Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

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⁠GULA

Sim, mais! Mais ainda! E ainda mais!
Quando o coração sente o tal desejo
Um olhar que queima, os toques tais
E aquele arfado suspiro, doce ensejo
Nunca as sensações nos são iguais
Porque o olhar do amor tem lampejo
Fazendo do sentimento ali seu cais
Sim, mais! Mais ainda! Ainda o beijo!

Ah! O beijo! ... que nos deixa talante
Querendo muito, ter terna felicidade
Cheio de sede, gosto que consome
Fosse, assim, toda a sorte, amante
Não há emoção que baste à vontade
Nem satisfação que chegue à fome!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/01/2024, 12'33" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Ao Pé da Cruz

Ao Pé da Cruz, no suplício do madeiro
Em cujo o pesar move no seu sofrer
Em cujo no teu elemento hei de ser
Penhorado, neste mundo passageiro
Que não seja parte, sim, por inteiro
Pois, te sinto no meu peito a verter
Estais comigo em cada doce valer
Pois é a páscoa, o manso cordeiro

Então! Em tuas mãos o meu espírito
Volvei tua face a este falho pecador
E dá-me o vosso dom, que é infinito
Na cruz, nossa salvação, gentil amor
Que, por tudo que pequei, todo delito
Na redenção em Ti, rogo o Teu louvor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/01/2024, 12'12" – Araguari, MG
*dia de Santo Reis.

Inserida por LucianoSpagnol

⁠No cerrado, o dia alvorecer

Eu vi o dia alvorecer, no cerrado
Fiz aí eterno voto de admiração
Vi depois o céu rubente, visão
Feérica, igualmente encantado
A qual mais belo, se, ilimitado
Sedutor, este, aquele, sei não?
Cada qual com a sua emoção
Cada qual com o feitiço privado

Ah! que este instante inebriante
Sabe a sensação o quão cativa
Cá no cerrado é cena constante
Raia, cerrado, rebenta num viva
Ou faze do show ímpar instante
Surgindo em poética tão festiva.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 janeiro, 2024 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DEPOIS QUE TI SENTI

Depois que te senti, só depois, sentimento usual
Notei que o agrado d’alma é bem sem ter preço
A maior felicidade, emoção, singeleza virginal
E, se um dia há igual, eu ainda, não o conheço
Doçura ardente e casta, à Deus, afim, eu peço
Ó sentimental ponto, faz deste poetar divinal
Desejo sem igual, cujo certo e único endereço
É a paixão, que faz da sensação tão especial

Depois que te senti, só depois... vivi a cortesia
O espírito junto da alegria e cheio de ventura
É que a mente me invade uma emotiva poesia
Com versos imersos no prazer, assim, estavas
Cada rima, provando está minha suave ternura
Na entrega do amor rudimentar que me davas!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 janeiro, 2024, 14’53” – Araguari, MG

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⁠Fragilidade

Se o verso bater de novo à minha inspiração
Inquieto, suspirante, para o meu sentimento
Hei de dizer-lhe tudo quanto for duma razão
O meu afastar, como um vingador momento
O que vir de tal gesto, pouco importa a ação
Não se faz árduo e penoso, tão pouco isento
Quando o versejar compõe para uma solidão
Falham com as duras rimas, sofrem fastiento

E, se for irreverência com uma flor, dor causa
E, se for olhar jogado ao vento, disperso olhar
Ah! borrado verso quando o amor, nele pausa
Tudo se faz tão vazio, ao poema tão aturdido
Sem cor, cheiro, colo, e sem um poético lugar
Onde o canto se põe a chorar num tom traído.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 janeiro, 2024, 04’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Um amante

Num soneto feliz e ímpar, a ternura
Rimando o prazer com uma lucidez
Num sentimento com doce ventura
Que envolve a alma, com parvulez
Enquanto o canto alastra formosura
Em uma poética que a emoção fez
No âmago, o amor, figura brandura
Enchendo de agrado e de solidez

Pela primeira vez, a poesia amada
Uma rosa, um toque, apaixonada
Sensação. Versado o beijo galante
E, o soneto saciado, rico e querido
Outrora pícaro, agora com sentido
Rascunha versos para um amante.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 janeiro, 2024, 18’38” – Araguari, MG

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⁠Pranto e sorriso (fado)

No pranto da alma um sorriso
De ilusão. Pesar não, encanto
Pois, haver a crença é preciso
Toda a doçura do amor, tanto!
Se bem, a risada é um paraíso
Cheio de cor, de cheiro e canto
Entanto, na dor chorar é inciso
Aliviando o coração, conquanto,

