Poesia Completa e Prosa
Como uma pluma, meus sentimentos flutuam no ar assim como uma folha levada de um lado a outro. A dor se dissipa lentamente e já não reconheço palavras lançadas no ar. Vida minha, que tanto me dá e tanto me tira, tira dos meus pensamentos as perguntas e me deixa flutuar. Eu quero a leveza da carícia de um gato. Eu quero o canto dos pássaros. Estou cansada da minha dor, desse peso inútil. Estou cansada do meu peito carregado. Deus meu, tire-me o peso de viver. Tira essa angústia inútil que desfaz os meus mais belos pensamentos. Eu quero a paz de uma coruja, silenciosa, com seus grandes olhos. Dai-me a graça de sentir o mundo como uma árvore que brota, anunciando que mais um fruto promete fartura. Queria a paz de tudo que é belo no mundo. Senhor, dai-me sua paz.
Paira em meus dedos de pássaros, viagens longínquas. Em minha mente de águia, prevejo o futuro. O futuro que já entardeceu enquanto estamos ainda em plena manhã. Que saudade eu sinto do futuro. Tudo novo de novo. Posso então me entregar ao instante, presente inerente. E me libertar das dores que me oprimem. A medicina divina me libertará de cada passo doente. Com a saúde restaurada, viajarei por todo o mundo. E tudo será novo para mim. O presente requer paciência e a tão falada resiliência. Quero ser livre. Quero te asas. Quero abandonar o ninho e voar como uma gaivota. Tanto quero e tanto será. É só esperar.
No ciclo da vida, novamente é noite e me proponho a escrever sobre a escuridão, interna e externa. É na noite escura que podemos ver as estrelas. E é na escuridão interna que percebemos que somos mais fortes do que pensamos. Da dor nascem flores. Nascem saídas e belezas. Apenas quem cruzou a dor pode apreciar as pequenas delicadezas. Selecionar o que vale a pena. Conviver com a dor, para supera-la. E ser luz celestial para aqueles que não sabem apreciar o belo no mundo. A dor me mostrou que sou mais forte do que eu pensava. A dor fez com que eu me amasse mais. Somos poeira cósmica, na imensidão do universo. Somos também estrelas que cintilam. Hoje o dia foi sereno, ocupado por pequenos afazeres. A alma esteve calma. Lembro-me do passado, quando eu tive mais energia. Agora amadureci e me aproximo da velhice. Duas etapas, a juventude que passou e a idade que se apresenta. Se eu pudesse voltar no tempo, eu cuidaria melhor dessa estrelinha que sou. Teria me amado mais e não teria permitido tanto desrespeito. Daria e receberia o amor que eu mereço. Teria autocompaixao. Aquela menina bonita, sincera e determinada. Mas o tempo não volta. Hoje consigo ver com mais clareza meus erros e acertos. Agora na maturidade meu coração é mais calmo. Minhas emoções estão mais estabilizadas. E percebo que minha estrela nunca se acabou. Estava apenas piscando alta e resplandecente. A estrela que sempre fui.
Minha escrita é sobre como traduzir com palavras o silêncio. Como traduzir um instante vago, pleno de lembranças e memórias. Aqui nesse espaço eu falo o que a realidade me apresenta. Falo sobre a dor, mas falo também em esperança. Esperança de dias melhores, de saúde e afetos. Meus versos são livres e seguem os meus pensamentos. Sou honesta. Escrevo o que é real para mim. Escreve o que eu sinto, sem tentar mascarar o mundo que me cerca. Falo sobre saúde mental de forma lírica. Falo da força humana para continuar viva e pulsante. Todos os dias a vida me apresenta desafios de sofrimento, mas eu respondo com palavras e versos. É assim que eu proteja das falácias da mente.
Há saudades que devem permanecer apenas no território da memória — flores venenosas, belas de contemplar à distância, mas mortais quando colhidas. Quando o coração permite que o passado invada o presente e a razão se rende ao sentimento, corremos o risco de destruir tudo o que construímos com tanto cuidado.
