Poesia de Carinho e Afeto por um Menino
Um menino. Três tomates. Uma liberdade. Um sorriso.
Um menino.
Caminhando na rua. Em uma de mãos, a liberdade dos dedos, na outra, um saco com alguns tomates. Muito mais o menino trazia na alma.
Três tomates.
O menino e seus tomates. Para que servem os tomates ele nem sabe. Ao chegar em casa seus tomates serviram de alimentos para sua família. Mas antes disso, seus tomates são seus brinquedos. São alimentos que saciam à fome da alegria.
Uma liberdade.
Em uma das mãos próxima ao pescoço ele segura seu saco com três tomates. Na outra, ele brincava com a leveza do ar. Emprestava ao ar a liberdade de seus dedos que voavam na direção de seus pensamentos.
Um sorriso.
O menino, o tomate e a liberdade. O endereço desse encontro é o sorriso. No sorriso a liberdade ganha inocência de menino. No sorriso a imaginação permite que tomates se transformem em brinquedos. No sorriso, um menino será sempre o menino...
Um menino. Três tomates. Uma liberdade. Um sorriso.
Esperança
é poder ver que nos olhos do homem
há um menino que brinca
apesar das cicatrizes
das feridas
que tanto ardem nessa vida
Esperança é poder ver
o homem que pinta o sete, o oito
e o que mais vier
para poder colorir o chão onde o menino vai pisar.
Esperança é saber
que o menino que fita o homem
se torna muitas vezes
o protetor, o conselheiro
a força de um gigante
que ainda nem sabe grande, poderoso
e capaz de transformar por amor e pelo amor
os caminhos áridos e espinhosos
em caminhos que um dia
o futuro pisará
Primeiro beijo
nas cabeças do menino
gosto do desejo
contato imediato
no pensar da menina
será que não é um sapo.
Segue o baile...
olha ai diferença
do menino que te ama
ele não quer morar
só na tua cama
Mas um coração vazio
Não costuma perdoar
Todas noites
No vacilo
Vai até acostumar
Solidão é bem pior
Mora dentro de você
No momento quer saber
Pelas ruas
Madrugadas
Rola solto vai vem
Sabe ser a preferida
Mas no fundo não convém
Ser de tudo
assim usada
Dar o fora
Atenção
Já é hora
Vai saber
Muda sua opinião
Vida loka
Atrasa não
Cadê o beijo de amor
É preciso insistência
E bastante coerência
Pra mudar a relação
Nunca é tarde
valorize
Sua mina
É legal
faça agora sua parte
levante seu astral
foi assim
que veio o amor
e roubou teu coração
não adianta não querer
agora veio pra valer
então saia por ai
vá se divertir
e aceite na moral
PRAGAS E MAUS OLHADOS
Rude destino
Este que só me deixou
Desde menino
Ser o que sou
Sem ser o que queria:
Ator de ganha pão,
Cantor,
Escritor,
Poeta maldito,
Sonhador proscrito,
Padre,
Frade,
Na madre
Mãe do meu grito.
Maldito destino,
Espírito atroz,
Sem letra nem hino,
Demoníaco,
Algoz,
Cardíaco!
Maldita praga
Aziaga,
Me rogaram!
Aterrador olhar me deitaram
Logo à nascença,
Ou talvez até quando espreitaram
A barriga de minha mãe,
Quando como uma prensa
Começou a inchar
A crescer,
A medrar...
(Carlos De Castro, in Poesia num País Sem Censura, em 28-07-2022)
MÃE CANTA PARA MIM
Canta:
As tuas ladainhas de embalar,
Nas noites de menino a arfar
À procura de um sono imenso
Com cheiro a fumo de incenso
Para quebrar o quebranto
No desencanto
Do mau-olhado
Rezado e talhado
Na cruz de Cristo
Ensebada
Por mãos de outros usada
Na renegação do malquisto
Que vem pela calada
Na inocência
Até à velhice da demência
Sem nunca parar o maldito
Do proscrito.
Mãe:
Vem.
Canta para mim.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 04-10-2022)
O MENINO E A BOLA
Ele ia atrás da bola.
Que belo, ele a correr
O menino de sua mãe,
Que Deus a conserve e tem
No enlace com seu pai,
Em risonho amor de viver.
Chuta, vá meu pequenino,
Afaga os teus pezitos na bola,
Com o esquerdo ou o direito
O teu chutar é perfeito,
Rumo ao verdadeiro destino
Traçado na camisola.
E no passar do sol pela lua,
Pelo fogo, pelo ar, pela água
Sem mágoa
E pela terra,
Um dia, nunca te esqueças
Peço-te, não esmoreças,
Pois a vida será sempre tua
Nua e crua,
Pela verdade que encerra.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 01-04-2023)
Quando caetanei praquele menino
que a realidade é o avesso do avesso
do avesso do avesso.
- Qual realidade?- foi adverso,
e fez-se travesso
num meu novo inverso.
Ei, moça!
Sempre serei,
seu menino para fazer você rir
Seu senhor para fazer você suspirar
Seu homem para te levar ao infinito e além.
