Poesia de Desabafo de Vinicius de Morais
Ela é calada mas eu gosto dela;
se a conversa fluir você se surpreende,
Se for engraçado ela chora de tanto rir,
Quando esta brava, fala de quebrar a cara , faz cara feia e tudo o mais,
quem conhece, já vai tarde.
Mas é a mulher mais agradável e compreensível,
intuitiva que é super péssimo mas faz parte de uma personalidade que não chegou á perfeição.
Ela é amiga de um jeito descomprometedor ,considerável de um jeito incontável porque muitos só estão de passagem e ela também.
INFLUXO
A tristeza vil que não se esvai,
De certo que não se harmonizou,
O peito palpita e o fluxo atrai
Novamente a brasa que tocou:
Ao peito rígido a bomba-coração.
Que bombeia e segura a alma.
Se fosse chamá-lo seria de ação.
Porque o espirito ora se acalma.
Então em segundo chamá-lo-ia
De espirito, pois vibra toda alma.
Mas há dias que dói, dói e adia
A felicidade do pobre, e desalma;
O pobre que desanima e berra.
A felicidade do pobre e' atrasada;
Uma felicidade atrasada e aterra
O sonho no tempo da[ abrasada].
Os sonhos deveriam cumprir meta.
O sonho sempre chega atrasado
Para o pobre, mas não o "porreta",
O que tem espirito, mas o vasado.
O coração nada sabe das almas.
O coração e' um falseador tático.
Quando e' tristeza bate palmas.
O coração nunca será temático.
Pobre de espirito, espirito carece.
Precisa de animus de avivamento.
Ao coração pode fazer uma prece,
Mas a alma que flui renascimento.
poeta_sabedoro
Como podes me perder tão facilmente
se eu estava aqui o tempo inteiro?
Se eu morri milhares de vezes
pra te ver sorrir?
Se troquei o mundo
pelo teu abraço?
Se segui todos os
seus conselhos?
Se confessei a ti todos
os meus erros?
Se foi você quem
me fez sorrir?
Se foi você quem
me fez existir?
Como podes me perder tão facilmente
se eu estava aqui o tempo inteiro?
- ex amor
Se você quer mudar o mundo... ame uma mulher, ame-a de verdade.
Encontre aquele que chama a sua alma, que não faz sentido.
Jogue fora sua lista de verificação e coloque seu ouvido no coração dela e ouça.
Ouça os nomes, as orações, as canções de todos os seres vivos
cada alado, cada peludo e escamado,
cada subterrâneo e subaquático, cada verde e florido,
todos os que ainda não nasceram e os que estão morrendo...
Ouça seus louvores melancólicos de volta Àquele que lhes deu vida.
Se você ainda não ouviu seu próprio nome, não ouviu o suficiente.
Se seus olhos não estiverem cheios de lágrimas, se você não estiver se curvando aos pés dela,
você nunca lamentou por quase tê-la perdido.
Se você quer mudar o mundo... ame uma mulher, uma mulher
além de si mesmo, além do desejo e da razão,
além de suas preferências masculinas por juventude, beleza e variedade
e todos os seus conceitos superficiais de liberdade.
Ame-a por toda a vida - além do seu medo da morte,
Não diga a ela que você está disposto a morrer por ela.
Diga que está disposto a VIVER com ela,
plante árvores com ela e observe-as crescer.
Se você quer mudar o mundo, ame uma mulher, ame e proteja-a como se ela fosse o último vaso sagrado.
Ame-a através de seu medo de abandono
que ela tem mantido por toda a humanidade.