O negrume da noite traz uma dor ácida que aperta o peito e acelera o coração. A vida em eterna corda bamba. Quisera eu ter a vida em linha reta. Mas os astros me quiseram assim, pulsando freneticamente, buscando respostas, fazendo perguntas. Dói e a dor é uma velha companhia minha. Chega suave e lentamente me tira o ar da boca. Busco no ar a vida que não encontro. A dor, como areia movediça, suga-me para as entranhas da terra. E sozinha aguento o peso que assola o peito e me faz ser resistência nesse solo em que a mente não oculta a verdade. Dor velha, antiga, que me visita nas noites escuras. Minha cova eu cavo mais tarde. Hoje permanecerei viva e ao acordar talvez sinta alegria. A esperança que nasce do sofrimento.
Três vezes questionei. Três vezes tive mais perguntas. Três vezes cheguei a conclusões diferentes. Afinal, três é só um número. E não um significado. Poderia passar três séculos pensando. E passo, quando percebo que o tempo é infinito. E somos imortais em nossa busca por respostas. Posso dizer verdades questionáveis. E mentiras verossímeis. Posso dizer: É Deus. Mas isso me diz pouco. Quando penso que o divino é imensurável, reconho-me a minha condição humana. Se sou limitada, como chegar ao alto se sou apenas pó do pó que serei. Mas isso também diz pouco, se posso vislumbrar uma realidade inatingível. Só por hoje viverei um dia.
O amanhã é um mistério, e o ontem, uma lembrança que já ficou para trás. Tudo o que temos é este breve sopro chamado agora — e ele pode cessar a qualquer instante. Não permita que orgulho ou mágoas silenciem o amor que você sente, nem o amor que alguém sente por você. Ame com verdade, perdoe com leveza e viva com presença. Porque o hoje pode ser o último capítulo... e quem pode garantir que não seja?
Eu queria escrever um poema que falasse da vida, sua complexidade, mas eu queria falar mesmo de felicidade. Sim, hoje o meu dia foi feliz, encontrei meus familiares, amei e me senti amada. Dias assim a vida não precisa de sentido, precisa apenas ser sentida. Compartilhar. Ser importante para alguém. Sentir que minha vida importa e que minha ausência seria sentida. É mais do que ego. É um sentimento humano ao se relacionar e sentir que pertence a algo mais. Coração em paz. Sentimento de plenitude. Dá vontade de cantar, mas está tarde e para não incomodar os vizinhos, eu canto debaixo da coberta. É uma cena meio esdrúxula. Mas sinto vontade de cantar. Dizer ao universo que eu estou bem. Que meu dia foi bom. Sei que a vida não é retilínea, dias alegres e tristes se revezam. Mas hoje não quero pensar em tristeza. A tristeza hoje me parece uma velha corcunda, sempre reclamando da vida. Hoje a felicidade me encontrou e sinto que quero vive-la imensamente. Por isso me recuso a dormir. Não quero perder nenhum segundo desse sentimento. Então canto, canto. E o meu canto é uma reverência ao universo, diriam os ateus talvez, mas eu canto para Deus, ainda que músicas profanas. Em minha pequena jornada de fé, descobri Deus em meu coração. Não tenho religião, mas cada sofrimento superado eu agradeço humildemente a Deus, esse Deus ainda tão frágil em minha alma, mas a quem me entregou profundamente. Em um poema anterior eu pedi a Deus que me desse a sua paz. Hoje estou em paz. E sinto que Deus me ouviu.
Há muito mais pessoas na plateia torcendo pelo teu fracasso do que esperando pra aplaudir o teu sucesso, o mundo é um lugar frio, cruel e sacana, mas você não pode abaixar a cabeça e desistir, não dê esse gosto para quem torce contra você, se esforce ao máximo para mostrar pra quem te apoiou que valeu a pena te apoiar e se esforce mais ainda pra mostrar pra quem torceu contra que ele perdeu sem tempo fazendo isso, você pode tudo, se tiver Deus do seu lado ninguém poderá te deter.
