Poesia de Pureza
Soneto de Montevidéu
Não te rias de mim, que as minhas lágrimas
São água para as flores que plantaste
No meu ser infeliz, e isso lhe baste
Para querer-te sempre mais e mais.
Não te esqueças de mim, que desvendaste
A calma ao meu olhar ermo de paz
Nem te ausentes de mim quando se gaste
Em ti esse carinho em que te esvais.
Não me ocultes jamais teu rosto; dize-me
Sempre esse manso adeus de quem aguarda
Um novo manso adeus que nunca tarda
Ao amante dulcíssimo que fiz-me
À tua pura imagem, ó anjo da guarda
Que não dás tempo a que a distância cisme.
Não te rias de mim, que as minhas lágrimas
São água para as flores que plantaste
No meu ser infeliz, e isso lhe baste
Para querer-te sempre mais e mais.
Não te esqueças de mim, que desvendaste
A calma ao meu olhar ermo de paz
Nem te ausentes de mim quando se gaste
Em ti esse carinho em que te esvais.
Não me ocultes jamais teu rosto; dize-me
Sempre esse manso adeus de quem aguarda
Um novo manso adeus que nunca tarda
Ao amante dulcíssimo que fiz-me
À tua pura imagem, ó anjo da guarda
Que não dás tempo a que a distância cisme.
Porque a vida só se dá pra quem se deu. Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu. Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não. Não há mal pior do que a descrença.
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão.
Nota: Trechos de "Como dizia o poeta"
– Se eu soubera, dizia Soares, que no fim de tão pouco tempo a senhora me faria beber fel e vinagre, não teria prosseguido em uma paixão que foi o meu castigo. Fernanda, muda e distraída, mirava-se de quando em quando em um psyché, corrigindo o penteado ou simplesmente admirando a esquivança desarrazoada de Fernando. Soares insistia no mesmo tom meio sentimental. Afinal, Fernanda respondia desabridamente, exprobrando-lhe o insulto que fazia à sinceridade dos seus protestos.
– Mas esses protestos, disse Soares, é que eu não ouço; é exatamente o que eu peço; jure que eu estou em erro e fico contente. Há uma hora que lho digo.
– Pois sim...
– O quê?
– Está em erro.
– Fernanda, juras-me isso?
– Juro, sim...
Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperanças,
Segundo a velha literatura das sensações.
Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
Hei de seguir eternamente a estrada
Que há tanto tempo venho já seguindo
Sem me importar com a noite que vem vindo
Como uma pavorosa alma penada.
Sem fé na redenção, sem crença em nada
Fugitivo que a dor vem perseguindo
Busco eu também a paz onde, sorrindo
Será também minha alma uma alvorada.
Onde é ela? Talvez nem mesmo exista…
Ninguém sabe onde fica… Certo, dista
Muitas e muitas léguas de caminho…
Não importa. O que importa é ir em fora
Pela ilusão de procurar a aurora
Sofrendo a dor de caminhar sozinho.
Se uma águia fende os ares e arrebata
esse que é forma pura e que é suspiro
de terrenas delícias combinadas;
e se essa forma pura, degradando-se,
mais perfeita se eleva, pois atinge
a tortura do embate, no arremate
de uma exaustão suavíssima, tributo
com que se paga o vôo mais cortante;
se, por amor de uma ave, ei-la recusa
o pasto natural aberto aos homens,
e pela via hermética e defesa
vai demandando o cândido alimento
que a alma faminta implora até o extremo;
se esses raptos terríveis se repetem
já nos campos e já pelas noturnas
portas de pérola dúbia das boates;
e se há no beijo estéril um soluço
esquivo e refolhado, cinza em núpcias,
e tudo é triste sob o céu flamante
(que o pecado cristão, ora jungido
ao mistério pagão, mais o alanceia),
baixemos nossos olhos ao desígnio
da natureza ambígua e reticente:
ela tece, dobrando-lhe o amargor,
outra forma de amar no acerbo amor.
ÁRIA PARA ASSOVIO
Inelutavelmente tu
Rosa sobre o passeio
Branca! e a melancolia
Na tarde do seio.
As cássias escorrem
Seu ouro a teus pés
Conheço o soneto
Porém tu quem és?
O madrigal se escreve:
Se é do teu costume
Deixa que eu te leve.
(Sê... mínima e breve
A música do perfume
Não guarda ciúme).
O espelho reflecte certo;
não erra porque não pensa.
Pensar é essencialmente errar.
Errar é essencialmente estar cego e surdo.
A QUE VEM DE LONGE
A minha amada veio de leve
A minha amada veio de longe
A minha amada veio em silêncio
Ninguém se iluda.
A minha amada veio da treva
Surgiu da noite qual dura estrela
Sempre que penso no seu martírio
Morro de espanto.
