Poesia Danca de Mario Quintana
A POESIA E A SOLIDÃO (B.A.S)
A poesia e a solidão sempre tiveram uma certa afinidade. O momento solitário sempre foi rico para o poeta, o filósofo e o místico.
Schopenhauer costumava dizer que a semana tem seis dias de sofrimento e um dia de tédio. As pessoas se escravizam demais no trabalho e terminam aprisionadas no tédio no último dia.
A nossa sociedade moderna perdeu a unidade, a mística, o olhar mais belo. Nos aprisionamos no capitalismo, liberalismo e outros "ismos". Com isso nos afastamos do utópico para reverenciar o "status quo". Como dizia o filósofo alemão Heidegger, nossa época é caracterizada pelo esquecimento do "ser". Nossas aspirações modernas são o "ter". Possuir cada vez mais e mais. Com isso um vazio existencial se instala em nós, destruindo-nos lentamente.
Precisamos acordar rápido para reavivar o Belo em nós. O homem moderno perdeu a capacidade criativa, gerada de si mesmo, perdeu sua identidade, sua singularidade, e mais, perdeu sua liberdade.
Valorizar a cultura, as artes, a criação espontânea, a religiosidade, a poesia são caminhos viáveis e alegres.
Enfim, as grandes mudanças ocorrem no silêncio, no vazio, na simplicidade. É preciso aquietar-se, mesmo que por um breve instante, e ouvir os versos que a vida nos dia. Dizia Rollo May: "Toda história do homem é um esforço para destruir a própria solidão".
(Bartolomeu Assis Souza, Jornal Lavoura e Comércio, Uberaba, 28/07/2001, Caderno Especial A-07)
Do velho caderno de poesia...
Tudo escuro além das linhas de seu corpo...
Posso ver o desenho iluminado pelo suor do quarto.
A canção tocando ao encontro sinuosos da pele, suas mãos querendo dançar...
Bailamos no céu descalços - como anjos caídos esparramos o fogo.
Quando abriu a porta,
O despertar sentinela de cada sonhos concebidos...
O retrato da existência sobre atinta óleo e pinceladas das próprias mãos...
Era o inicio e o fim da criação.
Ano de 2020.
Valha-me, Deus
Se é da carne o sentimento bom
O pensamento que me soa o tom
A poesia à toa
A nostalgia boa
Pudera eu enfeitar minha poesia
Com palavras certas
Que transmitissem a alegria
Que em mim habita ao te olhar
Quis ainda encontrar uma canção
Com versos e doces melodias
Que lhe mostrassem a emoção
Que me invade ao te encontrar
Desejei algo mais complicado
Te mostrar o que sinto
Em meu peito eternizado
Impossível explicar
Assim desisti de tentar
Nenhum esforço será suficiente
Até tenho medo de falhar
Me calo agora, apenas sinto
Nada descreve meu jeito de ti amar.
Sou arquiteto de casa velha,
sou um tom que não interessa,
sou melodia muchada,
poesia falsificada,
moro na rua não visitada,
onde almas são lavadas,
e a minha é abandonada.
Toma tua dose
No teu silêncio
Da tua poesia
Da tua descrença,
No alto mar
Que tu refez
Com dores,
Passados,
Indolores.
Toma tua dose
Em teu copo
Em teu modo
Em teu.
Teu.
É teu.
Tudo.
Até eu.
A última poesia
A última poesia
Dos olhos a correr
Dolorosas lágrimas
Sem nada dizer
Camuflados pensamentos
Largados na algibeira do tempo
Debruçados a sós
Vagam os sentidos
No profundo de nós
Ainda havia tanta coisa a dizer
Tanta poesia à fazer
Ainda havia um mundo inteiro
Dentro do meu ser.
O fim do laço a sua perfeição
O fim dos aplausos a sua entoação
O fim do grito de som aturdido
O final do capitulo do meu destino.
Enide Santos 28/12/14
Você está em cada poesia, sonho e canto meu.
Se atravessar a rua da felicidade, passa no meu apê também.
O poeta e a poesia
Sempre estamos juntos
Estás nesta mente
Em todos os momentos
Seduz-me facilmente
Nascemos um para o outro
És companheira amiga
És muito importante para mim
És o sentido da minha vida
Nunca vi alguém tão linda
Quanto a ti meu amor.
Guardo-te dentro do coração
És semelhante a uma flor
Todas as horas sinto o teu calor
Reconquista-me dia a dia
És a mais bela rainha
És a idolatrada poesia.
Poesia tu me fascinas
Quem tem o poder de decifra-te?!
Quem ousaria ser dona de ti?!
Roubar-te?! Impossível
Tu es livre como o vento
Não tem lugar certo,onde pousar
Onde chegar...Tua liberdade é o que
Encanta,a mesma liberdade
Que me eleva o pensamento.
...Como uma poesia, ela vem de relance
Mistura de menina e mulher que me deixa sem chance
De escapar da sua armadilha...