Na superfície das palavras não se vislumbra águas profundas. Um oceano de mares desconhecidos. O subconsciente integralmente inalienável. Onde não cabem mentiras nem falseamentos. Em um modo extremo de alheamento. O corpo se movimenta para além dos comandos da mente. A mente ludibria. E pensa ser nós, quando na verdade é algo muito maior. Trago um sorriso aberto no fundo do peito. Lágrimas persistentes não tiram de minha alma a vontade de ser. Existir para além das aparências. E quando penso ser o fim, renasce mais um dia. E me alegro, porque a alegria é minha, está marcada nas palmas de minha mão. Então suspiro e vejo o remansear do rio que é a vida. E a vida se estende como um oceano profundo, com suas ondas suaves. Hoje é dia de ser dia. E o dia se faz como um milagre. Alguma ideia vaga de um passado distante se pinta no agora e uma nova pintura da vida se faz no rosto que brilha. Centelha divina. Somos como um campo e sua vasta plantação a perder de vista. Tão grande é a natureza e esses olhos que observam. Se te amo, é porque o amor mora em mim. E você é aquilo que transborda do ser iluminado. Faria juras de amor, quando te juro, juro a mim mesma. E a explicação é sempre uma forma serena de apresentar os fatos. Tudo aquilo que transborda em mim em te dou gratuitamente, sem esperar reciprocidade, porque nada perco se tudo é abundância em meu peito. Escrevo palavras aleatórias que se juntam buscando significado. Talvez não o encontre realmente, mas fala porque há palavras como peixes em um ria. Te olho e encontro encanto. O encanto está em mim ou está em ti? É uma sensação plena de simbolismo. E minha alma não se apequena se acho graça em seu sorriso. E acho graça em sua gravidade, como se a vida fosse séria de arder, quando na verdade é só um deixar estar do tempo que chamamos de agora. O presente, no instante exato em que fito seus olhos. É imensidão. E se demora em ampla contemplação. Isso me prazer alegria, a alegria que há tanto mora em mim. Se mesmo quando me sinto triste, eu escrevo. E se escrevo, é porque há esperança. A esperança de a vida ser cada vez mais longe tudo aquilo que sonhamos. E então observamos os frutos de nossas mãos e colhemos abundância de afeto e prosperidade de sentidos.
As palagras não se esgotam. Muitiplicam-se. E encontro solo fértil para plantar minhas insanidades lúcidas. Vagueio e minha escrita é pluma flutuando no ar. Todos os meus eu se encontram nesse instante. Não preciso buscar as palavras, elas brotam no misterioso caminho das ambiguidades. Posso falar do tempo, posso falar de amor. Nada se esgosta. Pelo contrário, tudo flui magicamente. Então escrevo porque tenho palavras na minha boca e emoção em meu ser. Eu que tanto amo vivo longe do amor em carne, porque meu amor é fluidez e não encontra sólido caminho de realização. Mas eu não me queixo. Deixo-me levar pelo dia como um carrossel. Vou girando como brincadeira de criança. A criença que nunca morreu em mim. Mas sei falar sério. E lanço filosofia metafísica transmutada de perguntas sem responta. Minhas palavras acompanham meus sentimentos. Se estou triste, meus versos escurecem. E a dor se transfigura como um sentimento universal. Mas hoje estou em paz, e posso fluir esse sentimento. Criar. Tirar de minhas entranhas palavras que desconhece e florecer um versos assim tão natural com o resplandecer de uma escrela. Hoje te amo. Amanhã já não sei mais. Se te amo no dia de hoje, desejo seu sorriso e seu peito aberto. Se não me corresponde, por uns instante entristes, mas logo me volto para o mistério de vida e trasnscendo