Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

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⁠DOR SUPREMA

Cai a noite, é outono, o cerrado chuvoso, prosa
o amplo e deserto céu, místico e tão sombrio
uma saudade rameira de angústia tenebrosa
geme, ladeia, se fazendo de um silente vazio
É noite. Chove. A sensação se vê preguiçosa
que só tortura... a recordação provoca arrepio
porque sofre na poética do bardo calamitosa
que só tem nas sombras de um nublado estio

E a noite adentra, e as saudades, uma a uma
pesam na solidão, e assim, a tristura exuma
acordando no sentimento o aperto que aflora
Ah! Eu quisera, planear a felicidade no poema
dum dito amor, um amor, não a dor suprema...
Chove lá fora! Cá dentro a minha alma chora!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 março, 2022, 17’52” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PADECER

Ainda às vezes, a prosa saudosa
que outrora me foi com afeição
vem cruel tal desfolho duma rosa
macular a poética da inspiração
E, dantes a poesia tão carinhosa
que da alma era vital dedicação
agora em tom áspero, nebulosa
chora no verso cheio de solidão

Ah! esse aperto que tem a toada
de sensação dura e amargurada
põe a trova em um dano sem fim
Pois, o fado ainda bem maldoso
unta de suspiro, pondo pavoroso
o soneto a padecer junto de mim....

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24/03/2022, 15’30” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONHANDO...

Daquele mesmo sonho sonhado, repentino
rico de venturas, colorido de doce sensação
de imagens aromáticas, mirífico, tão divino
minha alma sonhou cada sentir de emoção
A cada alvor, a esperança e o seu destino
e para o amor, suspira o emotivo coração
a cada imaginação um despertar genuíno
a expectativa de um porvir, de uma ilusão

E, assim, cada trova, cada prosa, criando
a poesia e eu na poética íamos sonhando
chilreando paixão numa canção especial
Sonhando... e como é bom poder sonhar
tem sempre gosto de quero mais, idear...
Velando por aquele sentimento adicional!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 março/2022, 13’10” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RELÍQUIAS

Num velho sentimento de um passado
que no matiz do tempo já tem outra cor
retalhos do versar, assim, relembrado
poetizam em prosa, a saudade, o amor
São sussurros, juras, hino apaixonado
que se transformaram em vazio e dor
restos de olhares do estar enamorado
e a recordação daquela concedida flor

Ah! breve a ação do fado que aparta
deixando no espirito lembrança farta
de sensação aflitiva que doridas são
Relíquias... de valedouiro tão presente
guardadas em uma poética tão latente
dos versos reminiscentes no coração!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 março/2022, 12’47” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MATINADA

Um alvor. Um feixe doirado
do arrebol, um doce sabor
e, alvoroçado no enredado
da trepadeira, um beija flor
Delgado, assim, apressado
fremente e leve, um primor
cá pras bandas do cerrado
num bailar de brando amor

Neste cenário, a borboleta
numa vermelha flor, poeta
tão mimosa, tão iluminada
Neste fulgor do amanhecer
cantarolas, voejadas a tecer
aclamando a sutil matinada

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 março/2022, 05’47” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AINDA...

Saudade! como negar sua existência, ouvindo
nas entranhas do peito este sussurrar de dor
comichando, num suspirar profundo, infindo
quando se tem a lembrança do antigo amor
Tudo uma solidão, vazio, o aperto intervindo
naquela sensação de agrado, o talvez supor
olhos lacrimejados, e aquela angustia vindo
deixando inquieto o propósito de um amador

Ah! amar, de uma poética doce e abundante
em cada querer a jura, uma ilusão fascinante
que pulsa o coração e tem a alegria tão linda
E, assim, no tempo andarilho, a falta palpita
a emoção soluça, recorda, transborda e grita
numa poesia que insiste, que persiste ainda! ...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 março/2022, 19’00” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠LATEJA-ME

Lateja-me na emoção, o agrado que ventura
o sentimento que a nobre felicidade carrega.
E, como trilhei, meu Deus, a amável ternura
eu, a quem a direção produtiva pouco nega...
Vou vivendo, nesta dita, e que não sossega
em torno do prazer, que luze, que fulgura!
Ah! como é satisfação a sorte que me lega
a cortesia que tem o entusiasmo que figura

Ergo a gratidão, então, com um doce aceno
nestes versos que se tem em poema sereno
largando prostrado os espinhos e o amargor
Dou graças, assim, em plena consagração
da bonança, do cuidado e da doce paixão
que palpita do coração no apurado amor...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30 março/2022, 10’35” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SAUDADE AJOELHADA

