acumula boas vibrações e a vida tece, ao invés de perecer.
Assim me ensinaste. Assim vestistes meu coração:
- Amar a todos
- a todos perdoar.
- A todos servir
- e a ninguém excluir.
Um amor humanitário. Não confundeis amar a Deus acima de tudo com fanatismo; Deus não revogou o 5º mandamento.
INSPIRAÇÃO
De repente, não mais que de repente,
uma lágrima escorrega até o coração
e transforma todo sentimento em poesia!
COISAS DA VIDA
Uma velha escada de ferro.
Prédios caindo aos pedaços, abrigam pessoas abandonadas ao próprio destino.
Em meio a este caos urbano,
com seu azul imponente, o mar, ao longe, testemunha a desordem e as contradições daquele lugar.
O ar fresco e agradável de uma tarde no fim do outono,
a paz e a discrição tão cúmplice de quem busca a solidão,
torna o ambiente propício para momentos de confissões sofridas, entregas inesperadas e lágrimas que aliviam a alma.
Duas pessoas praticamente desconhecidas, compartilham uma cumplicidade, vinda não se sabe de onde.
Há um entendimento entre as retinas que dispensa explicações.
Os olhos buscam-se a todo instante, ao mesmo tempo que repelem-se, tentando não sucumbir ao desejo de um contato físico acolhedor.
A relação entre eles, é de quem busca um refúgio emocional, um lugar para se esconder da rotina diária que consome tempo e saúde.
Buscam entre sí um pouso, querem descansar a cabeça da ciranda da vida, que por vezes tira todas coisas do eixo, com o único objetivo de colocar tudo no seu devido lugar.
Mode que será?
Mode que será
que nunca me canso do cê?
Será que é amo
ou apenas vontade de viver?
Quanto mais tamo junto
Mais eu quero ocê.
É, memo teno medo
Acho que é vontade de viver!
Má o sor se levanta
Antes memo de manhacê
Já ta esse diacho desse medo
Quereno me corrompe.
-Mais hora essa, deixe de bestagem!!
É o que sempre me diz ocê
-Não se apoquente, pois desse má
Também sei sofre!
Num sei mode que será
Só sei que esse amo
Nunca há de se cabá.
Enide Santos 11/12/15
Remendo de capim
Agora à noitinha
Tava já escureceno
Quando de longe vi no cer
O que parecia um remendo
Tinha pontos no cer
Memo pareceno que de argodão
Través das nuvens percebi
Tinha uma muié cosendo
Seu cabelo era arvo
Pele rosada face serena
Com jeitim alinhavava
Aperfeiçoando o remendo
Quando manheceu
Pensei que tava sonhano
Mas admirave foi a cena
Do cer caiu em mim
Foias de capim
E flores de açucena.
Enide Santos 11/12/15
UM POUCO "refletido" no espelho da vida...
o coração que amamos parte (verbo partir) o nosso coração, fragmenta-o
reduzindo-o a cinzas escurecidas pela dor e pelo desejo...
enquanto outro coração que nos ama implora se fragmenta pelo nosso, que já não nos pertence e se dispõe a colar os fragmentos perdidos de um tempo que não volta nem se recompõe.
DIFÍCIL a arte de viver...e de amar!
perdi a posse do meu coração pro coração amado,
perdi de fato e de direito
ASSIM, já não disponho do que não me pertence!
a vida é essa "doideira" sem tamanho...
somos amados...e o que nos ama, só queremos bem
e amamos...e sem querer saber que somos amados, amamos...
mas os horizontes não se cruzam
e somos na vida paralelas em direção ao infinito.
um "verbo" no indefinido...
há muito o sol não aparece
e assim permanece a escuridão nalgum canto da alma que ama
há muito o coração já não espera porque exaurido pendeu e chorou
há muito o desassossego aflora a pele e o corpo resigna-se
e o desejo se avassala
há muito o silêncio deixou de ser calmaria e passou a ser tempestade
há muito que a fonte inspiradora perdeu a rima o tom e o verso
e o anjo da vida atrofiou as asas que já não fulgura nem alça voo
há muito o coração opõe-se a busca e há muito que o casulo lhe abriga
é preciso que se morra pra se nascer de novo
é preciso saber dizer ao coração que não há espera quando se deseja
é preciso dizer a si mesma que o coração que ama lhe pertence mas
o coração amado não
é preciso dizer aos ventos que o grito não faz eco embora o amor se propague...
da gratidão
tantas vezes...
nos pomos de pé com a força que vem de fora
quando a de dentro no impossibilita a vertical
somos gratos a vida e as oportunidades que nos oferece
somos gratos aos amigos que encurtam distâncias
somos gratos aos que nos afagam de todas as maneiras
somos gratos àqueles que nos confessam AMOR
somos gratos aos que nos conduzem na leveza do gesto
e nos acolhe no aconchego do abraço e nos diz: "tô aqui"
somos gratos aos que NÃO classificam o tempo em "memórias"
mas em lembranças que levamos para além de nós
e gratos somos àqueles que deixam seu aroma guardado no nosso peito
e deixam a saudade em forma de brisa que nos acaricia a alma.
post-scriptum...
pois foi assim que TE vi...exatamente como o rio vê o oceano...
TE olhei como olhou o rio o OCEANO...e num lembrar distante percorri todo o trajeto...e assim foi e é...
e como rio que sou, não posso voltar...sigo...enfrentando todo o temor...
mas é preciso ir...é preciso que eu desague em você pra me tornar vida.
e a vida não volta
não existe a tecla "delete" na existência humana
não existe o temor ou a desistência quando se deseja e é
sou o rio que se faz mar, que se tornará oceano
sou a pequena centelha de vida que contempla o céu distante
sou o desejo de ser e de estar em ti
sou um rio que se sobrepõe a um oceano
és um oceano onde o rio se fará fecundo...
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