Poesia de Pureza
Não trago ouro, nem prata,
Nem ofereço o que passa.
Venho com os versos da alma,
Com a arte que acalma.
Não vendo o que brilha em vitrine,
Mas te dou, sem custo algum, a cultura que ensine.
Os olhos ardem
De alguma forma gosto disso
O intenso brilho do sol
É hipnotizante
Quando volto os sentidos
Estou apenas ofuscado pelo seu sorriso.
Minha alma tem sede,
Sede de amplidão.
Na vastidão do infinito,
Brilhar na escuridão.
Nos incontáveis desertos desta vida,
Encontrar a flor sagrada dos nobres peregrinos.
E, como um caminhante em busca do eterno,
Me encontrar com o meu Criador.
"MAIS UMA VEZ"
Parece que ficou, ela, encantada
com a aparência bela do rapaz
que nem lembrou dos erros lá de trás,
no outrora em que já esteve enamorada!
Passou por um romance forte, audaz,
que, a alma, lhe deixou, de dor, marcada
e, agora, está, de novo, apatetada
que nem lembrou-se do sofrer mordaz.
O amor é mesmo assim: nos alucina,
nos entorpece e, enfim, nos arruína
de forma a nos moldar na insensatez…
E, uma vez mais, nos faz agir estranho,
num caos de insanidade, tal, tamanho
que erramos, todos nós, mais uma vez!
"SAI"
Tentou me converter pra sua crença
e me levar cativo pro convento
agindo na surdina, igual ao vento
chegando de surpresa, sem licença!
Mas sou macaco velho nesse intento
e já perdi, faz tempo, a inocência
porém muito aprendi sobre a prudência
de forma a me escusar do chamamento.
A dama que ache um outro pra sua reza
que um homem, sábio, santo, que se preza
não muda, a sua crença, assim, por nada…
Cruz credo! Saravá! Sai, tentação…
Sou homem, pois, de determinação
que só coloca os pés em santa estrada!
"QUERO PAZ"
Não vem com lero-lero, patacoada,
com fita, nhe-nhe-nhem, com choradeira
que eu, hoje, não estou pra brincadeira
e sem paciência pra prosa fiada!
A calma já se foi pela ladeira
e não vou atender a tua chamada
se vais continuar co'a palhaçada
e despejar-me a trama costumeira.
Acorda! Vire o disco! Mude a faixa
que essa canção ruim já não se encaixa
com todo o resto desta ladainha…
Esqueça a patacoada, o lero-lero,
a reza, o terço, a missa junto ao clero
que eu hoje quero paz nessa alma minha!
" OLHAR DE "
O que ela está pensando? Não sei, não…
Parece que já tem bem definida
(por conta, em tudo, do que deu-lhe a vida)
a sua mais secreta opinião!...
Mas, esse olhar a parecer perdida
não deixa de expressar-me que ela, então,
compôs, pra si, sua própria conclusão
da qual não me dará qualquer medida.
Como a poesia estende liberdade,
me sinto livre e estou bem à vontade
pra dar aqui, pra tal, minha impressão…
É, todo, o olhar de quem bem gostaria
de que o rapaz se declarasse, um dia,
e lhe cobrisse, inteira, de paixão!
" DESSA MANEIRA "
Quando ela lança o olhar desta maneira
me sinto a própria presa na emboscada
sentido o abate ali, sem escapada,
chegando de surpresa, na cegueira…
É fera, nesse lance, acostumada
a preparar a carne pra fogueira
e se eu vacilo, caio, dou bobeira,
me janta até o raiar da madrugada!
Tem ela, nesse olhar, o seu feitiço
que, ao seu querer, me faz ser submisso
e acabo que desperto em sua cama…
Assim, dessa maneira, o olhar me dado
me põe, a tal desejo seu, atado
até que eu me consuma em sua chama!
" TOLO "
Então, me diga aqui sem fingimento,
sem medo, sem censura, sem pudor,
se é fato ou se é mentira que o amor
não passa do mais tolo sentimento!...
Eu sei que ele te queima em seu calor
e que não te dá chance a livramento,
mas já te acostumaste a tal tormento
de forma a dar-se, assim, a seu favor.
Como é que podes, tú, amar enfim
se o sofrimento imposto não tem fim
e te acorrenta até a eternidade?...
Sem fingimentos, pois, peço: me diga…
É sábio o sentimento que ele abriga
ou tolo, mera cruz e insanidade?!…
Olho pela janela
Comtemplo o céu
O tempo fechado
Prometendo chuva
Hoje você me acordou
Prometendo amor eterno
Eu aceito cada detalhe
Entre sorrisos e beijos
O abraço nos conecta,
O dia parece mais lindo
Com você aqui.
Quando a constelação
Cruzeiro do Sul
encontra a posição
no nosso Hemisfério,
Coloco a confiança
sob a Chakana
pelos teus olhos
que tanto enalteço,
e venero acordada
porque não te esqueço.