amar uma mulher até o fim
até que ela acredite em você,
até que seus instintos, suas visões, sua voz, sua arte, sua paixão,
sua selvageria voltou para ela
Paulo H Salah Din
Para plantar seus pés
em um terreno escondido
para encontrar o seu lugar
quando o outro é coroado
sentir sua mãe
em um gole de leite
e cumprimentar um irmão
quando nenhuma credibilidade é encontrada
Para encontrar sua respiração
em todas as formas de respiração
e cair para descansar
na sequência de uma tempestade
Às vezes a graça é terna
às vezes é duro
sussurro
e curvar-se a ambos os cortes
Levante seu arco
e pegá-lo no meio do vôo
não é um ver
quando seu coração está fechado
Para minerar suas cotações
da fenda do seu coração
e ser o ouro
quando seu solo não é
destilar seus pensamentos
de grãos de desdém
uma imagem que obstrui
é a imagem que você mantém
e quando seu tempo mudar
e o rio seca
e o único rosto que você conhece
te nega antes de morrer
para quebrar, para deixá-lo ir
e se amanhã for tarde
para encontrar um abrigo aqui
o pavor da sua espera
é onde seus tesouros viviam
e quando o trovão sombrio
te cospe de joelhos
esta é a amada Terra
saudade de ser beijada
Pois você deve provar novamente
o azedo da partida
e faça sua cara evitada
sua arte mais predestinada
e ver a raiz severa
que se delicia no escuro
nada menos que o da flor
parte mais profética 🌹 (em tempos como estes)
"Os Não-Vividos"
eu sou crença
eu retenho
para retornar
mas você permanece escondido
Você está aqui
e você não está aqui
apenas metade da maçã foi comida
Através de homens e donzelas,
você surfa sua água tão ardentemente
Ainda abaixo do fim
onde ardem a terra e o fogo,
você cansa
O vento piorou seu medo
Eu retenho e depois volto
para trazer ervas que colhi para nós
Mesmo eu, esqueci que há um feitiço dentro de nós
seu nome fugiu da minha respiração,
Sim,
depois voltou.
Você tem muitos nomes agora
medo é um deles,
a vida é outra.
E eu tenho muitas mãos para nos conceder
Venha deitar ao meu lado e vamos olhar
no não vivido
Você está morto, mas ainda não
Pois você é a história que os homens esqueceram de contar
você vê, seu alívio é talvez passageiro
não deixe isso te enganar
Nós sabemos o que o desejo faz com os dias
Não se pede crença
Como o vento sobre o fogo
Eu te explodo dos dois jeitos •
•
•
No abismo da solidão
Fez-se a ponte da companhia
Atravessou a fase solitária do coração
E alcançou a alegria
Minha existência interna é multidimensional, maior que a caixa de Pandora.
Há camadas, infinitos e indisciplinados vetores, onde tudo se aflora.
Sou instantes além do relógio, sou sentidos confusos do primórdio e do outrora.
Componho-me e logo reformulo, vários eus numa mesma hora.
Isso é magia de antes, isso é o poder de agora.
Há dentro de mim um espaço muito maior do que o fora.
Posso parecer um humano,
mas no fundo sou apenas notas inexoráveis,
hinos desconcertantes ao nascer do sol e muito silêncio
uma noção boba
um suspiro
uma emoção arrogante
eternidade em cativeiro, perpetuação irrepreensível
curvas, não uma única linha reta
uma contradição
uma contração tola, mas necessária
uma abstração
uma piada interna
uma risadinha sóbria
um enigma
Cego em Perdição
Procurando em vão
A inalcançável expiação
Minha salvadora cintilação
A jazer em meu mundo obscurecido
Maculada em sinceridade
Nesses corredores infernais
Minha infeliz sentença
De frieza melancólica respiro
Pois as noites são iguais
Infundadas na miséria repetitiva
Meus olhos profanado
Não enxergam o além
Pupila ruborizada
Em contornos diabólicos
Buscando desesperado a perdida luz
Minha alma pintada
No lúgubre escarlate
Outrora momento, fora branca
Desonrado de fora para dentro
Insanidade costumeira e desenfreada
Rompendo de mim, mas o alvo é você
Tudo virou ao contrário
Caminho em direção oposta
Meu intento natural
Minha familiar segurança
A solitária
Pois eu sou o medo
Gerado e modificado
Transformado aos moldes de eterna brasa
Sugando desejada vitalidade
O tempo não passa
Soando agoniante
Enquanto circular o sangue da indignação
Hei de procurar a fonte da perdição
E fundirmos num corpo só
Abençoando-me na paz
Por não mais estar cego e só.
O que me move?
O que me move? Uma eterna ânsia de viver...