Cá, sob este chão de superfície rude
de pouca chuva, seco, natal morada
meu eu, jaz pra sempre em plenitude
a causa da minha narrativa poetada
Fora-se-me nostálgico a cada parada
e, vãos, os sonhos da terna juventude
aqui, pelas calçadas, firme e devotada
lembranças, de um tempo de virtude

Repousa, cá, em paz sob este sertão
emoções, as recordações, do genuíno
sentimento... suspirados do coração!
E, cada sensação sentida, sussurrada
da alma, mescla com o dobre do sino
da Matriz, pondo a saudade ajoelhada...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03 abril, 2021, 13’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠APRESSA-TE

Basta-te depressa, o tempo é fugaz
A vida passa num piscar, sem temor
Que hoje é viveza e desejo lhe traz
Amanhã, já não mais lhe terá amor

Gostemo-nos agora, o viver é fugaz
Dando laços, vamos, ofertando flor
Agrado leve que ao coração satisfaz
E um querer manso, feliz e sedutor

Vagando serenamente por um olhar
Estar, e no coração sentir a pulsação
Sem que a desdita venha perturbar

Existamos hoje, na sede, na paixão
Mantendo acesa a chama de amar
Que flama, divina, na viva sensação

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21, junho, 2021, 14’25” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠É mês de Junho:
tudo anda tão ligeiro,
à Deus deu testemunho
São Jão Batista, primeiro
mês de festança, dança
Viva Santo Antonio casamenteiro
São Pedro e São Paulo,
Viva São João... dia 24, padroeiro!


© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 de junho, 09’08”, 2021 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠QUANDO EU, TRISTURA, EM TI DRAMA PONHO

Quando eu, tristura, em ti drama ponho
Sinto o que não senti nunca, nem desejei
Que houvesse cá, a apertura que nem sei
E, que vou tresvariando em algo medonho

Isto incomodando, e passando, suponho
Me quero risonho, fausto, e então serei
Pronto pra haver poética, e leve estarei
Entre choro e riso, e não me avergonho

Que, um sofrente ante ti, ó tristura, tal
Um moribundo d’alma e emoção muda
De que me valerei se não viver visceral?

Esperando que ti, causar, então acuda
E o amor me acode, em um sentir total
Assim, na sensação, não mais me iluda!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Junho, 2021, 26, 10’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SE VOS SENTI...

Ah! Tempos idos! Ah! ido Fado!
Quão duro a sorte por ti decidida
O tempo passa, fugaz, de partida
A candura. Acrescendo o passado

Deixaste-me na ilusão apaixonado
Pranto e choro tu encheste a vida
Então, resta haver a alma garrida
Deixando o êxito, feliz e dobrado

Ah! quanto mais se poetar querer
Se quer mais uma afeição querida
Que fico duvidoso se vos senti...

Então, aquela sensação de perder
Na garganta, na impressão ferida
Lacrimejo o que tolamente pedi!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Araguari, MG - 15/07/2021 - 09'28"

Inserida por LucianoSpagnol

⁠HORA MARCADA

Um amor que já nasceu predestinado
Pra ter emoção, paixão e romantismo
A quem sempre se teve sem egoísmo
Inspirando sempre e sempre ideando

Num sentimento abrasado, desejando
Tendo no coração agrado e idealismo
Sem nunca chorar ou haver um cismo
Na sorte da ventura, assim, venerando

Esse que fica, que na sensação é amor
Tanta luz a brilhar e tanto é a seu favor
Da poética mais linda dos versos meu

Tem hora marcada, e tem a saudade
Sede tão cheia duma doce felicidade
É, somos nós, apenas nós, você e eu...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 22/07/2021, 09’35”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O que é sermos humanos?

Nossa capacidade é de ser humano
Mas o que é ser humano?
Matar, roubar,extorquir e exigir
E por trás nem sequer agir?

Ou talvez amar,compartilhar e desfrutar para que quem sabe um dia todos nos possemos das mesmas oportunidades e vontades desfrutar?

Podemos não saber como fazer o que fazemos ou viver o que vivemos
Mas cá estamos nós
Depois de bons e ruins
Vivos e respirando
Agindo,destruindo e remodificando
Sem sequer ligar para o motivo
Mas continuamos operando.