o amor carnal em vagas palavras que alimento. Seu amor desperta em mim um alegria etéria, uma força magnética que me ergue. Mas se você já me esqueceu, nego-me a acreditar, se esse amor tão vivo vibra em mim. Escreverei a você mim poemas de amor, mesmo que talvez você não os leia. Então transmito para o universo o amor que é um sentimento compartilhado. O amor é sentimento puro, correoi o ódio em suas beiradas. Eu queria falar de vida metafísica, mas seu amor entrou em meu poema. Talvez nunca mais eu te veja, mas meu amor ficará como testemulho de algo belo que existiu. Admirido seu jeito sério, e sua seriedade me sorre e me enche de significado. Desejo ardente que não será realizado. Talvez o tempo amenize essa força com que te sinto. Você será lembrança. E eu continuarei a ser eternidade, se falo, e me ouçam. Para você guardei as melhores palavras. Mas você me responde através de enigmas. E eu queria sua pele aquecendo a minha. A vida é assim, podemos quer tudo que queremos, mas não podemos ter tudo que queremos. Então me resigno. Esse poema não era de amor. Você entrou por entre as frases e transformou o que pensei escrever. Mas sinto alívio se falo de você, porque o sinto e calo. A ninguém falo. Se você me encanta, encanta o mundo. Então te desejo inteiro cumprimindo suas obras de arte e de paz. Se um dia você me ler, sentirei grande satisfação. Ainda que haja grande distância de um beijo, que os lábios correm mundos diferentes. Você lerá e saberá que foi amado, gratuitamente amado. Difícil escrever poema de amor. Dá uma sensação de incompletide e banalidade. Eu escrevi sem rota. As palavras foram escritas quase que sozinha e agora colho ums declaração de amor. Mas esse amor, eu bem sei, nasce em mim e se esvai, na medida de sua incompletude. Agora acordarei serena e talvez não ame mais. E me entregarei ao momento presente, como um feixe de luz. Minha vida basta, é bem verdade. E se te amo é pelo prazer de divagar, mas o sentimento é honesto. Ame-me até o fim, que é o destino dos grandes amores. No final, o que restam são palavras. O amor perde o encanto e a mente questiona com pode ir por caminhos tão frágeis. O amanhã se demora. E prometo de intanste de agora te amar imensamente por hoje. Amanhã amarei o sol e a natureza. Entragarei-me a vida, que é muito mais ampla que o amor carnal. Mas por hoje eu te amo e desejo que você sinta aconchego em seu peito, sentimento único e que te transmito na humilde poltrona do meu quarto. Você para mim é a inspirição que me fez escrever essas palavras. Amanhã, talvez será nada. Sonhamos.
Eu me via como uma flor cinza, uma flor doente de cores, que sonhava com um jardim. Certo dia apreciei o pôr do sol e pude observar sua cores, e o leve calor que pairava na atmosfera. Era meu ser convalescença. Observei um quadro florido e este mesmo quadro me observou, com quem tentasse me transmitir suas cores. E eu as senti. Era meu ser convalescença. E às cores foram surgindo e cada vez mais sentia suas nuances. Olhei para o sol do meio dia e senti o ser calor. Ao passar do dia, olhei para a lua que especialmente estava cheia, e senti beleza. Meu ser convalescia é o mundo se enchia de signifiacdo. Olhei para mim, para o meu corpo, e o vi como um instrumento. E a vida se transformou em música. Era um renascimento. Nesse momento Deus me olhou. E senti a vibração. Era o milagre, que pedi em um sussurro. Tenho agora uma vida que já não é mais cinza. E senti a natureza em toda a sua diversidade. Tudo o que estava oculto se apresentava lentamente a mim. E em vida, eu nasci de novo.
