Poesia de Filha Querida

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Cena de cinema

O barquinho viajou,
foi embora.
Mar adentro...
Mar afora...

Se apaixonou por uma caravela
e viveu um amor de novela.

Bem dentro da escuridão,
uma luz, um livro ardia.

Nas lonjuras do Sertão,
um jovem poeta lia.

(Estrelas, constelações,
relinchando fantasias.)

"MILAGRE
Segunda-feira...
Na cara amassada deste dia,
de repente,
a ponta da asa
de um anjo:
Um milagre, quem diria!"

Não suporto, não aguento mais...
Visíveis monstros traiçoeiros,
Lobos em pele de cordeiros.
Astros da mediocridade ligeira, vorazes.
Olhos famintos, mãos geladas, mortas, desfalecidas,
Vidas envolvidas na glória do medo, do “eu” poder fantasioso.
Queixas sem doenças, malefícios encarnados na alma, no coração, nas feridas,
Não aguento mais... Apenas ver, se como tal mortal não posso ser,
Pai, quem sou? Por que sou?! Pois nada quis viver!
Um bicho do mato, perdido na trilha, secando feito folhas no cerrado
Cigarra velha num último cantar, medos insanos!
Rostos mascarados, peles cheirosas, roupas limpas, o mundo não para.
De dentro das veias escorrem cera, a cola da maldade, a febre do ódio, o encalço do mal.
Deveras a vida foste dada para ser vivida?! Tal qual uma criança que não sabe ler!
Meus braços já não podem levantar, não quero mais chorar, não aguento mais o ver!
Os olhares estão por toda a parte, as vozes soam feito gralhas no alto da montanha,
A surdez não me é suficiente, preciso também fechar os olhos, pois, não aguento mais...
Mais uma vida saturada pela fadiga da desigualdade psicológica, a moral é imoral,
A faca está cega, Pai! Quem há de ouvir os gritos do norte?!
Ouça! São os gritos da morte! Desta vez, ninguém teve sorte!
De sorte que não existe jogo da vida, ou se tem ou não se pode comer!
A vida é incapaz de viver?! Não! Já não aguento mais...
Até onde seguirei com meus farrapos sendo arrastados pelo altruísmo dedicado à miséria geral?
Pensamentos nefastos enraízam-se dentro do meu ser, o sono vem, cerram-se os olhos,
O dia chegou!
Todos estão deslumbrantemente impecáveis!

⁠Soneto à maneira de Camões

Esperança e desespero de alimento
Me servem neste dia em que te espero
E já não sei se quero ou se não quero
Tão longe de razões é meu tormento.

Mas como usar amor de entendimento?
Daquilo que te peço desespero
Ainda que mo dês - pois o que eu quero
Ninguém o dá senão por um momento.

Mas como és belo, amor, de não durares,
De ser tão breve e fundo o teu engano,
E de eu te possuir sem tu te dares.

Amor perfeito dado a um ser humano:
Também morre o florir de mil pomares
E se quebram as ondas no oceano.

⁠Na primeira oportunidade,
voe alto,
pra bem longe,
sem demora.
Se a alma é pássaro
a mente é gaiola.

Ramé

"Levo de você
O jeito calmo,
O olhar sereno,
A atenção.
As vezes que
Me deu colo,
Que me abraçou,
Que me deu carinho
E estendeu as mãos.
Eu tinha que aprender,
Algo em mim
Precisava se equilibrar,
Me mostrar que
As vezes é bom
Frear o desespero
E viver mais calmo.
Mas eu falhei,
Falhei por orgulho,
Falhei por não compreender,
Por não ter feito
Aquela canção,
Por não escrever-te
Cartas e poemas,
Falhei por falar demais,
Por deixar pra trás,
Por ter saído
Por aquela porta,
Por não saber
Te amar...
Mas no fundo
Eu sempre me cobrei,
Achei que o tempo
Me me moldaria
E que eu seguiria
Cada vez mais firme,
Ao teu lado.
Enfim, eu te amei.
Do meu jeito estranho,
Chatão, insuportável,
As vezes brincalhão,
Mas eu te quis
A cada Beijo,
A cada Abraço,
A cada instante,
A cada suspiro teu,
Como nunca quis
De outro alguém.
Eu não sei
Os segredos da vida,
As artimanhas
Dos sentimentos,
Os ofícios do amar.
Mas eu sei,
Que de você
Levo um sorriso,
Um abraço apertado
E um olhar.
Saibas que você
Foi importante para mim
E que sempre será.
E com certeza,
Os dias sem você
Vão custar a passar..."

O voo desconcertado de uma borboleta entre flores amarelas enobrecidas por raios de sol desvela a beleza harmoniosa na existência dos seres e das coisas.
É assim, nas voluntariedades do mundo que a natureza desfila como desfilam as palavras em festival de poesia

⁠"A Restituição"

Quer que a vida nos restitua
Tudo que suas mãos roubaram:
Os amores que a morte apagou,
Os instantes que o vento levou,
Os sonhos que o tempo trincou
Como vidro sob o sol da rua...

