Poesia de Cora Coralina aos Mocos
Para quem tem que partir...
Eu sei por que estamos sofrendo
não fomos feitos um para o outro e essa dor, melhor seria a morte
não, não podemos morrer outra vez
já morremos juntos quando sentimos que o amor em nós não era real
somos sobreviventes e devemos partir, mas ficamos.
quem sabe falte coragem para ir ou ainda seja cedo
será preciso sangrar ainda mais
para um dia termos um novo tempo
uma nova oportunidade ou não
o mundo às vezes é uma linha reta onde desfilamos, querendo ir para os lados, fugir das regras, adolescer, rebeldia para poder recomeçar.
eu não te culpo e nem me culpo, tinha que ser assim, desejamos algo que não era nosso e tudo quanto fizemos desmoronou, como castelo de areia fina que o vento simplesmente desmontou
acredito que a alma pudesse explicar, mas ela não fala, apenas indica que acabou e é preciso entender que nada será como antes, embora a vontade de bem querer ainda exista.
fique bem e saiba que vou tentar ficar também, sentirei sua falta e pensarei em voltar, mas algo em mim e sinto que também em você não quer mais isso, pois bem meu bem, só nos resta o adeus que lamentavelmente já estamos vivendo...
"" Somente um pedaço que não aceitou a vida
flamando todas as cores em cinzas
tombando o néctar ante a sede
e eu fui além, tentei mais uma vez
esperei o céu dar o recado
e a mãe dizer filho é assim mesmo
vaidosamente as nuvens dominaram o manto
e o sorriso se desfez
agora os lábios clamam em prece
cade você meu amor
somente um pedaço que não me aceitou
e eu fui além outra vez
e outra e outra
vaidosamente as nuvens foram embora
quando é tarde para dizer adeus
pois tanto queria
amar o pedaço que ainda é meu....
"" E não haverão mentiras
jamais, olhos marejados
ouso acreditar em sorrisos
em tardes de sol
em festa no coração...
"" Decidi deixar que voe
tudo que alado for
se não quiser permanecer
e sentir que aqui não é seu lugar
partir será a forma mais honesta e bonita de ficar...
"" Tuas curvas, doce delírio
geografia do desejo
em tua cachoeira mergulhar
tuas águas brindam, jorram
sem pudor
com beijos minha sede saciar
percorrer cada monte, cada sensação
em busca do momento único
ao amor uma entrega
em teu corpo dar fim a solidão
na perfeição do teu paraíso
sem pensar em nada,tenho certeza
você é tudo que mais quero e preciso...
Duo para felicidade
Se não for para ser feliz... Esqueça,
Caso contrário... Apareça
E traga contigo, além da magia,
a nostalgia de todos os tempos...
Tempos que se esvaem
Perdem-se no infinito da procura
Como sombras que se apagam
Lentamente quando as tardes, caem
E renascerá o amanhã,
Quando o sol nos brindar em um novo dia
Haveremos de amar
Com mais amor do que antes... havia ...
Se for para ser feliz...Não esqueça
Venha logo ...
Apareça.
" O amor mesmo transformado pelas consequências da vida em uma pequena chama
sempre se permitirá incendiar...
"" Gostaria de entardecer
ao lado de alguém
que mesmo demoradamente e pausadamente dissesse
querido eu te amo
vamos passear?
gostaria de chegar à maturidade
e continuar a ter nos olhos o brilho que tinha na juventude
ao olhar para minha menina, linda, agora de cabelos desbotados
com o mesmo encanto e sedução, que vi há tantos anos atrás
gostaria que tempo passasse
mas não levasse de nós a emoção do amor
do namorar, do bem querer que sempre tivemos
que deixasse na gente
a vontade de ir além
e ainda sonhar
gostaria que ela ficasse charmosa e experiente, apenas no branco dos cabelos
porque na alma acredito e vejo
uma eterna menina..
LICENÇA PARA AMAR
Escrevo por excessos e exceções,
talvez porque escreva para ti,
e se exacerbam as minhas emoções,
crio neologismos, hiperbolizo,
abuso da licença poética aqui e ali,
e continuo a versar fácil e versátil,
te exulto, exalto em cada nuance,
és da minha inspiração a amante,
já não sou mais sequer poeta,
posto que me confundo a poesia.
Rabisco minhas linhas rebuscadas
com palavras já a tanto usadas,
racionalizo apenas o supérfluo
o essencial, esse eu sempre sublimo,
meu sentimento é primoroso
assim exagero,extrapolo, alucino,
destilo esse bem gostar melífluo,
tinjo meu verbo com exuberâncias
que aprendi nos jogos de minha infância,
posto que me confundo a poesia.
E se algum dia alguém me perguntar do por que,
responderei simplesmente: Por amor, nada mais.
