Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

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CAFÉ DA MANHÃ

Quero um afago simples
Tal um pingado, pão e manteiga
Na ingenuidade, sem porquês
Com a doçura e palavra meiga
Dum bom dia! Sem a obrigação
Do perfeito, tal feito, duma cantiga
Degustada pelo coração.
Na sua fome de encontrar...
E então, neste dejejum
Pra quem acabou de levantar
Sirva o amor, não ímpar, mais um
No café da manhã, e sim, um par
Cheio de olhar, ao afeto comum
Antes da rotina começar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano

Não te rendas, não cedas
ainda que o sonho te queime.
Aprendas a apagar as labaredas,
do fado. Insista, queira, teime...
A vida tem curvas e alamedas.
Veja a cor do por do sol, diversidades.
Adoce as frutas azedas.
Viver tem sempre possibilidades.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano

Minha terra, richiamo

Ah! Quem há de gabar, recordação impotente e escrava
O que o presente diz, o que a saudade escreve?
- Cutucas, sangras, pregadas nas lembranças, e, em breve
Olhas, desfeito em espanto, o que te encantava...

Passou, andou, e é num veloz turbilhão, a ilusão forjava;
Ilusões. Um dia na inocência, hoje já não mais serve,
A forma, e a realidade espessa, a lembrança leve,
De pureza, canduras, numa quimera que voava...

Quem a prosa achará pra poetar o conteúdo?
Ai! Quem há de falar as saudades infinitas
Do ontem? e as ruas que omitem e agiganta?

E o suspiro muda! e o olhar surdo! o andar mudo!
E as poesias de outrora que nunca foram ditas?
Se calam nas recordações, e morrem na garganta...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20 de janeiro, 2019
Araguari, Triângulo Mineiro.
Paráfrase Olavo Bilac

CREPÚSCULO NO CERRADO

Na tarde do cerrado, rubra o horizonte
Pulsa, nos arbustos de galhos tortuosos
O fim do dia. Em cheiros tão saborosos
No crepúsculo tropical, de poética fonte

Tudo, entre rútilos, vermelhes fragosos
Raspando a luz no seu total desmonte
Gerando sombras e enigmática ponte
No breu, vozeando coros lamentosos

A lua, se apresenta com seu alvo manto
Cercada no céu por um véu de casimira
Desenhando o anoitecer com ternura...

Dentre todas as criaturas, meu espanto
Por tão dadivoso encanto, que se expira
No fugaz beijo, inicia a noite, tão escura.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Se você está tentando mudar alguém, isso lhe rouba a paz.
Você fica insatisfeito consigo mesmo porque não está no nível espiritual em que gostaria de estar? Será que você tenta se mudar?
É claro que devemos cooperar com o Espírito Santo no tocante ao trabalho que Ele está fazendo em nossa vida. É Ele que nos traz a perfeição e a maturidade. Não podemos fazer isso por nós mesmos. Porém, essa é mais uma das áreas em que tentamos fazer o que não nos é possível fazer.
Qual é o sucesso que vem tendo em tentar mudar essas coisas?
Será que isso não lhe causa frustração e com isso você perde a sua paz? Antes deveria descansar em Deus, esperando nele e aguardando o tempo dele, confiando-lhe aqueles que fazem parte da sua vida e até mesmo o seu próprio ser.

Nostalgia

Como quisesse amado ser, deixando
O coração sonhador, espaço em fora
A paixão, sem olhares e sem demora
Vestir tua quimera e partir em bando

Excêntrico senso, tonto, malversando
O tempo e a hora, sem valia: e, agora
Que passou, sente a solidão, e chora
E implora, a aura antiga recordando...

E, o agrado rebelando compungido
Atrás, volta carente de convivência
Do abraço com calor e de amante

E assim, nos versos andei perdido
- Já! pranteio a dor em reverência
Murmurando o amor daqui distante

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

PAIXÕES

Amores, latejo em ti, nas saudades, por onde
Estive! e sou estórias, e rasto, e madrugadas
E, em recordações, o meu coração responde
Num clamor tal ao vendaval e folhas levadas

Daqui do cerrado, e teus cipós, e tua fronde
Gorjeiam as melodias, e desenham estradas
Na memória, onde, além, o passado esconde
Da pressa, e as doces perfumadas alvoradas

Recordo, choro em pranto, eram dias felizes
No prazer, tal uma flor, de ti, pimpo e exulto
E eu, suspirando, poeto loas com cicatrizes

Tu golpeada e finda, - e eu fremirei sepulto:
E o meu silêncio cravado, em vão, tal raízes
Se estorcerão em dor, penando sem indulto.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

⁠Você pode planejar, desenhar, escrever, pensar o seu caminho. Mas não faz nenhuma diferença, pois existem duas coisas chamadas acaso e incerteza.
Você pode conseguir ver o final da tragetória, mas jamais vai conseguir ver todo o caminho, cada detalhe, cada passo, cada tropeço, cada falha. E muito menos, ter total controle sobre isso.
Há vida em si é como um meteorito, vagando no espaço, no acaso, na incerteza, na imensidão de caminhos e possíbilidades .E até ele, estando livre, sempre encontra barreiras.
E assim como ele, você só deve sempre continuar, nunca pare......

