Poesia de Cora Coralina aos Mocos
" Na minha versão sobre o tempo
há um foda-se
foda-se!!
esse que se acha o dono de tudo
que varre e escorre como quer
é um maluco ditador
faz o que promete
não constrói nada, acaba com tudo
esse que tanto se espera, passa
como uva passa no arroz
esse que de tão afoito
atrai o coito
foda-se
que ele também morra
no final da grande explosão...
Quer brigar comigo!
perdeu seu tempo
Quer gritar comigo!
o barulho so atinge a você.
Quer me provocar!
pode se arranhar não me faz diferença.
Quer se achar!
fique a vontade a plateia sua.
Querida quem nasceu pra ser perfeita é você,
eu nasci pra viver da paz
E caminhar levando a beleza da paz
Querida pode arrastar quantos quiser com você
Viva com sua opinião, que eu vivo com minhas condições
Uma dica, cuida da sua vida
que eu cuido da minha!
Queria poder ajudar - te anjo
Queria poder te socorrer
Queria poder te por no colo
Queria poder te amar
Queria, mas a distância me impedi
de chegar até você, anjo lindo!
Shirlei Miriam de Souza
Proposital
Me encontro no encalço do delírio. Sou espectador, ator e diretor da minha própria Obra!
E em meio a essa peça teatral, que é este conceito nato de moral, se formam os algozes, em busca da sentença final!
Pobres carrascos… somente subjugam por obrigação. Porém o fazem com afinco, e imponencia...
Mas o real culpado da desgraça e do fim imoral, é quem perpetra o ato inicial!
Aquele que em primeira instância se julga correto afinal… e assim monta sua estratégia modal.
No mais, o fardo da busca interminável se faz essencial! E agora vem a certeza e a convicção do erro! No entanto, o destino já se fez cabal...
E de fundo se ouve o tilintar do ferro no concreto, os algozes se esvaíram… sobraram só os vestígios… do pobre conceito trivial...
Eu não posso, me abalar!
Tenho que ter fé, a vida me faz seguir
E o amor de Deus esta presente
Vivo da paz e acredito no amor.
Shirlei Miriam de Souza
DAS COISAS QUE TRAGO
As mãos cheia de conchas
Um presente do mar entregue pelas mãos das ondas,
Levei um pouco de mar,
Deixei um tanto de mim
O mar das poesias, músicas, sonhos e cantorias,
Mar dos apaixonados,
Mar que limpa, renova, ilumina,
Mar, mar, mar
Três pedidos faço a ti,
Me permita sempre,
Amar, amar, amar
Mar.
Roberto de Souza
Há verdades nas religiões não-cristãs? Como poderia não haver, se verdades existem até no marxismo?
Só que há verdades irredutíveis entre si, separadas por universos epistemológicos intransponíveis. Tente, por exemplo, fazer uma síntese do marxismo com a geometria de Euclides.
Ninguém precisa saber por que estou triste
Eu preciso só do tempo necessário
para desprender do meu coração tanto amor!
Não posso esperar pelo que não me quer
tenho que seguir em frente!
A vida continua, e os passos são longos
embora caminhar!
SOBRE A PAZ:
- Erram os que a buscam pela força!
- Enganam-se os que forçam a sua presença!
- Frustram-se os que acreditam poder comprá-la!
A PAZ é livre para ir e vir. E só permanecerá onde puder frutificar!
Imaginando
Acordo pela manhã
e o desejo me toma
Fico imaginando
Seu corpo molhado
com sorriso marcado
Vontade de ter
em meus braços
Envolto ao meu carinho
te desejando
E acariciar com meu toque
sua pela macia.
Shirlei Miriam de Souza
Preocupações...
Você me deseja
de uma forma sem igual.
Como posso eu te dizer não
mas tenho razão de ter meus medos
Sou falha é muito tempo
sem um afago
sem amor presente
sem o desejo contido
Tudo bem pareço uma adolescente
mas quero que me entenda
Que o que sinto ainda é algo inexplicável
Por hora, deixe que o tempo decida
O que será, será.
