Poesia de Desabafo de Vinicius de Morais
Largando o processo e abraçando o recesso
Estou deixando o terno,
largando o processo,
e abraçando o recesso…
Recesso que mais parece “alforria”.
Recesso que me retira da correria
entre o réu e o autor.
Recesso para renovar minha energia.
Recesso para recompor a sintonia
do meu interior.
Os prazos já estão suspensos
e a contagem das férias iniciou.
Esse período não é lá tão extenso,
é um tempo que quando viu, passou,
mas já coloquei meus amigos apensos
às minhas férias que, enfim, chegou!
Entrar em recesso
é ter um novo começo
e um final diverso.
Entrar em recesso
é revirar-se do avesso
e reinventar meu universo.
Entrar em recesso
é quebrar aquele gesso
e na vida criar um verso.
Recesso é moradia
dos merecedores da paz.
Recesso é filosofia,
reforma íntima e fugaz.
Recesso é alegria,
aquela espera que satisfaz.
Recesso é até poesia
que o tempo nos traz.
Por isso o recesso
é de extrema importância
para a ordem e o progresso.
Sem recesso,
me excesso.
Sem recesso,
resseco.
O recesso
é pra tranquilizar,
descansar,
relaxar,
embora nem todos
a esse direito
tenha acesso.
Para alguns
recesso
é regresso,
para outros
retrocesso,
e para uns
sucesso!
Recesso é o ingresso
numa caixinha de surpresa.
Recesso é o réu confesso
entre a acusação e a defesa.
Recesso
é aquilo que me faz egresso
como se tivesse cumprido punição.
Recesso
é aquilo que mais peço
quando não aguento mais a jurisdição.
E eu estou
deixando o terno,
largando o processo
e documentos impressos…
Assim me despeço:
seja bem vindo
querido
recesso!
Não quero saber do direito
que desrespeita a Constituição.
Não quero saber do amor
que não é libertação!
Serumaninho do Direito
Seu pensamento,
muitas vezes revolucionário,
traz um argumento
muitas vezes minoritário.
Mas isso não evita
seu questionamento,
muito pelo contrário,
esse serumaninho nasceu
para provocar o Judiciário.
FELIZ DIA DOS PAIS
LEMBRANÇAS DE MEU PAI
Pai, o herói de nossa infância
Conflito na rebelde juventude
Amigo em nossa inconstância
Na ausência, saudade amiúde
Você foi mais que tolerância
No sim e no não, foi atitude
Ao seu lado conheci virtude
Hoje na lembrança, radiância
Estava lá na minha vicissitude
Foi presença na minha distância
Nobre paladino na uma solicitude
Exalto o sentido da exuberância
Dum amor acanhado, diria rude
Que define: PAI, vital importância...
(Minha gratidão, nesta lassitude.)
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Cotidiano
Minha luta é todo dia
Luto pelos meus sonhos
E por minha família
Meu sonho é conhecer o mundo
E fugir desse mundo imundo,
Mais sei que minha família
É meu porto seguro.
A vida é tão incerta
Quanto a meteorologia
Tudo que faço não me arrependo
transformo em poesia
Posso errar
Posso cair
posso até errar novamente
Mais vou me levantar,
Vivendo e aprendendo
E seguindo em frente.
Sem teto sem chão
Apenas um contrato
Amassado e rasurado
Sem autenticação.
01-09-2015
Tirei minhas conclusões
Sem saber das razões
Novos mares,novos ares
Destino incerto
Estudando,trabalhando
Me mantendo mais esperto.
Não sou santo,
Sou apenas um poeta
Não sou desconhecido
Sou apenas um velho amigo
Pode contar comigo
Estarei sempre contigo.
As vezes fico pensando
Só pensando na vida
E viajando na alegria.
Cada dia realizando meu sonho
Cada sonho vivendo intensamente
Agradeço a Deus por aprender com meus erros
e cada dia fazer diferente.
Então vá!
Vá cumprir teu destino, enquanto eu de longe fico aqui te assistindo, vivendo e fazendo juízo ao sabor desse teu lindo riso que escancara minha alma sendo tua palhaça sentada nessa sala.
Vá cumprir teu destino nessa terra amarga vestida de saia bordada, cercada de armas e juras meu amor, juras para mim que a felicidade será teu pão em noites ruins e não serás em vão todo o amor que sentes por esse mundo que julgo não merecer um minuto de tua atenção.
Faça essa tua vida ser doce, como eram nossas humildes tardes de verão que acalmavam a estação sendo por pouco tempo nossa única eternidade nessa imensa multidão.
E meu amor, ah meu amor!
Perdoe o meu choro, que disritmou nosso coro, soando insulto em meio ao barulho desse nosso tumulto.
Vá cumprir teu destino, mas volta e mentes que não demora, que nos encontraremos e assim faremos da nossa casa tua próxima rota.