A minha amada veio impassível
Os pés luzindo de luz macia
Os alvos braços em cruz abertos
Alta e solene.
Ao ver-me posto, triste e vazio
Num passo rápido a mim chegou-se
E com singelo, doce ademane
Roçou-me os lábios.
Deixei-me preso ao seu rosto grave
Preso ao seu riso no entanto ausente
Inconsciente de que chorava
Sem dar-me conta.
Depois senti-lhe o tímido tato
Dos lentos dedos tocar-me o peito
E as unhas longas se me cravarem
Profundamente.
Aprisionado num só meneio
Ela cobriu-me de seus cabelos
E os duros lábios no meu pescoço
Pôs-se a sugar-me.
Muitas auroras transpareceram
Do meu crescente ficar exangue
Enquanto a amada suga-me o sangue
Que é a luz da vida.
Canção final
Oh! se te amei, e quanto!
Mas não foi tanto assim.
Até os deuses claudicam
em nugas de aritmética.
Meço o passado com régua
de exagerar as distâncias.
Tudo tão triste, e o mais triste
é não ter tristeza alguma.
É não venerar os códigos
de acasalar e sofrer.
É viver tempo de sobra
sem que me sobre miragem.
Agora vou-me. Ou me vão?
Ou é vão ir ou não ir?
Oh! se te amei, e quanto,
quer dizer, nem tanto assim.
A Serra que corta a nossa Amazônia;
Corta também a pureza do ar!
Cada animal extinto no mundo;
É um ciclo da vida a se arrebentar.
A água nunca foi tão pobre...
Perdendo as riquezas com lixo ao mar!
Com tanta maldade e indiferença;
Um dia a Natureza vai nos castigar!
Há tanta pureza
tantos sonhos
tanta leveza.
Desejos secretos
guardados
camuflados.
Um olhar desconsertado
um coração balançado
um sorriso acalmado.
Suspiros constantes
olhos flertantes.
Coração vivo
acelerado
aliviado.
Ah eu quero voar
correr
me esconder
viver
e não despertar.
Quem perdeu ou quem ganhou, talvez isso já nem importa mais.
O fato é que, a pureza foi quebrada e o riso intimidou-se.
O "para sempre" foi rasgado pelo orgulho e o brilho ofuscou-se pela estrada.
O "isso" ou "aquilo" já não justifica mais nada... mas que sirva de lição para a próxima jornada.
A felicidade é, por natureza,
Um rosto de paz, expressão de beleza,
É toda a pureza... Felicidade é
Olhar um rio em sua correnteza,
E dentro de si, ter toda a certeza
Que para nadar, é preciso ter fé!
Se você soubesse a pureza do seu sorriso
Talvez nem ligasse para o brilho dos seus olhos
E falando nos seus olhos
Eles são claros que nem percebe
E falando no seu sorriso ele encanta a alma
E falando na alma, a sua toca o meu espírito
E falando em espírito, ele reflete seu amor
E pra falar de amor
Talvez eu tenha que voltar a falar do seu sorriso
Ou me perder pelo caminho, falando do brilho dos seus olhos.
Vejo brilhar o seu olhar
Olhar enigmático
O seu sorriso é lindo
Externa pureza e leveza
Mulher com traços de menina
Que encanta e fascina
Jeito meigo, doce e angelical
A visão mais bela
Luz do sol no horizonte
Espelho refletindo seus traços
Mulher, com jeito de menina.
(...) hoje só quero ver as coisas belas
do simples,a pureza do amor, a alegria
do inesperado, quero sentir o passar
do vento levando embora toda dor.
que haja mais amor nas pequenas coisas
que haja paz no dia a dia, que a esperança
nunca morre, que a felicidade seja alcançada.
Um brinde ao lado emotivo, ao sentimento confuso, a pureza da lágrima e ao ciúme frenético que às vezes se torna incontrolável;
Um brinde ao lar gestante, ao coração palpitante e a alma do sentimento;
Um brinde a fragilidade aparente, às curvas que param obras, dominam o homem e abrilhantam o mundo com sua pureza;
Um brinde ao olhar sincero, a vaidade de horas e ao coração puro
Hoje o meu brinde é para você mulher!
E a pureza do seu olhar me fascinou como a mais doce melodia a embalar meu coração.
Me encantei com o doce da sua voz,com a intensidade de vida e simplicidade de gestos.
Me encontrei no seu abraço que me acalmou e foi como se algo me dissesse que esse seria meu lugar para sempre.
Toca- me a pele que eu respondo com alma,dá me teus beijos e eu lhe entrego o coração.
Pois minha vida ganhou sentido completo, quando me deixastes entrar e morar no teu coração!
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