Nem sempre, a regra é a hora
Portanto, tenha o querer afora
Da renúncia, te soltes da tolice
Tem muito mais, creia, confie
E, com a satisfação... contagie!
Pois, o tempo traz já a velhice!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 janeiro, 2024, 12’12” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CONSTRUÇÃO

Dentre tudo eleito, põe-se o devaneio:
Ilusão por ilusão, embora tão recatada
No sentimento só sensação é traçada
Criando uma etérea emoção sem freio
Dentre tudo eleito, põe-se o anseio:
Forte, sussurrante, a ventura alada
Da alma, querendo ser apaixonada
Opondo a pluralidade, forte gorjeio!

E a poética é um versejar ondeado
Variado, tão cheio de rima por rima
Loucura, mas que traz a pura razão
Sobranceiro ao acaso, o amor estima
Lima, fazendo do coração enamorado
Numa terna e embaraçosa construção.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 janeiro, 2024, 18’28” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Soneto de janeiro

Então, janeiro, primeiro do ano
E, assim, caminha dia pós dia
A sorte na sua inquieta valeria
Agridoce magia, de fatal plano
O destino palpita tão soprano
Num canto de tristura, alegria
E, seguindo, cheio de fantasia
Faz-se vida, e o tempo decano

Indo, que se vai, caminhando
Fatos, estórias, n’alma flamas
Com um horizonte passageiro
Sentido, então, vai passando
Fugaz, vigente, em chamas
Alvorecendo mais um janeiro...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21 janeiro, 2024, 14’12” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TRAZER À MEMÓRIA

Ao recordar o amor, eu me esteio
Nas lembranças. Sonoro frescor
Dando ao verso som encantador
Que enche o soneto dum gorjeio
A suspirar. Então contento, cheio
De emoção. Ó prezar encantador
Que traz à alma um grato frescor
Tecendo o sentimento num veio

A evocar e pensar. Ah! sensação
Que do coração vive sussurrando
E do terno olhar derrama sorrindo
O botão de rosa. Aquela paixão
Que, então, assim, vai delirando
Com amor... e do amor provindo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01 fevereiro, 2024, 11’45” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O DIA DE FEVEREIRO

Então, em fevereiro, “mesversário” meu
Nesta divisão do ano há um singular dia
Claro o dia 27, cheio de exclusiva magia
Entrou em mim, no seu rumo entrou eu
Guia-me, a satisfação, pulsante, apogeu
De minh’alma, cheio de alegria e poesia
Em meu peito, tão festivo, uma nova via
Faz-se comemoração, gratidão... valeu!

Já não é um nenhum sobre um nada
Mas gestos, suspiros, sentidos, flamas
E olhares, horizontes, toques, um hino
É a vida sussurrante, mais apaixonada
Abundante, e válida, que pelas chamas
Do 27 de fevereiro: - assinala o destino!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 fevereiro, 2024, 18’57” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Soneto do amor e seu epílogo

Eram versos de amor, poética apaixonada
Ensombrada de paixão, eram meus e teus
Sussurros d’alma, atado, eram teus gestos
De um acalanto, ou zelo, eram teus gestos
De um amor, doce instante, tão exagerado
Eram os teus gestos de afago, de emoção
Como só num raro sentimento poderia ser
De agrado, encontro, eram os teus gestos

E eis que ainda escreve poemas, ó amor
Este, que sempre, sugerido na inspiração
Saudoso e idêntico a narração nostálgica
Que invade aquela lembrança extraviada
Chamada recordação, um ardor profundo
Trovado no soneto do amor e seu epílogo.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 fevereiro, 2024, 21’25” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NÃO MAIS O VERSO TRISTE...

Aqueles versos que em pranto soavam
Rasgando a alma em poética convulsão
E as toadas e os acordes já imaginavam
Que vinham do mal do partido coração
No carecido verso, desagrados estavam
Pedintes, largados, vãos, ali pelo chão
Os cânticos de outrora, escalpelizavam
O sentimento... Dedilhando a emoção!