O silêncio sempre foi para mim uma dualidade, entre a paz e o temor. Via a paz como uma pomba branca, serena, que em seu voo representava liberdade. No entanto, via também o silêncio como algo assustador, um gato preto, com olhos de mel, belo, mas em momentos de fragilidade o via como uma ameaça. O silêncio era a paz, mas era também meu lado selvagem. E o silêncio vinha a meu encontro com todo pesar da solidão. Era eu sozinha no mundo, sujeita a abundância e perigos. A solidão de não ter com quem compartilhar minha visão de mundo, que fluía entre a loucura e a lucidez. Às vezes eu amo o silêncio como um afago em meu rosto. Mas às vezes eu o temo, como se eu estivesse frente a frente a uma natureza adversa. Seja como for, o silêncio me dói, como as noites escuras em que sozinha enfrento aflições criadas em minha própria mente. E o silêncio se transforma em um monstro vindo em minha direção. Sinto o temos de minhas mãos e uma angústia ameaçadora. Então rogo aos céus um alívio. E uma pomba branca dorme em coração.
Carrego em meus ombros um peso que curva minha postura. Um cansaço na alma que há quem escute. Os dedos dos meus pés são tortos como as árvores do cerrado, carga genética, ancestral. Meu coração certamente é feito de metal, única explicação para aguentar tanta dor. Abandone os meus versos se sua linguagem delicada não encarna a dor. Não mentirei e não direi que tenho mãos delicadas que a ti se oferecem. Minhas mãos são pesadas como meus versos. E meu pulmão sofre a ação do tempo viciado. Meu corpo é largo, encorpado, como se mostrasse o tamanho da minha dor. Ninguém entenderia, eu sei. Acusariam-me de vítimas também é eu já não posso chorar. Preciso encarar a vida sem lágrimas, porque um dia sucede ao outro. Eu não fui feita para o amor. Todo o meu corpo é minha alma é feita do pó da paciência. E apesar de tudo meu cérebro segue um mantra de um dia tudo será melhor. Oh Pandora, que guardou a esperança. Sigo meu destino traçado nas linhas de minha mão e já é tarde para falsear que a vida me arde, como uma febre. Espero que um dia a brisa me leve.
Já não sei dizer se sou muito para o mundo, ou se o mundo é demais para mim. Tento confortá-lo em meu peito e não acho espaço. Estou cansada de florear a dor para agradar o seu estilo. Eu sofro muito mais que seu Instinto. E minha dor não é bonita, não tem início, meio, nem fim. Ela brota no agora como uma semente se rasgando para brotar. Nunca fui compreendida, nem por mim mesma. E assim vou atravessando a vida, porque ela é visceral e me exige. A vida se impõe como uma tortura, e já não sei quem me traz os males. Hoje acordei em carne viva e a luz do sol ardeu em meus olhos. Palavras de um coração que sangra. Perdoe-se se não te ofereço promessas de alegria. Minha vida é um rio que flui sem olhar para trás. Não tenho tempo para o passado. Urge em mim uma emergência. Eu estou doente e a única linguagem que posso oferecer são essas palavras descrentes. Se alguém me entendesse a mão, mas só recebo julgamentos. Vão dizer que minha dor é falta de fé, que eu posso me curar com a força do pensamento. E meu coração arde de uma dor bruta e antiga. Não te levarei comigo, nem contigo irei. Essa dor é minha e de mais ninguém. Talvez um dia eu fale de paz, esperança mórbida que carrego e me faz suportar a passagem do dia e a noite com seus pesadelos. Ainda sim, acredito em Deus. E tenho fé na ciência. Sonho com o dia em que todo o meu ser será convalescença, como um vento suave sussurrando que tudo há de passar. Eu creio que um dia essa dor será lembrança remota, esquecivel. E distraidamente me pegarei cantando e sorrindo. E a terra será meu paraíso.