Estar
É curto o tempo
É longo o beijo
É intensa a troca
O calor é desejo
A frase expressa
Na volúpia da paixão
É cavalgar sobre o cetim
Na cama múltipla
Dos amantes
Que aquece
O nosso espalhar
“” De nada adianta o beijo
Se não for molhado
Regado a paixão
Cheio de tensão
De nada adianta o abraço
Se não for do teu braço
Se meu laço
Somente em ti, desfaço
De nada adianta ter mar
Se não puder te amar
E se o amar for levar
Quero me acabar
Nas ondas do teu olhar
Tenho plena convicção
Que minha paixão
É tua até amanhã
E não mais se você não sonhar... “”
“” Que os olhos vejam
Além do sorriso
O perfume da alma
Que a essência
Embriague os corações
Em paz, em vida
Que todo desejo
Seja rotulado como bom
Ou melhor, supremo
E assim quando apagar a chama da vida
Sejamos, não apenas anjos a habitar o céu
Mas lembranças de alguém que soube sempre,
Ser amor...””
“” Eu prometo , não te prometer coisas impossíveis.
Bem como estar presente
Sempre que você precisar
Eu prometo e me comprometo
A não fazer promessas vazias,
Te prometo flores
Das cores que você gostar
Te prometo ajudar nas dores
Dos filhos que você gerar
Te prometo amar
E ainda mais
Prometo ao seu lado ficar
Em qualquer circunstância
Seja na escassez ou na abundância
Prometo ainda te servir, toda noite com calor
E abrigar num dedo o símbolo de nosso amor
E quer saber
Que a vida passe
Mas não deixe nunca de confirmar
Que você é tudo
Que pra sempre pude e quis sonhar
Agora te aluguei, mas que seja pra sempre...””
Tira o pé do acelerador,
descansa este par de asas.
Não vês que estás exausta
girando em torno de si,
perdida na encruzilhada?
Esquece as demandas urgentes
dessa gente desesperada.
Ignoram que em tuas palavras tem gente:
poeta desamparada.
Tira o pé do acelerador,
descansa o teu par de asas,
nem todo poeta finge a dor
enquanto recolhe os passos
da busca insana, desarvorada.
Desabotoa tuas lágrimas, poeta:
tem gente aí dentro de tuas palavras
retome a pessoa ausente
ressentida por ter dado sempre,
por ter recebido às vezes,
mas por não ter trocado, verdadeiramente, quase nada.
Descansa teus pés, poeta.
Desacelera teu par de asas.
Coração azul
Como o mar e seus recifes esplendorosos e coruscantes
Que geram o carrossel silente e harmônico do amanhã
Assim são meus olhos serenos e suplicantes
Que bradam vergados de esperança ao comtemplar o efígie talismã
Em minha alma tenho o rugido da indomável tempestade
Soprando com furor os seres velejantes do amanhecer
Que veem estremecer seus ventres de argúcia e sagacidade
Criando sempares reflexos ao entardecer
Suas lágrimas contém o elixir celestial
Que faz nascer o néctar da imortalidade
Bradado no coração do oceano reluzente
Estrelas douradas criam o vento boreal
Que constituem o cenário da sublimidade
Delicadamente exprimindo sua pura alma inocente
Dama
Tu és a flor mais rara do jardim de Deus
De suas pétalas caem resquícios estelares
Que anjos transformam em luminosos colares
Que revestem as elfas encantadas e seu semideus
Nos campos Elísios inexiste tal perfeição
Em meio a um infinito universo adornado e florido
Nada é comparável a esse precioso tesouro fundido
Tamanha a soberania e total imponência de seu coração
Se fores atirada ao deserto impetuosamente
Um relâmpago de plasma cairá sobre o chão
Metamorfoseando o espaço e mudando a dimensão
Que será comparável ao Éden celestial permanente
Sua beleza abraça o arco-íris dourado, criando mundos imaginários
Fazendo sua cosmo energia brilhar como os dias ensolarados
Tornando o meu amor por ti teimosamente majestoso e ovante
Aos meus olhos contemplo novos e magnificentes cenários
Onde sinto a presença de uma dama de pacíficos passos
Que me cobre com seu manto cálido e perfeitamente aconchegante
Natalie
Todo o meu cantar idólatra
Reluz o trono da suprema formosura
No reino divinamente ególatra
Onde mora a mais sublime criatura
Seus lábios expressam o rito da perfeição
Que ecoa no paraíso estelar da alvorada
Onde reside o santuário da ilusão
No amanhecer da rosa adamascada
Ostentando uma aura brilhante e resplandecente
Ela expressa à ternura angelical e sua inefável efígie
Seus passos expelem rútilas gotas do sol nascente
Apaixonadamente apaixonado eu pronuncio: Natalie
Seu coração é o astro que norteia o meu ser
Perdido na escuridão, contemplo suas mechas douradas
Que me trazem de volta e revigoram a minha alma
Pequenos fragmentos divinos caem ao anoitecer
Na imponência do céu estrelado, vejo uma dama de asas prateadas
Semelhantemente a lua, que brilhando eternamente me acalma
Preta negra
Teu corpo nunca montaste
És linda sem tal vaidade
Extensões sempre desprezaste
Com orgulho e naturalidade
A cor da tua negra face
É a mesma com a do resto do corpo,
Não como a das não da tua classe
Engraxadas; claras e escuras no mesmo corpo
És um verdadeiro contraste
Tão pé descalço como sempre fui
Mas tu sempre me amaste.
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