Ser humano é viver essa insanidade de mundo todo dia e voltar para contar relato
Por mais que tudo pareça perdido
Sempre há alguém lutando em algum lugar

Porque ser humano
É agir e não só falar
Dar o bem no lugar do mal
Ter orgulho de quem é e quem se tornou
E não se arrepender pelo que já passou

Viva o presente
Viva o hoje
Você é incrível e nunca deixou de ser
Pare de ligar para a sociedade
Ela não liga pra ninguém
E esse ciclo só pode ser desconstruído por um alguém
E esse alguém
É você.



Inserida por miguel_prado

⁠SONETO SORRINDO

Aqueles versos que escrevi apaixonado
Os contentes versos que escrevi amando
Várias sensações na emoção sussurrando
Que falei de afeto, de prazer enamorado

A cada trova a ventura aumenta ao lado
Numa poética doce, leve, e até quando
Haver o sentimento, estarei esperando
Cada inspiração ao coração, bom agrado

Alguns – versos tão cheios de quimera
Outros – falas belas como a primavera
Mas, todos fartos de amor e de paixão

Então, vou, cuidadosamente, repetindo
Repetindo, verso a verso, numa canção
E dizer-te: que a satisfação está sorrindo

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 24/07/2021, 09’58”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠GÉRMEN

Eu te lanço ao coração, ó pequenina semente
de força, germina, surge à sensação, e então
aguardo o sentimento vivo e o anseio ardente
de um amador que na sede deseja a floração

Se desta esta vontade o meu agrado já sente
prazer em te cantar. Eleva desta suave canção
a mais amável emoção na emoção da gente
tal a alegria de um poeta em sua inspiração

Hás de ser a triunfal sedução enamorada
aquela gestação de sonhos, aquele abrigo
a quem vem procurar nesta cortês estrada

Cumprirás com justeza o poético preceito
do amor, fazendo do amor aquele amigo
florescendo uma paixão no açorado peito...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 26/07/2021, 12’45”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AFLIÇÃO

Pulsa no cerrado o horizonte imenso
Num entardecer purpúreo candente
No desanimo surges, tão lentamente
Lembranças, molesto e tédio denso

Que eterniza a agonia e sentir tenso
De um passado caprichoso e ardente
Embora aqui presente, está ausente
Na emoção. Turrão ainda é extenso

E o pôr do sol é tormento e nostalgia
Em um acre perfume, árduo expiro
E a uma sensação aflitiva me contagia

Nesse anseio a saudade n’alma arde
És um passado de amor feito suspiro
Suspiro e caro pesar no cair da tarde!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 26/07/2021, 18’00”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ESQUECER-TE NÃO PUDE

Ah, esquecer-te não pude, é que quem diria?
teimosas lembranças evocam a finda paixão
as angústias de uma noite, lágrimas na poesia
relembram na prosa infinda suspirosa sensação

Teu amor! em um tempo a que eu amaria
fez pulsar de amor o meu confiante coração
depois, vieram gestos que eu não conhecia:
- o silêncio, a distância, em um feito vilão...

Dói, mas vivem em um presente passado
pulsando desejos que quer ser apagado
insistindo no dia que me deu aquela flor

Ontem, chorei, sim, e me foi tão cruciante
cada saudade me fazia dum eterno amante
marcante... não pude esquecer desse amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 28/07/2021, 18’19” -

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Airosa Paranaguá.
Paranaguá, bem-apessoada cidade romântica banhada por águas que por ali nadam muita história e tradição.
Tens o tão deleitoso e gentil Rio Itiberê onde navegam os barcos coloridos e as mais felizes famílias.
Abriga o pulcro Rocio, fonte das bênçãos da Santa e admirável Nossa Senhora do Rocio.
Possuí um clima tropical e amarelo que faz os moradores esboçarem um belo sorriso toda manhã.
O caloroso e amigável sol cobre os coloridos e variados casarões onde lá pertencem os clássicos e antigos museus onde contam as mais velhas estórias.
Parabéns Paranaguá, pelos seus 373 anos.

Inserida por mariapitella

⁠POR QUE

Por que, em vez do silêncio, não me arraste?
Por que foste tu alvo, a emoção enamorada?
Por que sempre, na lembrança, és tu citada
E em cada verso o teu doce cheiro deixaste?

Por que no olhar aquele olhar com desgaste
Do desejo? por que, ó minha singular amada
Poeto, e suspira uma sensação tão desolada
De uma solidão, ó tomento, amargoso traste

Foste, e no perder não sabia o que perdia
Hoje chora no peito está resistente certeza
Que não teve intuição no que o amor dizia

Agora, vazio e poética sóbria, uma tristeza
Imaginado em que parte estás de cada dia
E, tenho a saudade numa nostálgica dureza

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 29/07/2021, 19’06”

Inserida por LucianoSpagnol