Um menino e sua viagem
A sua curiosidade o levou para um lugar nunca visto ou habitado por alguém, alem dele mesmo. Após chegar ao seu destino, pelo qual tanto desejou durante toda a noite anterior, logo após ter recebido uma mensagem de sua namorada [...].
Cansado fisicamente, pois teve que andar por uma distancia que cansaria só de olhar, sentou na sala junto de seus outros amigos que também estavam ali pelo mesmo motivo, “A onda”. Tragou uma boa quantidade daquela erva em somente uma puxada, e em questões de minutos ele já não estava onde deveria esta, mas se encontrava onde queria, aquele lugar era “O Lugar” era onde ele tanto queria chegar, era onde ele se encontra consigo mesmo, onde tudo é possível, onde os pássaros cantam para ele, onde o sol nasce somente para ele, e a lua reluzente aparece só para ele.
E não para por ai, na verdade não tem fim, ele podia amar sem ser machucado, podia nadar sem se afogar, podia correr sem tropeçar, podia sorrir sem ser chamado de louco, podia viver sem ser criticado, ele podia ser o que ele desejasse.
(A mensagem de sua namorada dizia que queria terminar, pois ela estava tendo um caso com outra pessoa, e eles iam completar seis meses de namoro).
- Eu sou Leonardo Cestari, e esta foi minha viagem.
Num olhar
O menino de olhar pidoncho, não disse uma só palavra e se fez entender
Matou a sua fome e em um olhar de agradecimento, seguiu seu destino.
SOBRE RODAS: Um menino corria, atrás de uma bola
Atravessou a rua, sem olhar para o lado
Um caminhão veio, e o atropelou
Mas Deus tinha outros planos, e o menino sobreviveu
Ele se tornou um homem, com uma missão
Ensinar e ajudar, aqueles que precisam
Ele trabalha com amor, e com dedicação
E Deus o abençoa, em cada passo que ele dá
Sobre rodas, a vida é um desafio
Mas com fé e coragem, podemos superar
O menino cresceu, e se tornou um homem
Trabalhador, professor, e temente a Deus
Os dias foram felizes, e ele encontrou a paz
Com a família e amigos, ele compartilha a alegria
Ele agradece a Deus, por cada momento
E continua a trabalhar, com amor e dedicação.
Praia da Costa uma paixão inexplicável
Quando menino entre a escola e o trabalho sempre sobrava uma hora para mergulhar em suas ondas
Com suas areias douradas convidando para esquecer os problemas da vida
Com êxtase de alegria e felicidade superava cada onda que vinha ao meu encontro
Como esquecer a praia que me encantava com o som no quebra-mar das ondas com as pedras.
Que me revigorava em cada onda que me alcançava molhando o meu corpo.
Em um ritual de água e sal a limpar as impurezas e me preparar para novos caminhos a trilhar...
Como esquecer a Praia que me ensinou que a vida tem tempo de calmaria e tempestade
De silêncio, de contemplação, fé, respeito, equilíbrio e paz.
Longe se vai
O tempo que eu fui menino
de cara queimada de Sol
Joelho repleto de machucados
de quem sobe em muros
Cai de árvores
Maceta mármore em lata
Corre atrás das pipas
E não pára quieto um instante
Lá se vai ao longe
O tempo do Sol a pino
A rolimã que rangia
A metade de um dia eu tinha
Pra resolver os problemas
Que arrumava de meio-dia em diante
Sem atentar para o fato
Que eu já os tinha e eram muitos
Eram tantos
Que até hoje minh'alma duvida
Que mesmo se hoje eu tivesse
Toda calma que existe no mundo
Eles pudessem ser resolvidos
Em somente uma vida
da mesma maneira que
Naqueles dias que longe se vão
Sem pensar, eu apenas desatava
Em questão de segundos
A mesma espécie de emaranhado
Que hoje, me faz calado e me dói no peito
Pois um dia a gente cresce
... e esquece
como era o jeito que se fazia.
Edson Ricardo Paiva.
Brumas.
Desde que eu estou aqui
Tenho aceitado
A tudo que o destino impõe
Desde menino, assim tem sido
As coisas que tentei mudar e consegui
Só deram certo porque
Meu destino era tentar
Eis aqui todo sentido
Desde o primeiro colo
À derradeira queda ao solo
Desde a primeira hora
Mesmo não concordando
Pois de vez em quando
Todo mundo se revolta
Porém, cada volta que o mundo dá
Cada prece escrita
Cada coisa que achei bonita
Estava lá para eu vê-la
Alguma coisa as põe no caminho
Assim como estrelas no céu
Que todos veem
Porém, tê-las não se podem
Aparecem sempre as brumas
Que vem do nada e as escondem
O destino nos quer assim
Assim como quer que não queiramos
Isso nos molda
Como as peças de um quebra cabeças
Onde tudo se encaixa
Quando a gente acha
Uma ou outra parte
Destarte nunca acharmos outras
Pois pra isso existe o tempo
Que parece curto, que parece longo
Porém, jamais outra peça
Apesar de ser
Ele faz parte do engano
E da arte de viver
Desde a primeira vez
Que nossos pés tropeçam
E aprendemos nos reeguer
Sem que o mundo estenda a mão
Minh'alma, que um dia foi tola
Se molda, se encontra, se encaixa
Em meio à uma imensa engrenagem
Entre o pássaro e a semente
Entre a folha e o vento
Entre o homem e Deus
E a revolta e a escolha
Entre a estrela e a paisagem
Entre a vida e o momento
Cada volta do mundo sem conta
Faz parte do engano do tempo
Que parece curto, que aparenta andar mais lento
e faz parte do jogo...e está contando
desde que eu estou aqui.