Ah, delírio! Querer colher
As flores já dissolvidas no chão,
Reconstruir com as mesmas pedras
A casa que ruiu na encruzilhada,
Beber outra vez da mesma água
No rio que seguiu outra direção.

A vida não faz contabilidade.
Não guarda recibos nos bolsos do tempo.
O que ela toma, transforma em raízes
Ou em pó de estrelas desfeito no asfalto.
Nenhum tribunal de sombras ou lumes
Decreta indenização por nosso pranto.

Mas há um segredo nas entranhas da perda:
O que nos foi arrancado à força,
Roubado em plena luz ou na neblina,
Não segue intocado para algum cofre celeste —
Ele fermenta nas adegas da alma,
Torna-se outra moeda, outra semente.

Não nos devolve a vida o que tirou,
Mas nos entrega o ouro da transformação:
A cicatriz que sabe de dores alheias,
A paciência que tece redes no vazio,
A coragem de amar sabendo da morte,
E a estranha liberdade de quem nada espera
Do balcão vazio da mercearia do destino.

Não cobramos. Aceitamos o câmbio rude:
Perdemos rosas, ganhamos raízes.
Perdemos dias, ganhamos esta presença
Que habita o agora sem ânsia ou dívida.
A vida paga na única moeda que tem:
A de nos fazer mais vastos que a própria vida....

O VALOR das PALAVRAS, simplifica minha rara ALEGRIA ,que as vezes transborda em AGONIA num SIMPLES fato de aprender a lidar ....
Quero SEMPRE o entusiasmo, E POR querer coisas boas COMIGO sempre vão embora MEUS PENSAMENTOS POSITIVOS e EU DESABO .
Quando CONSIGO chora, corro pro ESPELHO PRe da minha rica ALMA veio se alimentar.
O que me causa TAL SENTIMENTO? de quem É a CULPA? se me alma ESTÁ SEMPRE guardada dentro de uma CÚPULA e AINDA me OLHAR, consigo VER meus olhos TRANSBORDANDO a infelicidade quA ASSIM me CULPA.

EU TO ME MATANDO querendo viver, grito em silencio e o barulho que me ASSUSTA, talvez exista DENTRO DE VOCÊ ...
Não e questão de surgir ALGUÉM PRA me entender APENAS
parar PRA me ouvir já me ajuda a DISSOLVER.

HOJE:

EU ME DESMANCHO EM DOR, por ser tão sensível, por fim QUERER ENTENDER que enfim encontrei dentro de mim ALGUÉM de quem tanto preciso,
GRITANDO... QUERO VIVER !!!!!
RESPIRA minha alma e VIVA. Apenas IMPEDIR que ela é quem decide quem hoje devo ser e SENTIR. ENTENDI
é isso SIM é UM AMOR recíproco. SE '' ACEITAR''
POIS SEI QUE...
SOU paz em tempos de Guerra e aquarelas em dias de lutos.
SOU sol em dias nublados e um nada em dias de tudo.
SOU alguém que todo dia MUDA, não importa quem serei amanha, DESDE JÁ que de agora em diante da minha SOBREVIVENTE alma hoje EU mesmo CUIDO , e CURO

NÃO SOU A DEPRESSÃO APENAS A PRESSÃO DE UM SENTIMENTO MÚTUO O QUE NÃO CABE EM MIM É ESSE SENTIMENTO QUE SOU INÚTIL.
" EU SOU UMA POETA QUE PRECISA DA TRISTEZA PRA SE EXPRESSAR PRO MUNDO ''

Inserida por francis_alves_alves

eu amo uma mulher
tão linda ela é
sempre digo
antes de te ter como abrigo meu amor por ti já era assumido
amei primeiramente tua alma
depois percebi que dois corpos iguais também se encaixa
e como encaixa
TE AMO ... MILHÕES DE INFINITO nós sempre fala
DE sempre até o pra sempre, dona da minha calma.

Meu Eterno Amor
Minha Mulher Minha 2 Alma
R.S minha dear tielly

Inserida por francis_alves_alves

Traquinas

O mar leva a areia sob os pés da gente
porque nos quer plantados na sua frente.
No fundo, um brincalhão.
Ou será medo da solidão?

Inserida por pedroantoniooliveira

Trilhas

Ele pisou num chiclete
e foi marcando o caminho.
Com as mãos transformou o tempo
numa espécie de ninho.

Inserida por pedroantoniooliveira

Hoje me tranco aqui sentado, sozinho, pensando...

Hoje estão por aí fazendo, cometendo, ouvindo, sorrindo...

Estão por aí correndo, mordendo, mentindo, sofrendo...

Hoje está aí dirigindo, sentindo...