A incerteza do futuro, do amanhã me coloca em um estado constante de liberdade...Liberdade de ir ou vir onde meu coração mandar. De voltar, quando ele me chamar. De sorrir de situações inusitadas, de bobagens, de tudo e até de mim mesma. Sorrir, sorrir e sorrir...porque não???
Liberdade de ser quem sou, sem medo de errar ou de me sentir tolhida quanto aos meus desejos, atos ou escolhas. Liberdade de chorar quando o coração sufocar de dor, de tristeza, de mágoa, de saudade, de alegria, de emoção. Liberdade de bradar a quem quiser e quando quiser meus sentimentos sem medo de mostrar quem sou. De gritar, dar gargalhadas, sem medo de ser julgada por isso. De ser criança e olhar o mundo estupefata, maravilhada com as coisas mais simples. Liberdade de não ter medo de arriscar quando penso que realmente vale a pena. De fazer escolhas que pra mim soam como prenúncio de felicidade. Ser livre pra pensar, agir, ser... Se a felicidade existe, ela só pode ser alcançada enquanto um estado de liberdade plena. Mas não uma liberdade isenta de respeito pelo outro. Uma liberdade egoísta é eterna prisão ...
As certezas que o agora pode virar cinzas amanhã, mas eu gosto de pensar que tudo deve ser feito na hora em que se tem vontade e com a euforia de um nascimento. E elas, as coisas, verdadeiramente são vida...
Vanessa Fontana
Livre-arbítrio
Quanto bem fica de lado
nas escolhas que alguém faz?
Lá, perdido no passado,
quanto amor deixam pra trás?
pensa Deus, desconfiado...
Com razão, pobre coitado...
Escolhemos Barrabás!
Pindorama
Solo santo invadido
Transformado em nação
Fruto podre, corrompido
Sem raíz, sem coração
Hoje o chão é devolvido
a um índio bem vestido
em camisas de botão
Uma lava a outra
Falam da reputação
da direita, tão honesta...
Mas, virando situação,
a esquerda faz a festa!
E, assim, de mão em mão,
mostram que a corrupção
no Brasil é ambidestra!
Lex talionis
Se os frutos que eu colho
minha vida é quem rega
de bom grado eu acolho
até mesmo quem me nega
Fico em paz e me recolho,
Pois, de tanto olho por olho,
a justiça ficou cega...
Lucas 6, 41
Não há cruz que me segure,
que me impeça de gritar;
não tem fé que me torture
e que faça eu me calar!
Quem quiser, pois, que procure
um remédio e se cure
de querer vir me curar...
Fome e sede
... e disseram: — foi bem feito!
Quem mandou roubar sua horta?!
Nunca mais esse sujeito
bate aqui na sua porta.
Uma dor me ardeu no peito:
— E do homem, que foi feito?
— Eu não sei, mas... Quem se importa?!
Pena
É prazer? É dor? vontade?
Ou será que você tem
a cruel necessidade
de ferir quem te quer bem?
Quem não vê que, na maldade,
mora um pouco de saudade,
de remorso e amor também...
Uva
Sua existência benigna e amarga
Cega-me ao insondável desejo
Corrompem os soberanos
Mantendo-me prisioneiro de sua vontade
Em minha decadente fortaleza astral
Cheiro inimaginavelmente traíra
Minha existência escarnecedora
Amaldiçoado pelo cálido deleite
Absorto eternamente em dor
O sabor quente e úmido da vontade
Une-se diabolicamente ao meu ser
Fervendo insanamente na loucura
Outrora, os salões eram cheios
Cidades vizinhas adoravam-nos
Recheados na alegria e fartura
Filhos e filhas que brincavam sem parar
Pais orgulhando-se das conquistas em batalhas
Mães sorrindo sem parar
E eu a tocar gracioso
A minha divina lira
Sem o tempo eu contar
Incessante busca ao arrebatamento
Aprisionou-me ao desalento
Agora já perdido
O mundo após estes portões
Enjaulado ficará, em doença e guerra
Pois punição divina não há
Esperançoso falho é o que virei
E assim me punirei
Em meu último gole mortífero
Aguardando enfim
O ato final de minha canção.
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