Chegou ao fim! Não mais o verso triste
À espera duma inspiração que ensecou
Cada afiada sensação, que, no entanto,
Não mais, no palpitante encanto, existe
Então, a satisfação o versar encontrou
Antes agoniado, agora, glória e canto...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22 fevereiro, 2024, 16’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TENEBROSO CANTO

Meus versos vão seguindo fantasista
Debaixo da poética farta de emoção
A toada de minha sanha cancionista
Compassa a métrica com sensação
Cada sentimento na prosa, conquista
As ideias, tão apaixonada inspiração
E cá dentro do peito o furor bucolista
Expande pelos poemas com ambição

E a aflição, está triste companheira
Levou a dita da poesia quase inteira
Do amor, ó duro fardo e desencanto
E em cada verso que seria contente
O pranto, tal o dia num triste poente
Dando à prosa um tenebroso canto.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 10’05” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NAS ASAS DA SAUDADE

Foi em vão os versos para me serenar
Na treva afiada do sombrio sentimento
Cada rima tentou, assim, desencontrar
De ti... e mais e mais, se fez momento
A prosa insisti em versos para te amar
Na poética somente pesar e tormento
Pois, cada estrofe escreve o teu olhar
E cada suspiro aquele sonoro lamento

Pranto, sussurros, sensação e agonia
Foi-se sonhos sonhados com paixão
E agora somente está sentida poesia
Que pronuncia, tão cheia de vontade
Em um momento referto de emoção
E, tudo, então, nas asas da saudade!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 18’35” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TEMPO DE ENCANTOS

Mostram-se belos versos com exaltação
Cá no soneto de afeto e aura dourada
Cheio de canção e de perfumada toada
Que compassa o agrado e a sensação
A prosa se veste de esplendor e paixão
E em derradeira sedução, fica gravada
No sentimento, no tempo, pela estrada
Bailando na alma em graciosa emoção

Inesquecíveis poéticas, tão atraentes
Divinamente, às lembranças vertentes
Prozando excessivas distintas alegrias
Enquanto o ardor dorme sua realeza
Tempo de encantos, cordial singeleza
Ornando com amor a desejada poesia.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 fevereiro, 2024, 09’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Vem, agrado, vem!

Que siga essa alegria com devoção
Trazendo a sua poética com ternura
Vem diversão, leve a cruel amargura
Me dê sentido, com sede de emoção
Possa o prazer ter uma maior paixão
Purificando aquela sensação escura
Que tudo isso, à alma, renda infusão
Culminando em sonho, doce candura

Quero toque, olhar, mais que só estar
Que a flecha no coração seja sentida
Atinja mais, e então, poder mais amar
Permuta o alivio com a ilusão perdida
Põe na minha poesia versos a cantar
Vem, agrado, dá-me valia nessa vida!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02, março, 2024, 15’07” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O CERRADO ABRAÇA

Tais como enigmas densos, viscerosos
Os quais o cerrado, que a poética canta
Os segredos são dum fascínio calorosos
Contradizendo o torto que nele implanta
Uma imensidão, o horizonte se agiganta
Os rubores em um entardecer veludosos
Dão lugar à beleza onde o vário encanta
Trazendo vida com mais tons nas prosas

E aquele espanto, se fazendo momento
Esvaindo da admiração, ó coisa formosa!
Bendito seja, pois, cada bom sentimento
Que chega à emoção, propagando graça
Vai contaminado a condição maravilhosa
Onde cada sentido do cerrado nos abraça.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02 março, 2024, 18’57” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SENTIMENTO SINGULAR

A saudade é um sentimento singular
É mal sentido com uma afiada paixão
Quando maior, parece na alma fincar
A lembrança elaborando dura versão
Aflitivo não impregnado na sensação
Exala momento perdido, a perturbar
Clama, suspira, importuna o coração
Olhar disperso, que se põe a chorar

Vem sem rogar, adentra sem demora
Deixa um torpor que ao espírito aflora
Cravando no íntimo um imenso fragor
Sabor amargo, que na emoção invade
Tu saudade! Tão enredada de vontade
E cético cântico de uma dor de amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 março, 2024, 20’41” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NADA

Se penso em fazer voltar-te a rosa dada
Converto em dor os versos de lembrança
Sinto em mim uma sensação angustiada
Percebendo que já não mais é a aliança
Tua citação é mais nada, d’alma retirada
E, no meu cantar não mais a esperança
A outrora melodia, no meu peito, calada
Por ser mais nada, então, nada avança

Como eu posso devolver-te o mais nada
Se nada mais, tenho, nem nada a te dar
O meu versejar me serve como espada
Um escudo, a deter a lágrima a derramar
Pois, um dia se choradas, hoje enxugada
Rasurando os datados versos por te amar!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05 março, 2024, 15’51” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

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