Quero sair pois aqui não me sinto bem

Vendo aí na rua gente feliz, amém

Mas vejo muita gente morrendo também



Vivo cercado do pavor e desespero total

O cara matou mais de 10 dizia o jornal

O dono do bar jogou água no bêbado, vi no local

Esse hoje dorme amargurado, triste, molhado



Ele acordou na madrugada, numa parada

Homens com facas, sorrindo e gritando faziam o mal

Olhou para cima e em um segundo tinha apagado

Onde está o sentido me diz afinal

Vivo cercado

Inserida por peveoliveira

Eu só quero ouvir sua voz
Pra que meu dia comece bem

Eu só quero sentir seu beijo
Pra matar um desejo
Que sentindo seu beijo
Eu me enlouqueço
De mais eu quero esse seu beijo

Do sorriso eu te quero
E mais perto eu espero

Mesmo que a distancia é grande
Não mata as nossas lembranças
O amor é grande
e o coração pequeno
mais eu e você mais forte que um vento

e de mil palavras tão escritas
num papel com uma poesia
doce como o céu

e de mais te quero nesse pedacinho de mel ...

Inserida por Mailliwnworb

ESTRADA DE UM PENSAMENTO
Quando eu pensei em voltar
Tudo parecia desabar
Pensei qual estrada parar
Fiquei olhando o tempo passar
Pedi a Deus para me ajudar
Se ele me escutar juro rezar
A Rua que está minha casa não tem onde estacionar..
Tentar marcar hora é se julgar.
Se eu plantar pode não vingar...
Pensar em voltar é apostar em chegar...
Chego comigo.... chego sozinho ....
Vejo o vizinho seguindo seu caminho....
Paro para olhar e vejo um lugar.....
Quando eu pensei em voltar, tudo parecia mudar....
Gira mundo gira estrada, girassol na parada, não deixando sair as palavras, de lá, giro a vagar querendo chegar....
AUTORA: ANA TEREZA DE ARAÚJO BULCÃO

Inserida por AnaTerezaATAB

QUASE O EU DE MIM
Olhando para o tempo; soprei para dentro de mim a terra e comecei cultivar-me...
Sequei uma folha com o vento e copiei sem alento um sentimento ...
Pensei em mim e imaginei um conto sem fim...
Rejeitando o ponto final, segui na mesma linha, sem me dar um parágrafo para respirar...
Em versos espalhei meus pensamentos que foram devorados no silencio...
As letras que podiam unir-se para uma declaração, não diziam nada ...
Vislumbrando para a vida de olhos fechados consegui amar..
Esperando o sol raiar em mim, pedia para a lua entrar, mesmo sabendo que juntos não podem estar...
O fugas manuscrito trazido em minha alma, mesmo ilegível; comanda as buscas mais frenéticas, nas encruzilhadas do meu psique, e alimenta outros “ Eus”; que devorando-se entre si; travam batalhas para sobreviverem no meu cárcere privado da indecisão, perpetuando e deixando prevalecer “ Um Quase Eu De Mim”...
Seguia adubando um sonho, de um dia tentar me enxergar e pintar tudo que eu não conseguisse com palavras expressar...
Minha rima fugindo dos meus versos, não consegue achar uma poesia que possa expressar “Um Quase Alguém Para Declarar”, e o jardim que eu queria habitar, não teve tempo de desabrochar e nem em uma folha seca de papel consegui propagar...

Inserida por AnaTerezaATAB

Até o vento mudar

Vibrou em mim a ventania
Gravando seu cheiro por todo lugar
Era doce, mas turbulento
Aquele momento que parecia não acabar.

Então virou só vento
Meio lento que devagar
Levou embora o tormento
E me deixou só a pensar

E ali só, esperei, até sentir uma brisa
Suave, que parecia murmurar
Tudo isso vai passar

Só espero entender
Nunca esquecer
Nem mesmo quando o vento tornar a mudar

Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros - vol 159

Inserida por prilaal

Coisas do Amor

Por amor fazemos loucuras
Abrimos mão de nós mesmos
E fazemos coisas inimagináveis.
Tiramos forças de onde não havia
E nos sujeitamos a situações
Que nunca pensamos um dia aceitar.
Cedemos mesmo quando nos fere
E cansados, permanecemos
Querendo ir, ficamos
Saindo, voltamos
E em silêncio, gritamos.
Mas o amor tem o poder
De nós fazer acreditar
Que nada pode nos derrubar.
E no momento certo
Ele nos faz invencíveis,
Lutando por coisas invisíveis
Que sem as quais
Não dá pra respirar.
Por amor fazemos loucuras
E a maior de todas
Seria não tentar.

Inserida por prilaal

CONFESSO

Não quis sonhar
Por medo de acordar
E descobrir que não era real.
Também não quis imaginar
E correr o risco de me decepcionar
Por não ser igual.
Queria só o que fosse real.
Então, preferi tentar
Sabendo que poderia sofrer,
De coração aberto
Mesmo que pudesse doer.

Preferi viver...
Cansada de esperar
Algo que nunca viria,
Resolvi fazer acontecer.
Preferi chorar e sorrir...
Molhar os pés, sujar as mãos,
Colecionar pedras, trocar de canção,
Sentir o vento, deixar acelerar o coração.
E confesso...
Tentei, cantei, chorei, sorri
Não foi tudo sempre perfeito
Mas enfim, confesso que vivi.

Publicado no 4 Anuário da Poesia Brasileira - Câmara Brasileira de Jovens Escritores

Inserida por prilaal