2020 um ano péssimo para estar no 3º ensino médio.
Um ano em que a quarentena surgiu, o isolamento social é regra, justo para aqueles que mais querem estar unidos, para aqueles que vivem uma despedida todos os dias, justo para aqueles que a contagem é regressiva para o fim de um ciclo tão duradouro.
Um ano em que a vontade de abraçar aqueles amigos próximos é maior porque já se tem em mente que isso não acontecerá mais com tanta frequência.
Aulas virtuais não chegam aos pés do que é estar na escola, do que é estar ali sempre se surpreendendo, dia após dia.
Os alunos de 2020 estão fazendo o ano escolar mais especial de todos em casa, a eles não se tem mais o direito de se ter o encanto do último ano.
Isso é dolorido.

⁠Toda vida apodrece e se torna uma só com o mundo. Esta é a estabilidade e a paz definitivas.
(Veronica de Nasu)

⁠Existe um limite para as cores que podem ser criadas pelo homem. As cores que os seres humanos captam não passam de ilusões de ótica criadas pela luz. Em outras palavras, são cores falsas. Elas não são as cores reais das coisas.
(Hypnos)

Quanto tempo já estávamos distantes? bem mais que 2 mts...
Quantas máscaras já usávamos antes? Uns, até coleção tinham...
De qual abraço estamos falando? se muitos, nem a mão estendiam...
Enquanto procuramos causas, motivos, culpados, nunca entenderemos a razão...

Eu sou o que saiu quando espremeram!
Quem vc seria se fosse quem era pra ser?
Quem seria vc se não fosse quem vc é?
Quem vc seria se fosse quem gostaria de ser?
O Reino de Deus está dentro de nós, mas o que impede o Reino também!

⁠Novas situações geram novos comportamentos, e de repente, você se surpreende, descobre que o melhor lugar para se estar é onde Cristo esta!
Com nossa família, desempenhando o verdadeiro ministério, juntos, aprendemos que o que importa não é onde estamos e sim onde ELE está!
Nunca estamos sozinhos, pois somos habitação Dele!
Sendo assim, estejamos com quem realmente nos ama, sem interesses, sejamos completos e felizes com ELE!

⁠FELICIDADE A DOIS

Se querem a felicidade a dois
não casem pela aparência –
esta é como bijuteria:
com o tempo perde o brilho...

Se querem a felicidade a dois
não casem por interesse –
pois se a dificuldade vem e demora,
a afetuosidade logo vai embora...

Se querem a felicidade a dois,
pra toda vida, e da cor do arco-íris,
se assumam pra um cuidar do outro,
que só assim, serão mais felizes!

⁠“É sobre a sintonia das nossas almas
A guerra dos nossos egos
A forma como a gente se machuca e se ama
Em proporção parecida
É sobre viver
Ferir
E ser ferido
É sobre o pedaço do meu coração
Que pertence a alguém
Que não sou eu.”

VINYCIUS MAIA, se eu pudesse, quando você fosse até a Lua , eu lhe entregaria um rápido diário de estudos de correção ortográfica.
Você escreveu : "Se PODESSE VOOARIA até a lua só para te mostrar QUANDO amo você".
A forma correta é pudesse, com u na primeira sílaba.
Pudesse é a forma conjugada do verbo poder na 1.ª ou 3.ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do subjuntivo.Verbo poder - Pretérito imperfeito do subjuntivo:
(Se eu) pudesse - Gerúndio: voando -Particípio passado: voado -Infinitivo: voar
Futuro do Pretérito eu voaria

MORRE POR INTEIRO

Tem os que nunca partem
Vive em nossas lembranças
Da nossa nostalgia vão além
Alimentam nossas esperanças

Nesta passageira caminhada
Tecem fios de teia de amor
Forrando por toda estrada
O carinho, o afago, o calor

À distância nesta separação
É temporária, bem breve
Que conforta o coração
Faz desta ausência leve

Se partiu, deixou verdades
Norteou de afabilidades... (a vida!)
A emoção! Perpetuando afinidades
Pois morre por inteiro quem não deixa saudades.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho, 01 de 2010, 09’13”
Rio de Janeiro, RJ

Minha terra tem úmbu,
Onde canta o carcará;
As aves, aqui vivem em cantoria,
Não como lá, que fogem da luz do dia.

Sim nosso céu tem mais estrelas,
E as mais belas e raras flores,
Nossos bosques têm mandacarú, chique-chique e faxeiro
Nossa vida mais umburana e melhor o umbuzeiro.

Em aperriar, sozinho, à noite,
Mais tradição eu encontro lá;
Minha terra tem úmbu,
Onde canta o carcará.

Minha terra tem riquezas,
Que tais não encontro eu cá;
Em aperriar, sozinho, à noite,
Mais tradição eu encontro lá;
Minha terra tem úmbu,
Onde canta o carcará.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte há misturar;
Sem que disfrute os sabores
da umbuzada ao vatapá;
Sem eu aconchegue na sombra do umbuzeiro,
Onde canta o carcará.

em novembro

vai precisar de festejo
é mês das quarenta velas
assoprar num só bafejo
sem ter parcelas...
são ainda com um tal ensejo
de serem bagatelas

afinal, os primeiros quarenta
e viver se pode, ao dobrar
somado com mais uns “enta”
a vida começa (a)pesar...

coragem e água benta!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2019
para o Márcio Francisco

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