Bem posso falar que a linguagem tem sido minha companheira. Uma forma de me desnudar de mim e me transmutar em palavra. Quando escrevo a dor que sinto, ela se esvai lentamente, como uma catarse de mim mesma. E a dor é relativizada e procuro meus pares. Como fazer amigos se me afundo em pensamentos lúgubres? Enquanto me entrego ao sofrimento, as pessoas aproveitam o lado bom da vida. Viajar, apreciar a natureza. Eu consigo compreender a dialética da minha dor e a felicidade de tantos. E penso que preciso ser mais flexível, como uma estrela do mar que se regenera. Agora escrevo e a paz se aproxima de mim e me observa como um espelho, o meu inverso. Eu estou calma e a calma é um sentimento a ser reverenciado. É quando a dor se recolhe e encontro refrigério em minha alma. Sei que meus sentimentos não são estáticos. E quando a paz me alcança, procuro senti-la em toda a sua essência. Quando estou triste, eu olho um gato, e vejo apenas um gato. Quando eu estou me sentindo bem, eu vejo um gato e me encho de ternura. Um animal que me transmite boas sensações. O gato tem um linguagem peculiar. Hoje acordei com muita dor emocional. E como refúgio, comecei a escrever. E essa escrita terapêutica foi silenciando um sofrimento inominável. Eu estudei teologia, mas foi a vida quem me fez acreditar em Deus. Não tenho religião, mas faço minhas orações. E mesmo na dor profunda, Deus me leva a um tempo de paz. Em agradeço em silêncio. E sei que o poder superior olha por mim. E sinto gratidão.
A aurora se enche de plenitude, e no além céu, acordam as criaturas. Eu tenho as cores da aurora nos dedos, quando a escrevo e ela vira linguagem. Através das palavras posso ser tudo o que a imaginação descortina. Em um instante sou aurora, e no outro ser crepúsculo. O claro é o escuro marcam tempos da natureza. Um tempo etéreo que ultrapassa a velocidade da luz. Admiro a paciência da tartaruga e a memória do elefante. A natureza se encontra dentro de mim, quando observo que também sou diversidade. Observo uma pintura e a pintura também me observa. Nesse momento absorta pelas imagens já não distingo se sou um ser humano ou um quadro na parede. Afinal, nada é tão simples assim. Tudo que eu observo, também me observa e nesse momento somos um. Somo um ponto de interrogação. Eu sonho ser quem sou, e ao mesmo instante sou mesa, cadeira e parece. A paisagem também sonha. E quem sonha se torna aquilo que sonha. Quando olhei nos seus olhos e seus olhos me olharam, a partir desse momento, já não sabemos quem é quem. O corpo é palpável, mas a alma é fluida e se constrói naquilo que vemos. Tantas vezes perdi meus olhos no seu. E se mesmo descrente eu falo em amor, é porque parte desse amor ficou em mim. Mas já não posso contê-lo no momento em que questiono quem sou eu. Sou um conjunto de imagens, visões e percepções. E se escrevo é porque busco a mim mesma no espaço tempo de universo infinito. E isso transcende todos os acontecimentos e te devolvo seu olhar que um dia se perdeu no meu. É uma metáfora justa de quem liberta e segue inteiro frente à manifestação da realidade. Eu não te esquecerei porque tenho memória, mas será para sempre uma lembrança abstrata, frágil demais para se concretizar. E me distancio com suavidade, que o tempo recolha o que é do tempo.
Ser Poeta é ser nós mesmos. É levar o que temos de melhor e distribuir boas sementes para que elas germinem poesia. É admirar o que os nossos olhos alcançam. É ter a sensibilidade de ver nas pequenas coisas e extrair delas a essência e a pureza. Ser Poeta é ver o mundo com olhos internos e transmitir através deles a paz e a harmonia...
Fácil de perceber que as tuas curvas mais atraentes são as da tua boca, que expõe o charme veemente do teu sorriso, o brilho entre a sublimidade carnuda, um pouco do deleite de um paraíso, propício para beijos sedentos, desejos correspondidos, uma parte envolvente da tua doçura, do teu espírito ardente, rica espontaneidade, destaque na tua linda estrutura, assim, teus lábios são cativantes, expressividade de uma poesia viva, apaixonante num tom entusiasmante de uma euforia genuína.
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