O QUE É ISSO AI
Quando agente estar namorando
Pensa muito em se casar
Só que uma traição
Faz tudo se acabar
O que é isso ai
Será se estou vendo direito
Você beija ele com jeito
Desse jeito nunca me beijou
O que é isso ai
Pode ficar tranquila
Da maneira que você vacila
Nosso namoro foi só fachada
Acabou a minha graça
Agora aqui na Praça.
O que isso ai
Você vai ficar me devendo
Sei que outro vai pagar
Tudo que me fez passar .
Quem ama não traí
Porque estar me traindo
Um ano inteiro mentindo
Pode ficar ai
Que eu vou ali
Beber na mesa de um bar
E procurar Alguém pra me amar.
Poeta Antonio Luís
6:32 AM 19 de julho de 2016
Todo ser humano tem um gênio dentro de si, lutando para sair da escuridão.
Para libertá-lo, basta um pouco de luz para indicar o caminho da saída.
SONETO VAZIO
Meu cerrado, distante dos amores
Que me vê chorar no teu chão árido
Singrando entre cascalhos, e flores
Em uivos de dor no peito afluído
Em tal saudade, que tira os vigores
Da alma solitária e coração ferido
Imersos na tristura e pesares tutores
Da falta do afeto no passado perdido
Aqui na soleira do cerrado, temores
Com um assustado olhar esvaído
Olhando o horizonte que exala odores
De um velho sonhador de sonho diluído
Na solidão de secos sabores, incolores
Duma nostalgia, aqui pelo vazio fruído
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
Beijo roubado
Levou junto
o olhar
o desejo
os pensamentos
o sorriso
o sossego…
nunca mais
ela quis beijar
apenas
que roubasse
seus beijos.
Coragem!
Junte nas tuas mãos
os teus medos secretos
arremesse-os
com muita força
com toda a força
de dentro de ti
para o universo
dissipar
e transformar
em coragem
em afronta
em capacidade
faça com fé
e os medos
terão receio
em te habitar.
Com templo
Contemples enquanto há tempo
a flor
o pistilo
a cor...
o cheiro
inale devagar
é apressada a vida
há beleza no contemplar
contemple
enquanto ha tempo.
FELIZ DIA DO AMIGO!
Ao amigo(a)
Distante ou ao lado
De presença diária
Falante ou calado
De convivência precária
Enamorado
Os já visto pessoalmente
Os de influência necessária
E os que são virtualmente
Tem também,
Os que nos deixaram
Partiram para não mais voltar
Já outros, apenas ausentaram
Todos! Marcaram lugar
Não importando a distância
Nem o tempo, e sim estar...
Amigo é amigo de vital importância
Nos ensina como bom é amar!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO MAL TRAÇADO
Nestas linhas mal traçadas
Um soneto quer ser parido
De longe ouço seu gemido
Parece mágoas anunciadas
Ainda nestas linhas, alarido
Das angústias acumuladas
Das ilusões das dores criadas
E neste soneto assim diluído
São de partidas ou chegadas
Cheios de um poetar sofrido
E todas da saudade derivadas
Perdido ainda na rima, crido
Em doçuras a serem citadas
Pois, o amor ao bem é unido
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
IMPROVÁVEL
E dei ao impossível o ar improvável do amor.
Ainda assim, assistiu, sorriu... Mas se calou.
PREDESTINADO
Fechei os olhos na saudade
Vi sussurros na minha boca
Eram lágrimas de tal vontade
E palavras de sonoridade oca
Fiquei em silêncio e confuso:
era o amor que sussurrava,
a saudade no afeto ocluso,
ou minha alma que sonhava?
Enxuguei então está carência
De ti querer em tudo adivinhar
Dediquei versos em reverência
E desta saudade pude poetar
Pois o amor vive um no outro
E não em algum diverso lugar
Pode-se querer ter naqueloutro
Predestinado está a quem amar
Luciano Spagnol
27/05/2016, 05'05"
Cerrado goiano
... o amor vive um no outro
E não em algum diverso lugar
Pode-se querer ter naqueloutro
Predestinado está a quem amar
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
EU SEM MIM
Outro dia, logo cedo, ao me despertar,
me peguei mirando a aurora da vida...
Acordei, falei qualquer coisa fãnha,
não reconhecendo a minha voz, corri ao
espelho, e me vi... Vi meu olhos vermelhos,
em lagrimas ali. Ali... Não me reconheci!
Assustei-me comigo mesmo...
Assustei-me com, o eu do outro lado.
Aquele eu apresentou-se, distante de mim...
Longe, muito longe dos meus sentimentos!
Aquele eu ali, estava...
Amassado, cansado, enrugado velho...
Para aquele eu ali, o mundo parecia esta
por um fio... Um ébrio na corda bamba
Eu nem me vi ficar assim! Não sei por onde
andei, não tive tempo de prestar atenção
em mim. Agora, sob a sombra desse
crepúsculo... Aqui! As vezes me convenço que,
esse mim, não sou eu, e que esse eu, todavia
carrega saudades de mim. Agora perto do fim....
Procuro o eu, que à muito... Esteve em mim.
Antonio Montes
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