Poesia de Pais de Pedro Bandeira

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Honrar o pai e a mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionar-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós na infância.

As pessoas engolem Deus sem pensar, engolem o país sem pensar. Esquecem logo como pensar, deixam que os outros pensem por elas.

Tem muita gente honesta neste país. Só não se identificam para não ficar de fora se aparecer um bom negócio.

Resisti a meus pais, resisti à escola e depois resisti a tornar-me um cidadão decente. O que quer que eu fosse, fui desde o começo. Não queria que ninguém mexesse com isso. E ainda não quero.

Charles Bukowski
BUKOWSKI, C. O Capitão Saiu Para o Almoço e os Marinheiros Tomaram Conta do Navio. Porto Alegre: L&PM, 1999.
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Se você acabar com uma vida tediosa e miserável porque você ouviu seus pais, seus professores, seu padre ou alguma pessoa na televisão, dizendo para você como conduzir a sua vida, então a culpa é só sua e você merece.

Em nosso país, temos essas três indescritíveis coisas preciosas: a liberdade de expressão, a liberdade de consciência e prudência de nunca praticar nenhuma delas.

Pais e filhos vivem ilhados, raramente choram juntos e comentam sobre seus sonhos, mágoas, alegrias, frustrações.

Os pais têm de deixar claro quais são os pontos a serem negociados e quais são os limites inegociáveis. Por exemplo, ir para cama de madrugada durante a semana e ter de acordar cedo para estudar é inaceitável e, portanto inegociável.

Ela é pura Alice no País das Maravilhas, e no porte tem uma mistura bem dosada de Rainha de Copas com um flamingo.

A revolução vitoriosa num país tem por tarefa desenvolver e sustentar a revolução nos outros países.

Muitos pais trabalham para dar o mundo aos seus filhos, mas esquecem de abrir o livro da sua vida para eles.

Sabe, minha classe de lealdade era uma lealdade a meu país, não a suas instituições ou seus governantes oficiais. O país é algo real, é o substancial, o eterno; é algo pelo que vigiar e preocupar-se e ao que ser leal. As instituições são estranhas, são meras roupas e as roupas podem ser mudadas, se tornar ásperas, deixar de ser confortáveis, deixar de proteger aos corpos do inverno, a enfermidade ou a morte. Ser leal aos trapos, disparar pelos trapos, venerar aos trapos, morrer pelos trapos, isso é lealdade ao irracional, é puramente animal. Isto pertence à monarquia, foi inventado pela monarquia. Deixa que a monarquia os conserve.

Assim, meus caros Americanos: Não exijam o que o vosso país pode fazer por vós - exijam o que vocês podem fazer pelo vosso país.

Meus caros cidadãos do mundo: não exijam o que a América irá fazer por vós, mas sim o que, juntos, poderemos fazer pela liberdade do homem.

John F. Kennedy

Nota: Versão de trecho do Discurso de posse

Lise Bourbeau disse “O que Pedro pensa de Paulo diz mais sobre Pedro do que Paulo", essa frase diz não somente o sentido próprio dela. Diz também que quando falamos do outro, existe algo de muito nosso naquilo. Em partes isto é óbvio, mas nem sempre nos damos conta.
Nem sempre a compreensão nos alivia de nossos medos, talvez só os intensifique. A verdade é que somos um saco sem fundo, sempre querendo mais. Quando nos sentimos assim, há uma tendência gritante de se importar com a opinião alheia, nos deixando inseguros quanto ao próprio direcionamento.
Talvez um olhar de ternura e bondade ou como digo sempre "bons olhos" e amor ao outro resolva o olhar que precisamos ter de nós mesmo. Indira Gandhi escreveu "O amor nunca faz reclamações; dá sempre. O amor tolera; jamais se irrita e nunca exerce a vingança."

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento. . . de desencanto. . .
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

– Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., A Cinza das Horas, Teresópolis, 1917

Pessoas educadas me arrancam respeito .
Pessoas românticas me arrancam suspiros .
Pessoas misteriosas me arrancam desejo .
Pessoas inteligentes me arrancam admiração .
E pessoas engraçadas me arrancam , sorrisos , gargalhadas , lágrimas , fôlego. E claro , essas sim me conquistam de verdade .

Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força

Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!

Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá

Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no Sertão
Sou de Ouricuri
Oô...

Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

Manuel Bandeira
Estrela da Manhã, 1936

Tempo Será

A Eternidade está longe
(Menos longe que o estirão
Que existe entre o meu desejo
E a palma da minha mão).

Um dia serei feliz?
Sim, mas não há de ser já:
A Eternidade está longe,
Brinca de tempo-será.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Uma Poesia da Ausência. De Yudith Rosebaum. São Paulo: Edusp/Imago, 1993

E a vida vai tecendo laços
Quase impossíveis de romper:
Tudo que amamos são pedaços
Vivos do nosso próprio ser.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., A Cinza das Horas, Teresópolis, 1917

Nota: Trecho do poema "A Vida Assim nos Afeiçoa"

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Belo Belo

Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.

Tenho o fogo de constelações extintas há milênios.
E o risco brevíssimo — que foi? passou — de tantas estrelas cadentes.

A aurora apaga-se,
E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora.

O dia vem, e dia adentro
Continuo a possuir o segredo grande da noite.

Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.

Não quero o êxtase nem os tormentos.
Não quero o que a terra só dá com trabalho.

As dádivas dos anjos são inaproveitáveis:
Os anjos não compreendem os homens.

Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.

— Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Belo, Belo, 1948

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