Poesia Curta
No silêncio,
a aranha tece sua estrada prateada
rumo ao nada.
No orvalho da madrugada,
ela espera o futuro ali,
sentada.
Um dia, seu fio a levará ao sétimo céu;
isso, sim, quando for uma aranha encorajada,
gangorrando, dependurada,
na pálida luz que iluminou seus labirintos.
À noite, alguns gatos são pardos.
Outros, bem tapados, coitados.
Chaninho, de sete vidas,
perdeu uma de bobeira,
escorregou na soleira,
bateu a cuca no batente,
quebrou uma costela e um dente.
E saiu repetindo:
“Leite quente, leite quente, leite quente...”.
O bacurau se mudou
na calada da noite
para um buriti,
bem longe dali,
do outro lado do igarapé,
porque não aguentava mais o sapo
e seu cheirinho de chulé.
De dia, o mundo barulha demais,
tirando nossa paz.
À noite, pirilampos alucinados
rompem a escuridão,
piscando que nem discoteca,
na pista do meu coração.
A primavera não é só uma estação,
é um suave e belo sentimento,
que sutilmente nasce em cada coração,
fluindo cores em cada momento
Sejas bem - vinda, amada primavera !
que em cada canto, resplandeças,
trazendo boas energias e quimeras
para que nosso coração se enterneça
Novos tempos a caminho,
Primavera irá chegar.
Em setembro ela começa
Muitas flores vão brotar.
Vida nova, esperança,
Fé e autoconfiança,
É hora de renovar.
Minha audição é falha,
Levo a bengala na mão,
Já vivi oitenta anos,
Já perdi tanto irmão,
Vivo fazendo lambança,
Ajo como uma criança,
Dos filhos levo sermão.
A vida pode ser um sonho ou um pesadelo.
E, como todo sonho ou pesadelo,
não é você quem escolhe
a hora de acordar ou de dormir.
Não me alimento de realidade.
Eu vivo do amor, apenas o amor.
Essa doce ilusão.
Essa mania de achar que tudo o mais é possível,
que tudo o mais é real.
Perde parte de mim
cada vez que me impele,
cada vez que me evita.
Perde o todo de mim
quando já não mais sinto,
quando já não mais quero,
quando não mais me importo
em perder...
macabéa.
do que gritando?
gerúndio.
de quem corres?
de você?
do mundo?
macabéa.
onde foi parar-te?
para onde vai?
ou, quando volta?
o mundo e macabéa.
macabéa e as cantigas.
o mundo e as cantigas.
as cantigas.
o mundo.
carsan
Dizia ser livre e apaixonado,
Mas quando notou estava abandonado.
Ele estava só,
Nem notou que ele mesmo se fez o nó.
Criou um caminho tão sozinho,
Apenas abandonou tudo no caminho.
Fez de si a própria morte,
Ele construiu a própria má sorte.
Sou fruto dos extremos.
Da fusão, não sou meio termo.
Passeio entre a serenidade e a força;
entre o norte e o sul.
Sou ser medroso de ter medo.
Sou sede de água da vida.
Entre protetora e protegida, sossego minha alma na redenção.
Essa sensação
que a porta vai abrir
e que o seu abraço
derramado no meu
abraço derramado
vai molhar o piso
não existem feridas
que não cicatrizem
mas a marca funda
de um olhar amargo
dói como a dor
de um bicho esmagado
Fogo Fátuo
Enquanto caminhávamos
parei um pouco dentro de mim
e me invadiu tua brusca mocidade.
Algo em ti pungiu-me:
a teu lado, as casas,
o ar, o amigo apodreciam e
tu, sozinho, ileso pairavas no momento.
Não amiga não temas
meu coração;
é apenas um chapéu surrado
que humildemente estendo
para colher um pouco de tua alegria
de tua graça distraída
de teu dia
Estou em mim
Estou no outro
Estou na coisa que me vê
e me situa
Diante de mim
Diante do outro
Diante da coisa
Está a morte
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