Shirlei Miriam de Souza
Viagem no tempo
Que disfarce mais pitoresco
ver você neste traje
Se esconde do meu olhar
Sua face tão doce
Me parece um Zorro
Com seu ar de Dom Juan
Me percorre com olhar
Pronto a me atacar
O medo me congela
Vontade de correr
Desejo de ficar
Sei que são diversas vontades
Que me espelha a alma
Quero você neste instante
Mesmo que medo me congele!
Shirlei Miriam de Souza
Se acaso tirou uma flor do seu caminho não chore pois foi necessário pois mais adiante Deus te preparou um jardim.
Shirlei Miriam de Souza
Alma e Corpo
Disse a Alma, chorando, ao Corpo aflito:
Por que me prendes, triste barro escuro,
Se busco o Espaço imenso, se procuro
O império resplendente do infinito?
Por que me deste a dor por sambenito
No caminho terrestre áspero e duro?
Por que me algemas a sinistro muro,
O coração cansado, ermo e proscrito?
Mas o Corpo exclamou: _ Cala-te e ama!
Eu sou, na Terra, a cruz de cinza e lama
Que te serve de ninho, templo e grade...
Mas dos meus braços partirás, um dia,
Para a glória celeste da alegria,
Nos castelos de luz da eternidade!.
Vale a pena viver, se viver valer a pena
Somos apenas uma geração das muitas que aqui estiveram e das muitas que aqui estarão. Dessas, muitas no esquecimento cairão.
Não importa o tempo, não importa a idade, o que importa é que faças algo para que a tua vida não exista por mera contabilidade.
As mudanças só serão sentidas a partir das ações, as ações resultam em acontecimentos e as consequências poderão fazer da vida, algo que não seja em vão.
Semear o amor, partilhar a dor, cooperar, fazer parte, somar na sociedade, faz a vida ter mais sabor.
Pois se há uma outra vida não temos certeza, mas da certeza temos a memória, daqueles que fizeram da vida, uma bela história.
Somente agora posso dizer que sou filósofo… Somente agora aprendi a surpresa de perceber o perceptível. De olhar e vislumbrar o que já é visto, analisado, doutrinado.
De sair da estagnação dessa lógica absoluta. Enxergar a certeza de tantos anos, com outros olhos. E livrar-me da arrogância do saber nato.
Agora sou simplesmente ignorante sobre a resposta certa! Procuro-me trazer desafios! Usando então de minha ignorância como forma de entender, que a sabedoria só sabe o que dela foi sabido.
AMÉRICA SELVAGEM
Não ofereço aos cães flores.
Eu como na mesa com os professores
da dor, dos desbravadores do sol
desvendadores da noite,
dos sem coberturas e dos sem cobertores.
Não faço ofoferenda a Deuses fúteis,
são barcos perdidos em uma nau frágil.
Não creio no crivo dos criadores de ruídos, sem se quer ouvir os silêncios,
eu sei da lâmina afiada e cega que norteia
A minha América selvagem.
ESMERALDA
Desce a ladeira da Glória Esmeralda,
Desesperada e maltrapilha,
No seu pescoço guizos e carretilhas
Balançam num enredo desarrumadas.
Pobre criatura nos carnavais,
Descalça, pés sujos e roupas rasgadas,
Nas ruas cata latinhas amassadas
E as vende por alguns míseros reais.
Gasta com fantasias e lantejoulas,
Ao imitar formosa e conhecida rainha,
Que na verdade perdeu tudo que tinha
Na pobre ideia do gosto de quero mais.
Nas calçadas quando se vai a ilusão
Mendiga centavos, escreve a sua história,
Quando muito mal um pão é a sua glória,
Vive escrava da alienação.
Sua mente distorce a realidade,
Vê nos olhos de quem passa a desilusão,
Mal conhece ela a piedade
Quando alguém lhe estende a mão.
Aí a jovem moça esguia
Conhece nas mãos da solidariedade
Algo mais, uma forte amizade,
Um sentimento de renovação.
Sobe a ladeira da Glória Esmeralda,
Entra em seu casebre de madeira,
Na mesa simplória a fruteira,
Guarda o vazio do seu coração.
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