" ÀS ESCONDIDAS "
Persegues teu amor, às escondidas,
premeditando que, encontrá-lo, é um caos
e eleva, os medos, até últimos graus
pra que jamais se dê nas duas vidas!
Tu foges para o alto dos degraus,
pro pico da ilusão, sem ter medidas,
nas tentativas tuas, suicidas,
de aniquilar amores! Bons e maus!
Por fim: queres amar ou te é bobagem?
Esqueces de esconder em tua bagagem
o sonho que te move a tal loucura…
Às escondidas, sem cautela pôr,
persegues, sorrateira, o teu amor,
mas temes o envolver-se na aventura!
" AVULTA "
Eu fico aqui sentado, sem maldade
observando, apenas, a intenção
daqueles que só vivem da ilusão
de que, pra amar, também se tem idade!
O amor olha, de cara, a pretensão
de quem se veste só da mocidade
achando que ela dura a eternidade
e, então, isso lhes basta ao coração.
Há três amores que nos vem (ou mais):
aquele que é da infância, os joviais
e o que chega depois, na vida adulta…
Pra amar não tem idade, tempo certo…
O amor se nos expõe, de peito aberto,
à força da paixão que, em nós, se avulta!
O Médio Vale do Itajaí iluminado
pela Lua Crescente traz solene
a inspiração e o encanto necessário
na nossa Cidade de Rodeio silente.
Trago diante das vistas a rota
para que não entremos nesta onda que mais parece um filme de volta
a passados sem nos dar conta.
Tudo está em alta rotação,
para saber lidar com tudo isso
é preciso serenidade e atenção.
O quê realmente importa é aquilo
que te traz paz e libertação,
aprenda a cultivar a concentração.
No silêncio noturno
ilhéu da Ilha do Quiriri
Um olhar profundo
como um banho de estelar
Dos pés a cabeça
a amorosa emergência
A fortuna poética
que não dá para disfarçar
Navegando neste estuário
tenho consagrado
a rota do atemporal rimário
Daquilo que ninguém conta
sobre a Baía do Babitonga
reafirmo o pacto com o tempo.
" O TENS "
Estás nos braços de outro, novo amor,
por certo enamorada, enternecida,
qual fosse-te a maior paixão da vida
a te abraçar envolta em seu calor!
Mas inda pensas no outro, o da partida,
aquele que se foi em pranto e dor
levando n'alma a mágoa, o dissabor
do teu desprezo dado, ressentida.
Se o vês, já não ocultas teu pensar
e é fácil perceber que, a lamentar,
tua alma chora o fim de linda história…
Nos braços de outro estás, se pode ver,
fingindo o tempo todo não saber
que ainda o tens, no peito e na memória!
" MANSAS ÁGUAS "
Navego as águas mansas desta vida
levado pela barca da emoção
e encanta-me, bem junto ao coração,
o sol se pondo à luz de sua partida!
Chegando ao fim vou eu, na embarcação,
sabendo logo ser-me a despedida
como este sol que parte em luz remida
dizendo adeus ao céu de sua paixão.
São poucos os que estão comigo ao barco…
No paz que trago, a todos, eu abarco
com gratidão por tudo me ofertado…
Nas mansas águas desta vida minha
lembrança tua, junto a mim, se aninha
nesse infinito amor já consumado!
" DESCONFIANÇA "
Se desconfias, vai-se a confiança
no elo que se efetivou no amor
e, o sonho tido, passa a ser terror
de que se deteriore essa aliança!
O que era garantia, era penhor,
se torna apenas dúvida, cobrança,
e o sentimento esfria co'a mudança
de tudo posto, agora, em desfavor.
Difícil retornar ao de consenso
pois que, o caminho a tal, se faz extenso,
bem árduo, tenso, frágil, arenoso…
Se te há desconfiança, abre o jogo…
Escutes, da razão, a voz, o rogo,
pois, sem amor, perdoar é mais custoso!
" ME LIGA "
Me liga, às vezes, longe, do passado,
em meio à madrugada, uma saudade,
distante, vinda lá de outra cidade,
de algum lugar, de um lance recordado!
Me fala com ternura e com bondade
num papo extenso, longo, demorado
qual se estivesse, mesmo, do meu lado
sentindo-se, feliz, bem à vontade.
E como fala… Horas! Sem ter pressa…
Não vejo como e nada que lhe impeça
de me ligar em meio à qualquer hora…
Então, desta conversa, amiga, boa,
um sentimento agudo me ressoa
que, o tempo, em nada ajuda nem melhora!
Havia somente nós naquele canto da praia.
Enquanto sua língua percorria o meu corpo,
O mesmo ardia, queimava...
Eu te acariciava, sua pele arrepiava.
Sedento de desejo a sua boca salivava.
Parecia querer me devorar.
E eu ali pronta pra ser o jantar.
Totalmente entregue aquele momento.
Que eu desejava eternizar.
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