Edson Ricardo Paiva
A vida que Deus me deu
é a vida que Deus nos dá
Um Presente Divino
E como qualquer outro menino
Me atrapalhei pra desembrulhar
E rasguei-lhe
Quase que completamente
Sem nem ao menos olhar
A fina estampa
dos papéis coloridos que a envolviam
Queria enxergar-lhe a essência
desvendar e provar-lhe a substância
Passar correndo pela infância
Com pressa de chegar em algum lugar
Sem nem ao menos saber
O que é que eu ia encontrar lá
O papel colorido se perdeu
E eu não me lembro nem
Quais as cores que ele tinha
Ou se havia desenhos de Montanhas
Estrelas ou flores, talvez uma casinha
Quem sabe Deus não tenha Escrito
Algumas palavras
Naquele papel tão bonito
Que eu rasguei sem olhar.
No interior daquele embrulho
Havia peças espalhadas e dispersas
Era um Enorme Quebra-cabeça
E ainda agora
Por mais que eu peça
Por mais pessoas que eu conheça
Até hoje eu não achei
Alguém que o soubesse montar.
Um dia o menino acorda
e descobre não estar de acordo
com as cores que utilizaram
pra pintar o dia
Só usaram tintas tristes
economizaram na alegria
Quem foi que escolheu
a cor do dia
Quem será que escondeu
a alegria
Que a gente pretendia
viver hoje?
Pode ser num dia de chuva
tanto faz
Há dias cinzentos
Em que a gente encontra paz
E dias ensolarados
Em que paz não se enxerga não
As minhas vistas vêem
Mas são cegas
As cores que trazem harmonia
Não são aquelas que o Sol irradia
Mas as que apagam
As tristezas de ontem
Nas paredes do meu coração.
Juliana.
Menina linda
Minha linda menina
Amor de criança
Que nos meus
tempos de menino
Fez conhecer
A luz do Divino amor
Amor que ensinou
O quanto a vida
Pode ser bacana
Às vezes a vida engana
e chega a parecer triste
pra mais tarde a gente ver
A Luz que da Luz emana
Luz que vem de Juliana
Só quem te conhece pra saber
O quanto é bom viver
E poder ver
O sorriso que sempre sorriste
Quando me via chegar
Meu coração leviano
também bate
Por Lavínia e Alessandra,
Ana Júlia e Beatriz
Outros poemas já fiz
Por Marina ou Mariana
Outros sorrisos eu dei
Por Giulia e Nathaly
Por Simone ou por Luana
Por Larissa ou por Andressa
Por Aline e por Vanessa
Por Alice e Maria, Laurinha ou Giovana
Meu coração se arrepia de lembrar
do momento solene
Do dia que conheci Shirlene
e toda menina que mereça
Permanecer assim, na cabeça
Assim como sempre penso
Em Ana Paula ou em Verônica
Manuela, Isabella, Mirella ou Carlinha
Por Patrícia, Menina bobinha
E por Sandra, Menina malandra
Amor que no peito fica
Quando lembra da Vivica
Porém, hoje eu escrevi
Um poema pra dizer
Que meu coração
desde sempre
Bateu contente
por você
E é claro que a gente precisa
Lembrar da Maria Luiza
Mas...você não é mais uma
Você é única e divina
Você é e sempre foi
Minha linda menina
Hoje eu mando este simples poema
Qual se fosse uma oração
Que eu oraria uma semana
Cantaria esta canção
pra você
E somente pra você
Juliana.
Soneto
Um menino está brincando
Solitário no quintal
Todo dia para ele
é sempre igual
Faz brinquedos com as tralhas
Que vai juntando pela vida
Nunca foi primeiro em nada
E nem nunca teve nada de primeira
Nunca teve segredos
Mas guardou no coração o medo
de viver na eterna solidão
Encontrou somente a companhia
Quem lhe atirasse as migalhas
Que houvessem restado ao fim do dia
Que a vida venha desgrenhada
igual aos meus cabelos de menino
venha e seja difícil transpor
Qual fosse mata fechada
a gente passa um pente fino
e vai vivê-la
A gente se embrenha
pra poder conhecê-la
A gente vai descalço
sempre que hover espinhos
Onde não houver dificuldade
Eu crio uma
Sempre que eu vir espaço
conveniente para criá-la
Que minhas mãos se encham de calos
Que a vida venha
Só não quero passar por ela sem vivê-la
E que ela se vá um dia
do mesmo jeito que um dia veio
Não peço facilidades para mim
Quero apenas
que entre o início e o fim
Eu possa deixar algo ali no meio
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