Linda Pele de pêssego.. um sorriso que irradia
Que ofusca até o sol mais belo em uma manhã...
Cabelos pretos com os seus olhos cor de avelã...
Combinação perfeita, puro deleite...
Mistura encorpada e morena feito um café com leite..
...Ela é Viciante, feito cocaína..
Ela é Refrescante, como um banho de piscina
E Deslumbrante, feito uma beleza divina..
Seu jeito de seduzir, me fascina
Ela é a prisão e a liberdade no mesmo instante
É Valiosa como o maior dos diamantes..
Ela é o caos mas também é a paz
Aquela que faz todo homem sempre querer mais...
Que a poesia seja celebrada com bela musica e uma bela interpretação!
E o poeta escreve o que seja visto ou previsto,vivido com o tempo.
As frases brotam como as pingos das nuvens que desgruda ao cair no chão, como o momento que passa.
Tantas pessoas que passam e o tempo leva tão distantes o agora.
Que o tempo não leva tão longe meu presente para fora.
Nas poesias, os finais tão lindo que não seja só para rimar com o circulo do inicio da frase
Mas sim para ser real com vivido uma redonda vida do ser.
Inserir ar nos pulmões, inspirar o ar e saber que estamos assim vivos e tantas recordações que passam,passado agora.
Prelúdios necessita uma parada para escrever, Desfecho das palavras agora,bonita alegre comece nossa historia.
Faço das lágrimas poesia,
das lembranças sorrisos,
do sonhos esperanças,
da Vida Alegria!
Sergio Fornasari
Do coração da poesia
É do coração da poesia
Que ouço os mais belos gritos.
E dos seus segredos
Colho pequenos viscos.
Há um oásis no tempo
Em que o verso se cria
E desta fonte de redenção
Despe-se o sentir da emoção
Toma-me, ó dor de poesia,
Inflama-me o corpo
Revista-o,
Soterra-o de amor.
Debulha este meu sofrer
Deixe-me em teus braços enternecer.
Doa-me seus rios
Infeste em mim seus brios
Empresta-me a tua cor
O teu semblante
O teu olor.
Resgata-me desta ilha
Regozija o meu falar
Apure o meu paladar.
Deixe o teu coração, ó poesia!
Com o meu orar.
Enide Santos 04/01/15
[...] foram dias
e dias...
rabiscando versos.
Palavras de amor...
Tentando uma poesia,
ou quem sabe,
uma melodia,
para te encantar.
Queria com meus versos
poder te conquistar.
Ainda não foi dessa vez,
que o amor em mim se fez...
Encantou-se tanto comigo.
Tanto...tanto!
Que estourou...
Talvez fosse apenas
um amor de sonhos.
De fantasias.
De bolha de sabão.
Preciso de versos
mais fortes...
que cheguem ao coração
daquele que se fará
eterno em mim!
Dias melhores virão
Em certo evento, ao declamar uma poesia
Não consegui ser o centro das atenções
Algumas pessoas criticavam e riam
Doeu lá no fundo do meu coração
Esqueci uma parte do texto, então pensei:
Hoje não é o meu dia de sorte
A mensagem que eu dizia era triste
Desejei naquele momento a minha morte
Lembrei de outras vezes que fui infeliz.
Ao terminar de apresentar
Recebi pouquíssimos aplausos
Necessitei de alguém para desabafar
Fiquei com vontade de ir à frente novamente
Desta vez querendo recitar um poema alegre
Mas eu corria o risco de ficar mais envergonhado
Portanto preferi permanecer no meu canto quieto
A vida continua, devo erguer a cabeça
Seguir em frente, e tirar algo de lição
Vou compor sempre quando vir inspiração
Continuarei falando em público
Dias melhores com certeza virão
Meu Coração
Tenho uma triste poesia a escrever
Ela me lembra tempos que quero esquecer
Sem mais, não há o que revelar
Os sentimentos foram levados pelo mar
Ou talvez jogados ao vento para ele soprar
Nada a declarar
Meu coração está a navegar
Na imensidão do mar
Só não sei quando irei me encontrar.
Comovido como o Diabo
A poesia enchia o coração
Esse coração que queria esvaziar
Eu senti o beijo, senti os sentimentos
Mas esses já não eram meus
Na verdade esses nunca foram
Então andei, tanto andei que vaguei
Tanto vaguei que o corpo e alma
Estavam na sintonia do coração
O mesmo ritmo
A mesma fraqueza
Os mesmos passos sem destino
Nessa hora Drummond me sussurra
"Amar se aprende amando"
Mas não foi desse jeito
Que eu aprendi a amar
Vamos plantar poesia
Nos campos desertos da vida
E um pouco de coragem...
Vamos plantar poesia
Rima por rima
Na terna paisagem...
Vamos que é cedo ainda
E o dia não termina
Sem um pouco de bobagem...
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