Poesia de Pais de Pedro Bandeira
Entre o que você é e o que você gostaria de ser. Entre o que você é e gostaria de parecer. Entre o que você quer e o que diz querer. Entre o que você quer ser quando crescer e o que deixou se perder. Entre o que você vê e o que não vê. Entre o seu olhar e o que suas mãos podem tocar. Entre tudo o que você vai esquecer das lembranças que nunca irão se apagar. Entre o muito rápido e o quase devagar. Entre o desistir e o perseverar. Entre o querer e o desejar. Entre a repulsa e a bondade. Entre o tempo e a idade. Entre o futuro e a saudade. Entre o esquecido e o perdido. Entre este momento e o seguinte.
Em algum lugar existe um meio termo. Entre o meio e o termo. Meio é entre princípio e fim. Termo quer dizer prazo. Entre a sua ousadia e a paciência nossa. Entre o que você gostaria e o que você gosta. Entre o autor e a obra. Entre o desperdício e a sobra. Entre construir - difícil. E destruir - fácil. Entre a triste verdade e a alegre mentira. Entre a mulher e a menina. Entre o que cega e o que fascina. Nas entrelinhas. Entre a aparência e o engano. Entre o sonho e a ilusão. Entre o sim e o não. Talvez. Entre a minha e a tua vez. Entre o que você fez. Entre o que você deixou de fazer. E o que eu nem posso dizer. Aqui entre nós. Entre mentes, entretanto, entretendo, entendendo que entre eu e mim, entre nós dois e vocês. Entre! Ainda que seja a porta de saída, entre sem bater.
Quem nos dá as maiores alegrias?
Quem nos faz amargar dores sem remédio?
Quem dá um espirro e nós que ficamos gripados?
Quem, com um soluço, nos faz desmontar em lágrimas?
Com um sorriso, faz o dia mais cinzento brilhar como só num impossível caribe?
Quem mora na nossa cabeça, como um ocupante bem-vindo e eterno?
Quem nos mostra, com todas as letras, que não somos nada, não servimos para nada, além de servir?
Quem, com uma nota baixa, consegue despertar nossa fúria?
Com um biquinho, acaba com nossa marra?
Quem nos criva de preocupações?
Nos rouba noites de sono, por uma palavra não dita, pelo telefone que não toca?
Quem nos faz acordar antes do sol, para que não se perca a hora de dizer, sem falta: presente!?
Quem nos reapresenta à vida e nos faz ver o mundo como se fosse pela primeira vez, de novo?
Quem nos revela nossa velhice e decadência?
Por quem seríamos capazes de morrer?
E ainda assim, quem nos faz imortais?
Não esqueça os elogios que receber.
Esqueça as ofensas.
Se conseguir isso, me ensine.
Guarde as antigas cartas de amor.
Jogue fora os extratos bancários velhos.
As pessoas engolem Deus sem pensar, engolem o país sem pensar. Esquecem logo como pensar, deixam que os outros pensem por elas.
Tem muita gente honesta neste país. Só não se identificam para não ficar de fora se aparecer um bom negócio.
Resisti a meus pais, resisti à escola e depois resisti a tornar-me um cidadão decente. O que quer que eu fosse, fui desde o começo. Não queria que ninguém mexesse com isso. E ainda não quero.
Em nosso país, temos essas três indescritíveis coisas preciosas: a liberdade de expressão, a liberdade de consciência e prudência de nunca praticar nenhuma delas.
Se você acabar com uma vida tediosa e miserável porque você ouviu seus pais, seus professores, seu padre ou alguma pessoa na televisão, dizendo para você como conduzir a sua vida, então a culpa é só sua e você merece.
Pais e filhos vivem ilhados, raramente choram juntos e comentam sobre seus sonhos, mágoas, alegrias, frustrações.
Os pais têm de deixar claro quais são os pontos a serem negociados e quais são os limites inegociáveis. Por exemplo, ir para cama de madrugada durante a semana e ter de acordar cedo para estudar é inaceitável e, portanto inegociável.
Ela é pura Alice no País das Maravilhas, e no porte tem uma mistura bem dosada de Rainha de Copas com um flamingo.
A revolução vitoriosa num país tem por tarefa desenvolver e sustentar a revolução nos outros países.
Muitos pais trabalham para dar o mundo aos seus filhos, mas esquecem de abrir o livro da sua vida para eles.
Sabe, minha classe de lealdade era uma lealdade a meu país, não a suas instituições ou seus governantes oficiais. O país é algo real, é o substancial, o eterno; é algo pelo que vigiar e preocupar-se e ao que ser leal. As instituições são estranhas, são meras roupas e as roupas podem ser mudadas, se tornar ásperas, deixar de ser confortáveis, deixar de proteger aos corpos do inverno, a enfermidade ou a morte. Ser leal aos trapos, disparar pelos trapos, venerar aos trapos, morrer pelos trapos, isso é lealdade ao irracional, é puramente animal. Isto pertence à monarquia, foi inventado pela monarquia. Deixa que a monarquia os conserve.
Assim, meus caros Americanos: Não exijam o que o vosso país pode fazer por vós - exijam o que vocês podem fazer pelo vosso país.
Meus caros cidadãos do mundo: não exijam o que a América irá fazer por vós, mas sim o que, juntos, poderemos fazer pela liberdade do homem.
Nota: Versão de trecho do Discurso de posse
Lise Bourbeau disse “O que Pedro pensa de Paulo diz mais sobre Pedro do que Paulo", essa frase diz não somente o sentido próprio dela. Diz também que quando falamos do outro, existe algo de muito nosso naquilo. Em partes isto é óbvio, mas nem sempre nos damos conta.
Nem sempre a compreensão nos alivia de nossos medos, talvez só os intensifique. A verdade é que somos um saco sem fundo, sempre querendo mais. Quando nos sentimos assim, há uma tendência gritante de se importar com a opinião alheia, nos deixando inseguros quanto ao próprio direcionamento.
Talvez um olhar de ternura e bondade ou como digo sempre "bons olhos" e amor ao outro resolva o olhar que precisamos ter de nós mesmo. Indira Gandhi escreveu "O amor nunca faz reclamações; dá sempre. O amor tolera; jamais se irrita e nunca exerce a vingança."
O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento. . . de desencanto. . .
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
– Eu faço versos como quem morre.
Pessoas educadas me arrancam respeito .
Pessoas românticas me arrancam suspiros .
Pessoas misteriosas me arrancam desejo .
Pessoas inteligentes me arrancam admiração .
E pessoas engraçadas me arrancam , sorrisos , gargalhadas , lágrimas , fôlego. E claro , essas sim me conquistam de verdade .
Tempo Será
A Eternidade está longe
(Menos longe que o estirão
Que existe entre o meu desejo
E a palma da minha mão).
Um dia serei feliz?
Sim, mas não há de ser já:
A Eternidade está longe,
Brinca de tempo-será.
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